domingo, 28 de dezembro de 2014

Um milénio entre a excomunhão e a bênção

Crónica de Frei  Bento Domingues 



1. Segundo a cronologia, devia ter deixado para hoje o que escrevi no Domingo passado. Mas assim é melhor. Vamos, então, à fonte donde nasceram as questões que os jornalistas levantaram ao Papa, no voo de regresso da Turquia.

Foi uma peregrinação que durou três dias cheios de acontecimentos, cuja significação profunda e decisiva para o futuro passou quase despercebida. Começo pelo contraste complementar entre as declarações fervorosas sobre o Islão – a não confundir com as organizações que o invocam para matar em nome de Deus - e o apelo veemente aos dirigentes religiosos e políticos muçulmanos para que se unam na denúncia clara e pública desses crimes e ameaças.
A Turquia é a fronteira de muitas fronteiras políticas, religiosas e cristãs. Bergoglio não foi lá dar lições a ninguém. Foi encorajar os que procuram caminhos de paz no Medio Oriente, intensificar o diálogo inter-religioso e revigorar a proximidade católica com o mundo cristão da Ortodoxia.
Era conduzido pelo desejo de congregar as energias de todas as pessoas de boa vontade, daquelas que vêem o mundo a partir do rosto das vítimas da violência, dos pobres e dos excluídos e que não aceitam esta vergonha como uma fatalidade.

NOVA LUZ PARA A FAMÍLIA

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo da Sagrada Família



Duas vezes, ouve José a voz do enviado de Deus que lhe diz: “Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe”. Mt 2, 13-15. 19-23. Uma, para fugir para o Egipto. Outra, para regressar às terras de Israel. A primeira, porque o Menino corria perigo de vida. A segunda porque Herodes, o perseguidor, havia morrido. E José acolhe prontamente a ordem recebida e, com obediência confiante, dá-lhe seguimento.
A fuga e o regresso, facto com algum fundo histórico, mas sobretudo simbólico e teológico, são aproveitados por Mateus para fazer uma excelente catequese sobre Jesus e a sua família. José, o esposo de Maria; Maria, a Mãe do Menino; Jesus, o filho de Deus, todos unidos pelo mais fiel amor, pela mais profunda comunhão, pelo maior desejo de fazer o que o enviado de Deus havia anunciado como promessa e, agora, se realiza neles e por eles. 
Quem não admira estes valores?! São indispensáveis a qualquer família: ser berço da vida e escola da educação, espaço privilegiado de apoio mútuo e de crescimento de todos, lar de abrigo carinhoso e força motriz de sonhos sempre novos a realizar, unidade básica da vida em sociedade a humanizar e igreja doméstica a edificar, prenda "natalícia" com que Deus quer presentear-nos. E quem não se sente impelido a passar da admiração à imitação?! E a participar no debate em curso para preparar o Sínodo que o Papa Francisco convocou para Outubro de 2015 e que trata da família e das novas situações em que se encontra?!
José toma o Menino e sua Mãe. Bela realidade que nos deixa encantados. Toda a criança tem pais conhecidos, sobretudo tem mãe, a sua mãe. A sua e não outra. A experiência de relação e de pertença é estruturante do ser humano. Sem esta, por melhores que sejam as substituições, fica empobrecida a natureza filial e definhada a ternura materna. Feliz a família que sabe acolher os filhos, criar-lhes relações de apoio estabilizador, acompanhá-los no desabrochar da verdade e dar-lhes alento às “asas” da liberdade para voarem, mantendo acessível e encorajante o rumo da vida digna.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Catálogo das doenças da Cúria

Crónica de Anselmo Borges no DN


«Estou convencido de que nunca pensaram ter de ouvir o que ouviram. Estavam os cardeais, bispos, monsenhores na bela Sala Clementina, para a saudação natalícia papal. A Cúria - governo e administração central da Igreja - esperaria palavras diplomáticas, alusivas à data. Mas o Papa Francisco veio com o Evangelho, num discurso profético e arrasador.

A. Como seria belo, começou, "pensar que a Cúria romana é um pequeno modelo da Igreja". No entanto, "como todo o corpo humano, está exposta à doença, ao mau funcionamento". E enumerou, em tom duro, algumas destas doenças da Cúria.»

Psrs ler na íntegra na segunda-feira

Votos de Boas Festas

Fernando e Lita


Graças às novas tecnologias da comunicação, ano a ano renovadas e multiplicadas, nunca recebi tantas e tão expressivas mensagens de Boas Festas como nesta quadra. A resposta personalizada a cada amigo, como seria justo e compreensível, tornou-se impossível. Ainda tentei mas desisti. Faço-o por esta forma, agradecendo a gentileza dos contactos e dos votos, na esperança de que todos possam usufruir de um 2015 muito melhor do que o triste 2014 que está prestes a passar à história. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Um Papa sem papas na língua

O discurso do Papa Francisco
foi o único projecto político forte
e desassombrado
que ouvi nos últimos anos

Inês Pedrosa




Publicado no semanário Sol

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

VIMO-LO CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE

Reflexão de Georgino Rocha 
para a Missa do Dia de Natal



“Vimo-Lo cheio de graça e de verdade”, é como João apresenta o Verbo de Deus que se faz carne humana e habita entre nós. Jo 1, 1-18. “Vimo-lo” é certeza reconhecida e testemunho assertivo, afirmação testada e anúncio jubiloso.
O Verbo de Deus faz-se carne humilde e débil. A sua glória brilha na fragilidade de uma criança. A Palavra eterna ressoa nas vozes do tempo e assume as formas de comunicação humana. A tenda de Deus ergue-se na história e regista as “marcas” contingentes da humanidade, configurando-se não como templo de pedras, mas como consciência desperta para a dignidade da sua vocação a deixar-se encher de graça e de verdade. Grande maravilha! Felizes os que a sabem apreciar e dar-lhe rosto pessoal configurado por atitudes coerentes
João apresenta-O, assim, não por fantasia engenhosa, pessoal e da comunidade a que se dirige, mas por eles terem visto a glória do Senhor e experienciado o seu amor, por terem ouvido a sua palavra e transmitido a sua mensagem, por terem tocado as suas “chagas” e partilhado a sua paixão. Apresenta-O assim, com um propósito claro explicitado na sua 1ª. carta: “ Para que estejais em comunhão connosco. A nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo … para que a vossa alegria seja completa” (Jo 1, 3 e 4).
Não deixemos perder o sentido profundo do Natal. Jesus é o melhor presente de Deus à humanidade, a cada um de nós. O seu amor é a prenda mais valiosa. A sua proposta de felicidade é a que mais valoriza a pessoa dotando-a da sua divina dignidade.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

NATAL DA FRATERNIDADE





1. Desde tenra idade, já com mais de sete décadas, habituei-me a sentir que Natal é tempo de fraternidade e de paz. Lembro-me bem da expressão “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”, expressão que continua presente no meu espírito. Durante o ano, várias vezes a pronuncio, qual compromisso que assumi para a vida.
Quando ouço dizer que Natal é quando o homem quiser e não apenas e só no dia 25 de dezembro de cada ano, julgo que haverá muita razão para assim pensar. Contudo, como crente, entendo que a festa do nascimento de Jesus, carregada de simbologia, terá muito sentido, como ponto de partida, ano a ano anunciado, para um renascimento espiritual nesta sociedade de matriz cristã que é a nossa. Para mim e decerto para muitos outros, o cântico “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” tem de fazer parte integrante da nossa identidade cristã, vivida em todas as circunstâncias e contra ventos e marés, no respeito absoluto pelos que não comungam dos nossos ideais.

2. Também desde sempre associei o Natal à festa da família por excelência. A família reúne-se quando calha, formal ou informalmente, nos aniversários, na Páscoa, nas festas dos padroeiros, na chegada de algum membro após tempos de ausência, nos batizados, casamentos e nos aniversários, na celebração de certas datas e em tantos e diversas ocasiões, porém, não há dúvida de que a consoada é muitíssimo congregadora. É a festa da família que torna a noite mais silenciosa do ano. Nas ruas, ontem como hoje, a noite é marcada pela ausência de trânsito automóvel e circulação de pessoas. 
Todos, à volta da mesa, falam, evocam, riem e discutem cenas do dia a dia, do ano, do que se fez e não fez, do que urge fazer. Enquanto se come e bebe com alegria, normalmente sem exageros, que a vida longa de alguns não pode ir por abusos. 

