A Filarmónica Gafanhense (FG), à semelhança das demais instituições, assumiu o respeito pelas leis impostas pela pandemia do Covid-19, mas não pôs de lado a música e os instrumentos musicais. A existência da Banda, uma das mais antiga instituições do concelho de Ílhavo, justifica perfeitamente aquela atitude dos responsáveis e dos componentes e associados, como nos confirmou o presidente, Paulo Miranda.Sem festas e sem possibilidades de atuações públicas, a Filarmónica também suspendeu as aulas presencieis, como ditava a lei do confinamento, mas tem vindo a retomar o ensino on-line. Entretanto, e sempre tendo em conta as leis do coronavírus, passaram a ensaiar por naipes em horários diferentes, na sala da Banda e na do Grupo Etnográfico, as duas instituições com sede na Casa das Música da Gafanha da Nazaré, afirmou o presidente. E acrescentou: «Na sala do Grupo Etnográfico ensaiavam as madeiras, na nossa sala ensaiavam os metais; assim dividimos o grupo estando menos elementos por ensaio.»
Importa sublinhar, contudo, que toda a estratégia da alteração da vida normal da FG contou com a prestimosa colaboração do Diretor Artístico Henrique Portovedo e dos professores José Pedro Bola, Ricardo Afonso, João Pedro Mendes, Maria Inês, Inês Rocha, Jeniffer Soares, Carla Costeira, Andrés Pérez, Fernanda Amorim, Tiago Matos e Jorge Garrelhas.
Como é sabido, as Filarmónica vivem essencialmente para o ensino da música e para os concertos em festas ou em espetáculos em recintos fechados, que há mais de um ano se tornaram impossíveis por razões sobejamente conhecidas. Mas os músicos não podem guardar os seus instrumentos num qualquer recanto de suas casas ou na sede da Bandas; os músicos que se prezam treinam permanentemente, porque sem treino perdem necessariamente o ritmo e a destreza própria dos bons executantes.
Face a esta situação, a Filarmónica Gafanhense espera ansiosamente que a normalidade da vida de todos nós seja retomada, porque os ensaios fundamentais exigem a presença de todos os executantes.
Paulo Miranda referiu ainda que está em execução na FG o projeto “Trégua”, com o violetista José Valente, aprovado e apoiado pelo Ministério da Cultura , contando ainda com o apoio da Fundação GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas).
No que diz respeito a concertos com data marcada têm, para já, o do aniversário da Filarmónica, marcado para 27 de novembro deste ano.
Fernando Martins