sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Teresa Machado deixou-nos o seu exemplo de tenacidade

Teresa Machado com seu filho e Rosa Mota na Junta de Freguesia, onde foi homenageada
Faleceu hoje a atleta olímpica Teresa Machado. Todos ficámos mais pobres, mas o seu exemplo de tenacidade e espírito de vitória permanecerão connosco, os que tivemos o privilégio de a conhecer e admirar. Perdemos nós e perdeu o desporto nacional, porque uma campeã deste nível não surge todos os dias... Apesar dos limitados apoios e dos parcos recursos de treino, Teresa Machado atingiu pódios só alcançáveis pelos maiores do mundo. Valeu-lhe, garantidamente, também, o saber e o incitamento do seu treinador, Júlio Cirino, que soube indicar-lhe as portas dos grandes êxitos. 
Neste momento de luto, sentimos ser nossa obrigação desejar que a semente dos seus triunfos crie raízes e cresça nesta terra, e não só, onde nasceu para a vida e para o atletismo, apostando forte em atingir altos voos à custa de uma determinação cujos limites só estariam ao alcance dos atletas privilegiados. 
Aos familiares, em especial seu marido e filho, apresentamos sentidas condolências.

NOTA: O funeral realiza-se no domingo, 1 de março, na Gafanha da Nazaré, pelas 11 horas.

Ler entrevista que me concedeu em 2009

Ler sobre a homenagem

A CAMINHO DA PÁSCOA

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Primeiro Domingo da Quaresma 


DE CORAÇÃO PURIFICADO, ACOMPANHEMOS JESUS

“A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem”, afirma o Papa Francisco na mensagem para a Quaresma que estamos a viver.
Ao longo dos próximos domingos iremos meditando diversos passos do percurso feito por Jesus até Jerusalém onde é condenado como malfeitor pela autoridade romana e, na manhã de Páscoa, ressuscitado por Deus Pai como o vencedor da morte por amor.
Hoje, a liturgia apresenta-nos o Evangelhos das tentações. Mt 4, 1-11. Após o baptismo, ainda antes de iniciar a missão pública, Jesus vê confirmada a sua dignidade de Filho de Deus que o Tentador questiona e pretende comprovar.
Mateus – o narrador do episódio – elabora um diálogo atraente, que é uma verdadeira catequese, sobre como proceder perante as tentações. O Papa Francisco diz que com o diabo não se dialoga, mas responde-se com a Palavra de Deus. Assim faz Jesus.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Turismo: Casas flutuantes na Ria de Aveiro


A Ria de Aveiro é um rincão sedutor para o turismo. Sempre a conheci atraente para os residentes nas suas margens, mas também para visitantes e turistas com olho para o diferente. O espelho de água, sereno por norma, e os ventos à medida para velas de embarcações típicas, com moliceiros a comandar as frotas, mais as paisagens que tudo rodeiam são desafios para os empreendedores turísticos e para o povo que gosta de ver valorizada a laguna. 
Há projetos em marcha para breve, como dá conta o PÚBLICO. Então, em Abril, os amantes da Ria já poderão passar uns dias numa casa flutuante, com tudo o que ela poderá oferecer, penso eu: dormida com jeito do balancear de berço para um descanso mais tranquilo e o sabor a maré dos petiscos regionais. 

Ler aqui e aqui

As amizades são para a vida

Sinto-me muito bem com as minhas amizades, até porque as vou assumindo para a vida. Algumas vêm da infância e juventude e outras vão surgindo ao sabor da maré ou dos ventos que nos refrescam as ideias. Algumas, porém, são levadas pelas ventanias sem me aperceber… e muitas resistem a todos os temporais. 
As amizades, quando o são na sua plenitude, resistem a tudo e, mais do que isso, vão-se consolidando com o passar dos anos. E eu gosto muito de sentir que tenho inúmeros amigos. 
Nas minhas amizades, não há políticas que as perturbem nem cores clubistas, por mais “fanáticas” que sejam, que as toldem, nem opções religiosas que possam suscitar controvérsias. Aceito os amigos como são: cultos ou iletrados, artistas ou nem por isso, intelectuais os semianalfabetos. Exijo apenas que sejam sérios, tolerantes, compreensivos, leais, autênticos no seu pensar e viver, fraternos. 
As amizades são riquezas que devemos cultivar, regando-as com a franqueza, com a verdade, com o respeito mútuo. 
As amizades, as autênticas amizades, são mesmo para a vida. 
Um abraço para todos os amigos… 

Fernando Martins

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Que cada família ajude a promover a cultura do encontro

Da mensagem do Bispo de Aveiro
para a Quaresma

Na sua mensagem para a Quaresma de 2020, rumo à Páscoa, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, sublinha que o amor vivido nas famílias «é força permanente para a vida da Igreja e da sociedade», manifestando o desejo de que a vivência deste tempo de preparação para a Páscoa «seja um desafio concreto» que nos leve a percorrer «o caminho de levar a esperança de Cristo às famílias», aprofundando e fortalecendo «a dimensão comunitária da família, em ordem à realização da sua vocação e missão». «Que cada família ajude a promover a cultura do encontro: com Deus, com os outros, com a criação, abrindo as portas ao frágil e ao pobre, para, assim, viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa», frisa D. António Moiteiro.  

