segunda-feira, 1 de maio de 2006

Um artigo de João César das Neves, no DN

A comédia do Estado bisbilhoteiro
O nosso tempo pode ser muito cómico, até no meio das dificuldades. Portugal está em crise e boa parte dela vem do Estado. Há problemas gravíssimos na saúde, educação, justiça, finanças. As causas são variadas, mas uma razão é paradoxal: o sector público não faz o que é da sua conta porque anda a fazer o que é da nossa.
Pagamos uma fortuna todos os anos ao Sistema Nacional de Saúde para tratar as doenças, dar consultas, cuidar enfermos; ele não faz isso bem, mas ocupa-se a proibir o fumo. Nós dedicamos muito dinheiro às forças de segurança para prenderem os ladrões e protegerem os cidadãos; em vez disso andam a discutir umas décimas no grau de alcoolemia. Nós esbanjamos milhões no Ministério da Educação para ensinar os miúdos a ler, escrever e contar; em vez disso, dedica-se a congeminar educação sexual. O Ministério das Finanças arruína o País com os seus gastos, mas anda muito preocupado com o sobreendividamento das famílias.
Há umas décadas, quem tratava destes assuntos - tabaco, vinho, sexo, poupanças - eram as tias velhas e beatas. Sendo assuntos do foro pessoal, só algumas bisbilhoteiras se atreviam a comentá-los. Nessa altura, sem pachorra para aturar os ralhetes gongóricos, repudiaram-se as abelhudas moralistas. Passou a viver-se de forma desinibida e emancipada, participando numa sociedade livre e tolerante, que respeitava o indivíduo. Esta foi a grande vitória cultural de meados do século passado.
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Citação

"A virtude da caridade é o exercício da faculdade de amor sobrenatural. A virtude da fé é a subordinação de todas as faculdades da alma à faculdade do amor sobrenatural. A virtude da esperança é uma orientação da alma em direcção a uma transformação depois da qual ela será por inteiro e exclusivamente amor."
Simone Weil,
in "Carta a um homem religioso"

domingo, 30 de abril de 2006

Educação Moral e Religiosa Católica

Documento da Conferência Episcopal Portuguesa
Um valioso contributo
para a formação
da personalidade
Introdução
1. A Educação é uma tarefa fundamental da sociedade. Dela depende, decisivamente, o desenvolvimento harmonioso e integral das crianças, dos adolescentes e dos jovens, e a qualidade do progresso da sociedade.
Porque está em causa a pessoa humana, razão de ser e objecto central da missão da Igreja, a Conferência Episcopal Portuguesa pronunciou-se sobre a Educação, num passado relativamente próximo, através de uma carta Pastoral, em que expôs o seu pensamento e convidou todos os parceiros educativos a conjugarem esforços para melhorar a Educação em Portugal1 .
A Igreja Católica está presente nas múltiplas instâncias promotoras da Educação, onde, na fidelidade à sua missão específica, procura “proporcionar à pessoa a visão cristã do mundo, do homem e de Deus, e não se demitirá de continuar a oferecer, com total liberdade, propostas educativas”2 .
A sua acção educativa reveste-se de múltiplas formas e realiza-se, em primeiro lugar junto da família, comunidade educativa por excelência. Além disso, realiza-se através das suas próprias instituições educativas, particularmente as escolas católicas, mas também, no empenhamento em instituições estatais e privadas.
Assume especial importância a presença institucional que a Igreja Católica tem oferecido à Escola, nomeadamente no plano do Ensino Religioso Escolar, que usufrui, entre nós, de uma longa e relevante tradição. Essa intervenção consubstancia-se na disciplina/área curricular disciplinar de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), de carácter facultativo, que abrange os ensinos básico e secundário (do 1º ao 12º ano de escolaridade).
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Um texto de Anselmo Borges, no DN

Maria Madalena nos textos apócrifos
As mulheres têm motivos para uma boa relação com Jesus. Ele, durante a vida, com escândalo de muitos, teve para com elas uma atitude e comportamento de muita simpatia e ternura. Se a Igreja histórica nem sempre lhe seguiu o exemplo, havendo mesmo um forte contencioso das mulheres com a Igreja oficial, isso deve-se a muitas razões, como heresias que desprezavam o corpo, o sexo e o feminino, questões ligadas ao poder e ao machismo.
Para lá dos textos canónicos - aqueles que a Igreja aceitou como regra de fé -, há também os apócrifos, que a Igreja não recebeu, não significando isso que não possam ter importância. Entre eles encontram-se os textos gnósticos, de que tanto se tem falado e acessíveis sobretudo com a descoberta, em 1945, da biblioteca de Nag Hammadi, no Egipto (o Evangelho de Judas insere-se nesta tradição).
Ora, o que dizem os apócrifos sobre Maria Madalena?
A tradição apócrifa, sobretudo gnóstica, tem textos muito controversos sobre a relação entre Jesus e Maria Madalena. Assim, no Evangelho de Filipe, pode ler-se: "A companheira do Salvador é Maria Madalena. O Salvador amava-a mais do que a todos os discípulos e beijava-a frequentemente na boca. Os outros discípulos disseram-lhe: 'Porque a amas mais do que a nós?' O Salvador respondeu-lhes, dizendo: 'Porque não vos amo a vós como a ela?'"
No Evangelho de Maria, Pedro, com animosidade, reconhece que o Mestre a apreciava mais do que às outras mulheres, perguntando inclusivamente: "Falou com uma mulher sem que o soubéssemos, e não manifestamente, de modo que todos devemos escutá-la? Será que a preferiu mais do que a nós?"
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Um texto de Georgino Rocha

Vida em arco-íris O arco-íris da vida está imbuído de beleza e cor, de cadência, harmonia e interpelação. É símbolo do presente e apelo do futuro, da vida em seus tons, da memória em seu sons. A vida em arco-íris tem um sentido que surge, de mil formas, como: Vitral do grande Mistério que, de tantas maneiras, se desvenda na natureza e irrompe no tempo, oferecendo-me uma oportunidade de encontro. Vibração intensa e calorosa dos sentidos, “janelas do espírito”, antenas de comunicação e sintonia com o universo. Prazer de ser eu mesmo, de me sentir bem “na própria pele” e de me relacionar com os humanos, meus semelhantes. Eternidade que me invade, me possui e me anima em cada momento a ser consistente e a caminhar com determinação. Centelha divina que enobrece a dignidade de todo o meu ser, abrindo-me as dimensões do Infinito. Oportunidade única de rasgar horizontes que desafiam o Céu, de deixar marcas que humanizam a terra. Vocação a um sentido mais pleno que, de mil maneiras, vou plasmando a meu jeito, em cada instante. Força de Jesus ressuscitado que se dá a conhecer no “repartir do pão”, na fraternidade universal, em ritmos de festa e dinamismos de intervenção. A vida em arco-íris é dom a acolher, tarefa a realizar, mistério a desvendar. É o eu germinal que desabrocha, à luz da primavera pascal, e se expande em criatividade fecunda, alargando-se até à plenitude amadurecida da comunhão.

Gotas do Arco-Íris - 15

...E A COR
DO TEMPO,
QUAL SERÁ?... Caríssimo/a: Andava a navegar nos trinta anos da Revolução dos Cravos quando minha Mulher me presenteou com a sua última iguaria. Depois de a provar: - De onde veio esta maravilha? - Usei uma receita de 1939, da D. Alzira da Costa Valente, de Avanca. É antiga e diz assim: “6 ovos inteiros; 350 g de açúcar; 50 g de manteiga; 1 kg de farinha flor; sal, q.b.; água, q.b. Faz-se o fermento, num dia à noite. Ao outro dia de manhã, amassa-se a massa e deixa-se estar junta mais ou menos quatro horas. Fazem-se as roscas e deixam-se descansar até ao outro dia. Estando o tempo frio, vão para o forno à noite e estando calor já podem ir ao meio dia. Quando saírem do forno passa-se-lhes manteiga.” Como se vê, uma delícia... de receita e de prova... E faz contas aos dias que eram necessários para que as regueifas ficassem prontas!... Simplesmente fora de tempo... Bem, já agora, para que não digas que sou amigo da onça, deixo-te outra maravilha dos dias que foram correndo, mas que ainda podes recuperar amassando e cozendo os folares com a receita da Gafanha: “5 kg de farinha; 1,25 l de leite; 250 g de fermento; 2 kg de açúcar; 500 g de manteiga; 15 ovos; raspa de casca de 3 limões; sal e água, q. b.” Desejo-te uma boa fornada, se não este ano, ... para o próximo, tempo é coisa que não falta!... Manuel

sábado, 29 de abril de 2006

"Fraternitas" reunido em Fátima

“Fraternitas”
quer ser uma
consciência crítica
da Igreja “Queremos ser uma consciência crítica de tudo o que nós fazemos e em Igreja se faz” mas “não uma consciência contestatária” – disse à Agência ECCLESIA Vasco Fernandes, presidente do movimento “Fraternitas”, reunido em Fátima até ao próximo dia 1 de Maio. O XIII encontro deste movimento de padres dispensados do ministério pretende ajudar os participantes (cerca de seis dezenas) a reflectir sobre a “relação entre “Fraternitas” e Igreja institucional” e “Que movimento queremos ser?” – sublinhou este responsável. E adianta: “sem agressividade queremos assumir um papel crítico sobre aquilo que nós e os nossos irmãos fazemos”. Fundado há 10 anos pelo Con. Filipe Figueiredo, o presidente do “Fraternitas” referiu que “muitos de nós não nos sentimos desaproveitados”. Apesar de alguns “não estarem bem inseridos” porque “temos bispos que estão mais reticentes quanto ao nosso papel” – adiantou. Com cerca de 100 sócios, Vasco Fernandes esclareceu que existem cerca de 600 padres dispensados do ministério mas “não temos os ficheiros actualizados”. Os encontros nacionais realizam-se em Fátima mas o responsável do “Fraternitas”, natural da diocese do Porto e foi padre jesuíta, quer implantar os encontros regionais para facilitar a comunicação entre os membros. : Fonte: Ecclesia

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