sexta-feira, 30 de setembro de 2022

SENHOR, aumenta a nossa fé

Reflexão de Georgino Rocha 
para este fim de semana

A coerência de quem vive a fé, em obras concretas, brilha em tantos rostos humanos, sorridentes e felizes, em tantos voluntários de causas solidárias e fraternas, em tantos espoliados da sua dignidade que não desistem de a reivindicar, correndo riscos de morte

Os discípulos de Jesus, ao verem o seu agir e a sua determinação em prosseguir a missão, apesar de todos os contratempos, sentem-se necessitados de mais fé para assumirem atitudes semelhantes e de maior confiança para enfrentar adversidades parecidas, surpreendentes. Querem ser coerentes e fiéis, mas o coração segreda-lhes algo que os ultrapassa. E surge a súplica que expressa a intensidade do seu desejo: “Senhor aumenta a nossa fé”. Lc 17, 5-10

Hum segundo dia de creação

Obras da Barra
 



Luís Gomes de Carvalho, o responsável pela abertura da Barra, em 3 de Abril de 1808, achou ser seu dever informar o futuro Rei D. João VI do feito alcançado, sublinhando o facto como tendo sido "hum segundo dia da creação".

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Desertas na Costa Nova

 

O Desertas, na Costa Nova, a caminho do seu regresso ao mar. Foto muito divulgada, mas sempre apreciada.

Sinodais a irradiar

Uma reflexão de Georgino Rocha 
para este tempo

A renovação da Igreja está a urgir
e a transformação e a humanização da cultura são prementes

A comunidade católica quer “continuar o exercício exigente e nunca acabado de promover a sinodalidade na vida e na missão da Igreja”, escreve D. João Lavrador na Carta Pastoral «Eu renovo todas as coisas» para o ano apostólico 2022-2023.
Cada ano que começa é “sempre uma oportunidade para a renovação e para sonhar novos caminhos, a nível pessoal, familiar e comunitário”.
Os Conselhos Pastorais, Diocesano, Paroquiais, de Unidade Pastoral e Arciprestal, “a que temos de dar novo vigor, revestem-se de máxima importância no exercício da sinodalidade eclesial”.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Dia Internacional do Acesso Universal à Informação

Celebra-se hoje, 28, o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação. Esta data é comemorada desde 2015, por decisão 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde se sublinha que se trata de “um direito humano fundamental que desempenha um papel central na capacitação dos cidadãos”.
Todos sabemos que o acesso à informação não é plenamente respeitado, com limitações a todos os níveis. Não é gratuita nos vários âmbitos: jornais, televisões, rádios, internet, literatura, cinema, teatro, etc., e nem sempre está acessível.
Para além disso, todos sabemos que há, direta ou indiretamente, manipulação em situações que o comum dos mortais não consegue distinguir. No fundo, importa fazer um esforço permanente no sentido de se consultarem diversas fontes para tirar dúvidas.

Só a paz pode lavar pecados

Putin e Cirilo I de mãos dadas
Costuma-se dizer que na guerra, em qualquer guerra, a primeira vítima é a verdade. No meio da informação e contrainformação, nas diferentes razões e causas, nos interesses em conflito, pouco sobra para a racionalidade e ainda menos para a verdade, que é mais alcançável pelo diálogo do que pela força. No caso da guerra da Rússia na Ucrânia há outra vítima: a fé ortodoxa. 
Foi especialmente doloroso, porque incongruente, ver o presidente Putin na celebração da Páscoa ortodoxa. A Páscoa da Ressurreição transformada em propaganda de morte. Putin com uma vela na mão, luz-vida que faz desaparecer as trevas-morte, enquanto os seus soldados semeiam morte – e sofrem eles próprios às mãos dos ucranianos. 
Agora é o Patriarca de Moscovo, Cirilo I, que faz afirmações de estremecer, se as levarmos a sério. Convenientemente faltou ao Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, no Cazaquistão. Boicotou uma cimeira de paz. Diz o Patriarca, depois da chamada dos trezentos mil reservistas: “Se morrerem pelo país, entrarão no Reino de Deus.” Ou “Acreditamos que este sacrifício lava todos os pecados que a pessoa tenha cometido”. Ele, que já tinha dito, no início da guerra: “Entrámos numa luta que não é apenas física, mas tem um significado metafísico”. 
Sabemos que alguns consideram que a Rússia ortodoxa, a “Santa Rússia”, tem uma missão no mundo, uma espécie de cruzada em que ninguém acredita fora da Rússia. Não podemos deixar de repudiar a mistura da fé cristã com o nacionalismo. A religião não pode acolitar o poder político. Perde credibilidade. E o diálogo com os ortodoxos, que foi prioridade para os papas desde Paulo VI, fica mais difícil.