3. À roda da mesa, sem lugares marcados, não falta quem fique por momentos silencioso. Há lugares vazios com memórias dos que fisicamente já não podem falar da qualidade do bacalhau, dos dulcíssimos bilharacos e rabanadas, do vinho que se bebe, das prendas “magicamente” postadas no borralho, debaixo da chaminé bordejada por papéis ou adereços de pano coloridos. Não podem, mas nesses momentos sagrados nós ouvimo-los, temos presente as suas opiniões, as suas estórias, os seus sacrifícios e canseiras para que nada nos faltasse nas nossas infâncias e juventudes.
Sem medo de errar, julgo que as festas natalinas são as mais propícias às recordações daqueles que têm lugar garantido nos nossos corações e à harmonia familiar.

4. Para os crentes, o Natal tem de ser um desafio a permanentes e ousados gestos de partilha e paz interior que transborde para tudo quanto nos cerca. O Natal tem de ser luz que irradie ternura, bondade e caminhos de verdade, de justiça e amor. Jesus não é a nova Luz da Humanidade?

Bom Natal na alegria de Jesus Renascido

Fernando Martins


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O filho pródigo

Um conto de Natal 
de Maria Donzília Almeida



Na cozinha, as mulheres da casa afadigavam-se na preparação da ceia de consoada. O prato típico da quadra iria aparecer com todo o esmero, na mesa que reuniria a família. O bacalhau fora demolhado com a antecedência conveniente, as batatas cresciam em grande alguidar, juntavam-se as cenouras, os ovos e a couve penca de Chaves. Era uma couve tenrinha que o avô cultivava ali,no quintal da casa e que se orgulhava de ostentar, fazendo jus aos seus dotes de hortelão.
Numa mesa redonda, vistosamente coberta por uma toalha colorida, em tons verde e vermelho iam aparecendo em grandes travessas, os doces que faziam as delícias dos comensais: os bilharacos, o arroz-doce,  a aletria, as rabanadas, o bolo-rei, os frutos secos, etc.

Ponte para S. Jacinto

23 de Dezembro

S. Jacinto

1966 — O ministro das Obras Públicas recebeu, no seu gabinete, uma representação de aveirenses que foram pedir ao Governo a construção de uma ponte entre as duas margens da ria, sobre o canal de São Jacinto; o pedido não teve seguimento (Correio do Vouga, 23-12-1966; Litoral, 31-12-1966). J

"Calendário Histórico de Aveiro" 
de João Gonçalves Gaspar e António  Christo

Nota: A tão falada ponte, na altura, foi por água abaixo. Foi feita a da Varela, mas a de S. Jacinto não foi considerada prioritária. Até hoje.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Papa apresenta 15 "doenças" cruciais

Que grande lição para toda a gente




«Papa fala à Cúria sobre os males da Cúria. 
Diante dos cardeais, bispos e monsenhores 
que trabalham no Vaticano, 
Francisco apresentou uma lista 
com 15 "doenças" curiais.»





«Do "Alzheimer espiritual" à "divinização dos chefes". O Papa Francisco identifica 15 "doenças" na Cúria Romana e falou sobre todas esta segunda-feira, num discurso perante os cardeais, bispos e monsenhores que trabalham no Vaticano.

