sexta-feira, 2 de maio de 2008

Haverá jornalistas livres?


"Todos sabemos, alguns por experiência, que o jornalismo e a liberdade de expressão foram amordaçados durante muitos anos no meio de nós por um poder autoritário que se defendia a todo o preço. Nesses tempos houve cúmplices da repressão e heróis da liberdade.Com a revolução de Abril como que se esvaziou o balão e se exorcizou, também pelo esquecimento, esse pesadelo."

António Rego

BUARCOS: Um olhar sereno






Dei comigo, enquanto calcorreava Buarcos, por ruas e ruelas estreitas, a pensar na beleza que vem doutros tempos. Buarcos, com sinais indeléveis do passado, mais ou menos distante, merece ser visitado. Por ali cirandando, ao sabor do rumorejar do mar, que se vê de quase todos os ângulos, o viajante não pode ficar indiferente às mulheres dos lobos-do-mar, que vestem, ainda a rigor, mesmo em dias de semana, as cores garridas de que tanto gostam, com os seus imprescindíveis aventais, não vá dar-se o caso de alguma escama de peixe se agarrar às saias ou às blusas sempre limpas e asseadas. Aqui deixo, de forma bem visível, duas marcas desse passado, que precisa, a meu ver de um pouco mais de cuidado. Passado e presente de braço dado. Aí estão à espera dos turistas do Verão, que não tarda.

FM
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DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS - 4 DE MAIO



Mensagem do Papa






«Os meios de comunicação social: na encruzilhada entre protagonismo e serviço. Procurar a Verdade para compartilhá-la»



"É preciso evitar que os media se tornem o megafone do materialismo económico e do relativismo ético, verdadeiras chagas do nosso tempo. Pelo contrário, eles podem e devem contribuir para dar a conhecer a verdade sobre o homem, defendendo-a face àqueles que tendem a negá-la ou a destruí-la. Pode mesmo afirmar-se que a busca e a apresentação da verdade sobre o homem constituem a vocação mais sublime da comunicação social. Usar para tal fim todas as linguagens, cada vez mais belas e primorosas, de que dispõem os media é uma tarefa grandiosa, confiada em primeiro lugar aos responsáveis e operadores do sector. Mas tal tarefa, de algum modo, diz respeito a todos nós, porque todos, nesta época da globalização, somos utentes e operadores de comunicações sociais. Os novos media, sobretudo os telemóveis e a Internet, estão a modificar a própria fisionomia da comunicação, e talvez esta seja uma ocasião preciosa para a redesenhar, ou seja, para tornar mais visíveis, como disse o meu venerado predecessor João Paulo II, os traços essenciais e irrenunciáveis da verdade sobre a pessoa humana (cf. Carta apostólica O rápido desenvolvimento, 10)."

Bento XVI

Leia toda a Mensagem

AVEIRO: BÊNÇÃO DOS FINALISTAS - 2


Protagonistas da esperança!

Nos cursos concluídos com êxito e nas Escolas frequentadas com gosto está sempre ancorada a esperança e daí se vislumbra, na linha do horizonte, a vastidão de um imenso oceano de sonho. A generosidade, a competência e a audácia marcam o ritmo dos passos a dar, inspiram a alegria do trabalho a realizar e alicerçam o sentido do dever a cumprir.
O tempo que se adivinha no vosso futuro tem aqui a sua âncora. Não para vos deixar continuamente amarrados ao cais ou presos às seguranças encontradas, mas para daqui partirdes com o encanto e o entusiasmo de quem se sente preparado para grandes e exigentes viagens. O saber adquirido, os valores encontrados, a ajuda recebida em vidas dadas, em testemunhos vividos e em acontecimentos celebrados oferecem-vos preparação, consciência e sentido para olhardes o horizonte com tenacidade e com confiança.
Acompanham-vos na viagem, que agora começa, as pessoas em memórias sempre recordadas e em gratidão diariamente sentida. Vão convosco a beleza da vida que aqui cresceu e o mérito do trabalho que aqui se realizou. Convosco vai sobretudo a capacidade inesgotável de vencer o pessimismo e de não temer diante das barreiras encontradas, das contrariedades sentidas e das portas teimosamente fechadas. A vida precede-vos sempre no caminho do futuro e a sociedade não se constrói sem vós.
É na consciência do mérito conseguido ao longo do tempo e hoje aqui celebrado, em bênção de Deus a todos oferecida, que se deve ancorar a vossa esperança. Um curso concluído não se confina ao bem e à beleza de um diploma alcançado com êxito e recebido com alegria. Um curso terminado transforma-se numa força imparável que sabe unir a competência profissional à criatividade empreendedora e à esperança cristã. Aqui se inspiram, com a bênção de Deus, dinamismos e projectos capazes de fazer prosseguir objectivos de inesgotável talento para trabalhardes no futuro, que hoje nasce, em prol de um mundo novo e de uma sociedade diferente.