J.P.F.

NOTA: Publicado no Correio do Vouga desta semana

terça-feira, 27 de setembro de 2022

OUTONO — O jasmim perdeu os seus adornos


O outono montou a sua tenda branca sobre os montes;
tiraram-lhes o tapete verdejante.
O ramo do jasmim perdeu os seus adornos
e a rósea olaia deixa cair as suas flores.
O pálido marmelo amarelece; a romã cora;
ó surpresa! terá um deles bebido o sangue do outro?
Os jardins estão assombrados por negros saltadores:
os negros corvos, com as suas vestes manchadas de pez.
Esses bailarinos do outono começaram a agitar-se;
as aves da primavera calaram os seus brancos concertos.
Amáveis servidores, para festejar o equinócio,
trazem os seus presentes ao afortunado príncipe.
E o longínquo mar encarregou a nuvem
de lhe lançar no trono, de presente, algumas pérolas.

Mo’ezzi (1084 – 1147) é um poeta persa

In Rosa do Mundo

Tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo

A sobrevivência da nossa civilização



"Não foi a libertação do medo, mas o equilíbrio do medo, que tornou possível a sobrevivência da nossa civilização"

Golda Meir

Em Escrito na Pedra do PÚBLICO

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Um poema de Tolentino Mendonça



SETEMBRO 

Nesses dias distantes eu vagueava pelas matas
enchia a espingarda de chumbo e disparava
contra o silêncio das árvores altas
só para assistir ao espectáculo dos pássaros 
em debandada

experimentava uma exaltação — de que tenho hoje pudor
perante imagens que partem:
fragmentos rápidos, passagens, segredos que se apagam
nesses dias distantes nem suspeitava
a vida pode ser interminável

o que deixaste abandonado regressa — aprende-se depois
quando, por exemplo, a esquecida infância se parece
com certos cães deixados de propósito a muitos quilómetros
que ladram não se percebe como
à porta da velha casa


In "A NOITE ABRE MEUS OLHOS"  

Nota: Humilde homenagem ao poeta que tive o prazer de ouvir e ver em diversas circunstância da minha vida. Mas também pela admiração que por ele nutro e pela sua recente nomeação pelo Papa Francisco para as responsabilidades de primeiro prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, da Santa Sé.

Encontro com a Maria da Fonte



Encontrei-me com a Maria da Fonte há uns bons anos, julgo que em 2013, em Póvoa do Lanhoso. Mas se fosse hoje, teria mesmo de lhe perguntar que soluções é que ela teria para mandar calar uns tantos que nos incomodam todos os dias com promessas impossíveis de cumprir. Imaginem só o que poderíamos ouvir desta guerreira armada com a foice. Assim escrevi naquela altura. Assim escrevo hoje.

F. M.

Percurso inacabado da Economia de Francisco

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO de ontem

O Papa desencadeou um movimento – A Economia de Francisco – precisamente porque a economia dominante não tem em conta o espírito do Santo de Assis, em vez de promover a vida dos mais pobres, arruína-os cada vez mais.

1. A característica do pontificado do Papa Francisco não é a de multiplicar iniciativas e realizações de ordem pessoal. Desde as tentativas de reforma da Cúria, ao envolvimento com o vasto mundo dos migrantes que fogem da fome e das guerras; da visão de um mundo a partir dos pobres e de todas as periferias existenciais; de despertar a sociedade para uma concepção da vida como realidade intergeracional, intercultural e interreligiosa; de não descansar enquanto a pedofilia e o seu encobrimento, por parte do clero, não se tornem empenhamento de toda a Igreja e da sociedade para acabar com essa tragédia; de fazer do Sínodo dos Bispos o Sínodo de toda a Igreja, mostrou sempre que procura, em todas as suas iniciativas, o envolvimento crescente de todas as pessoas de boa vontade.

Forte da Barra em dia de sorte



Num dia de sorte, captei esta foto com o sistema a trabalhar. E com a água a cair, de mansinho, tudo se apresentava mais bonito.

