domingo, 20 de maio de 2018

Quando o Pentecostes acabar é o fim

Bento Domingues

1. "O animal corre, e passa, e morre. E é o grande frio. / É o grande frio da noite, é a escuridão. / O pássaro voa, e passa, e morre. E é o grande frio. / É o grande frio da noite, é a escuridão. / O peixe nada, e passa, e morre. / E é o grande frio. / É o grande frio da noite, é a escuridão. / O homem come, e dorme, e morre. E é o grande frio. / É o grande frio da noite, é a escuridão. / Acende-se o céu, apagam-se os olhos, resplandece a estrela. / E aqui em baixo é o frio, e lá no alto é a luz. / Passou o homem, desfez-se a sombra, libertou-se o cativo. / Vem, espírito, vem, por ti chamamos." [1] 
O autor dos Actos dos Apóstolos diz que quando chegou o dia de Pentecostes – isto é, cinquenta dias depois da Páscoa – estavam todos os discípulos reunidos no mesmo lugar. Como disse na crónica do Domingo passado, se nada acontecesse de novo, continuava ali uma Igreja na sua prisão de medo, de gente pasmada, fiéis a um judaísmo tradicional, o judaísmo da fidelidade à letra que mata, e às interpretações infinitas do mesmo. Os Actos falam de algo insólito. Uma rajada de vento e línguas de fogo. O que teria sido aquilo? Estamos perante representações simbólicas. 
Segundo uma narrativa antiga, a diversidade de línguas era fruto de uma maldição divina [2]. Era deus que não queria que os povos se entendessem, não fossem eles unirem-se contra ele. Um deus assustado com a criatividade humana. 

Deambulando

MaDonA

O tempo é um bom tema de conversa, pois interessa a todos e qualquer um pode opinar sobre ele. Os britânicos até o usam, na falta de qualquer outro assunto.
Com a chegada da primavera, o sol voltou a convidar aos passeios pelo campo, às atividades de ar livre e às caminhadas pela nossa pitoresca vila. Com o ar lavado do pólen que a natureza explodiu em jorros, sabe bem deambular por entre ruas e ruelas que se cruzam. Os cheiros e sons misturam-se numa sinestesia dos sentidos.
À medida que me solto neste emaranhado de sensações vou-me envolvendo com este e com aquele que me interpela. Um conhecido que me saúda, a quem dou dois dedos de conversa, um antigo aluno que vem cumprimentar a teacher. Algum em quem a semente caiu em terra boa.
Há algum tempo, fui abordada pelo T. que me atirou dois beijos como o projétil de uma bala. Arremessado tinha sido ele de Herodes para Pilatos e a vida madrasta moldara-lhe um temperamento instável. Foi essa a ideia que me ficou dos tempos em que me passou pelas mãos, na sala de aula. Hoje, é um esbelto rapaz em que os traços masculinos são esteticamente harmoniosos.

sábado, 19 de maio de 2018

Um pinheiro do meu relvado


As sombras da noite que se aproximavam ainda deixaram ver a beleza de um pinheiro que habita o meu relvado. E a beleza que eu vi está na dinâmica de me apontar o céu estrelado que viria a seguir. 
Bom fim de semana. 

Feira do Livro - Aveiro de Eça


A Feira do Livro vai abrir portas já na próxima semana no Mercado Manuel Firmino.. Tem um subtítulo apelativo e oportuno. Eça, que respirou os nossos ares e apreciou a nossa ria e o nosso mar, será mote para um programa a condizer com a sua obra, bastante apreciada pelos amantes da literatura. Espero que assim seja para regalo dos queirosianos, e não só.

Praias da Barra e Costa Nova com Qualidade de Ouro



«À semelhança dos anos anteriores, a Associação Nacional de Conservação da Natureza identificou, num universo de 640 praias portuguesas, 390 com “Qualidade de Ouro”. Neste universo de 390 praias encontram-se as praias da Barra e da Costa Nova, no Município de Ílhavo.» Assim reza o comunicado da Câmara Municipal de Ílhavo que li hoje. Congratulo-me com o facto, convicto de que esta classificação muito contribuirá para o desenvolvimento turístico da nossa terra, nas mais variadas componentes. 
Certo é que esta Bandeira de Ouro é mais uma exigência para continuarmos a melhorar as nossas praias.  Os critérios da classificação prendem-se, naturalmente, com a qualidade da água, considerada excelente nas cinco últimas épocas balneares.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

O nosso Bispo fez anos

D. António Moiteiro 

O nosso Bispo, D. António Moiteiro, completou ontem 62 anos, pois nasceu em 17 de maio de 1956. Razão mais do que suficiente para o felicitar, com votos sinceros de que Deus continue a acompanhá-lo na sua missão episcopal entre nós e para nós. 
O Bispo é sempre, para mim, uma referência de vida, pela ação e pelo testemunho de fiel sucessor dos apóstolos. Dele recebemos, no dia a dia, propostas, sugestões e desafios para respondermos, enquanto cristãos, aos sinais dos tempos, lutando por uma sociedade mais humana, mais fraterna e mais solidária. 
Ouço e leio o nosso Bispo com gosto, procurando captar o essencial do que diz e escreve, sempre na perspetiva de que as suas palavras são sinais para levar à prática a Boa Nova de Jesus Cristo, alicerce da civilização do amor. 

Fernando Martins 

Festas de Vagos


Vagos faz parte integrante do nosso ADN. Os primeiros gafanhões vieram, no séc. XVII, de terras vaguenses com seus hábitos, tradições e, ainda, com muita garra para cultivar dunas, arrancando delas, regadas com muito suor, o pão de cada dia. Semeavam e plantavam, voltavam a semear e a plantar, e mais tarde, estas dunas, de que temos vestígios em cada canto, tornaram-se num celeiro da região, sendo as suas batatas as preferidas nos mercados de Aveiro e Ílhavo, como lembra Leite de Vasconcelos. 
Por tudo isto, Vagos permanece colado à nossa alma e, quer queiramos ou não, as alegrias dos vaguenses serão sempre as nossas alegrias, a nossa ternura e a nossa gratidão.

Sobre Santa Maria de Vagos, ler aqui. 

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