sexta-feira, 4 de abril de 2008

Exposição no Museu Marítimo de Ílhavo

A propósito do texto que publiquei ontem sobre a exposição que vai ser inaugurada amanhã, sábado, pelas 17 horas, no Museu Marítimo de Ílhavo, recebi, do meu assíduo leitor João Marçal, o seguinte comentário, que está anexo à notícia que dei. Dada a sua importância, para aqui o transportei, na certeza de que vai ser mais lido, enriquecendo, sobremaneira, quem gosta destas coisas do mar, dos navios e da nossa gente.
FM
Esta agulha magnética pertenceu ao NTM "Creoula" e o seu destino era a sucata quando o navio foi remodelado para as actuais funções. Numa visita que fez ao estaleiro o Cap. Marques da Silva viu-a entre outras peças numa lixeira e aproximou-se como que para lhe dizer um último adeus, depois de algumas viagens em que esta o orientou no mar. Alguém o observou de longe e veio-lhe perguntar se a queria. Transportaram-lha para casa, ele recuperou-a e hoje é uma bonita peça de museu e capa do convite para a exposição dos seus trabalhos relacionados com o tema da vida que abraçou: a Pesca do Bacalhau.
JM

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Na Linha Da Utopia


À Janela

1. O mundo corre depressa, demais, sem tempo para saborear os momentos, os instantes, os pormenores, ávida. É a nova lei da sobrevivência. A lógica da quantidade invade todos os terrenos que precisam respirar “sentido”, horizonte, para “ser” qualidade. Vivemos muito do tempo em “janelas” de comunicações informáticas, nas novas tecnologias que nos vão (tele)comandando. Um bem extraordinário, mas mais um desafio a saber conviver quanto baste com elas para haver tempo(s) de convivência com aqueles que são a razão de ser da vida, as pessoas... Para não nos deixarmos “afogar” nas “coisas” utilitárias, o autodomínio e a distância crítica serão, hoje, uma alavanca decisiva em ordem a preservar a humanidade da Humanidade.
2. Um dia destes, na nossa cidade, no momento em que o sinal vermelho obriga a parar, reparo num rosto de uma pessoa, de seus 70-80 anos que estava à janela de uma casa. O dia estava de um sol que brilhava, iluminando as ruas e as relações das pessoas. O rosto dessa pessoa idosa, que parecia estar em pé com muleta, era como quem, procurando fugir daquela solidão que “mata”, anseia por uma réstia de luminosidade que seja o sentir a vida da cidade. O semáforo passou a verde, tem de se acelerar, senão uma buzinadela faz assustar os transeuntes do passeio. Uma última olhadela nessa pessoa e, até sempre. Quantas janelas falam solidão pelo olhar de quem ela é o único fio de contacto com a cidade dos vivos! Quantas janelas, do lado de dentro, gritam um silêncio perturbador da inquietação do “não há tempo” para amar a vida dos que nos deram a vida?!...
3. O único remédio parece ser mesmo “remediar”. Os modelos de sociedade, de quando em quando com impulsos que cortam o resto de tempo para conviver, caminham na ordem do pragmatismo alucinante. Este, muitas vezes, dependendo do património de valores, é inimigo da “companhia”, da sensibilidade, do tempo para estarmos mais uns com os outros. Mas também, noutras circunstâncias, quando esse tempo sobra não existe um “coração” afável que saiba cuidar do essencial. Este é o tempo das opções com sentido de humanidade. Quanto mais ampararmos mais seremos amparados... Se não cuidarmos dessa árvores da vida, com afecto, amor e presença, também é essa janela que nos (des)espera. Tem de haver tempo…para que o sol de todos os dias possa entrar por essas janelas de um coração humano!

