segunda-feira, 25 de maio de 2009

Crónica de um Professor…

Filosofia de vida
“Se não temos o que amamos…devemos amar o que temos…! Saltou-lhe aos olhos esta frase, quando circulava pelas coxias da sala de aula. Estava inscrita numa pequena caixa de plástico de forma paralelipípeda, pousada na carteira de uma aluna. Continha os apetrechos para a caracterização das personagens, daquela peça que iam levar à cena. O tema Cidadania, abordado e exaustivamente trabalhado na Área de Projecto, estava a dar os seus frutos. Os alunos empenhavam-se, e cada grupo decidira apresentar os resultados da forma que mais lhes agradava. Aquele resolvera fazer a dramatização duma peça em que o tema era apresentado com uma ingénua teatralidade. E… para grande espanto da teacher, estes alunos, de tão tenra idade ainda, conheciam os truques, as nuances que fazem da arte dramática algo de apetecível, de lúdico e também pedagógico. Queriam imitar a gente grande e quem sabe se ali não estará o alfobre de futuros talentos na arte de bem dizer!. A caixinha da maquilhagem… com uma panóplia de acessórios, continha as pinturas, os batons, os eyeliners de que qualquer guarda-roupa não prescinde. Mas... aquela inscrição ficara a laborar na mente da teacher… era uma frase profunda! Traduzia uma filosofia de vida que lhe era muito cara! Se, na verdade, a aplicarmos às nossas vivências, concluiremos que pode fazer uma mudança nas nossas vidas. Quando nos debruçamos e perdemos tempo a lastimar aquilo que não temos, e às vezes temos tanto a que não damos o real valor, não nos restará tempo, ânimo e disponibilidade mental, para apreciarmos, valorizarmos e desfrutarmos daquilo com que a natureza, tão prodigamente, nos dotou. À memória vem aquela pergunta insidiosa feita a duas pessoas, exactamente sobre a mesma coisa, mas que obteve duas respostas diametralmente opostas. Apresenta-se uma garrafa contendo vinho, até metade e pede-se a um homem sóbrio, e a um alcoólico, que descrevam o que vêem. - Ainda está meia cheia! Diz o homem sóbrio. - Já está meia vazia! Diz o alcoólico. Duma situação tão simples, aparentemente linear, há duas perspectivas, absolutamente opostas. Uma positiva, outra negativista, derrotista. Assim se passa nas nossas vidas. Há aqueles que desbaratam a vida a ver o que a garrafa não tem, a parte vazia, e não chegam a desfrutar do precioso néctar que a garrafa contém, até meio. - De que lado da barricada estás? Perguntam. Contrariando qualquer tendência etílica, responderia, de imediato, que se fica pela inscrição latina: In vino veritas! Ou Bonum vinum laetificat cor hominum! “Se te lamentas, porque não vês o sol, então nunca verás as estrelas!” E… a teacher gosta muito de contemplar um céu estrelado, nestas terras abençoadas das Gafanhas!
M.ª Donzília Almeida

Efemérides aveirenses

Olho da cidade, na Ponte-Praça, visto do canal central
1952-Maio-25 Três melhoramentos foram inaugurados, em Aveiro, neste dia, mas há 57 anos. Foram eles a Ponte-Praça, o Liceu Nacional de Aveiro e o Reservatório de água para o abastecimento da rede urbana. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

A campanha para as europeias aí está em grande

É preciso votar; a abstenção só prejudica o futuro
A campanha para as europeias aí está em grande. É preciso votar, porque a abstenção só prejudica o futuro. Não podemos nem devemos esquecer esta realidade. Mesmo zangados com alguns políticos, temos de fazer o esforço que mais se impõe em tempo de crise, para nos tornarmos co-responsáveis nas políticas europeias. Cada vez mais, as leis que nos regem são lançadas pelas estruturas comunitárias. O Parlamento Europeu é o único órgão da UE escolhido pelo povo. Razão mais do que suficiente para começarmos a acreditar nele. A Europa comunitária precisa de ideias novas que combatam o neoliberalismo desenfreado, ligado aos grandes grupos económico-financeiros, autores da actual crise. Temos mesmo de pensar no nosso futuro e no futuro dos que hão-de vir depois de nós. Para já, os nossos políticos, de uma maneira geral, estão mais interessados em politiquices e na política interna, do que noutra coisas qualquer. Importa questioná-los sobre o que pretendem fazer a nível europeu. Depois, olhando para as propostas dos partidos políticos e dos candidatos, procuremos tomar opções que se coadunem com os nossos valores e com as propostas com que mais nos identificamos. De forma livre e consciente. Fernando Martins