Portugal e o Mar — À Redescoberta da Geografia

Tiago Pitta e Cunha escreveu um livrinho de 129 páginas para a coleção “Ensaios da Fundação”, que tem por título “Portugal e o Mar – À Redescoberta da Geografia”. Aquela coleção da Fundação Francisco Manuel dos Santos tem por objetivos dar a “conhecer Portugal, pensar o país e contribuir para a identificação e resolução dos problemas nacionais, assim como promover o debate público”. 
Não é um livro que nos leve a desanimar na hora da leitura, até porque a nossa ligação ao mar corre-nos nas veias e a maresia permanentemente nos envolve. 
Há neste ensaio temas que nos despertam para a importância do mar na vida dos portugueses, em particular, e da humanidade, em geral. Foi por ele que os portugueses deram novos mundos ao mundo, através das políticas dos descobrimentos de que tanto nos orgulhamos. 
“A ligação imemorial de Portugal e da Europa ao mar” é o título da introdução que nos abre as portas de uma leitura agradável sobre o percurso do nosso país durante todas as suas fases históricas, na certeza de que o futuro continuará a passar, inevitavelmente, pelos oceanos. 
O autor reconhece que Portugal tem vindo a dar alguns passos, no sentido de se juntar a países, como a Austrália ou o Canadá, «que nos finais da década de noventa adotaram medidas inovadoras, lançando as primeiras políticas nacionais integradas para os oceanos».

F. M. 

domingo, 25 de setembro de 2022

Dia Internacional do Farmacêutico

Mais um dia especial, o Dia Internacional do Farmacêutico. A ideia de celebrar uma profissão tão relevante para a vida das pessoas, todas as pessoas, nasceu por decisão do Conselho da Federação Internacional Farmacêutica, no final dos anos 2000, numa conferência em Istambul, Turquia.
Mais do que vendedores de medicamentos, os farmacêuticos prestam informações sobre os remédios e dão conselhos preciosos, no sentido de estimular a qualidade de vida dos pacientes. E amanhã, dia 26, celebra-se o Dia Nacional do Farmacêutico.
A primeira farmácia da Gafanha da Nazaré, a Farmácia Morais, surgiu em 1940.

Dia Mundial dos Rios

Rio Vouga - São Pedro do Sul

O Dia Mundial dos Rios é comemorado no último domingo de setembro e tem como objetivos promover, pelas mais diversas formas, a sua preservação. Importa sensibilizar toda a gente para evitar a poluição, sem descurar o prazer de divulgar as suas belezas.
Esta celebração nasceu em 2005, mas o mais importante será divulgar a natureza virgem das suas margens que nos atraem, aproveitando todas as oportunidades para chamar a atenção das riquezas que os rios nos oferecem, nomeadamente, o peixe, a paisagem, o turismo e a energia das suas correntes. 
Como homem da ria, não esqueço que os rios que nela desaguam, qual casamento feliz, completam as nossas paisagens. 

sábado, 24 de setembro de 2022

A humanidade nem ouve advertências


«Como é possível esperar que a humanidade ouça conselhos, se nem sequer ouve as advertências»

Jonathan Swift,
escritor crítico


Em Escrito na Pedra do PÚBLICO de hoje

História de Portugal em Disparates

Há livros muito curiosos. Um deles — HISTÓRIA DE PORTUGAL em Disparates — estava perdido no sótão e caiu-me nas mãos, nem sei porquê. Quis o destino libertar-me de alguma lassidão provocada pelo Covid-19, que já expulsei da minha vida. Para já, que nunca saberemos quando surgirá outro vírus que nos dê cabo da cabeça.
À data em que o comprei já ia na 8.ª edição, no ano da publicação – 1988. Como facilmente se deduz, trata-se de uma compilação de disparates oriundos de alunos fracos. Diz o autor que os erros ortográficos foram banidos deste livro, “caso contrário torná-lo-iam ilegível”.

A título de exemplo, aqui ficam alguns disparates:

«Os Árabes eram originários de Roma, na Visigódia, e deram origem a muitas palavras para o dicionário. Aliás, o vestígio mais notável por eles deixado foi a sua própria língua — o latim.»

«Eis alguns contributos trazidos pelos Mouros, nos seguintes domínios:

Na língua portuguesa: Futebol, Pai, Lisboa, Hoje, Praia, Amanhã, Amigos, Armando, Amor, Português, Intaliano, Espanhol, Deixavam e Circulavam.

Nas técnicas agrícolas: Trouxeram o boi para lavrar o campo e a enxada. Introduziram a areia e carros que funcionavam a gasolina.

E mais:

D. Pedro I não sabia se tinha casado e matou o seu próprio pai.
D. Fernando, em 1183, publica a Lei das Sesmarias para que os desempregados ou vadios mandassem lavrar as terras.
Foi no reinado de D. Fernando que a peste negra atacou os Castelhanos por mar e por terra.

E sobre o 25 de Abril:

Foi o soldado português que se revoltou contra a república.

Os cidadão queriam ter direitos e não lhos davam: foi o 25 de Abril que lhos deu. Os cidadão queriam que houvessem muitos partidos, queriam falar mal dos partidos, queriam que os jornais falassem mal e que a televisão desse coisas sobre eles.

E por hoje é tudo.

Bom fim de semana com alegria

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Parar é morrer


Gafanha da Nazaré - Cruzeiro

Depois das férias, com as festas tradicionais e outras, a vida normal volta a ocupar-nos, reanimados que estamos pelo descanso merecido. Mesmo sem horários profissionais, não deixaremos de estar envolvidos em tarefas familiares e comunitárias, que o não fazer nada é um absurdo, impróprio de quem se sente solidário com a família e com a sociedade. 
Nesse pressuposto, os homens e mulheres profissionalmente livres devem participar em atividades úteis, normalmente salutares, se feitas com alegria e otimismo. E como nem só de trabalhos físicos vivem as pessoas, haverá muitas oportunidades para se ler um bom livro e ver bons programas televisivos que nos proporcionem conhecer outros mundos, outras paisagens, outras culturas e variadas gentes. 
Talvez possamos caminhar pelas ruas dos lugares que habitamos, na certeza de que descobriremos recantos até agora por nós ignorados. E pelos caminhos agora calcorreados, decerto nos cruzaremos com amigos que não víamos há muito, por força da pandemia que nos isolou. 
Acreditamos que a vida é, para todos e a toda a hora, um recomeço que precisa de ser inovador e original, capaz, por isso, de estimular e enriquecer quem nos cerca. Parar é morrer.

OUTONO


Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há tanta fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.

Miguel Torga

Deixa-te convencer: A vida é só uma




Todos nascemos para ser felizes e vamos construindo a felicidade, sobretudo com pequenas coisas e em momentos fugazes

“Deixa-te convencer” é exortação velada e insinuante, que encerra a parábola do rico Epulão e do pobre Lázaro. “Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos”. Esta resposta está posta na boca de Abraão como ponto final a um diálogo persuasivo sobre o valor das coisas, vistas da “outra margem do rio”, sobre a importância de saber aproveitar as oportunidades que o tempo nos proporciona, sobre a articulação consequente que existe entre a fase presente da vida e o futuro definitivo - Lc 16, 19-31.
Deixa-te convencer, pois a vida é uma só, no tempo e na eternidade, embora com ritmos diferentes, tem uma dignidade própria que se manifesta, progressivamente, nas opções que fazemos e nas atitudes que assumimos, nas relações que criamos e alimentamos e nas associações que organizamos, na sociedade que constituímos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Dia Europeu Sem Carros

 

O Dia Europeu Sem Carros celebra-se hoje, 22 de Setembro, com o objetivo de reduzir o tráfego rodoviário dentro das cidades, de forma a aumentar a qualidade de vida das pessoas e garantir a sustentabilidade dos recursos naturais. Naturalmente, tudo isso passará por optarmos pela utilização de alternativas menos poluentes, em especial a bicicleta e os transportes públicos.
Todos sabemos que seria o ideal utilizar menos carros próprios e de trabalho, porque a vida exige pressa cada vez mais. De qualquer forma, hoje, pelo menos, seria interessante que levássemos à prática o conselho que aqui deixamos: Carro na garagem pelo menos um dia por semana. Já não seria mau.

O Covid-19 descobriu-nos

 

Estávamos convencidos de que o Covid-19 não conhecia a nossa morada. E até que nunca tinha ouvido falar de nós. A nossa vida pacata era garantia para o bicho, nas suas andanças, nem dar por nós. Puro engano. 
Sorrateiro, com instinto maligno, ousou aproveitar uma qualquer circunstância para entrar na nossa casa, sem o sentirmos. E fez o que seria de esperar. Eu e Lita fomos contaminados. E o SNS, diligentemente servido por técnicos competentes, deu as instruções adequadas. Ficámos confinados e medicados. E por aqui estamos à espera que o Covid-19 morra e nos deixe em paz.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Igreja Sinodal — A fé permeia a vida secular

Uma reflexão de Georgino Rocha
para este tempo

Nunca antes uma reflexão tão participada e sobre tantos aspectos relevantes da vida da Igreja e da sua relação com o mundo havia sido produzida e publicada em Portugal.
Análise crítica, coragem e novidade que traduzem confiança na capacidade das comunidades cristãs em “fazer florescer a esperança (…), ouvir uns dos outros e criar um imaginário positivo que ilumine as mentes, aqueça os corações e restitua força às mãos” e de nesse caminho serem assistidas pelo Espírito Santo.