Este ano a  renúncia quaresmal destina-se a apoiar a missão diocesana na Ilha do Príncipe, ajudar na construção da Igreja Matriz de S. Paulo em Cabo Verde e apoiar o Fundo de Emergência Social, da Caritas Diocesana, adianta o Bispo de Aveiro.

Ler toda a mensagem aqui 

Sinto-me assim...


Estou tão ansioso que nem imaginam. Espero pela primavera como quem espera por uma prenda de alto valor simbólico que me dê mais alegria para viver. O frio dá-me tristeza e incómodos, rouba-me a vontade de trabalhar, limita-me as saídas de casa. Prende-me… Sinto-me assim. Pronto!

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2020

Mistério Pascal no centro da vida

«Colocar o Mistério pascal no centro da vida significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria.»


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Dia de Carnaval – Dia de Inverno


Passei hoje com familiares pelas Praias da Barra e da Costa Nova, que ocupam, desde há muito, um recanto privilegiado das minhas memórias. Dia chuvoso... daquela chuva miudinha chamada de “molha tolos”. Que importa isso, num dia em que me sinto rodeado pela família, que partilhará hoje, não o cozido à portuguesa, da tradição, mas um galo caseiro, corpulento e sadio, criado ao ar livre, no quintal, bem alimentado, está bem de ver, pelo que a terra dá... só! 
Nas praias, registei as visitas para mais tarde reviver este dia, com imagens que fixam a paixão que alguns nutrem pelo nosso mar, com o farol mais visto de Portugal a iluminar o caminho de muitos navegantes... 
Bom Carnaval.

O feriado negativo

Pedro Múrias 
escreveu no PÚBLICO sobre o Carnaval 

«Dir-se-á que isto bate certo com o próprio Carnaval, que é tempo de ser aquilo que não se é e em que nada parece mal. É tempo de homens vestidos de mulher, criados vestidos de senhores, crianças a fazer de adultos e adultos a fazer criancices. E é tempo de negação da autoridade, com reis e ministros em caricatura, falsos padres e bispos em procissão. Que as leis digam que não é feriado até aumenta a paródia. O Carnaval também é tempo de violência encenada, bisnagas e guerras de fruta, bombas de mau cheiro e bichas-de-rabear. A coacção do Estado não há-de assustar, e o Carnaval permite esconder a cara atrás de caraças e mascarilhas.»

Ler todo o texto aqui 

Lídia Jorge: Devíamos criar um estado de alarme

«Não há receitas imediatas. É aquilo que todos sabemos: apostar na cultura, no ensino, na crítica, no jornalismo. Devíamos criar um estado de alarme com base em actores que têm um papel especial na sociedade: os académicos, os jornalistas, os professores. Considero que são os pilares de pensamento e de denúncia. São eles os pilares, aqueles de quem se espera que pensem e denunciem, mas estão muito adormecidos e têm de tomar um outro alento. Senão, os próprios políticos que são bem-intencionados e querem fazer alguma coisa são submergidos por uma onda, uma teia que não os deixa actuar. Sobretudo, enquanto a política for comandada por esta economia, que de forma mais ou menos disfarçada continua a ser a ideia da Escola de Chicago [corrente de política económica liberal] de que a empresa é um templo. Isto é tão grave que mesmo as instituições que não têm nada que ver com uma empresa assumem essa imagem.»

Ler entrevista no PÚBLICO 

Normalmente, já sabemos o que vão dizer

Escrevi este texto 
em fevereiro de 2010

Portugal está cheio de opinions makers. São, quase sempre, os mesmos. E de tal modo nos habituámos a eles, que até já sabemos o que vão dizer, quando os jornalistas atiram as suas questões. De uma maneira geral, são pessoas que falam muito, burilando as frases para criarem impacto. Todos, ou quase todos, afinam pela dependência a que estão sujeitos. E todos, ou quase todos, apostam na crítica fácil, que é dizer mal do Governo, por mais certa que esteja a decisão, ou da Oposição, por mais oportuna que seja a sua proposta. É que a crítica mordaz se torna mais popular e os portugueses, duma maneira geral, gostam que se diga mal de tudo e de todos.
Os opinions makers estão em todas. Nos jornais, nas televisões, nas rádios, nos debates, nas entrevistas, nas mesas redondas. Eles abordam todos os temas e têm respostas para tudo. Raramente dizem que estão por fora do assunto, que não estudaram o problema. E talvez por isso, por nunca deixarem aflitos os jornalistas, são sempre convidados.
Confesso, com toda a franqueza, que muitas vezes desando logo. Vou dar uma volta para a música. Estamos assim. Não há mais ninguém no País?

F. M. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Valdemar Aveiro - Apelos do Passado

MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO
6 de Março
21h30 


Registe na sua agenda: Lançamento de um novo livro de Valdemar Aveiro, com apresentação de Álvaro Garrido.

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Primavera a caminho


Não há melhor anúncio da primavera do que o rebento de um arbusto. A estação das flores vem a caminho.

