quarta-feira, 31 de maio de 2006

Uma homenagem ao sábio Egas Moniz

"NA ESTEIRA DE EGAS MONIZ": Documentário será transmitido no Biography Channel
Revelar o homem que foi Egas Moniz porque “poucas pessoas conhecem o nosso Nobel da Medicina”. A constatação esteve na génese do documentário “Na Esteira de Egas Moniz”, da autoria de Rui Pinto de Almeida e de Alexandrina Pereira, exibido em ante - estreia nacional no Cine Teatro de Estarreja.
Ao longo de 58 minutos, os testemunhos de familiares, de antigos pacientes, e dos neurologistas António Damásio, Alexandre Castro Caldas e João Lobo Antunes constroem uma narrativa onde a representação da figura de Egas Moniz aparece contando na primeira pessoa momentos da sua vida.
O realizador do documentário “Na Esteira de Egas Moniz”, Rui Pinto de Almeida, considera que o resultado final vai de encontro aos objectivos traçados, no sentido de se divulgar a parte menos conhecida do Nobel, o Homem, o Cientista, o Político, o Escritor.
Em qualquer uma das facetas de Egas Moniz, “ressalta a genialidade do Cientista”, conclui o Vereador da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Estarreja, João Alegria. O documentário “dá-nos uma visão de quem foi Egas Moniz nas suas várias vertentes”.
No documentário, é feita a referência ao homem de fortes convicções, dotado de um grande sentido de justiça, na vida política e nos trabalhos que apresentava na Assembleia Constituinte de 1911.
Descobrir o político “foi um maravilhar constante”, diz deslumbrada Alexandra Pereira porquanto Egas Moniz “tinha ideais muito próximos dos nossos de hoje em dia. Foi muito gratificante ter contacto com as ideias dele, com uma parte da sua vida que eu desconhecia”.
Um homem sensível e carinhoso, ainda hoje muito recordado na família, pelos sobrinhos – netos que educou, pelo afecto e pela atenção que dispensava. Ao fazer as entrevistas, Alexandra Pereira percebeu que “ainda hoje as pessoas se comovem ao falar sobre ele”.
Após o profundo trabalho de pesquisa e investigação em torno da vida e obra de Egas Moniz, Rui Pinto tem apenas um aspecto a lamentar, “a falta de registo de imagens em movimento do Nobel”.
Existindo uma razão para essa lacuna. “Ele era uma ‘persona non grata’ do regime salazarista que o ignorava o mais possível. Não são conhecidos registos e como realizador sinto a falta de o ver em movimento”.
Outubro de 2004 foi a data de início do projecto. A criação de uma comissão científica foi um dos primeiros passos e encetar.
Sabendo-se que o “tema da leucotomia não é devidamente conhecido, entra em confusão com a lobotomia”, e para o devido esclarecimento e desmistificação da questão, foi imprescindível o contributo “dos dois principais neurologistas portugueses e a nível mundial também”, afirmou Rui Pinto de Almeida, referindo-se a João Lobo Antunes e Alexandre Castro Caldas.
A comissão científica ficou completa com a participação da Directora da Casa Museu Egas Moniz, Rosa Maria Rodrigues, numa aproximação à faceta humanista do investigador, tendo havido desde logo, a anuência da Câmara Municipal, colocando ao dispor da dupla o espólio existente em Avanca.
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Um poema de Reinaldo Matos

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BORBOLETAS Não mates a lagartinha Que se arrasta no jardim Do pomar do meu quintal; Não a mates nem persigas. Defende-a de qualquer mal: Da poeira das valetas E das garras das formigas; Defende-a, que bem precisa. Gostas de ver borboletas A voar de rosa em rosa, E aprecias mariposas? – Não mates a lagartinha Que se arrasta no jardim Do pomar do teu quintal!

Um artigo de António Rego

Os filhos
da Nação
Porquê, pergunta-se, o des-porto é o lugar de despejo de tantas angústias e esperanças de gente das mais variadas condições sociais e culturais? Porquê esse amontoado de sentimentos de vitória ou frustração, pelo simples facto – sejamos claros, falemos do futebol – de uma bola atravessar a linha desejada e interdita da baliza, depois de tantas leis aleatórias criadas e retocadas para tornar mais complexa e sedutora a operação vitória? Porquê tudo isto, se sabemos de antemão, que nada se passa, além dum prévio acordo convencional que dará a palma da vitória ou desonra da humilhação? E se entrarmos no terreno da empresa e do investimento, do estádio e de todos os suportes que estão na retaguarda dum jogo de futebol, que diferença entre o jogo do grande estádio e um entretenimento de bairro com uma insignificante bola de trapos? As coisas não são apenas o que são. São o que simbolizam, mais as metáforas que escondem, os sentimentos que expressam, as explosões de apreço ou fúria que acordam num clube, numa equipa, num país, numa pátria. E nesta matéria, o desporto - o futebol, no caso - aproxima-se de todo o discurso político, económico, social e até religioso, quase litúrgico, reflectindo-se no estímulo e no desencanto, nos êxitos e fracassos paralelos e eventualmente prenunciadores da colagem do real ao assumidamente simbólico do futebol. Parece que o país, perdido ou ganho um torneio, se sente perdido ou reencontrado no seu evoluir económico, social, internacional, como imagem de prestígio ou objecto de compaixão ou desprezo. O futebol ultrapassa as suas linhas, rompe as suas redes, suspende ou manda prosseguir o desafio da vida, puxa de cartões para castigar ou determinar os que devem ser expulsos do campo da dignidade. E mesmo quem não gosta de futebol quer saber o que aconteceu ou vai acontecer a Portugal como quem perscruta o oráculo dos deuses sobre o seu futuro. Estamos perante um jogo que se liga, mais do que se pensa, a um transcendente recheado de surpresa. Como escreveu Peguy: “Eu jogo por vezes com o homem, diz Deus, mas quem quer perder é ele – tonto - e sou eu quem quer que ele ganhe. E consegui, algumas vezes, que fosse o homem a ganhar…” Surpreendente, o jogo da vida, mais que os grandes jogos de estádio.