O discernimento pastoral

“O que Jesus faria em nosso lugar?, constitui a pergunta chave que guia a reflexão e partilha dos participantes no congresso de Católicos e Vida Pública, no Chile, a 23 e 25 de Agosto de 2022.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Protesto e acolhimento de um novo caminho

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
 
Também as comunidades cristãs devem denunciar todas as formas de corrupção, de mentira, de egoísmo, ao concentrar os bens destinados a todos, nas mãos de muito poucos.

1. A celebração da Eucaristia nunca pode estar desligada do que vai acontecendo na vida humana, de crentes e não crentes. A narrativa eucarística mais antiga que conhecemos precede as formulações dos textos evangélicos. Encontramo-la numa célebre Carta de S. Paulo aos Coríntios (1), que manifesta a indignação acerca do que está a acontecer numa comunidade ainda pouco cristã.
Eis a narrativa: “​Quando vos reunis, não é a ceia do Senhor que comeis, pois cada um se apressa a tomar a sua própria ceia; enquanto um passa fome, outro fica embriagado. Porventura não tendes casas para comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm?

domingo, 18 de setembro de 2022

Procissão da Senhora dos Navegantes pela laguna aveirense

N.ª S. ª  dos Navegantes 


Pe. Miguel de saudosa memória
No final da missa das 10h30 de hoje,  o nosso prior, Pe. César Fernandes, evocou, com oportuna referência, o saudoso Pe. Miguel Lencastre, o verdadeiro dinamizador da procissão pela laguna, inspirando-se em festa semelhante. Quando numa viagem de avião, sobrevoou Porto Alegre, no Brasil, presenciou uma procissão pelo mar [em 2 de fevereiro] em honra de Nossa Senhora dos Navegantes que muito o sensibilizou, prometendo a si mesmo que haveria de organizar a procissão pela nossa Ria,  que já se tornou famosa.
Com a sua saída para outras tarefas eclesiais, ligadas ao Movimento de Schoenstatt a que pertencia, a festa esmoreceu e a procissão pela laguna ficou à espera de outra oportunidade. Na Expo'98, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré presenciou um espetáculo semelhante, ficando inspirado para retomar a procissão pela Ria de Aveiro, em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes. O que veio a acontecer, com a indispensável autorização das autoridades marítimas. E hoje voltaremos a assistir à festa com procissão pela laguna aveirense, desde o cais do porto, na Cale da Vila, até ao Forte da Barra,  com a participação de muita gente e com o espetáculo dos barcos e barquinhos a ilustrarem as águas serenas da Ria.

Nota: Fotos do meu arquivo 

Aveiro como em 2013

 

O Google tem boa memória e com frequência nos lembra o que publicámos há anos. Disse-me agora que publiquei esta foto em 2013. Portanto, quando apreciamos os moliceiros num vaivém carregados de turistas, devemos ficar a saber que a moda destes táxis dos canais da Ria de Aveiro não é de agora. Tem, realmente, bons anos.

sábado, 17 de setembro de 2022

Daniel Faria — Um poema para este sábado


Amo-te nesta ideia nocturna da luz nas mãos
E quero cair em desuso
Fundir-me completamente.
Esperar o clarão da tua vinda, a estrela, o teu anjo
Os focos celestes que a candeia humana não iguala
Que os olhos da pessoa amada não fazem esquecer.
Amo tão grandemente a ideia do teu rosto que penso ver-te
Voltado para mim
Inclinado como a criança que quer voltar ao chão.


Daniel Faria
Em  "Dos Líquidos"

Artes dos homens da laguna


Os homens da laguna dominam muitas artes e resolvem sempre os seus problemas. Não são dos que protestam por tudo e por nada, mas fazem o que for preciso. Necessitavam de atracar os seus barquinhos por ali e tudo se fez de um dia para o outro. Umas estacas e algumas tábuas e num já tudo fizeram.

Nota: foto encontrada hoje nos meus arquivos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Fortaleza da Barra


O Forte da Barra, outrora designado por Torre dos Sinais da Fortaleza da Barra, é um ex-libris da Gafanha da Nazaré, havendo outros, decerto, que o tempo se encarregará de definir. Tentarei antecipar-me, se para tanto tiver engenho e arte, isto é, olhos para ver e sagacidade para escolher e divulgar. 

Aviso de Jesus: Sede honestos na posse do dinheiro

Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XXV do Tempo Comum


 Os bens materiais têm o seu valor, 
mas estão ao serviço de valores maiores

O elogio à esperteza é feito por um proprietário rico, a um seu administrador desonesto. E surge na narração de uma parábola de Jesus sobre o uso dos bens materiais. Visa despertar o entusiasmo dos discípulos para procederem de igual maneira. E aponta, claramente, para a urgência de, perante situações de risco e de crise, saber encontrar soluções criativas e sensatas, estar atento à vinda do senhor que vem pedir contas da administração. Lc 16, 1-13.
Os adversários de Jesus riem-se dos seus ensinamentos sobre o dinheiro, considerado por eles como uma bênção de Deus, um sinal da sua providência, uma garantia de predestinação. Quase absolutizavam a sua posse e ostentação. Sem olharem muito à licitude dos meios para o alcançar. E assim, a gente humilde mais empobrecia, enquanto uma minoria, alavancada numa interpretação deficiente da Escritura Sagrada, enriquecia cada vez mais.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Sport Clube União Gafanhense

 

Os dirigentes foram figuras da nossa terra bastante conhecidos. Em cima à esquerda, é o senhor João Bola, casado com Maria da Luz Rocha, que ficou como madrinha do clube. Foi também fundadora da Obra da Providência e personalidade ímpar da nossa terra. Do lado direito está o senhor João Lé, irmão do Pe. Lé. Depois os jogadores. Conheço alguns, mas não faltará quem os tenha conhecido. Com a ajuda de todos, poderemos registar os seus nomes. A história agradece.

JARDIM OUDINOT — Festa dos bacalhoeiros


Se é ou foi bacalhoeiro e se gosta de conviver não perca a oportunidade de se encontrar com colegas ou ex-colegas.

Dádiva preciosa


"O ensino deve ser de modo a fazer sentir aos alunos que aquilo que se lhes ensina é uma dádiva preciosa e não uma amarga obrigação"

Einstein


Em Escrito na Pedra - PÚBLICO de hoje

terça-feira, 13 de setembro de 2022

As pontes da nossa terra



Mais um recanto da Gafanha da Nazaré com ponte da Cambeia e palmeiras ao fundo. E dos lados, espelhos de água tão presentes na alma dos gafanhões.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

EFEMÉRIDE: Casa do Povo da Gafanha da Nazaré

 

No TIMONEIRO de Setembro de 1973, publiquei a seguinte nota:

Casa do Povo

Há dias, foram convocados os proprietários e agricultoras para uma reunião em que se decidia a criação ou não da Casa do Povo. A grande maioria dos presentes pronunciou-se favoravelmente e logo foi formada a Comissão Organizadora que ficou assim constituída:
Presidente — Dr. Humberto Rocha; Vice-presidente — Manuel dos Santos Medeiro; Secretário — Prof. Salviano Augusto da Silva Conde; Tesoureiro — Ângelo Ribau Teixeira; 1.º Vogal — José Maria Nunes; 2.º Vogal — Gabriel Ribau Nunes.
Os requerimentos da Junta de Freguesia e da Comissão Organizadora, bem como os estatutos da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, seguiram já para Lisboa donde se aguarda despacho favorável de sua Excelência o Senhor Ministro das Corporações e Previdência Social.
Espera-se que a Casa do Povo venha proporcionar a todos os agricultores os benefícios da previdência de que estavam tão carecidos.
Além disso, a Casa do Povo terá uma missão cultural que muito contribuirá para a formação de novas mentalidades.

Livros do passado para o futuro

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Sem esquecer as questões que sacodem o fenómeno religioso a nível mundial, hoje, desejo evocar algumas das minhas leituras e releituras na praia seca do meu convento, durante o passado mês de Agosto.

1. Recomendei, para as férias, os 4 livros mais famosos do passado e do presente, com o desejo de continuarem a ser a alegria do nosso futuro. Esses livros são os quatro Evangelhos canónicos do Novo Testamento, sem ignorar o contributo dos chamados apócrifos. Embora sejam algo posteriores aos canónicos, tornaram-se uma das grandes fontes da imaginação da pintura cristã através dos séculos[1].
Sem esquecer as questões que sacodem o fenómeno religioso a nível mundial, hoje, desejo evocar algumas das minhas leituras e releituras na praia seca do meu convento, durante o passado mês de Agosto.

domingo, 11 de setembro de 2022

Os amigos



OS AMIGOS

Esses estranhos que nós amamos
e nos amam
olhamos para eles e são sempre
adolescentes, assustados e sós
sem nenhum sentido prático
sem grande noção da ameaça ou da renúncia
que sobre a luz incide
descuidados e intensos no seu exagero
de temporalidade pura

Um dia acordamos tristes da sua tristeza
pois o fortuito significado dos campos
explica por outras palavras
aquilo que tornava os olhos incomparáveis

Mas a impressão maior é a da alegria
de uma maneira que nem se consegue
e por isso ténue, misteriosa:
talvez seja assim todo o amor


José Tolentino Mendonça
Em "A Noite Abre Meus Olhos"

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Marcas do passado — Ponte da Cambeia


Aqui fica, para a posteridade, esta marca do passado — Ponte da Cambeia — que nos dava passagem para o Forte e para a ponte de madeira que nos ligava ao Farol.

Quem se recorda do professor Carlos?


Mais um emigrante, Nuno Silva, neto do professor Carlos, que me examinou na terceira classe, se me não falha a memória, teve a gentileza de me enviar fotos de seu avô. Diz-me que está a trabalhar no Brasil e que possui mais fotografias antigas.
Na foto, o professor Carlos está à esquerda. O seu bisavô, José Maria Simões, pai de Maria do Carmo, esposa, portanto, do professor Carlos, está à direita. Não conhece os dois que estão no centro.

Graças à Internet, o longe torna-se perto e em segundos podemos comunicar, conversar e trocar informações.
O Nuno disponibiliza-se para me ceder mais fotos com evocações de tempos que já passaram há muito. E pode ser que alguém consiga identificar os dois retratados ao centro.

Obrigado Nuno

O convite de Jesus: Alegrai-vos comigo

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXIV do Tempo Comum 

Lucas, médico de grande sensibilidade e ternura, anota as “intenções” dos que seguiam Jesus e o contraste que se ia acentuando. Os indesejados da sociedade escutam-no com interesse. Os defensores da ordem estabelecida fazem-se ouvir em comentários críticos. Publicanos e pecadores aproximam-se. Fariseus e escribas distanciam-se. Jesus, como sábio narrador de contos e “histórias”, aproveita a circunstância para realçar, uma vez mais, a sua missão de dar a conhecer o autêntico rosto de Deus Pai. E que bem que o faz! - Lc 15, 1-32
Recorre a exemplos da vida corrente: pastor que busca a ovelha perdida, dona de casa que procura a moeda desaparecida, o pai de dois filhos com comportamentos diferentes. Em cada um destes casos, destaca traços que configuram o modo de ser e agir de Deus: o apreço pela harmonia e proximidade que se alteram inesperadamente: a ovelha perdida do rebanho, a dracma desaparecida na casa da dona, o jovem aventureiro ansioso de liberdade e de novas experiências.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Dia Internacional da Alfabetização

Andei, há anos, envolvido em tarefas de alfabetização de adultos. Eram tempos de sensibilizar as pessoas para aprenderem a ler, para posteriormente se habilitarem a fazer o exame da quarta classe, necessário para ingressarem num trabalho estável, dando acesso a carreira profissional, com algumas garantias de futuro.
Andei de terra em terra pelo Distrito de Aveiro, criando e apoiando cursos, com recurso, inúmeras vezes, aos professores e párocos das freguesias, muitos deles sensíveis à problemática da alfabetização. Isto antes do 25 de Abril e ainda depois dessa data histórica.
Um dia, numa aldeia, pastoreada por um prior idoso, lancei a ideia de abrir um curso para homens e mulheres. O prior concordou e tratei de tudo para que o curso começasse a funcionar o mais depressa possível. Tudo feito, era necessário avisar a população para se inscreverem em determinado lugar, para as aulas funcionarem à noite, depois dos trabalhos. E o prior ficou encarregado de avisar nas missas, lembrando a importância de saber ler, escrever e fazer contas.
Tempos depois, apareci na freguesia para saber o resultado. E dirigi-me ao senhor prior:
— Então, senhor prior, há muitas inscrições?
E ele saiu-se com esta:
— Fiquei a pensar… O senhor acha que eu ia colaborar numa saída de casa, depois do sol posto, de rapazes e raparigas, homens e mulheres, para aprenderem a ler? Não conte comigo.

Fernando Martins

O Profeta - Da Beleza

Nas arrumações, veio à minha mão "O Profeta" de Khalil Gibran. E deparei com a página Da Beleza. Aqui partilho umas frases que podem ser ponto de partida para um qualquer momento de reflexão.


Depois, um poeta disse-lhe: Fala-nos da beleza. E ele respondeu:
«Onde procurais a beleza e como a encontrareis se ela não for o vosso caminho e o vosso guia?
E como falareis dela se ela não for o artesão que tece os vossos discursos?

O aflito e o ferido dizem:
«A beleza é a ternura e a doçura,
qual jovem mãe tímida no seu esplendor, ela caminha entre nós.»

E o irascível diz: 
«Não, a beleza é poder e terror.
«Tal como a tempestade, ela agita a terra por debaixo de nós e o céu sobre nós.»

O cansado e o fatigado dizem: 
«A beleza é um doce murmúrio, ela fala à nossa alma.
«A sua voz ecoa aos nossos silêncios, qual luz tímida que palpita por medo da sombra.»

Mas o inquieto diz: 
«ouvimos os seus gritos nas montanhas,
«e com os seus gritos veio o ruído dos passos, o esvoaçar das asas e o rugir dos leões.»

(...)

Arrumar é preciso

Mais uns dias e tudo estará arrumado

Ausente dois dias deste meu espaço de partilhas por motivo de arrumações, retomo o trabalho. Arrumar é preciso de vez em quando, sobretudo porque gosto de mudanças. Os mesmos ambientes cansam-me. O mais do mesmo mexe comigo. É da minha natureza. E ganho sempre quando altero os meus hábitos.
Estou no meu sótão, apesar de se tornar perigosa a subida, no dizer dos meus, mas com cuidado cá estou.
Nesta altura, procuro recantos para arrumar papelada, mas demora,  porque revistas, discos, CD, fotografias, velharias,  livros e demais objetos carregam memórias, encontros, amizades e participações pessoais em diversas frentes. E é tudo isto que me  dá vida.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré

Consulta de jornais
e requisição de livros


Desde fevereiro, a Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré [Centro Cultural] disponibiliza a consulta de jornais diários e a requisição de livros, DVD e CD, através da Biblioteca Municipal de Ílhavo.
O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, entre as 10h e as 13h e as 14h e as 18h30. Mais informações biblioteca_municipal@cm-ilhavo.pt ou pelo 234 321 103.
Lembramos que  leitura dos jornais e livros nos ajuda a compreender o mundo do qual fazemos parte como membros responsáveis e solidários.

Dia Internacional da Caridade

O Dia Internacional da Caridade celebra-se a 5 de setembro, aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá. A decisão foi da ONU, em 2012. Celebrou-se pela primeira vez no ano seguinte. 
Falar de caridade é falar de amor. Só quem ama pode olhar para o sofrimento humano, com objetivos de procurar e promover a felicidade de todos os homens e mulheres do nosso tempo.
O Dia Internacional da Caridade, ou Dia Internacional do Amor, não é uma figura abstrata, mas ponto de partida para vivenciar a fraternidade a todos os níveis: na família, nas escolas, no ambiente de trabalho, no desporto, nas instituições, na sociedade em geral, afugentando a indiferença, a preguiça, o deixa correr.

Gafanha da Nazaré - Como o tempo passa


Da torre da nossa igreja matriz para norte, mais ou menos. Publicada há anos, lembrou-me o Google. É só para percebermos a evolução da nossa terra. Votos de boa semana.

domingo, 4 de setembro de 2022

Mundo mais feliz

Com a chuva que aí vem, se Deus quiser, mais o vento, ora brando ora bravo, teremos de nos habituar a uma vida mais triste? Penso que não.
Há flores que murcham e caem, mas outras, mais dadas ao frio, hão de resistir. Que a vida, como é habitual, precisa da alegria e da beleza que as flores nos dão. Mas se elas se forem com o vento, que ao menos saibamos alimentar o prazer da espera pelo seu regresso. 
Até lá, aprendamos a cultivar outras flores, daquelas que nos enchem a alma com as suas cores e aromas: a amizade, a partilha da nossa alegria, o bem que podemos fazer a quem nos cerca, a aposta na construção de um mundo mais feliz.

Fernando Martins

sábado, 3 de setembro de 2022

Bom Setembro para todos

Nestes primeiros dias de Setembro, para muitos o início do Inverno, comecei a sentir frio. Agasalhei-me e comecei a pensar no que me espera.
Sem tarefas que me obriguem a sair de casa, regularmente, aceito que sou um privilegiado e que, apesar das crises, haverá condições para ocupar o tempo pela positiva, porque vontade não me falta. Para já, a natureza florida  estará sempre à minha disposição.
Nos idos da minha juventude, estávamos limitados à leitura de livros e jornais, à música via rádio, a uma ou outra saída para espairecer e à conversa com amigos. Tempos felizes, apesar de tudo, dos quais guardo gratas recordações.
As brincadeiras e jogos, nas ruas, nos largos e nos campos abandonados ou à espera das sementeiras, faziam parte dos programas dos miúdos e jovens de ambos os sexos. E os dias assim passavam, até o sol começar a cair no horizonte.
Hoje, contudo, os hábitos são outros e não falta coragem, por mim falo, para sabermos ocupar o tempo sadiamente.
Bom Setembro para todos.