domingo, 13 de maio de 2018

Dia Mundial das Comunicações Sociais


Mensagem do Papa Francisco 


A verdade e as notícias falsas 

A mensagem do Papa para o 52.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que hoje se celebra, aborda duas questões atuais: “A verdade vos tornará livres” e “Fake news e jornalismo de paz”. 
Diz o Papa Francisco que «a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão», sabendo-se que «o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo», mas ainda é capaz «de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos». Contudo, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar». 
Debruçando-se sobre as notícias falsas, o Papa afirma que, no fundo, são desinformação, apoiadas em «informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros económicos». 
O Santo Padre frisa que «O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos. Deste modo, as notícias falsas revelam a presença de atitudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em última análise, a falsidade.» 

A Igreja não é de gente pasmada

Frei Bento Domingues

1. A festa litúrgica da Ascensão não é a celebração da passagem de Jesus à reforma, nem a sua fuga para o céu, seu lugar de repouso junto de Deus, onde aguardaria, no eterno descanso, os discípulos que fossem aparecendo.
A este respeito, as narrativas dos Evangelhos e dos Actos dos Apóstolos, embora não sejam contraditórias, ajustam-se com alguma dificuldade. Frutos de várias estratégias, e em contextos diferentes, tentam interpretar a significação do itinerário terrestre de Jesus para comunidades que não O conheceram. Parecem um retorno ao passado - “naquele tempo” -, mas por causa do presente. As promessas paradisíacas não são evasões deste vale de lágrimas.
São textos que procuram, por um lado, mostrar que o tempo da visibilidade da figura histórica de Jesus está encerrado; já não há ninguém para dizer eu vi! Por outro, todas as narrativas, discursos e exortações insistem na sua invisível presença. Como disse o Ressuscitado ao empirista Tomé: felizes os que crêem sem ver.
Nada disto impediu que, muito cedo, tenham surgido na Igreja duas tendências que não deveriam ser dissociadas, mas complementares: uma insiste mais na dimensão contemplativa, na comunhão mística com Cristo, e outra que não aceita a espiritualidade de gente consolada e pasmada a olhar para o céu, quando há tanto que fazer pela alegria pascal, transformante da sociedade. 

Como nuvens pelo céu



Como nuvens pelo céu
Passam os sonhos por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.

São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.

Símbolos? Sonhos? Quem torna
Meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transtorna?
Que coisa inútil me dói?

Fernando Pessoa

sábado, 12 de maio de 2018

Tesouros no Museu de Aveiro | Santa Joana

Museu de Aveiro | Santa Joana
Aveiro Tesouros
12 de maio a 2 de setembro


A mostra identifica os vários tesouros arquitetónicos do Município que se pretendem promovidos e valorizados perante o visitante e o turista, levando-o a querer visitar Aveiro a partir da exposição.
Em simultâneo foi criado o circuito do património edificado do guia turístico que, em simultâneo, é o catálogo da exposição, a par da colocação do primeiro conjunto de totens identificativos dos monumentos em texto bilingue, pela primeira vez colocados em espaço público na História em Aveiro.
Com entrada livre, a exposição pode ser visitada de terça a domingo das 10.00 às 12.30 horas e das 13.30 às 18.00 horas.

Nota: Ilustração e texto da CMA

ÍCONE DE SANTA JOANA



Partindo do desejo do nosso Bispo, 
veio à luz o Ícone de Santa Joana, 
Padroeira de Aveiro. 
De que se trata?

A palavra «ícone» – icona, ikona, ????? – do russo – vem do grego eikona (?????, Eikon) que significa simplesmente imagem. Trata-se de uma das expressões de arte sacra mais antiga e com menos alterações ao longo do tempo. Não se tratando de uma simples pintura, o ícone mostra uma relevante carga simbólica, em que nada surge por mero acaso. Só assim se entendem os pormenores, detalhes, posição dos corpos, estilo dos cabelos, de vestuário, de fundos, de ornamentos, luzes e de sombras, componentes do nosso Ícone. Tudo é feito para possibilitar a contemplação e o diálogo entre o crente e o mistério divino escrito no Ícone, pois como nos diz a autora da presente obra: “o Ícone da Santa Joana foi elaborado após profunda oração e estudo sobre a sua vida”.

Passemos, agora, à descrição deste Ícone, 
por meio das palavras da escritora deste Ícone, 
Tânia Pires:

Santa Joana é representada com o hábito da congregação Dominicana, com quem viveu na vida entregue a Deus, à comunidade e aos mais pobres. Na mão esquerda segura o Crucifixo e na mão direita o pão, que representa todo o alimento e toda a atenção que Santa Joana partilhou com os pobres ao longo da sua vida. Dos três mendigos representados (que simbolizam toda a pobreza da cidade), perto da muralha (que representam a cidade de Aveiro), podemos deduzir que era Santa Joana que ia ao encontro dos mais necessitados, dando a sua vida, transmitindo o amor, a fé, a esperança e a Palavra Viva.

Santa Joana seguiu sempre a sua intuição, voz e vontade mais profunda de Deus, sem hesitar. E, contra todas as vontades externas, recusou três casamentos representados no Ícone pelas três coroas. A água representa a sua cidade, a sua «pequena Lisboa», Aveiro, e o edifício por detrás de Santa Joana, a casa de Deus, o convento onde ela entregou a sua vida. A sua frase “Amar a Deus é servir”, verdadeiro lema da Santa Joana integra o Ícone, o qual tão bem caracteriza a sua vida, pelo serviço e entrega constantes ao mundo e a quem mais necessitava, modelo para os seus devotos. Santa Joana morreu muito nova, daí o seu rosto ser representado sob uma forma jovial e serena. É um Ícone bastante completo que caracteriza toda a riqueza da sua vida, podendo ser contemplado e rezado dessa forma.