terça-feira, 30 de maio de 2006

Roteiro para a inclusão social

Cavaco Silva quer
"insuflar um
novo espírito
de solidariedade"
na sociedade
O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje a necessidade de "insuflar um novo espírito de solidariedade" na sociedade portuguesa para minorar as situações de exclusão social no país. "É preciso insuflar um novo espírito de solidariedade na sociedade portuguesa e mostrar as boas práticas que têm vindo a ser seguidas para atender às carências dos mais desfavorecidos", disse Cavaco Silva, ao dar início, em Reguengos de Monsaraz, ao segundo e último dia do “Roteiro para a Inclusão” e contra a pobreza.
Cavaco Silva lembrou alguns dados que ilustram a exclusão em Portugal - "ainda ontem estive num concelho [Alcoutim] com 500 idosos por cada 100 jovens" - e manifestou o seu desejo de "aprender mais" para poder agir a partir de Belém. "Estou aqui para aprender mais. Acho que o Presidente da República deve conhecer bem a realidade do seu país. Só assim pode actuar", declarou.
O chefe de Estado vincou depois que as realidades da exclusão, do envelhecimento e do êxodo contínuo do interior colocam os responsáveis políticos perante "especiais responsabilidades".
O primeiro Roteiro para a Inclusão conclui-se em Vila Velha de Ródão, com a inauguração da Casa de Artes e Cultura do Tejo e a inauguração de duas exposições: Arte Rupestre do Vale do Tejo e Tapeçarias de M. Cargaleiro.
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Fonte: PÚBLICO on-line

PAPA NA POLÓNIA

Lições de Bento XVI
em Auschwitz discutidas
por todo o mundo

Dois dias depois da passagem de Bento XVI pelo campo de concentração nazi de Auschwitz, continuam vivas as discussões sobre as suas palavras no local de morte, onde procurou a reconciliação com todos os que sofreram os horrores do regime de Hitler. A visita do Papa ao antigo campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau foi saudada pelo grande rabino da Polónia, Michael Schudrich, descrevendo-a como “um grande momento no processo de reconciliação” entre cristãos e judeus. Bento XVI denunciou a Shoah (Holocausto), não deixando de confessar que, “para um cristão e para um Papa alemão”, era difícil exprimir-se no cenário central do genocídio dos judeus da Europa.

Bispos da UE defendem maior justiça social

Desemprego e integração
dos imigrantes
são os principais problemas
A Comissão dos Bispos Católicos da UE (COMECE) manifestou hoje o desejo de que a justiça social aumente nos Estados-membros, lembrando que "o desemprego e a integração dos imigrantes" são os principais problemas, neste momento.
Representantes de doze dos episcopados estiveram hoje reunidos em Bruxelas para um dia de estudo sobre as prioridades do debate ético e social. "Confrontados com os desafios das mudanças demográficas na Europa e da globalização, a discussão foi marcada pela questão de como poderá a UE chegar a uma protecção social eficiente e sustentável para os que estão em necessidade, enquanto elemento do modelo social europeu", refere o comunicado final do encontro.
Debatendo o tema "Estratégia de Lisboa e Europa social", os Bispos encontraram-se com o comissário para a política social e de emprego, Vladimir Spidla. A COMECE pediu "uma atenção especial para saber que incentivos podem ser dados aos empresários, para que aceitem a suas responsabilidade social de forma global".Como última nota, os Bispos pedem que, respeitando o princípio da subsidiariedade, se trabalhe a nível europeu "para fortalecer a família e o matrimónio".
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

O Espólio Cinematográfico
As principais funções da Cinemateca Portuguesa - a conservação e divulgação de filmes - tem vindo a ser cumprida de uma forma bastante eficiente. Nas salas Félix Ribeiro e Luís de Pina, na Rua Barata Salgueiro, sucedem-se os ciclos cinematográficos e algumas antestreias de obras nacionais, o que, por vezes, representa a única projecção por estas conseguida. Paralelamente, em Bucelas, a secção ANIM (Arquivo Nacional de Imagens em Movimento) procede à recuperação de cópias de filmes, muitas vezes obras de grande qualidade que se encontravam quase perdidas, algumas ainda em suporte de nitrato (material de mais difícil conservação e altamente inflamável). Mais que a quantidade importa conservar a qualidade, nem tudo merecendo o custo da conservação em cofres especialmente ambientados para uma prolongada permanência de películas cinematográficas. Por outro lado, os múltiplos filmes estreados no circuito comercial, vêem as suas cópias destruídas quando terminados os poucos anos de direitos de exibição. A alternativa prevista na Lei - doação de uma cópia à Cinemateca - já fora adoptada pela 20th Century Fox, por iniciativa de Fimes Castello Lopes, ou melhor, de José Manuel Castello Lopes. Em data recente a Columbia Pictures seguiu o exemplo do seu concorrente, tendo assinado um protocolo entre a director-geral da distribuidora em Portugal, João Cameira, e o presidente da Cinemateca, João Bénard da Costa. Dois problemas se põem agora: como rejeitar alguns trabalhos menores sem ferir o espírito do acordo com a Columbia (de que desconhecemos o texto); como estender o mesmo processo a outras produtoras, não só americanas mas de muitas outras origens, especialmente europeias. Alargar o sistema é o passo essencial, tendo sempre em conta que há um limite do número de cópias arquiváveis. Deverá haver sempre um critério rigoroso na sua escolha.

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