O Sagrado e suas configurações (1)

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Como ficou dito em crónicas anteriores, o Sagrado é o referente último de todas as religiões, o mistério da realidade na sua ultimidade. É o Sagrado ou o Mistério pura e simplesmente. É o Inominável, pois transcende sempre tudo quanto se possa pensar ou dizer dele. Nenhuma religião o possui nem mesmo as religiões todas juntas. 
Na experiência do Sagrado, fonte de sentido último, salvação e felicidade, o Homem está sempre em presença de algo outro e superior, “o tremendo e fascinante”, o Absoluto, inabarcável, inacessível e inefável. 
Esta superioridade do Sagrado manifesta-se em níveis diferentes: o ontológico – infinita riqueza de ser –, o axiológico – realidade sumamente valiosa. Assim, comporta “uma ruptura de nível que aponta para a plenitude de ser e realidade por excelência” (J. Sahagún Lucas). 
Sendo o Inominável, procurou-se, ao longo da História, nomeá-lo. Numa obra recente, Después de Dios..., o teólogo José Ignacio González Faus apresentou várias tentativas, com muitos nomes. Os Upanishades referem-se a ele como “O Incondicionado”; as filosofias mais racionalistas designam-no como “O Absoluto”; Santo Tomás de Aquino disse que o seu melhor nome é precisamente “O Inominável”; Tierno Galván, “a partir do seu agnosticismo despreocupado pelo tema”, designa-o por vezes como “O Fundamento”;

Acabar com o clericalismo

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO 

«A liturgia eucarística é obra de toda a comunidade 
e não apenas dos padres e dos bispos»

1. Para acabar com o clericalismo que o papa Francisco tantas vezes tem denunciado, importa desconstruir a eclesiologia que o produz e fundamenta. Sem esse trabalho, a concepção de Igreja do Direito canónico, que vigorou desde 1917 até 1983, desde Pio X até ao Vaticano II, reaparecerá quando menos se espera. Nessa eclesiologia o clero era tudo, tinha a primeira e a última palavra. Ao laicado restava-lhe ouvir, obedecer e sustentar o clero.
Nunca faltaram minorias para contestar esse culto da passividade perante uma hierarquia que se julgava omnisciente e omnipotente em nome de Deus [1].
Sem a desconstrução desse mundo de fantasias e práticas autoritárias, é impossível encontrar o que é essencial, o que é secundário e o que é de rejeitar na caminhada cristã. Sem essa redescoberta, continuaremos a construir sobre a areia, a alimentar ilusões com novas embalagens religiosas de produtos de fraca qualidade.
O Vaticano II iniciou, oficialmente, essa desconstrução, essa tentativa de encontro com o essencial da fé cristã. Ficou muito aquém do que era necessário e ainda nem sequer foi interiorizada a grandeza da sua mudança de perspectiva e de conteúdo.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

E aí está o Carnaval...


Embora não seja fã das festas carnavalescas, talvez por uma questão de feitio, não ouso criticar quem leva a sério este período de folia que antecede a Quaresma. Aliás, até compreendo esta maneira de expulsar o stresse de um ano inteiro de trabalhos, canseiras, lutas e competições a tantos níveis... Descarregar energias acumuladas até fará bem à saúde, com ou sem máscaras, que delas estamos fartos no dia a dia... 
Então, que cada um viva o Carnaval à sua maneira. Eu terei outras formas de o fazer à volta de um certo silêncio longe do bulício dos sambas, bailaricos, palhaçadas e piadas, do género de criticar com graça atores da vida pública, na certeza de que a brincar se podem dizer coisas sérias. No Carnaval ninguém leva a mal...  
Boas festas para todos.

F. M.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Moliceiros


MOLICEIRO: Para manter  viva a memória do rei da laguna aveirense...

Pronto!

Pronto! A questão da eutanásia foi aprovada na AR. Agora vai ser elaborada a lei tendo em conta os diversos projetos postos à votação... Os defensores da eutanásia podem morrer quando quiserem ou o desejarem. Tudo bem. Eu prefiro viver até a natureza decidir. Sem dor, de preferência, claro. 
Se vier o referendo, o povo decidirá... se for votar. Que isto de ir votar tem que se lhe diga. O pessoal diz que é importante, mas abstém-se, normalmente.
Venha outro tema para animar a malta. Futebol… está bem de ver. Que mais poderia ser para todos vivermos alegres e contentes?