É, sem dúvida, uma obra que nasceu do estudo e da oração, destinando-se a facilitar o nosso diálogo com Santa Joana Princesa, nossa Padroeira, uma vez que continua, ainda hoje, a ser modelo de vida para todos os cristãos.

Para que esta contemplação e diálogo seja possível, decidimos reproduzir este Ícone e colocá-lo ao dispor de todos, podendo-se encontrar à venda na Livraria de Santa Joana, a partir da primeira semana do mês de Maio.

Nota: Foto e texto da página da Diocese de Aveiro

sexta-feira, 11 de maio de 2018

A vida é fonte primeira do bem comum

Nota  Pastoral do Bispo de Aveiro
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A propósito da eutanásia, assunto que o Parlamento tem em mãos, com vista a aprovar um diploma de legalização da chamada morte assistida, o Bispo de Aveiro, António Moiteiro, acaba de publicar uma Nota Pastoral, no sentido de esclarecer os católicos, em especial, e os homens e mulheres de boa vontade, em geral, onde defende que“Legalizar a eutanásia é um retrocesso civilizacional”. 
O prelado aveirense lembra que o Parlamento deveria estar antes a discutir modos de atuar para “minorar o sofrimento e a dor de quem está perante o limite e a fragilidade” e refere que a  eutanásia “significa abandono, desistência e incapacidade de responder com o cuidado humanizado em favor de quem se encontra em situação de debilidade". 
Olhando para a história, António Moiteiro retrocede até às civilizações antigas, Roma e Grécia, onde a eutanásia era praticada, para dizer que, graças ao “novo humanismo nascido com o cristianismo”, tal prática foi abandonada. 
O Bispo de Aveiro frisa que, “para os cristãos, para quem a vida é dom,  perante o sofrimento,  só faz sentido a doação. Desistir, dando a morte, é a recusa de que dos outros poderemos esperar o amor. Uma sociedade que deixe de amar não pode continuar a crescer em humanidade e atenção aos outros, sobretudo aos que mais sofrem”. 
O nosso bispo considera que, “Depois de legalizada, a eutanásia torna-se um horizonte que atinge todos aqueles que, um dia, venham a necessitar dos cuidados de saúde. Não apenas como uma possibilidade, mas como uma tentação: a de eliminar quem passasse a sentir-se como um peso para si próprio e para os demais”. 
Aos que têm o Evangelho como fonte de inspiração para o seu agir em sociedade, “incluindo os nossos deputados e os que se preocupam com a causa pública”, António Moiteiro recomenda que não devem esquecer-se “de colocar a vida como a fonte primeira do bem comum".E conclui a sua Nota Pastoral dizendo: “A eutanásia é a escolha de uma ideia de sociedade em que cada um não se pensa como alguém em relação com os demais, mas fechado sobre si mesmo. A cultura do cuidado não pode desistir, perante tal visão”.

Fernando Martins

Ler Nota Pastoral aqui 

Artes no Canal – 3: SKETCHERS em Aveiro








Quando visitei, com certo interesse, o projeto da Câmara de Aveiro, “Artes no Canal”, notei que alguns jovens tiravam “retratos”, desenhando, ao ambiente que ali se vivia. Não foi a primeira vez que vi artistas em pleno trabalho nas ruas e praças de diversas zonas do país, procurando deixar para a posteridade marcas das suas sensibilidades. Aqui perto, foi assim na Costa Nova, na Barra e em vários locais de Aveiro, nomeadamente no Jardim Infante D. Pedro e junto ao Canal Central. Contudo, talvez por descuido meu, não tenho deparado com artistas plásticos na rua, mas sabe-se que músicos, por exemplo, usam muito essa tática de partilharem as suas artes com quem passa. E depois, naturalmente, acabam por dar nas vistas e seguem, profissionalmente, a via da música. 
Na Praça Melo Freitas, porém, vi um artista ali à mão, não resistindo eu à vontade de o interpelar. Amavelmente, o João Tiago dispôs-se a elucidar-me. Faz parte de um grupo — ASK – AVEIRO SKETCHERS — que se reúne para desenhar, partilhando, posteriormente, nas redes sociais, os seus desenhos. 
A lição que recebi, para além de um exemplo de paixão pela arte de desenhar, foi o nome adotado pelo grupo, referido acima. Desconhecia completamente, mas percebe-se que a sua origem não será portuguesa, nem isso agora importará. O que se torna relevante é o prazer do encontro de pessoas que cultivam e partilham expressões artísticas, neste caso o desenho, convivendo e, decerto, trocando experiências, que só enriquecem. 
João Tiago sublinhou o espírito de partilha que os une, em vez de ficarem por casa, sem nada fazerem de concreto, neste âmbito. 
Li que não circunscrevem a sua ação apenas à cidade de Aveiro, mas saem em busca de novas inspirações noutras regiões do país. E para quando uma exposição dos seus trabalhos em Aveiro? Aqui fica o desafio. 

Fernando Martins 

Nota: podem consultar aqui, aqui e aqui

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