Aprendiz de viajante

Santuário de Schoenstatt
Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas. Aprendeu a viver sem possuir nada, sem um modo de vida. Caminha, assim, com a leveza de quem abandonou tudo. Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade. A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares, vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confunde com nenhum outro. Viajar, se não cura a melancolia, pelo menos, purifica. Afasta o espírito do que é supérfluo e inútil; e o corpo reencontra a harmonia perdida - entre o homem e a terra. O viajante aprendeu, assim, a cantar a terra, a noite e a luz, os astros, as águas e a treva, os peixes, os pássaros e as plantas. Aprendeu a nomear o mundo. Separou com uma linha de água o que nele havia de sedentário daquilo que era nómada; sabe que o homem não foi feito para ficar quieto. A sedentarização empobrece-o, seca-lhe o sangue, mata-lhe a alma - estagna o pensamento. Por tudo isto, o viajante escolheu o lado nómada da linha de água. Vive ali, e canta - sabendo que a vida não terá sido um abismo, se conseguir que o seu canto, ou estilhaços dele, o una de novo ao Universo. Al Berto (1948-1997)
Leia mais aqui

domingo, 24 de maio de 2009

Dia da Marinha – Festa na Praia da Barra

Somos um País de Marinheiros
Somos um País de Marinheiros. O mar corre-nos nas veias, ora agitado ora brando. Os navios enchem-nos a imaginação a toda a hora. Muitos milhares de pessoas marcaram presença na Praia da Barra, para assistir, hoje, a manobras dos marinheiros. Mas, fundamentalmente, para apreciar o desfile naval com que encerrou o Dia da Marinha, que este ano se associou às comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro. Desfilaram 11 navios da Marinha Portuguesa, mas o rei da festa foi o navio-escola Sagres, embaixador de Portugal junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Os aplausos não faltaram. E as mãos a acenar fizeram-me lembrar a partida e o regresso dos bacalhoeiros nos meus tempos de menino e moço. FM

Sorriso de Deus

Mais um sorriso de Deus, para contemplação. A nossa imaginação, mais rica e mais profunda que muitas palavras e imagens, saberá compor o quadro com a legenda mais adequada. Bom domingo.

Férias em tempo de crise? É preciso pensar nisso



Em tempo de crise também é possível gozar férias


Em tempo de crise também é possível gozar férias, tão enriquecedoras como em tempo de abundância. O que é preciso é ter imaginação e capacidade criativa para as programar. Sendo certo que férias são o período do ano em que os trabalhadores estão dispensados das suas obrigações profissionais, então poderá ser fácil conceber uma ou mais actividades diferentes das que se desenvolvem durante o ano. 
Se exercemos, habitualmente, profissões de natureza intelectual, procuremos nas férias um envolvimento físico; se forem de natureza manual, optemos por um período de lazer mais voltado para a leitura, para a cultura e para a diversão que não canse. 
O que importa é envolvermo-nos em algo diferente do normal. Tendo em conta que a crise actual não nos permite grandes despesas, há que ter imaginação para as evitar, não ficando a pensar que somos uns infelizes. Nada disso. Também podemos ser felizes sem gastar muito dinheiro. À nossa volta há muitas formas de nos divertirmos. 
De vez em quando avançaremos com algumas sugestões e até aceitamos propostas. Mas não fique agarrado à ideia de que sem dinheiro não podemos fazer nada de importante. Com criatividade, haverá sempre forma de gozar umas boas e merecidas férias por aqui à volta da Gafanha da Nazaré. 

Fernando Martins

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue