terça-feira, 25 de março de 2008

Delírios Suaves

"Cartas das Finanças que não estranharei se porventura me chegarem: Inquérito sobre os lugares onde compro jornais e revistas, por que raio compro tantos todos os dias, onde guardei as facturas, o que quer dizer “Rita:91123456” nas costas daquela factura da FNAC, onde está o Correio da Manhã de 27 de Dezembro a que corresponde esta factura, por que motivo não apresento facturas comprovativas da aquisição do jornal 'Meia-Hora'."
Leia mais em Pedro Rolo Duarte

LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO


O Presidente da República, Cavaco Silva, de visita oficial a Moçambique, tem dedicado largo espaço à Língua Portuguesa, a quinta mais falada no mundo. Isso, porque entende que o Português que deve ser mais apoiado a nível internacional, por todos os portugueses e pelas organizações estatais. “Os nossos interesses comuns impõem um trabalho conjunto em favor de uma maior afirmação internacional da nossa língua, mais consentânea com o seu estatuto de quinta língua mais falada no mundo”, afirmou o chefe de Estado, como li na comunicação social.
Quanto ao polémico acordo ortográfico, de que tanto se fala, penso que se impõe uma maior difusão dos prós e contras do acordo, sem esquecer que a Língua Inglesa, pelo que sei, nunca precisou de qualquer acordo para se impor no mundo. O mesmo se diga do Castelhano, também tão falado em toda a parte do universo.

FM

Fisco questiona os noivos

Mas quem teria pago o bolo?

O Fisco, na ânsia de cobrar impostos e de castigar quem a eles foge, resolveu questionar os noivos, no sentido de descobrir quem pagou o quê e a quem. Acho legítimo que o Fisco procure saber o que se compra e o que se vende, com o intuito de obrigar os transgressores a cumprirem as leis fiscais do País. Mas daí a incomodarem os noivos e a obrigá-los a denunciarem as ofertas que lhes fizeram vai uma grande distância. Penso que o Fisco terá possibilidades de descobrir tudo isso sem recorrer a processos de denúncia e a inquéritos a noivos. Por esse andar, qualquer dia, teremos o mesmo em relação aos baptizados, aos funerais, às festas de aniversário e quejandos.
Acho que os questionários não podem invadir a privacidade de ninguém, muito menos de quem vive uma festa que se pretende única e para sempre. Por exemplo, porque é que o Fisco não avisa que as empresas ligadas à organização de casamentos têm de estar colectadas, com contabilidade organizada? Isso parece-me legítimo. Como é legítimo fiscalizar as lojas que vendem objectos ou produtos conotados com prendas. Agora, procurar saber quem deu prendas… e quem prestou serviços… junto dos noivos, é que não me parece correcto. Parece-me certo, até me demonstrarem que estou errado.
FM

segunda-feira, 24 de março de 2008

Segunda-Feira de Páscoa


Na segunda-feira de Páscoa, o povo da Gafanha sempre a dedicou à Feira de Março. Quando eu era miúdo, os autocarros da Auto Viação Aveirense não paravam, sobretudo depois do almoço. O pessoal não tinha carro, como hoje. O meio de transporte mais usual era a "camioneta da carreira", como então se dizia. Nas paragens, os amigos da Feira apareciam em massa. Depois, era a compra de pequenas coisas que faziam falta ao dia-a-dia: a colher de pau, o tacho de barro, os brinquedos para a criançada, as farturas que sempre ali tiveram espaço, o saca-rolhas, os sapatos e a roupa feita, etc. Compras feitas, uma voltinha nos carrocéis, uma visita ao Poço da Morte, onde o Dias, do Stand Dias, mostrou como um jovem normal também lá sabia andar de mota, era o regresso com a tralha às costas. E as camionetas, com o tejadilho cheio, lá faziam o transporte de regresso a casa. Era um dia de alegria.
FM

ÍLHAVO: Homenagens no Dia do Município

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré na Polónia

A Câmara de Ílhavo homenageou, hoje, em sessão solene, comemorativa do dia do município, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré e três munícipes considerados “embaixadores de Ílhavo no mundo”, todos com medalhas de vermeil. Ainda foram distinguidos, com medalhas de dedicação, os antigos funcionários Fernando Conde e Hélder Viana. Em minha opinião, os galardoados mereceram o reconhecimento da autarquia, pelo muito que fizeram em prol do Concelho de Ílhavo e da suas gentes.
Os meus parabéns a todos.

ÍLHAVO: Feriado Municipal


E os ílhavos saíram vencedores...
(...)
«Ora os homens do Norte estavam disputando com os homens do Sul: a questão fora interrompida com a nossa chegada à proa do barco. Mas um dos ílhavos – bela e poética figura de homem –, voltando-se para nós, disse naquele seu tom acentuado: “Pois aqui está quem há-de decidir: vejam nos senhores. Eles, por agarrar um toiro, cuidam que são mais que ninguém, que não há quem lhes chegue. E os senhores, a serem cá de Lisboa, hão-de dizer que sim. Mas nós...”
– “Nenhum de nós é de Lisboa: só este senhor que aqui vem agora.”
Era o C. da T. que chegava.
– “Este conheço eu; este é dos nossos!” bradou um homem de forcado, assim que o viu: “Isto é um fidalgo como se quer. Nunca o vi numa ferra, isso é verdade; mas aqui de Valada a Almeirim ninguém corre mais do que ele por sol e chuva, e há-de saber o que é um boi de lei, e o que é lidar com gado.”
– “Pois oiçamos lá a questão.”
–“Não é questão”, tornou o Ílhavo: “mas, se este senhor fidalgo anda por Almeirim, para Almeirim vamos nós, que era uma charneca outro dia, e hoje é um jardim, benza-o Deus! – mas não foram os campinos que o fizeram, foi a nossa gente que o sachou e plantou, e o fez o que é, e fez terra das areias da charneca.”
– “Lá isso é verdade.”
– “Não, não é! Que está forte habilidade fazer dar trigo aqui aos nateiros do Tejo, que é como quem semeia em manteiga. É uma lavoura que a faz Deus por Sua mão, regar e adubar e tudo: e o que Deus não faz, não fazem eles, que nem sabem ter mão nesses mouchões co plantio das árvores: só lá por cima é que algumas têm metido, e é bem pouco para o rio que é, e as ricas terras que lhes levam as enchentes.”
– “Mas nós, pé no barco pé na terra, tão depressa estamos a sachar o milho na charneca, como vimos por aí abaixo com a vara no peito, e o saveiro a pegar na areia por não haver água... mas sempre labutando pela vida.”
– “A força é que se fala” tornou o campino, para estabelecer a questão em terreno que lhe convinha: “A força é que se fala: um homem do campo que se deita ali à cernelha de um toiro que uma companhia inteira de varinos lhe não pegava, com perdão dos senhores, pelo rabo!...”
E reforçou o argumento com uma gargalhada triunfante, que achou eco nos interessados circunstantes que já se tinham apinhado a ouvir os debates.
Os ílhavos ficaram um tanto abatidos; sem perderem a consciência de sua superioridade, mas acanhados pela algazarra.
Parecia a esquerda de um parlamento quando vê sumir-se, no burburinho acintoso das turbas ministeriais, as melhores frases e as mais fortes razões dos seus oradores.
Mas o orador ílhavo não era homem de se dar assim por derrotado. Olhou para os seus, como quem os consultava e animava, com um gesto expressivo, e voltando-se a nós, com a direita estendida aos seus antagonistas:
– “Então agora como é de força, quero eu saber, e estes senhores que digam, qual é que tem mais força, se é um toiro ou se é o mar.”
– “Essa agora!...”
– “Queríamos saber.”
– “É o mar.”
– “Pois nós que brigamos com o mar, oito e dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é que tem mais força?”
Os campinos ficaram cabisbaixos; o público imparcial aplaudiu por esta vez a oposição, e o Vouga triunfou do Tejo.»


Almeida Garrett
In "Viagens na minha terra"
Nota: O fidalgo "C da T" era o Conde da Taipa

Bento XVI lembra dramas da humanidade


Papa recordou Darfur e Somália,
Terra Santa, Iraque, Líbano e Tibete
antes da Bênção "Urbi et Orbi"


"Na solene vigília de Páscoa, as trevas tornam-se luz, a noite cede o passo ao dia que não conhece ocaso. A morte e ressurreição do Verbo de Deus encarnado é um acontecimento de amor insuperável, é a vitória do Amor que nos libertou da escravidão do pecado e da morte. Mudou o curso da história, infundindo um indelével e renovado sentido e valor à vida do homem."

Bento XVI, na sua Mensagem Pascal

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