Herança cristã da Europa

Crónica por Anselmo Borges 
no Diário de Notícias de sábado

Anselmo Borges

No contexto dos debates à volta da entrada ou não da Turquia na União Europeia, o escritor turco Orhan Pamuk, Nobel da Literatura de 2006, fez, na sua recente visita a Lisboa, algumas considerações sobre os valores fundamentais da Europa, que merecem atenção. Foi dizendo que a herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, pois não pode esquecer "a preservação dos seus valores fundamentais", acrescentando que "temos de ter uma discussão séria sobre esses valores".
Pamuk não concretizou muito quanto a estes valores. Assim, talvez se deva ter em atenção o que disse, há um ano, a um jornalista colombiano, que lhe perguntou se se sentia europeu: "Não sei. Não penso nesses termos. Em primeiro lugar, sinto-me turco. E um turco tanto se sente europeu como não europeu. Acredito numa Europa que não se baseia no cristianismo, mas no Renascimento, na Modernidade, na 'Liberdade, Igualdade, Fraternidade'. Essa é a minha Europa. Acredito nessas coisas e quero fazer parte delas. Mas, se a Europa é a civilização cristã, lamento: nós, turcos, não queremos entrar."

Meu Pequenino


Jean-Paul Sartre, o filósofo ateu, 
enviou do seu cativeiro 
aos padres que admirava 
uma meditação sobre a pintura 
que gostaria de fazer do Natal. 
Aqui fica a minha imperfeita tradução: 

"A Virgem está pálida e olha para o menino. O que seria necessário pintar neste rosto é um encantamento ansioso que não apareceu senão uma vez sobre uma figura humana. Porque Cristo é o seu menino: a carne da sua carne, o fruto das suas entranhas. Cresceu nela durante nove meses e dar-lhe-á o seu seio (...) e, por momentos, a tentação é tão forte que ela esquece que ele é Deus. Aperta-o nos seus braços e diz: 'Meu pequenino.’

domingo, 21 de dezembro de 2014

NATAL




Natal

Foi na pobreza
Sem brilho
Sem luz
Que a natureza
Nos trouxe Jesus.
Mas na humildade
A humanidade
Venera o Menino
A nossa paz
E a serenidade
Ele nos traz,
Se caminharmos
E embarcarmos
No bom caminho!
Que o nosso destino
Seja a comunhão
Ao darmos a mão
Ao nosso irmão!
Este ano eu pus
Na senda da vida
A aura sentida
Do Menino Jesus!

M.ª Donzília Almeida


Quantos Cristos ressuscitaram? (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. Nas crónicas de Natal, durante vários anos, preocupei-me, com questões de ordem histórica e teológica, levantadas pelo género literário dos chamados “Evangelhos da Infância”. Esses belos tecidos simbólicos, anunciando o reinado do Espirito de Cristo – recusa do mundo de senhores e escravos – são mal servidos por uma leitura estéril de biologia milagrosa.
Este ano, opto pela peregrinação ecuménica do Papa Francisco à Turquia, fundamental para o renascimento das Igrejas. Selecciono, apenas, duas respostas descontraídas a perguntas dos jornalistas, no voo de regresso [1]. Voltarei, em breve, a outros aspectos.
O Papa Bergoglio tinha afirmado que, para chegar à suspirada plenitude da unidade, “a Igreja católica não tem intenção de impor qualquer exigência”. Daí a questão: “estaria a referir-se ao Primado (do Bispo de Roma)?

sábado, 20 de dezembro de 2014

Valdemar Aveiro lança mais um livro

Uma obra com histórias pitorescas e picarescas

Capitão Valdemar, ao centro, com  amigos

Valdemar Aveiro lançou hoje, 20 de dezembro, no anfiteatro do Museu Marítimo de Ílhavo, o seu mais recente livro, “Ecos do Grande Norte — Recordações da Pesca do Bacalhau”, que foi «um filho tardio», porque «julgava já não ter disposição de espírito para escrever». O autor, que ontem completou 80 anos de vida, afirmou tratar-se de um trabalho que teve «seis meses de gestação», o que prova à evidência a sua capacidade de trabalho, alimentada por excelente memória e vontade de comunicar vivências dos ílhavos «num deserto de água salgada».
O capitão Valdemar, como é mais conhecido, viveu 65 anos ligados ao mar, entre moço e oficial, mas ainda como membro da Administração da Empresa de Pescas S. Jacinto.
Ao encerar a sessão do lançamento do seu livro, criticou as contrapartidas da UE que levaram «ao desmantelamento da nossa frota». «Deram-nos dinheiros para não produzirmos», afiançou.
Evocou épocas em que Ílhavo pontificava na oficialidade dos navios, para além dos contramestres, cozinheiros e motoristas, que também eram ilhavenses. Nessas alturas, Ílhavo era uma terra de «passagem de modelos» nas ruas, pela forma como as mulheres  se arranjavam. «Muitos estrangeiros ficavam por cá atraídos pelas sereias», frisou. Mas presentemente, Ílhavo «é uma terra descaracterizada», disse.

