sábado, 9 de fevereiro de 2008

O CARDEAL TETTAMANZI E OS CATÓLICOS DIVORCIADOS


Há anos, no aeroporto de Lisboa, uma senhora que eu não conhecia de lado nenhum aproximou-se para me dizer delicadamente, num quase agradecimento, que se tinha divorciado, com o meu contributo.
"Como?!...", atirei-lhe eu, perplexo. E ela: que eu tinha feito uma conferência - era verdade - e tinha dito que ninguém deveria ser obrigado a viver no inferno e ela vivia num inferno e, com aquelas minhas palavras, arranjara coragem.
De outra vez, ia a entrar para uma conferência, e um casal disse-me à queima-roupa: "Obrigados pelo que escreveu sobre os católicos divorciados e recasados!"
Nós nunca sabemos quais são exactamente as consequências, boas e más, do que dizemos ou escrevemos. Mais uma razão para se procurar a verdade e a honestidade!
Há dias, um outro casal intimou-me: "Viu aquelas declarações de um cardeal sobre os divorciados? Escreva qualquer coisa sobre isso."
Eu pensava que as pessoas eram mais ou menos indiferentes ao facto de a Igreja proibir a comunhão aos católicos que se divorciam e voltam a casar. Mas fui-me apercebendo de que não é assim. Quando permanecem ligadas à Igreja, é doloroso. Para quem não será doloroso, em qualquer situação, sentir-se excluído? À distância, é fácil ver que muitos, homens e mulheres, seguiram Jesus, fascinados, porque ele incluía no Reino de Deus - o Reino de Deus é, numa primeira instância, "uma vida mais digna e feliz para todos" (J. A. Pagola) - aqueles e aquelas que a sociedade e a religião oficial excluíam. O teólogo Edward Schillebeeckx pergunta algures sobre a alegria de um marginalizado convidado por alguém significativo para "tomar um copo". Ora, Jesus sentou-se à mesa - um sinal da presença do Messias de Deus -- com os pecadores públicos, as prostitutas, os pobres, aqueles e aquelas que a vida excluiu. A alegria deles foi sem nome.
Agora, o arcebispo de Milão, cardeal Dionigi Tettamanzi, numa carta pastoral que tem por título "O Senhor está perto de quem tem o coração ferido", reconheceu que a Igreja Católica "descuidou e ignorou" os separados e divorciados. A Igreja não esteve atenta aos seus "sofrimentos". Assim, Tettamanzi exprime-lhes o seu "pesar", se encontraram homens ou mulheres da comunidade cristã que "de algum modo os tenham ferido", "julgado sem misericórdia" ou "condenado".
Lê-se na carta: "A Igreja sabe que em certos casos não só é lícito, mas inevitável, tomar a decisão de uma separação. Para defender a dignidade da pessoa, evitar traumas profundos e salvaguardar a grandeza do matrimónio, que não pode transformar-se num rosário insustentável de ataques e ferimentos mútuos." Por isso, a Igreja não os "julga" nem os "olha como estranhos que faltaram a um pacto; pelo contrário, sente-se participante das necessidades que os tocam intimamente".
Assim, faz-lhes um apelo para que não abandonem a Igreja: "Também de vós a Igreja espera uma presença activa", e convida-os, concretamente, a "participar com fé na Missa".
Mas cá está! Continua a proibição de acederem à comunhão. Ora, é precisamente esta exclusão que faz problema. De facto, é como alguém ser convidado para um banquete e, depois, não lhe ser permitido comer e participar.
Objectar-se-á que a Igreja tem de ser fiel à doutrina. Eu diria que é evidente que há o ideal de um casamento indissolúvel e fiel e de uma família estável, a promover também pelo Estado. Aliás, em princípio, quem se casa não leva consigo, à partida, o subterfúgio do divórcio, que implica imenso sofrimento para os cônjuges e sobretudo para as crianças. Mas também há a vida na sua realidade tantas vezes crua, como reconhece o cardeal.
Sem culpa, com culpa de um ou do outro ou dos dois, por vezes, "a separação é lícita e inevitável".
Quando já não há amor, já não são aquele e aquela que se conheceram e amaram. O tempo mudou-os.
Se, depois, em dignidade e na responsabilidade, refizeram a vida num novo casamento, deverá a Igreja, lembrando-se de Jesus, o da inclusão, manter para todos, definitivamente, a exclusão da comunhão?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Figuras da nossa terra



