terça-feira, 31 de maio de 2022

Dia dos Irmãos - O meu irmão Armando Grilo

Celebra-se hoje, 31 de Maio, o Dia dos Irmãos. Dia adequado para os irmãos conviverem, recordarem vivência partilhadas em comum e sentirem-se mais próximos, já que a vida apressada muitas vezes os afastam. Eu só tive um irmão, o Armando, que já partiu para o seio maternal de Deus, apesar de ser mais novo do que eu. A vida tem destas coisas.
Apesar disso, não esqueço o meu irmão, que me tratava por mano. Não me recordo de alguma vez me chamar Fernando. E ele, para mim, era o Menino e nunca o Armando. A sua partida para Deus, não o afastou dos meus quotidianos. A sua imagem, o som da sua voz, o seu sorriso franco e o espírito alegre que com todos partilhava continuam a ocupar um espaço indelével na minha alma.
Há tempos,  estive no cemitério da Gafanha da Nazaré, onde fui para conversar com ele e com outros familiares e amigos. Não vim de lá deprimido, mas feliz. As conversas fazem-nos sempre muito bem, quando bem intencionadas. A minha intenção de os visitar foi alimento para as saudades. E com o meu irmão, naquele dia, saquei do saco das memórias as brincadeiras à volta do meu pai, quando ele, regressado de uma viagem à Terra Nova, se sentou numa cadeira para nos ver brincar no terraço.
Até um dia, Menino!

Fernando Martins

GDG — Primeiros corpos gerentes

A Gafanha da Nazaré foi sempre uma terra de desportistas de diversas modalidades. Nunca faltaram razões nem pessoas para levarem à prática o desporto, de forma amadora, mas com paixão. E tivemos atletas que chegaram longe, mas disso falaremos numa primeira oportunidade.
Para abrir o apetite, lembramos apenas que no dia 31 de Maio de 1968 foram eleitos os primeiros corpos gerentes do Grupo Desportivo da Gafanha, cujos cargos ficaram assim distribuídos:
Assembleia Geral: Presidente, Pe. Domingos José Rebelo dos Santos; Vogal, Manuel Vergas Caspão. Direção: Presidente, José Henrique dos Santos Sardo; Secretário, José Alberto Ramos Loureiro; Tesoureiro, João Gandarinho Fidalgo; Vice-presidente, Carlos António da Silva Loureiro; Vogal, Hortênsio Marques Ramos. Conselho Fiscal: Presidente, Carlos Sarabando Bola, Vogais, Nelson Mónica Modesto e José Casqueira da Rocha Fernandes

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Há desigualdades que matam

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Há muito que o Papa Francisco alertou as igrejas, as religiões e a sociedade para uma realidade em que não se queria pensar: estamos a viver a III Guerra Mundial aos bocados. A guerra, pela invasão da Ucrânia, veio ter com um Ocidente distraído

1. Vivemos, como humanos, na e através das experiências da linguagem ou, melhor, das linguagens. A significação das nossas concepções, afirmações e negações depende do seu uso. O uso profano e religioso não são da mesma ordem, embora se possam servir das mesmas palavras. A diferença da linguagem do sagrado nota-se, sobretudo, no culto [1]. Quando, no Credo, dizemos que Jesus Cristo desceu dos céus, foi por nós crucificado sob Pôncio Pilatos, ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus onde está sentado à direita do Pai, só tem sentido no âmbito das confissões de fé. Fora desse contexto, presta-se ao ridículo. Por outro lado, essas expressões nasceram num contexto cultural que já está muito longe das nossas experiências actuais de relação entre o sagrado e o profano.