Herança cristã da Europa

Crónica de Anselmo Borges no DN 


«No contexto dos debates à volta da entrada ou não da Turquia na União Europeia, o escritor turco Orhan Pamuk, Nobel da Literatura de 2006, fez, na sua recente visita a Lisboa, algumas considerações sobre os valores fundamentais da Europa, que merecem atenção. Foi dizendo que a herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, pois não pode esquecer "a preservação dos seus valores fundamentais", acrescentando que "temos de ter uma discussão séria sobre esses valores".»

Para ler na próxima segunda-feira no meu blogue

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Messias de Handel

Laguna — Património Mundial?

Um desafio lançado neste Natal
por Senos da Fonseca




Uma paisagem natural de espanto para o olhar

“Laguna — Património Mundial?” é um desafio lançado a todas as gentes ligadas à Ria de Aveiro, direta ou indiretamente, por Senos da Fonseca, um ilhavense  que vive intensamente a problemática lagunar, abordando os mais diversificados temas.
Neste Natal, avançou com a ideia, provavelmente utópica para uns tantos e garantidamente pertinente para muitos mais, de nos unirmos na defesa da integração da laguna no rol honroso do Património Mundial da Humanidade, sendo necessário conjugar esforços do povo e forças vivas, rumo ao desejável objetivo de se  chegar à meta com êxito.
Senos da Fonseca avança com dez razões que justificam a sua proposta de projeto que se quer ganhador, onde destaca que «A laguna foi (e é) um fenómeno natural raro, praticamente único», que desde o início «captou a atenção do homem», enquanto lhe propôs «um árduo desafio de aproveitamento das imensas potencialidades».

Grupo Desportivo da Gafanha na rádio

Futebol de Lés a Lés


«O Grupo Desportivo da Gafanha procurou com pouco dinheiro constituir um grupo capaz de manter a equipa no mapa do futebol nacional. A principal equipa de futebol do Gafanha integra a Série D do campeonato nacional de séniores e durante a primeira volta as coisas não correram da melhor forma.»

Jornalista Mário Aleixo

Ler e ouvir aqui

FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA

Reflexão semanal de Georgino Rocha



     A disponibilidade de Maria é total, e incondicional a sua entrega. Após uma saudação que a felicita pela graça alcançada e um diálogo que lhe desvenda a densidade do futuro próximo, o seu “sim” é pleno e definitivo, alegre e confiante. Deus quere-a senhora e ela, por amor, faz-se escrava. Lc 1, 26-38. Ele enche sempre as mãos vazias e acolhedoras dos que confiam na sua promessa.
    
 O episódio tem lugar em Nazaré, aldeia da Galileia com uns cem habitantes. O protagonista é o anjo do Senhor que vem a casa de Joaquim e de Ana. A mensagem expressa-se no convite para ser mãe de Jesus, o Filho do Altíssimo. O ambiente deixa “respirar” simplicidade e o silêncio faz pressentir a sublimidade do acontecimento. O interlocutor é uma jovem virgem em estado singular: já não “pertence” à família por estar “comprometida” com José, nem ao esposo e seus familiares por ainda não terem celebrado publicamente a boda ritual. Tudo ocorre no espaço onde Maria se encontra, na vida fecunda do lar onde se cultivam as mais nobres tradições e forjam os grandes ideais: o amor de doação, a mútua ajuda na relação, a integridade na educação, a memória agradecida do passado, a esperança confiante no futuro, a leveza no perdão e a elevação na oração. Deus inclina-se para ela e para todos os que encontra disponíveis. 

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