quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
Ano Novo, Vida Nova
2020 - Um ano de Triste Memória
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Santa Mãe de Deus, Rogai por Nós
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Luz e flores para começar o dia
domingo, 27 de dezembro de 2020
Agradecimento de Boas Festas
Um guisadinho bem à gafanhoa
um escritor gafanhão
«O capitão Armando Vieira, do mesmo modo familiar com que o tinha recebido pela primeira vez logo após a chegada, fez entrar o amigo da juventude pela porta da cozinha, com as manifestações de alegria de quem acolhia em sua casa alguém que tivesse acabado de regressar, ileso, de uma batalha perdida
e a cozinha estava inundada de um odor forte, saído de algo que estava a cozinhar, que fez recordar ao tio Florêncio a caldeirada de bacalhau
não obstante ele pensou que não poderia adivinhar de forma tão simples e imediata que seria esse “o jantar gafanhão” que lhe tinha sido prometido, pois a caldeirada não poderia nunca ser considerada um prato gafanhão, nem tão-pouco apenas português
— Estás a lembrar-te de alguma coisa conhecida neste cheirinho que está aqui na cozinha, não estás, sócio?
mas eu aposto singelo contra dobrado em como não adivinhas o que a Adélia tem ali a cozinhar
— Guiado pelo cheiro, eu apostaria que se trata de caldeirada de bacalhau
mas ao mesmo tempo qualquer coisa me diz que perderia a aposta, porque este aroma que anda no ar não é exactamente igual ao da caldeirada
perderia… seguramente
porque depois de teres prometido um jantar gafanhão, seria falta de imaginação apresentares-me para comer uma banal caldeirada de bacalhau
embora seja coisa que não como há muitíssimo tempo só que ninguém poderá dizer que se trata de um prato gafanhão os bascos e os galegos também a fazem
— Deixa-te de divagações e vem dar uma espreitadela
— Oh, assim estragas a surpresa, Armando
mas ele aspirava o vapor que saía do tacho e comentava:
— Hum, este cheiro a salgado entra-me no nariz e trepa-me até à alma
vem cheirar, vem cheirar este perfume que nos lembra o mar e é como se fossem as mãos dos anjos a acariciar o que há de melhor dentro de nós
ah, e como formosa nos parece a vida saboreando estes petiscos
melhor do que isto só lagosta suada ou bacalhau á Freitas
o tio Florêncio aproximou-se dele e espreitou para dentro do tacho
aspirou também o cheiro da comida
— Então que tal?
— Não estou a ver o que possa ser
cheira a bacalhau… mas ao mesmo tempo há qualquer coisa de diferente neste cheiro
— São sames, sócio, são sames, que já não deves comer há muito tempo
— Sames?
caramba, há mais de trinta anos que não me lembrava sequer dessa estranha palavra, quanto mais comê-los
— Sim senhor, um guisadinho de sames de bacalhau, bem à gafanhoa
é ou não é?»
Excerto do capítulo oitavo
do romance “Ai, Amor”
Uma distância caritativa?
Se o Natal cristão existe como a festa da proximidade, donde poderá vir a alegria com a afirmação pública e ostensiva da distância?
sábado, 26 de dezembro de 2020
Gafanha: Mulheres amanham a terra
Entre o Ano Velho e o Ano Novo
Em família, o Menino crescia em sabedoria
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
O Menino estava deitado na manjedoira
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
NATAL DA ESPERANÇA
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Os Velhos
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Natal de Jesus, Luz do Mundo
para este Natal de Jesus
O Inverno já chegou
Fernando Martins
Natal de Esperança
domingo, 20 de dezembro de 2020
Natal da amizade
Deus não precisa de um templo
sábado, 19 de dezembro de 2020
Natal: Deus sem máscara
“A Caixa de Correio de Nossa Senhora”
António Marujo |
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
Ceia de Consoada com Bacalhau
Faça-se em mim segundo a tua palavra
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Outono desconfortável
NATAL com arte
Bom Natal extensivo às famílias.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Beethoven nasceu há 250 anos
Nova Marina da Barra ainda viável?
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
Faleceu o Pe. João Gonçalves
Passadiço - Um desafio
UNIVERSIDADE DE AVEIRO - PRIMEIRO REITOR
1973
HÁ DIAS ASSIM
Há dias assim. Ou assim-assim. Como diz o dicionário, nem bem nem mal. Ora triste ou nem por isso. Alegre é que não. Isto deve ser fruto do tempo: chuvoso, carrancudo, frio, cinzento. Também pode ser da idade, alvitra alguém; do confinamento, diz outro. Mas eu não digo mais nada. Amanhã, garanto, já serei outro. Ou talvez logo mais. Para já é assim.