F. M. 

Novos Horizontes do Amor Humano

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VII do Tempo Comum

O padrão de felicidade proposto por Jesus aos seus discípulos adquire novas facetas que dão rosto humano às bem-aventuranças. O ensinamento feito na montanha vai mostrando, por contrastes, a beleza e a elevação a que todos nós estamos chamados. A disponibilidade pronta e radical para ir mais longe e chegar ao fundo do coração é especialmente apreciada e destacada. E, vigoroso e atraente, brota o apelo/convite a viver, sempre, o amor perfeito que dá um novo sentido a situações consideradas positivas sob o ponto de vista legal e saneia completamente as negativas. Mt 5, 38-48.
O Papa Francisco afirma, perante uma multidão de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano “que Jesus Cristo veio apresentar uma «abordagem correta» aos mandamentos, que devem ser um «instrumento de liberdade»… Deus educa-nos para a verdadeira liberdade e responsabilidade… Quando uma pessoa se torna escrava das paixões e do pecado deixa de ser protagonista da própria vida”.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Dia Mundial da Justiça Social


O Dia Mundial da Justiça Social celebra-se neste dia, 20 de fevereiro. Foi criado em 2007 pela Assembleia Geral das Nações Unidas e a sua primeira celebração aconteceu em 2009. O objetivo é fácil de compreender. Visava enfrentar as realidades da pobreza, do desemprego, da exclusão social, criando oportunidades para todos e lutando pela igualdade, pelo bem-estar, pelo trabalho e justiça, ao mesmo tempo que importava apoiar os migrantes e refugiados. 
Algo terá sido conseguido, mas ninguém sabe quantificar o que foi feito e o que falta fazer em prol da humanidade, onde pululam a miséria, a fome, o desemprego, a escravatura camuflada, a perseguição e as injustiças de toda a ordem. 
Que ao menos nos lembremos do muito que falta fazer. Ficar indiferentes é que não pode ser.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Serenidade


Para fugir ao ramerrão da vida, sobretudo em maré de sombras negras, mágoas, desacertos, incompreensões. Assim vai o homem do leme numa laguna tranquila, sem ventos, sem ondas, sem gente que o distraia. Serenamente. Talvez a pensar no bom que o dia a dia ainda nos dá. Assim estejamos atentos.

Faleceu um homem bom: José Vareta


Foi a enterrar hoje, no cemitério da Gafanha da Nazaré, o nosso conterrâneo José Vareta, que foi meu vizinho. Depois fixou residência na rua Marquês de Vagos. Sempre o conheci como homem sereno e bom, dentro de uma humildade que cativava. Tive o privilégio de o entrevistar há uns três anos e nos últimos tempos costumava encontrá-lo na zona da igreja matriz, onde o cumprimentava com afeto, pela simpatia com que sempre me falava. 
Deus já o recebeu no seu regaço maternal.

Ler entrevista aqui 

Sobre os velhos

Da crónica de Miguel Esteves Cardoso 
no PÚBLICO



«O convívio com os mais velhos compensa. Se esse convívio fosse procurado pelo valor que nos dá haveria concorrência pelo acesso a eles. Os velhos mostram-nos o que vai ser de nós. Mostram-nos que vale a pena aproveitar a idade que temos, seja qual for.»

Ler toda a crónica aqui

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Sorri! Sorri sempre

Sorri!
Sorri sempre
Ainda que o teu sorriso
Seja triste…
Porque mais triste
Que o teu sorriso triste
É a tristeza
De não saber sorrir!...

In placard de uma clínica

Fevereiro de 2007 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Regresso ao sótão

Da minha janela aprecio o mundo 
O tempo, mais ameno, abriu-me as portas do sótão. Já tinha saudades desde recanto com música de fundo… sem  ruídos nem campainhas a tocar… apenas eu e quem esporadicamente me visita. 
Gosto disto, está bem de ver. Leio, escrevinho para não perder o hábito, olho o que tenho exposto: livros, revistas, jornais, jarras, fotografias, coisas antigas, uma pinha que me recorda a paixão da Lita por pinheiros com lugar garantido no quintal. Caixas à espera de nelas arrumar, com método, o que tenho dispersado. Tarefa difícil, já vos digo. 
Na minha frente, numa prateleira, tenho fotos dos meus pais, das tias da Lita, mais eu com a Lita junto aos “pés de galinha” da meia-laranja, na praia da Barra. Da janela do sótão aprecio o mundo.  E de tudo dei um salto para um passado já distante que encheu a nossa vida. 
Boa semana para todos.

Fernando Martins

Marega abandona o campo por insultos racistas


Marega
É notícia com destaque que um jogador do Futebol Clube do Porto, Marega, abandonou o campo do jogo com o Vitória de Guimarães por insultos racistas. O Governo, diz a comunicação social, criticou o crime, considerando-o como "intolerável".
Confesso a minha estupefacção por no nosso país ainda haver pessoas  capazes dos insultos mais odiosos, muitas vezes levado à prática covardemente, no meio de multidões onde será difícil descobrir-las. E o Futebol, competição apaixonante que mobiliza milhões de adeptos em todo o mundo, vê-se confrontado com ações de energúmenos que dificilmente poderão ser castigados. Se passarem impunes, o Futebol perderá adeptos de bancada. Quem arrisca meter-se numa selva? 

domingo, 16 de fevereiro de 2020

A Senhora Esperança completou 90 anos


Sra. Mestra (Foto de Carlos Ramos)
Conheço a Senhora Esperança desde que me conheço. A sua voz, os seus olhos sorridentes, a sua graça no falar, a sua espontaneidade no afirmar, a sua simplicidade carregada de autenticidade, o seu amor à família e aos que a cercam, a sua fé genuína e a dedicação à comunidade paroquial. Completou 90 anos de vida. Uma vida cheia que se deu a tantos. 
Trabalhou como auxiliar de ação educativa nas Escolas da Cambeia e da Marinha Velha, nesta última para suprir, com outras colegas, a falta de uma empregada que  havia transitado para outro edifício. E foi sempre igual a si mesma: pontual, assídua, cumpridora e asseada. Era, como sempre foi, delicada, compreensiva, competente e, sobretudo, amiga das crianças e dos professores, que a ouviam com muito respeito. 
A Senhora Esperança Merendeiro foi para os gafanhões um exemplo de fé comprometida no mundo em que vivemos. Daí a sua militância na Ação Católica, desde a primeira hora  na Gafanha da Nazaré. A Senhora Mestra não se limitava a encaminhar as crianças para a descoberta e importância de Jesus Cristo, razão de ser da sua e nossa fé, mas indicava novos horizontes às famílias: Pelo seu testemunho e pela sua palavra, na hora certa e no momento oportuno.
Na Eucaristia de hoje, o nosso prior, Pe. César, chamou a Senhora Esperança para a apresentar à comunidade, na celebração do seu 90.º aniversário, felicitando-a por isso e lembrando a sua dedicação à Igreja. Subiu com naturalidade e decerto com alguns espanto até à capela-mor e ali terá saboreado as palavras, as palmas e o Parabéns a você... que o povo lhe dedicou. 

Fernando Martins

O perdão


Os meus leitores e amigos hão de estranhar a fotografia que escolhi para este domingo. Porque não se cumpriu o que havia prometido, Egas Moniz foi entregar a sua vida e a dos seus como resgate da palavra dada. Verdade histórica ou pura lenda, o seu exemplo ficou registado na história da fundação de Portugal. E o perdão foi o prémio da sua honradez. 
Podia ter falado da Estação da CP do Porto, uma das mais belas do nosso país e, segundo creio, do mundo, mas fico-me pelo painel que tanto aprecio. Um exemplo para todos, embora alguns se riam do que afirmo. Eu compreendo...

F. M. 

Presos políticos

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

O 25 de Abril pôs fim a uma longa ditadura, mas não podia, do pé para a mão, desenvolver uma cultura da responsabilidade democrática. Sabemos isso e não falta quem deseje, hoje, servindo-se das instituições democráticas, restaurar uma ditadura que não conheceu.

1. Ontem, no Auditório Camões (Lisboa), foi realizada uma Sessão Cultural inscrita nas comemorações dos 50 anos da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos (CNSPP). Cinquenta anos não é uma eternidade, mas é tempo suficiente para se perder a memória acerca do que não deve ser esquecido. A referida comissão teve, felizmente, uma existência breve, de 1969 a 1974, pelo melhor dos motivos: o 25 de Abril. O seu percurso está bem documentado [1]. Além disso, vai sair, em breve, um novo e interessante estudo sobre essa documentação com uma proposta de enquadramento, enquanto movimento social, que exige alguma discussão que não cabe nesta crónica [2]. Tentarei, ainda que brevemente, referir a sua originalidade exemplar.
Um grupo de cidadãos, integrado por dezenas de personalidades de sectores sociais, profissionais e áreas geográficas diversas, entregou na Presidência do Conselho de Ministros um documento, datado de 15 de Novembro de 1969, no qual anunciava a constituição da CNSPP, baseada no artigo 199 do Código Civil. Neste estava prevista a formação de comissões especiais, não sujeitas ao reconhecimento oficial, para acções de socorro ou beneficência. Os signatários consideravam que a existência de presos políticos era justamente uma situação de calamidade [3]. Deve dizer-se de calamidade nacional, na medida em que a polícia política, com diversos nomes ao longo dos anos, tentava fazer do medo a prisão do país e da intervenção política um risco ameaçado com a cadeia.

A morte medicamente assistida e a eutanásia

Crónica de Anselmo Borges 

«Numa sociedade economicista, de individualismo e egoísmo atrozes, ergue-se o perigo gravíssimo de pessoas serem "empurradas" a pedir a eutanásia e, pior, muitos interiorizarem inclusivamente a obrigação de a pedir. Isso não obriga a pensar?»

Não é por acaso que este texto tem por título "a morte medicamente assistida e a eutanásia". É que, em primeiro lugar, nestes debates de vida e de morte é preciso ser claro e não induzir em erro as pessoas de forma manhosa: morte medicamente assistida é uma coisa, eutanásia é outra... O grande filósofo Hegel lembrou a urgência de conceitos claros, pois "de noite todos os gatos são pardos" e, no meio da confusão, ninguém se entende, e, nessas circunstâncias, em problemas que têm que ver com o limite o mais provável é cair no abismo.
Evidentemente, a posição da Igreja na questão da eutanásia só pode ser, mesmo no caso de um referendo - a Conferência Episcopal Portuguesa acaba, tarde, de se manifestar favorável nas presentes circunstâncias ao referendo -, a de uma oposição contundente e propugnando a defesa dos cuidados paliativos e a presença plena, humana e cristã, junto de quem se encontra em dificuldades, na solidão, na dor, no sofrimento e a caminho do fim. Aliás, essa presença solidária tem de ser durante a vida toda, para vivermos dignamente, sabendo que da vida digna faz parte a morte digna: viver dignamente e morrer dignamente. Mas previno que o que está em questão não é, em primeiro lugar, a religião, mas valores fundamentais, constitutivos, da civilização, de tal modo que a aprovação da eutanásia significaria um retrocesso e mesmo uma ruptura civilizacional.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Quero morrer em paz

Quando chegar a minha hora 
deixem-me morrer em paz


«Em resumo, o meu pedido é simples: quanto ao fim da minha vida, deixem as coisas acontecer com naturalidade e nada vos pesará na consciência. Quem morre assim, tem uma morte boa, já vi isso acontecer à minha volta, mas também já vi tentativas de prolongar a vida para lá do razoável e isso, para além de estúpido, não é natural.»

Raquel Abecasis no PÚBLICO 

O plágio é muito feio e é crime

O plágio é o pão nosso de cada dia. Fico espantado com a desfaçatez de tanta gente que transcreve o que outros escrevem sem qualquer referência aos autores. Refiro-me a textos e fotos. Eu sei que todos procuramos no Google a ilustração adequada para o que pretendemos ilustrar, mas daí a ignorarmos os autores ou a fonte vai uma grande diferença. E se é certo que há textos e fotos que pertencem ao domínio público por legislação legal, a indicação das obras que os suportam nunca deveria faltar. Onde mais se vê o plágio é nas redes sociais, em especial no Facebook. Há quem pense que vale tudo, mas não pode ser, até porque o plágio é crime.
Há blogues que trazem a indicação de que algumas fotos têm origem no Google, mas também têm em destaque, à margem, a possibilidade de denúncia que sugere a imediata retirada. É o que eu faço. 

F. M.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Dia dos Namorados com muita ternura

O Miguel Esteves Cardoso não se esqueceu que hoje é o Dia dos Namorados. Vai daí, atira na sua habitual crónica do PÚBLICO: “Tenho uma sugestão para o dia dos namorados: uma ilha deserta. Fechem-se num lugar onde ninguém vos possa chatear. Inventem uma viagem. Não é preciso viajar. Basta que pensem que não estão cá.” E continua com as suas recomendações com ares de boa disposição. A vida tem de ser levada com otimismo, alegria e procura incessante da felicidade assente no amor. Há incómodos de variadíssima ordem, mas também há muitíssimos momentos de paz, de ternura, de compreensão. Para os crentes, como nós, ainda há Deus nos caminhos da existência a indicar-nos horizontes de bem, do belo, da verdade e do amor-doação. 
Para os mais distraídos, aqui fica, então,  a lembrança de que hoje, 14 de fevereiro, é o Dia dos Namorados, também dedicado a São Valentim. Não conhecia muito bem a vida e história deste santo, mas os meus leitores podem consultar o Google para ficarem a saber um pouco mais. Hoje e aqui quero, porém, dizer que esta efeméride precisa de ser cultivada e levada à prática  porque, afinal, ela existe para isso. E é obrigatório que seja uma celebração constante...

Felizes os puros de coração

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VI do Tempo Comum


Jesus sonha um homem novo, feliz, e faz a sua proposta de vida no ensinamento das bem-aventuranças. O local escolhido é a montanha que evoca o sítio em que Deus selou a aliança com o seu povo e lhe deu um código de comportamentos – os mandamentos. No Sinai, Moisés recebe a Lei. Neste monte, Jesus confirma o valor das promessas feitas por Deus e abre-lhe horizontes mais rasgados. Mt 5, 17-37.
O Reino – expressão usada para designar esta realidade – está já em realização e o coração prepara-se para o acolher e manifestar. Jesus vem não anular, mas potenciar; não denegrir, mas fazer brilhar; não aprovar os sinais exteriores, mas valorizar as atitudes interiores; não adiar a satisfação das aspirações, mas garantir que, desde já, a felicidade é possível se os ouvintes/discípulos viverem a sua proposta em todas as dimensões.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O Dia Mundial da Rádio celebra-se hoje

A Rádio continua a ser um meio de comunicação muito importante, não obstante a existência de outras formas de apresentar música, notícias, crónicas, entrevistas e, ainda, uma expressiva forma de nos colocar no mundo, com a ajuda de alta tecnologia. 
Uso o rádio para ouvir música, notícias breves e em cima da hora, conversas em estúdio com convidados da cultura, da política, das artes, da espiritualidade, da solidariedade e pouco mais. De reportagens procuro captar o palpitar da vida, registos de efemérides que marcaram a história, sinais de inquietações sociais, denúncia de injustiças. Não será preciso dizer muito na rádio. A Televisão encarregar-se-á de mostrar o que vai pelo mundo e os jornais, em papel ou online, explicam o essencial.

F. M. 

Igreja Católica contra a eutanásia


Os bispos católicos portugueses manifestaram nos últimos dias a sua oposição aos projetos de despenalização da eutanásia, que vão ser discutidos no Parlamento, a 20 de fevereiro. Declaradamente contra a eutanásia, tal como sou contra a pena de morte, sinto ser minha obrigação, não apenas enquanto católico mas como cidadão, denunciar iniciativas e propostas que não deem prioridade absoluta à vida, desde o nascimento até ao fim natural. Neste caso, com recursos aos cuidados paliativos, cada vez mais evoluídos. 

Ler mais aqui 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

O Espírito Santo continuará com paciência


A Exortação Apostólica "Querida Amazónia" do Papa Francisco, que vem na sequência do Sínodo dos Bispos sobre a Amazónia, que decorreu em Roma, entre os dias 6 e 27 de outubro de 2019não abriu as portas à ordenação sacerdotal de homens casados  nem ao diaconado feminino, como era esperado e desejado. Os mais críticos acusam o Papa de ter cedido à pressão dos tradicionalistas. Foi pena. E o Espírito Santo continuará pacientemente à espera de novas portas para novas formas de evangelização...

Alguns sonhos do Papa 

Sonho com uma Amazónia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida.

Sonho com uma Amazónia que preserve a riqueza cultural que a carateriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana.

Sonho com uma Amazónia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas.

Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazónia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazónicos.


Não faltam apreciações à Exortação do Papa Francisco.  Pode ver aqui uma opinião. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O nosso galo galã


Ao raiar do dia, ainda com as pálpebras pesadas, ouço nitidamente o cantar do nosso galo. Nos primeiros tempos com tiques de falsete, depois com a sonoridade límpida dos galos galãs. Galo branco, vermelhusco, chefe do bando, que as galinhas miram e remiram de soslaio para a seguir se renderem à sua beleza. Dá gosto ouvi-lo de manhãzinha...  e mesmo  durante o dia o seu cantar impõe-se em redor, como respostas a outros desafios. 

Mandela - Um santo laico



Mandela é para mim um santo laico. O Diário de Notícias publicou há tempos esta ilustração de que gostei bastante. Coloquei-a no meu sótão para me ajudar a refletir sobre o seu testemunho em que a capacidade de perdoar sobressaiu na sua vida. Seria bom que aproveitássemos o seu exemplo. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Vontade de viajar



Hoje acordei com uma vontade esquisita de viajar. Na impossibilidade, contento-me com a visão de um registo antigo de Conimbriga.  Amanhã se verá por onde pairam os meus desejos. 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Exposição: Praia da Barra – Uma viagem no tempo

Exposição abriu ontem, 
8 de fevereiro, 
na Praia da Barra 

Joaquim Soares a espera de visitantes. (foto de João Rosa)
“Praia da Barra – Uma viagem no tempo” é uma exposição de fotografias e documentos organizada por Joaquim Duarte Soares, responsável pelo site “Amigos do Oceano”, vocacionado para a promoção da consciência ativa, através do Surf, Ecologia e Arte. Está patente a partir de ontem, 8 de fevereiro, sem fim programado à vista, na Av. João Corte Real, 169, ao lado da loja “Tribo do Sol”, Praia da Barra. Os visitantes terão a oportunidade de apreciar fotografias e documentos que retratam aquele lugar da freguesia da Gafanha da Nazaré, desde o seu início, concretamente, a partir da abertura da barra que ocorreu a 3 de abril de 1808. 
A exposição apresenta-se, à partida, como um importante passo de uma caminhada que terá, garantidamente, atualizações e alterações, resultantes de novos estudos e descobertas que vierem a acontecer ao longo do tempo: Novas fotos, novos documentos, novos estudos e novas sugestões que entretanto possam surgir, de amigos, curiosos e estudiosos. Para já, as fotografias e documentos expostos sairão enriquecidos com um poweur point sempre ativo.

Caminhar juntos

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

"O sentido eclesial da palavra sínodo é muito belo: caminhar juntos. Serve para dizer que, na Igreja, o Papa não é um monarca absoluto."

1. A autenticidade dos sínodos tinha sido atraiçoada durante décadas, mesmo depois do Vaticano II. O Papa Francisco decidiu, por muito boas razões, revalorizá-los. Alguns já deram muito que falar como, por exemplo, o sínodo dos bispos sobre a família, sobre os jovens, sobre a Amazónia e agora, depois muitos debates e mal-entendidos, começou o da Igreja católica alemã.
As pessoas que abominam a democracia receiam agora a desgraça de ver a liderança da Igreja Católica meter por um caminho condenado no século XIX. Têm saudades do tempo em que tudo parecia sujeito à vontade e à voz infalível dos Papas orientados pelo Vaticano I, isto é, de alguém que resolvia tudo por uma suposta iluminação divina, sem ter de prestar contas a ninguém. Num momento em que uma onda autoritária está a ganhar força política em vários países, certos movimentos, de grande poder financeiro, alimentam a esperança militante de contrariar as iniciativas de Bergoglio, que julgam ter sido eleito num momento de distracção do Espírito Santo.

Religiosidade, sagrado, religiões. 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Retomando a reflexão da semana passada sobre o tema em epígrafe, parece-me fundamental acentuar que é essencial distinguir aquele tríplice plano: religiosidade (religioso), Sagrado e religiões. Como escreveu J. de Sahagún Lucas, quando se fala de religião/religiões, religioso e Sagrado não se identificam, "não são sinónimos". Trata-se de realidades distintas, pois religioso refere-se ao pólo subjectivo, isto é, ao movimento de transcendimento e entrega confiada a uma realidade sagrada - o pólo objectivo -, o Sagrado ou Mistério. Diferenciam-se do profano, já que o religioso indica o modo concreto e peculiar de assumir a existência toda nas suas várias dimensões na perspectiva do Sagrado. As diferentes formas de religião - a religião implica inevitavelmente pluralidade de religiões, surgindo cada uma num determinado contexto histórico, geográfico, sócio-económico, cultural... - coincidem no facto de remeterem o Homem para essa Realidade superior a ele e que, num primeiro momento, se pode caracterizar como um supra (acima) e um prius (anterior) (U. Bianchi). O referente último de todas as religiões é o mesmo: o Sagrado ou Mistério, essa Realidade superior.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

O nosso mar a preto e branco



O nosso mar, na Praia da Barra, a preto e branco para aguçar a imaginação dos meus leitores e amigos. Bom fim de semana.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Crítica Construtiva e Endurecer Divergências


“Há uma grande diferença entre a crítica construtiva que preparará o caminho para um consenso e a mera invectiva que tende a endurecer as divergências” 

Nelson Mandela 
(1918-2013), Nobel da Paz


NOTA: 

1. Li em Escrito na Pedra, jornal PÚBLICO;
2. Uma verdade tão simples que os políticos, mas não só, teimam em ignorar. 

Uma oportunidade única para o Forte da Barra

Do discurso proferido na cerimónia 
de lançamento do concurso REVIVE
por Fátima Lopes Alves,
Presidente da APA

«É uma honra poder referir-me a um elemento tão importante do património local edificado da Ria de Aveiro – o Forte da Barra – porque este espaço que vai a concurso, no âmbito do Programa REVIVE, faz parte das minhas memórias de infância e de família e atualmente da minha vida profissional.
Quando nasci, no Forte da Barra, havia apenas um edifício de hospedagem, com caráter turístico que era pertença dos meus avós maternos (Germano e Aldegundes) – na época chamava-se Pensão Jardim – assumida na sua designação o elemento urbano relevante do lugar do Forte da Barra – o Jardim -, ladeado pelas casas maiores, pela capela da Nossa Senhora dos Navegantes, onde os meus pais casaram há 60 anos, e pelos edifícios pertença do Porto de Aveiro (Direção Geral dos Portos / JARBA/ APA).
O Jardim, era um lugar privilegiado de convívio, recreio e lazer dos que por cá passavam e dos que por cá viviam o ano todo.
Neste pequeno aglomerado viviam cerca de 10 a 12 famílias que conviviam intimamente com Porto de Aveiro, representado neste conjunto urbano pelo interessantíssimo edifício JARBA, onde funcionavam as oficinas. Muitos dos que aqui moravam acabaram por se tornar trabalhadores do Porto, trazendo muitas vezes outros membros das suas famílias para cá trabalhar.»

Ler todo o discurso aqui ou aqui 

NOTA: O discurso proferido na cerimónia acima citada  por Fátima Lopes Alves, presidente do conselho de administração da APA, merece ser conhecido e lido pelos que, direta ou indiretamente, estão ligados à nossa região. Evoca recordações das suas vivências neste recanto, que são, também, de muitos de nós. Muito obrigado. 

Fortaleza da Barra

Para quem aprecia sinais do nosso passado. O Forte da Barra, também conhecido por Castelo da Gafanha, já foi designado  por Fortaleza da Barra. 

FUTEBOL – “Suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro”

Suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro estão a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária no mundo dos milhões do Futebol. Segundo a revista Sábado, estão na mira dos investigadores o empresário Jorge Mendes e sua mulher, bem como os presidentes do Benfica, do Porto e, ainda do Braga, Guimarães, Marítimo, Estoril e Portimonense. Outros poderão engrossar a lista. Até prova em contrário, estão inocentes... Mas deste mundo louco e sem valores éticos e morais, o que poderemos esperar? É óbvio que há imensa gente que se rege por princípios de honestidade. 

A Força do Sal, o Brilho da Luz

Reflexão de Georgino Rocha 
para o V Domingo do Tempo Comum


"A presença dos cristãos na sociedade exige que formemos a nossa consciência e saibamos contribuir, com o nosso trabalho e empenhamento, para uma sociedade mais justa e fraterna."

Jesus “lança mão” de duas parábolas, muito acessíveis aos seus discípulos, para desvendar, de forma assertiva, quem eles eram e, consequentemente, qual a missão que lhes seria confiada. Mt 5, 13-16.
Condensa, deste modo, o ensinamento maravilhoso das bem-aventuranças e traça o perfil de quem as vive. Previne quanto ao risco de desvirtuar a novidade que comportam e adverte quanto à “sorte” esterilizante que advém da corrupção e do engano. Realça, com notável satisfação, a força do sal e o brilho da luz, símbolos qualificados dos discípulos e selo inconfundível do ser cristão ao longo dos tempos. Também, hoje!
O nosso Bispo fez uma Nota Pastoral para ser lida nas assembleias cristãs deste domingo e que pretende ajudar-nos na missão que Jesus confia aos seus discípulos. Diz assim: