O Dia Nacional do Pijama é um dia especial em que as criancinhas assumem um protagonismo verdadeiramente notável. Num gesto imbuído de solidariedade humana, pretendem ajudar outras crianças, órfãs de família. Esta iniciativa foi criada pela associação Mundos de Vida, em que as crianças pretendem relembrar, de forma simbólica, que qualquer criança tem direito a crescer no seio de uma família. Esta ação reveste-se de um caráter lúdico, tão do agrado da pequenada e, no Dia Nacional do Pijama, as crianças vão vestidas de pijama para a escola! As atividades, em muitas escolas e creches do país, são programadas com o intuito especial de sensibilizar toda a sociedade civil para esta problemática.
Neste dia, as crianças até aos 6 anos, este ano, alargado também a um número limitado de crianças do 1º ciclo, nas escolas e instituições participantes, de todo o país, vêm vestidas de pijama para a escola e passam, assim, o dia, em atividades educativas e divertidas, até regressarem a casa. O grande objetivo a atingir é consciencializar toda a gente que uma criança tem direito a crescer numa família.
Para além das escolas e instituições de todo o país, muitos municípios decidiram apoiar e aderir ao Dia Nacional do Pijama, passando a integrar esta data no plano de atividades educativas do seu concelho. Ao mesmo tempo, assumiram um papel ativo na divulgação desta iniciativa, através de várias formas, junto dos estabelecimentos escolares da rede pública, solidária e privada. Nos próximos meses, mais municípios vão integrar este movimento e passar a apoiar a expansão desta iniciativa no seu território, alargando-se o seu grau de cobertura em todo o país.
Neste momento, anuncia-se que já são CONCELHOS-PIJAMA pelo seu grau de envolvimento na divulgação do lançamento desta data, as Câmaras Municipais: da Maia, de V. N. de Gaia, do Porto, de Valongo, da Póvoa de Varzim, de Vila do Conde, de Matosinhos, da Trofa, de Vizela, de Guimarães, de Barcelos, de Esposende, de V.N. de Famalicão, de Braga e de Alenquer. Amplamente anunciado e divulgado nos media, esta iniciativa desperta no cidadão comum, um sentimento duma certa ambiguidade.
Se por um lado nos devemos congratular com atitudes de altruísmo, numa população cada vez mais egocêntrica, também nos leva a constatar que a sociedade enferma de um grande mal – o alijamento da responsabilização de muitos pais, relativamente aos descendentes que trouxeram a este mundo. Onde está, afinal, a responsabilidade parental que tanto se preconiza para um são e equilibrado desenvolvimento das crianças?
Mª Donzília Almeida
20.11.2013