sábado, 23 de novembro de 2013

Festa de Cristo Rei


HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO


Georgino Rocha

Jesus responde com esta certeza/promessa à súplica do condenado à morte que está crucifixado à sua direita. A súplica brota do reconhecimento da inocência de Jesus, injustamente sentenciado. Não assim ele e o seu parceiro de aventuras malfeitoras. “Lembra-te de mim quando vieres com a tua realeza”, pede confiante, após ter censurado o colega pelos insultos e imprecações que vociferava.

“Lembra-te de mim” é prece que tem sentido profético e ecoará por todo o tempo, fruto dos corações silenciados pela violência torturante, pela fome e pelas doenças esgotantes. Os países mais pobres do mundo ou mais fustigados pelos cataclismos ocupam, hoje, o lugar e erguem a voz daquele condenado: Somália, Sudão do Sul, Haiti, Bolívia, Filipinas, República Centro Africana; a onda dos imigrantes indocumentados, dos sem trabalho nem quaisquer garantias sociais, dos doentes sem apoio médico e medicamentoso, dos idosos descartáveis, dos escravizados, das crianças sujeitas às mais vis sevícias e tantos outros “perseguidos” pela indiferença de muitos e pelas garras do poder. Escutar e dar resposta é respeitar a humanidade, viver a solidariedade, potenciar a fraternidade. E está ao alcance de todos, sobretudo de quem, autorizado pelo povo, detém o poder. Sejamos humanos, escutemos os gemidos dos nossos irmãos! 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Que jornais lemos nós?


Por um Portugal à irlandesa
João Miguel Tavares

Sugerir que a Irlanda não se submeteu à troika e à austeridade, e que por isso foi bem sucedida, é coisa que daria para rir, se não fosse mais um triste caso de cegueira ideológica e de manipulação intelectual.


E de repente, toda a gente descobriu que a Irlanda é que é bestial. Que o Governo o diga, e a queira imitar, até tem uma certa lógica, tendo em conta que a Irlanda sempre foi apresentada publicamente como “o país que Portugal quer copiar”, tal como a Grécia foi apresentada como “o país que Portugal quer evitar”.
No entanto, subitamente, a Irlanda parece o tipo lá da rua que ganhou o Euromilhões: um dia acorda e descobre que está cheio de amigos, incluindo vários que nunca antes tinha visto na vida.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Prémio para o Museu Marítimo de Ílhavo

Prémio de Melhor Projeto Público




A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) congratula-se com a atribuição do Prémio de Melhor Projeto Público, na categoria de arquitetura, ao projeto de Ampliação do Museu Marítimo de Ílhavo, da autoria do Gabinete ARX Portugal, dos arquitetos Nuno Mateus e José Mateus, na edição deste ano dos Prémios Construir. Este magnífico trabalho de arquitetura e construção, imaginado em diálogo com o anterior projeto de remodelação e ampliação do Museu, inaugurado em outubro de 2001 e também distinguido com diversos prémios nacionais e internacionais, teve por objetivo dotar o Museu de um Aquário de bacalhaus e de um novo espaço de reservas de coleções.

Fonte: CMI

Dia Nacional do Pijama



O Dia Nacional do Pijama é um dia especial em que as criancinhas assumem um protagonismo verdadeiramente notável. Num gesto imbuído de solidariedade humana, pretendem ajudar outras crianças, órfãs de família. Esta iniciativa foi criada pela associação Mundos de Vida, em que as crianças pretendem relembrar, de forma simbólica, que qualquer criança tem direito a crescer no seio de uma família. Esta ação reveste-se de um caráter lúdico, tão do agrado da pequenada e, no Dia Nacional do Pijama, as crianças vão vestidas de pijama para a escola! As atividades, em muitas escolas e creches do país, são programadas com o intuito especial de sensibilizar toda a sociedade civil para esta problemática.

“O Ilhavense” comemora o 92.º aniversário

José Pereira Teles


Chegou-me hoje a casa “O Ilhavense”, com as cores celebrativas do seu 92.º aniversário, garantindo a certeza de que as comemorações do seu centenário vêm a caminho. No Editorial, o diretor, Torrão Sacramento, lembra que o lema deste periódico, “Por Ílhavo”, continuará a ser seguido, como desde a primeira hora, que ocorreu em 20 de novembro de 1921, sob a batuta do professor José Pereira Teles, que me fez o exame da 4.ª classe, na escola Ferreira Gordo. Dele fiquei com a ideia de ser um mestre exigente, íntegro e culto. E mais tarde descobri que desde novo alimentou a paixão pelo jornalismo.
Deste meu recanto, felicito o seu diretor, Torrão Sacramento, bem como os que, de braço dado com ele, mantêm o jornal «à tona neste mar alteroso em que navega», lê-se no Editorial.

Nota: Confesso que tenho má memória para datas. Mesmo os aniversários de familiares e amigos muito próximos me escapam. Já tentei registar os aniversários numa agenda, mas depois não a consulto. Peço desculpa aos aniversariantes.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O Marnoto Gafanhão

Ângelo Ribau



“O Marnoto Gafanhão” é um registo de memórias do Ângelo Ribau Teixeira, falecido em 11 de agosto de 2012. Foram muitos, familiares e amigos, os que sentiram a sua falta física, que a sua presença espiritual permanece em todos. 
Gostava imenso de ler e de escrever, como gostava da arte fotográfica e do convívio. Pessoalmente, posso testemunhar que bastante lhe devo. Durante a minha doença, que me obrigou na juventude a estar acamado, o Ângelo era visita quase diária. Lia junto ao meu leito e emprestava-me os livros da coleção do seu avô materno, Manuel Ribau Novo, e dos seus tios já então falecidos, o Padre Diamantino Ribau e o Dr. Josué Ribau. Sobre as leituras trocávamos impressões e entusiasmos. 
Depois veio a sua paixão pela fotografia. Lia tudo o que surgia sobre o assunto, o que o levou a seguir as experiências de Niépce e Daguerre, construindo um laboratório e adquirindo os produtos químicos necessários para a impressão e não só.
No meu blogue Pela Positiva publiquei durante 15 semanas “O Marnoto Gafanhão”, para tornar conhecida a vida de um gafanhão que trabalhou na agricultura e na marinha de sal de que seu pai, Manuel Teixeira (mais conhecido por Manuel Elviro), era marnoto. Foi militar e cumpriu uma comissão em Angola, já casado, com um filho, o Boanerges, e outro a caminho, o Miguel. Mais tarde veio a Cláudia. 
Estudou à noite e seguiu a carreira de contabilista, tendo atingido a categoria profissional de Técnico de Contas. 
Apreciava no Ângelo, também, o gosto pelo estudo e pelo conhecimento, sendo um autodidata que lhe permitia abordar diversas questões  à vontade. Tantas vezes me telefonou ou me enviou e-mails para apoiar, discordar ou sugerir que me pronunciasse sobre este ou aquele tema. Quando isto não acontecia, devia estar doente. E estava mesmo. 
Penso que esta publicação na blogosfera poderá servir para os que escrevem e falam sobre  marnotos e moços, sem nunca  terem pegado numa rasoila, num ugalho ou numa canastra cheia de sal para o depositar no cocuruto do cone salino. Falta-lhes o saber de experiência feito. O Ângelo escreveu sobre o que viveu. Ainda bem.

Fernando Martins

NOTA: O texto completo de O Marnoto Gafanhão passa a morar aqui 



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