Aveiro, 4 de Maio de 2008
António Francisco dos Santos,
Bispo de Aveiro

AVEIRO: BÊNÇÃO DOS FINALISTAS - 1

(Foto do meu arquivo)

É já no próximo domingo, 4 de Maio, pelas 11 horas, que vai haver festa expressiva na Alameda da Universidade de Aveiro, com a participação de mais de doze mil pessoas, entre alunos universitários, familiares e amigos. Aí, sob presidência de D. António Francisco, vai decorrer uma eucarístia, onde as manifestações de fé, de mãos dadas com a alegria e a emoção dos finalistas das escolas superiores de Aveiro, vão ser nota dominante e significativa, já que, para os que saem, este é mais um ciclo de vida nova, que importa agarrar com coragem e determinação, rumo a um futuro risonho para todos.

FM

BUARCOS: 1.º de Maio






1.º de Maio

Ontem, 1 de Maio, o Rancho das Cantarinhas de Buarcos brindou o seu povo e alguns turistas com danças e cantares, sempre com as cantarinhas bem equilibradas na cabeça das dançarinas. Foi bom de ver e de sentir a alegria das gentes de Buarcos, com o mar bem dentro da alma. Terra de pescadores, com tradições que perduram no tempo. Ontem, também, cruzei-me com uma mulher de Buarcos, com o seu trajo garrido, onde sobressai o avental e o oiro ao peito.
Com estas fotos, quero homenagear esta terra e esta gente que segura, bem firme, as suas marcas culturais, resistindo às invasões de turistas, sobretudo no Verão.
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Na Linha Da Utopia

Revisitar Maio de 68
1. Estas semanas serão oportunidade de revisitar um período especial da história do século XX. Na segunda metade do século passado, o ano de 68 assinalou um tempo de viragem. Exageradamente, para alguns esse foi o ano que mudou o mundo recente; para outros, foi só mais um momento de rebelião social. À medida que os anos vão passando, de forma mais justa e equilibrada, pode-se considerar que os anos 60 foram um tempo de rupturas e de transição, mas do brotar de determinadas concepções de liberdade e ética questionadoras dos considerados valores tradicionais sociais. Quarenta anos depois, são muitas as publicações que virão à luz do dia neste Maio de 2008, o primeiro do século XXI em tempos de aceleradas transformações sociais globais. 2. Em 1968 o General De Gaulle e a elite bem pensante francesa abalaram com uma revolta contra o elegante “status quo” conservador. Tudo começou com a revolta de estudantes de Paris, movimento que alastrou a toda a França, fazendo parar mais de 10 milhões de pessoas trabalhadoras. Os partidos comunistas, tendencialmente mas não exclusivamente, aproveitaram a boleia, embarcando e agigantando a onda que fez parar a França. De Gaulle geriu a resposta possível, acabando mesmo por dissolver a Assembleia Nacional e refugiando-se algum tempo na Alemanha. A insurreição superou todas as barreiras (étnicas, culturais, idade, classe, sexo), extravasando em muito a ideia dos seus populares e anarquistas impulsionadores. 3. Em Junho de 68 realizaram-se eleições. O partido gaullista ressurgiu vencedor com mais força. A ressaca desta surpreendente (e de algum modo gratuita) revolução popular, se por um lado terminou ali (como começou acabou com brevidade), por outro na sua filosofia mais profunda o «Maio de 68» assinala socialmente «o ano que não acabou». A força das liberdades galopantes das juventudes, indiferentes aos referenciais que os mais velhos ainda procuram transmitir, esta tensão não só continua como avoluma-se de problemáticas actualmente. Maio de 2008, quarenta anos depois, existem condições de crise e de desigualdade crescente, a par de uma multidão que não consegue um «lugar» na sociedade de todos e de uma certa classe política que persiste nos sinais de viver distanciada dos reais problemas das pessoas. 4. Todavia, hoje também se verifica uma sociedade civil muitas vezes indiferente e anémica…mas que sente cada dia as limitações sócio-económicas que impedem milhares de pessoas de construírem um interveniente projecto (pessoal e familiar) de vida. Ora nas causas, ora nas consequências, a crise sempre foi motor de rebelião e gerador de impulsos (por vezes irracionais) de expectativas. É por isso necessário continuamente diluir as tensões dos «nós» sociais a fim de orientar todas as energias e dinamismos, em diálogo ético de gerações, em ordem ao bem social comum. Foi o que faltou em 68 e que importa evitar que falte hoje. Alexandre Cruz

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