Nogueira Gonçalves e a nossa Igreja Matriz

 

Li no Inventário Artístico de Portugal, livro VI, 1959, AVEIRO — Zona - Sul, de Nogueira Gonçalves, que «a igreja paroquial [da Gafanha da Nazaré],  inaugurada em 1912, junto da estrada de Aveiro à Barra» ficou «vasta; mas, produto de construtores locais, obriga os actuais dirigentes a pensar em lhe dar carácter arquitectónico». Realmente, desde as investigações de Nogueira Gonçalves, a nossa igreja passou por diversas alterações, as últimas das quais foram levadas a cabo durante a paroquialidade do Pe. José Fidalgo.
Na eucaristia de ontem, ao olhar a parte fronteira do altar-mor, pensei que Nogueira Gonçalves teria ficado satisfeito com a decoração que a nossa igreja, dedicada a Nossa Senhora da Nazaré, presentemente ostenta.

domingo, 29 de maio de 2022

Estaleiros de antigamente

 

Em maré de encontros não tão imediatos como gostaria, veio à rede mais esta foto antiga que aqui publico para suscitar informações. É uma maneira de homenagear construtores navais, empresários e trabalhadores destas áreas, de tantas tradições na nossa região.

Armas ou criança?

"Temos de admitir que gostamos mais das nossas armas do que das nossas crianças"

Michael Moore, 
realizador norte-americano

Li no PÚBLICO

sábado, 28 de maio de 2022

Um ensaio para o Verão

Forum-Aveiro

Feira do Livro

O Verão vem em Junho, mas hoje fizemos o ensaio de uma temperatura mais do que agradável. Tanto quanto fui informado,  as nossas praias proporcionaram um treino do que havemos de ter em breve a muitos amantes do ar quente com sabor a maresia. Tenho cá um palpite que não faltaram escaldões em alguns distraídos.
Hoje foi também dia da quarta dose da vacina contra a Covid-19. Deu para saudar amigos que não via há muito tempo. Todos com máscaras, mas há certos traços que nos dão avisos infalíveis. O peso dos anos e das vidas em muitos. Se calhar, alguns dirão de nós o mesmo.
Um saltinho a Aveiro para passar pela Feira do Livro, onde havemos de voltar, e pelo Forum para sentir o ambiente num dia como este. E dei uma olhada para abrir o apetite. Aveiro é, desde há muito, uma cidade que me atrai.

A arte do pescador figueirense

 
Já não vamos à Figueira da Foz há muito tempo. Eu sei que é tudo relativo e não será assim há tanto tempo. Esta foto surgiu-me agora nem sei porquê, mas conduziu-me à cidade a que me afeiçoei. E resolvi mover mundos e fundos para confirmar a arte do pescador figueirense. Será que ele ainda estará agarrado à rede?

O milagre do perdão

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Participei há anos no funeral gigantesco de um jovem padre francês. Na África do Sul. Tinha sido morto por engano na estrada, com a mira do roubo. Os pais não puderam estar presentes fisicamente. Fizeram-no do modo mais nobre e emocionante: o bispo leu àquela multidão o texto em que eles declaravam que perdoavam de coração aos assassinos.
No Evangelho, se há tema que volta sempre de novo é o do perdão. É preciso perdoar sempre. De coração. O próprio Jesus, do alto da cruz, perdoou aos seus algozes.
Mas o perdão é um milagre, como reconheceu o próprio filósofo J. Derrida, remetendo para a religião. Um milagre no sentido intenso da palavra. É algo de espantosamente admirável, porque transcende a lei da simples justiça. No âmbito da justiça pura, ninguém pode ser obrigado a perdoar e ninguém pode exigir o perdão. Perdoar é do domínio da generosidade, ser perdoado é da ordem da graça: ser perdoado é ser agraciado, receber uma graça. A justiça contabiliza. O perdão desfaz a lei do cálculo.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Garante o Ressuscitado: Vós sereis minhas testemunhas

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VII da Páscoa: 
Festa da Ascensão do Senhor


"A Ascensão de Jesus é garantia de presente e de futuro para toda a humanidade."

Esta garantia é um mandato de Jesus aos seus discípulos, outrora reunidos em Betânia, nos arredores de Jerusalém, agora dispersos por todo o mundo. Tem um fundo histórico, mas é sobretudo simbólico. Está datado com a subida ao Céu, mas perdura até ao fim dos tempos. Tem um itinerário definido para a sua implementação: da cidade capital às províncias, aos confins da terra. Envolve o passado que actualiza como memória e acontece, no presente, como missão que semeia o futuro e garante a sua plena realização, de forma definitiva, na eternidade feliz. Faz parte da mensagem final de Jesus e, segundo a narrativa de Lucas, são as suas últimas palavras. Que abrangência e amplitude! Que confiança e responsabilidade! Lc 24, 46-53.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Um barco sereno

 

UM BARCO

Um barco divaga
sonolento
sob as ondas
redondas
do mar.