Manel da Raquel

Falando com pessoa amiga de figuras típicas da Gafanha, logo veio à baila o Manel da Raquel. Se fosse vivo, teria agora 68 anos. Durante a conversa, logo nos lembrámos da simpatia com que era acolhido por toda a comunidade. Era um deficiente mental, mas conseguia reconhecer as pessoas e até articulava algumas palavras e dizia curtíssimas frases. Era prestável, quando lhe apetecia, e vivia muito à volta da igreja matriz, onde participava nas principais missas, funerais e outras cerimónias, sem causar qualquer distúrbio. Quem ficasse ao lado dele, podia ouvir como ele, imitando as pessoas, sussurrava monossílabos ininteligíveis, de resposta ao celebrante. Eram mais sons do que palavras. E ali estava, na cerimónia, sentado, ajoelhado ou de pé, como qualquer participante.
Depois, andava de café em café a encontrar-se com os amigos, ajudando, se estivesse em dia disso, um ou outro, em tarefas simples. Não havia ninguém que não lhe dirigisse a palavra, à qual ele respondia, habitualmente, com alegria. Às vezes, irritavam-no, sem qualquer razão, mas, no fundo, todos gostavam do Manel da Raquel. Raquel era sua mãe, que muito sofreu para tratar de dois filhos deficientes.
O Manel utilizava os autocarros da Auto Viação Aveirense, entrando e saindo quando lhe apetecesse. Sempre ouvindo e respondendo às brincadeiras dos amigos e conhecidos. E até ia, com frequência, ver o seu Beira-Mar, ao estádio Mário Duarte, onde tinha sempre a porta franqueada. Era de todos conhecido e por muitos respeitado e ajudado. Nunca me lembro de o ter visto mal vestido ou sujo, salvo quando, pela força das circunstâncias, não sabia evitar a sujidade.
De quando em vez, fazia de sinaleiro, junto à igreja, quando pressentia que a manobra estava difícil. E um dia, conta-se, tantas ordens deu que o condutor, que não o conhecia, avançou, provocando um choque com outro veículo. Perante os protestos do confiante condutor, respondeu, com alguma graça: “é preciso ter olhinhos; é preciso ter olhinhos!”
No Timoneiro de Setembro/Outubro de 1977, tinha ele 38 anos, noticia-se, em artigo do Padre Miguel Lencastre, ao tempo prior da Gafanha da Nazaré, que a mãe do Manel faleceu no dia 30 de Outubro, tendo-se realizado o funeral no dia 1 de Novembro. A missa do funeral celebrou-se no cemitério, com a participação de toda a gente que ali recordava os seus mortos. No momento da colecta, o Padre Miguel fez um apelo à população para que contribuísse com os seus donativos, porque era urgente ajudar o Manel e seu irmão Carlos, também deficiente. Depois foi o arranjo da pobre habitação, dando-lhe melhores condições de habitabilidade.
Anos mais tarde, o Manel foi acolhido por um irmão, na Gafanha da Encarnação. E nunca mais apareceu nos sítios do costume. Houve, certamente, razões para isso. Morreu passado algum tempo. E não faltou quem dissesse que tal se ficou a dever ao facto de o Manel da Raquel ter saído do seu ambiente natural. Penso que não. O que importa, neste momento, é recordar esta figura típica da nossa terra, de quem todos gostavam.

Fernando Martins

Açores: Pico e Faial

Pico: Monumento ao baleeiro



Faial: Vulcão dos Capelinhos


Açores: Pico e Faial


Mais desafios para férias, nas ilhas atlânticas dos Açores. Como deve ser interessante andar por lá com os olhos bem abertos, para ver o mar de todos os lados e a terra com cheiros e paisagens, que se hão-de tornar inesquecíveis a quem puder senti-los com o corpo e com a alma!

Jacinta Canta Zeca Afonso

Aqui fica, para apreciação dos meus amigos, uma belíssima interpretação da Jacinta. Zeca Afonso sai enriquecido com a voz desta cantora que tanto aprecio.

