Não… não fiquem para aí a pensar que se trata de uma tourada à espanhola ou à portuguesa, com touros de morte, na arena, ou bandarilhados, com sangue a espichar das feridas profundas provocadas pelas fartas afiadas. Trata-se de uma tourada ao jeito portuguesíssimo da ilha Terceira, nos Açores. A Terceira porque, ao que suponho, foi a terceira a ser descoberta pelos portugueses. E tem, naturalmente, as suas tradições.
Conheço algumas histórias das touradas, à corda, que o meu filho João Paulo me descreveu quando lá esteve a trabalhar como professor. Mas desta vez a história veio do meu filho Pedro que, por tanto as ter ouvido do João Paulo, resolveu dar um salto de Ponta Delgada, em São Miguel, onde foi passar férias, para conhecer de perto a Terceira com as touradas, mas não só. E gostou, pelo que me diz.
Enviou-me há momentos duas fotos da tourada, vista por ele ao longe, à cautela. Quando lhe recomendei que não se pusesse a jeito, que as brincadeiras podem dar mau resultado, o meu Pedro garantiu-me que foi para uma zona onde havia segurança, tanto mais que lá se acoitavam também mulheres e crianças. O pessoal da corda, decerto, terá em conta isso mesmo.
Disse-me que não faltava quem fizesse piruetas mesmo perto do touro e ousasse aproximar-se dele para o desafiar, mas pode haver falhas e feridos não têm faltado.
De outros temas hei de falar mais tarde quando tiver dados curiosos. Uma coisa é certa: o Pedro anda encantado com o nível das festas de Praia da Vitória, com a riqueza de museus que visitou, com a alegria do povo que sabe viver as suas tradições com entusiasmo. Aproveita, Pedro, que a vida passa a grande velocidade, embora não acredites nisso.