Alexandre Cruz

Exposição no Museu Marítimo de Ílhavo

No próximo sábado, 5 de Abril, pelas 17 horas, vai ter lugar, no Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), a assinatura do protocolo de depósito da "Colecção Capitão A. Marques da Silva", que vai ficar exposta, temporariamente, naquele museu ilhavense. Na mesma altura será apresentado o respectivo catálogo.
Segundo o director do MMI, Álvaro Garrido, o depósito e exposição da colecção do Capitão A. Marques da Silva "acrescenta riqueza às memórias materiais da 'faina maior', visto que a maioria das peças permitem ao Museu novos e belos suportes de discurso para as memórias que pretende evocar".

Ponte da Barra quase pronta



Folgo em saber, pela Rádio Terra Nova, que as obras da Ponte da Barra deverão ficar concluídas no próximo dia 24 de Maio. Isto significa que, no Verão, que vem aí a correr, os moradores e veraneantes já não terão problemas no acesso às praias da Barra e Costa Nova. Há décadas que a ponte estava a necessitar de obras, que garantíssem a segurança de quem por ela passava. Era bem visível uma depressão na estrutura, que na altura denunciei. Depois garantiram-me que não havia perigo, mas sempre restava a dúvida de a ponte ruir, de um dia para o outro. Não conteceu, felizmente. Mas aconteceu na velha ponte de madeira, que ligava o Forte à praia da Barra, e na ponte, de cimento armado, que estabece a ligação da Gafanha da Nazaré a Aveiro.

FM

BARRA DE AVEIRO: DIA DE ANIVERSÁRIO




A Barra de Aveiro vive hoje um dia diferente. Dois séculos de vida não podem ficar esquecidos. Como já neste espaço referi, teremos um dia de festa, com um conjunto de iniciativas dignas de louvor. Sem pretender repetir o que já divulguei, permitam-me que sublinhe a edição e lançamento de um livro, "Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”, de Inês Amorim, que mostrará a génese e o desenvolvimento do Porto de Aveiro, ao longo destes dois séculos. No entanto, penso que todos, neste dia histórico, podemos e devemos homenagear a Barra de Aveiro, visitando-a e apreciando-a, como ela merece. Em jeito de agradecimento ao que ela representou, e representa, para toda a região. Contudo, os gafanhões, os que lhe estão mais próximos, têm acrescidas razões para olharem a sua Barra, chamada Barra de Aveiro.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

OS FOLARES


Na Páscoa, ofereceram-me um folar caseiro. Digo caseiro porque foi feito em casa, ao natural, em forno de lenha, como é hábito entre nós. Toda a família gostou e até o elegeu como o melhor que se comeu à nossa mesa. Quando demos os parabéns a quem no-lo ofereceu, logo a ofertante adiantou que, este ano, se limitou a orientar as operações, já que a filha e a nora apostaram em aprender. Bom exemplo.
Face a este exemplo, e porque é importante manter as tradições, lembrei-me de sugerir, o que faço por esta forma, ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que promova, na próxima Páscoa, a confecção de folares, na Casa Gafanhoa, já que forno ela tem.
Se isso acontecer, lá estarei para recordar os folares que minha mãe fazia. Sempre me há-de calhar um!

FM

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Celebra-se hoje o Dia Internacional do Livro Infantil. Mesmo sem tempo para reflectir sobre o tema, não quero deixar em branco este espaço, nem perder a oportunidade de dizer alguma coisa, por mais simples que seja. Para já, devo sublinhar que este Dia Internacional deve levar-nos a pensar nas crianças, que precisam de criar hábitos de leitura. Sem esse hábito, não teremos leitores no futuro, sendo certo que os livros ainda são uma extraordinária fonte de saberes e de prazeres.
Quando vejo tantas crianças e jovens dominados pela TV e pela Net, pondo de lado os livros, fico a pensar no futuro de quem está a crescer. Ensinados ou treinados na utilização da Internet, onde facilmente catam os conhecimentos de que necessitam, sem grande esforço nem reflexão, penso que não chegarão longe. Vida fácil nunca enriquece ninguém.
Há, pois, que cultivar nas crianças o gosto pelos livros, onde as histórias, os contos e a poesia têm outro sabor.

FM

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