sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Estamos a navegar em terrenos muito pantanosos

Nas malhas da liberdade

PorAlexandre Cruz

1. O tecido social da comunidade só consegue fluir criativamente no princípio basilar da liberdade. Esta liberdade, em sociedade de democracia amadurecida, revela-se como o pilar estruturante que garante o exercício da pluralidade e da respeitosa tolerância. Conseguir conviver com a diferença de opinião, de ideia, crença, política, visão estratégica, eis os sinais claros de que a liberdade é nossa companhia constante e que esta preserva o exercício público de todos e o particular de cada um. No século XX, à medida que os poderes da comunicação foram crescendo, estes foram sendo um palco preferencial do exercício da opinião, conveniente quando vem a favor, inconveniente, quando a opinião não é favorável. Estamos a navegar em terrenos muito pantanosos, onde as fronteiras da liberdade devem coexistir com as da responsabilidade colectiva.

Um poema de Rainer Maria Rilke



O Homem que Lê



Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.


E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira

Jorge Sampaio, por muito menos, não demitiu Santana Lopes?

A triste sina de Portugal


Desde que me conheço, sempre senti que o nosso País teve de enfrentar enormes desafios para prosseguir na sua caminhada rumo ao futuro. Em alguns períodos da sua história, porém, soube ocupar um lugar cimeiro no concerto das nações. Nos Descobrimentos, por exemplo.
Nos dias de hoje, o caos que se tem instalado entre nós, visível por todos os que sabem ver, não nos pode conduzir a lado nenhum, de progresso e de dignidade. Quem está atento ao que se diz na comunicação social não pode deixar de reconhecer que assim é.
António Capucho, Conselheiro de Estado, defendeu ontem que, face aos escândalos justa ou injustamente ligados ao primeiro-ministro, o PS deveria propor ao Presidente da República um seu militante para ocupar o lugar de José Sócrates, já que ele não apresenta a sua demissão.
Penso que Portugal está farto de políticos, quando precisa de estadistas impolutos, respeitados e respeitadores. Afinal, o Presidente Jorge Sampaio, por muito menos, não demitiu Santana Lopes?

FM

História de Portugal de Rui Ramos

A História de Portugal de Rui Ramos, nas bancas há meses, tem recebido os maiores elogios. Ainda não a comprei nem li. Mas na primeira oportunidade terei de o fazer. Ainda agora, ao ler no PÚBLICO a habitual crónica de Vasco Pulido Valente, confirmei a necessidade de ler aquela História que, tanto quanto me parece, nos oferece uma leitura mais realista  e crítica do que foi o nosso passado enquanto povo.

Nem tudo é mau em Portugal

Portugal é o 21.º melhor país para se viver

«A revista International Living coloca Portugal na 21.ª posição da sua tabela anual de melhores países para se viver, que classifica 194 nações a partir de um conjunto de indicadores que vão do custo de vida até ao clima, passando pela cultura e entretenimento, economia, ambiente, liberdade, saúde, infra-estruturas e segurança. Em relação ao ano anterior, Portugal subiu quatro posições.»

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"Praça da Alegria" em Ílhavo: 16 de Fevereiro, terça-feira de Carnaval

Jorge Gabriel e Sónia Araújo


No próximo dia 16 de Fevereiro, Terça-Feira de Carnaval, a praça mais simpática e animada da televisão portuguesa – “Praça da Alegria” –  vai estar ao vivo a partir do Jardim Henriqueta Maia, em Ílhavo.
Tendo como temas principais a época carnavalesca que se vive nestes dias, e com especial destaque para o original e tradicional Carnaval de Vale de Ílhavo e para as suas figuras inigualáveis, os Cardadores, assim como a nossa rica Cultura Marítima, nas suas várias vertentes, este programa, apresentado por Jorge Gabriel, Sónia Araújo e Hélder Reis, contará igualmente com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo,  Ribau Esteves, em mais uma excelente oportunidade de promoção do nosso Município, das suas Tradições e das suas Gentes no País e nas Comunidades Portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do Mundo.
Com início marcado para as 10 horas, é com todo o gosto que a Câmara Municipal de Ílhavo convida todos os munícipes a assistir a esta emissão do “Praça da Alegria”, num dia que, aliado à folia que caracteriza esta época festiva, será certamente muito bem passado e em excelente companhia.


Fonte: CMI

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Igreja matriz da Gafanha da Nazaré

Há 100 anos, tantos quantos tem a freguesia e paróquia da Gafanha da Nazaré, andava em construção o igreja matriz, para substituir a primeira, que o foi apenas dois anos. Em 1912, começaram no novo templo os serviços litúrgicos, embora as obras prosseguissem mais uns anitos. A documentação também envelheceu e desapareceu. O tempo não perdoa.
O Ângelo Ribau. neto de um grande mentor e coordenador da construção da igreja, Manuel Ribau Novo, encontrou a velha planta, que mandou reproduzir, graças a técnicas modernas. Teve a gentileza de me enviar o trabalho, que aqui mostro aos meus leitores e amigos. Aos poucos vamos ajudando a reescrever a história da nossa terra.

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