DIÁLOGO IGREJA MUNDO, DIFICIL MAS INDISPENSÁVEL


"Olhar o mundo das pessoas, com um olhar positivo como Deus o olha, acorda apelos e sentimentos de responsabilidade. Sempre foi para a Igreja um caminho de renovação, de resposta válida e de presença significativa, estar atenta e solidária com os problemas das pessoas, quer estes se traduzam em alegrias ou tristezas, vitórias ou derrotas, certezas ou dúvidas. A novidade de Deus e dos seus dons revela-se no confronto com as realidades que afectam, de modo positivo ou negativo, a vida das pessoas concretas, em cada tempo, lugar ou condição."


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Na Linha Da Utopia



A gratuitidade

1. É a generosidade e o despojamento abnegado que farão de cada pessoa uma dádiva para o mundo. Na mensagem de Bento XVI, para a começada preparação da Páscoa 2008, é sublinhado esse valor da “oferta” como escola de vida. Uma vida que, na base de a ler como construção constante, dará as garantias da estabilidade assente na vivência do dia-a-dia. É a esse valor da renovação permanente que este tempo quaresmal pré-primaveril nos vai chamando. Numa consciência de que todas as coisas são breves e tudo fica no mundo, sendo a única via do futuro a identificação absoluta com a esperança que, procurando a identificação original, brota do invisível de Deus.
2. Neste estímulo à gratuitidade, em última análise, ninguém tem a exclusividade dos bens e ao mesmo tempo todos os bens são de todos e de cada um. Não há incompatibilidades… É uma forma de dizer que o “destino universal dos bens” apela a uma finalidade última dignificante de todas as coisas. Na referida mensagem é sublinhado que «não somos proprietários mas administradores dos bens que possuímos: assim, estes não devem ser considerados propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor (“pai criador”) chama cada um de nós a fazer-se intermediário da sua providência junto do próximo».
3. É mesmo a identidade do ser “administrador” a nossa condição humana. Parece que, pelos sinais que o mundo continua a dar, não temos sido tão bons administradores, da ordem material (do pão e água para todos) à ordem espiritual (a fome de dignidade humana que paira em tantas concepções que excluem). Ao olharmos para a questão ecológica que nos coloca num obrigatório patamar de comunidade global, a natureza dá-nos esse sinal de uma gratuitidade a redescobrir e não mais uma táctica para explorar. Talvez tenhamos sido mais “exploradores” que gestores. Dirigindo-se à comunidade, Bento XVI lembra que, «quando se oferece gratuitamente a si mesmo, o cristão testemunha que não é a riqueza material que dita as leis da existência, mas o amor». Assim seja!
4. Afinal, muito e sempre acima de qualquer codificação ou instituição está essa força (e)terna que (lhes dá razão e que) assumiu SER PESSOA no tempo para nos conduzir pelos caminhos desse “reino” não da terra, mas dos “céus”. Que bom seria se todos os olhares críticos não perdessem tempo e mergulhassem nessa compreensão misteriosa do essencial! Também aqui, este “tempo de revisão” quer ser “meio” para um chegar pascal!

Alexandre Cruz

Padre António Vieira, um homem de todos os tempos



A celebração dos 400 anos do nascimento do Padre António Vieira, jesuíta, que se distinguiu em diversas áreas, nomadamente, na vivência e divulgação da fé crista, na defesa dos indígenas brasileiros, na oratória, na arte de escrever e na política, entre outras, veio mostrar que muito pouco sabemos de um homem cuja cultura, no século XVII, se situava muito acima do comum dos mortais. Pelos seus sermões, carregados de sabedoria e de ensinamentos, sabe-se que a sua cultura, multifacetada, fez dele um homem que se projectou no tempo. Até hoje.
Como é costume, celebrações deste género, sobre figuras pátrias fascinantes, ficam-se por Lisboa. O resto do País é paisagem. Infelizmente.
Ontem, no Centro Cultural de Belém, foram lidos e comentados alguns dos seus sermões. Encarregaram-se disso personalidades da cultura, em especial Rodrigo Guedes de Carvalho, Baptista-Bastos, Mega Ferreira, Gonçalo M. Tavares e José Tolentino Mendonça. E foi bom conhecer melhor, por uma ou outra frase que li ou reli, a riqueza da sapiência de António Vieira. Mas também foi interessante confirmar a oportunidade dos seus escritos para os nossos dias.
Pelo relato dos órgãos de comunicação social pude ficar mais rico, mas não deixei de sentir que os lisboetas são uns felizardos.

FM

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