Um barco único,
minúsculo,
como uma estrelinha
brilhando
no imenso crepúsculo.

Um barco...
sem remos,
sem velas,
sem asas...

Um barco sereno,
como a brisa do mar.

Norberto Rosa


NOTAS:

1. Norberto Rosa enviou, há anos, alguns poemas para o TIMONEIRO. Por mais esforços que fizesse, nunca consegui falar com o Norberto, nem sei se o conheço. Sei que gostava da sua poesia e hoje lembrei-me de recorrer às Redes Sociais, numa tentativa, mais uma, de o identificar. Há tempos falei com João Caravana Rosa, mas ele não conhecia poetas na família. Não sei se publicou algum livro e se Norberto Rosa é nome ou pseudónimo. Vamos ver se desta feita tenho sorte. Norberto... apresenta-te, homem!
2. Seria um gafanhão ou enviava poemas copiados de algum livro?
3. Poema publicado no TIMONEIRO de Setembro - Outubro de 1980.

Aldeia caramulana

 
Na memória, tenho guardadas vivências que dificilmente esqueço. Ande por onde andar, preciso de as reviver. Dão-me prazer. Hoje, fui pelos caminhos da meditação silenciosa até esta aldeia caramulana, cujo nome se esvaiu.

FM

quarta-feira, 25 de maio de 2022

É na crise que se aflora o melhor de cada um

A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera-se a si mesmo sem ficar ‘superado’ (...) Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um”

Albert Einsten

NOTA: De uma mensagem enviada pelo SNS

Verão — Vida nova

Com dias lindos já apetece

Com o verão a aproximar-se à velocidade dos nossos desejos, chegou a hora de nos adaptarmos ao estilo próprio de uma vida normal, depois das regras impiedosas do Covid-19, que paralisaram o mundo a todos os níveis. É certo que ainda está por fazer um balanço completo sobre as sequelas deixadas pela pandemia, que se espalhou pelo globo, incluindo a dos relacionamentos humanos.
Com o país vacinado, o uso das máscaras fica condicionado a certas circunstância, mas a prudência, sobretudo dos mais fragilizados, impõe cuidados, que o coronavírus ainda não deixou de fazer estragos, com o número dos infetados a crescer, sem, porém, conduzir à morte a maioria dos contagiados. E as novas vacinas ou as existentes atualizadas continuarão a ser o nosso salva-vidas.
A vida vai ser retomada na sua plenitude, ao que podemos supor, os convívios familiares ou outros voltam à luz do dia, os nossos parques de lazer retomarão o brilho para gáudio de todos, com a garantia de serem ao ar livre, e a alegria será a expressão da nossa felicidade, pese embora as imagens de uma guerra inesperada que está a provocar dramas inimagináveis há uns meses, despertando em muitos, por toda a Terra, o sentimento do acolhimento e da ajuda solidária.

FM

terça-feira, 24 de maio de 2022

Caldeira do Forte



Encontrada a fotografia, aqui a deixo para memória futura. O original, de papel, pode ser roído por um qualquer parasita, mas no blogue ficará enquanto as novas tecnologias o permitirem.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Arbusto florido para abrir o dia

 


Passei pelo quintal para começar o dia. Um arbusto florido deu sinais de Primavera. E aqui partilho as suas flores com votos de otimismo. Sem flores e sem otimismo não haverá alegria de viver.
Boa semana para todos.

Libertar-se da vontade de dominar

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Apesar de grandes mudanças em muitos sectores da vida moderna, não se ataca o fosso entre ricos e miseráveis. Procura-se insistir na mentira de que é a meritocracia que faz os ricos e a preguiça faz os pobres, os pouco ambiciosos.

1. O encontro pacífico entre povos e culturas supõe um processo de libertação da vontade de dominar o outro. Procurar libertar-se do desejo de dominar é o bom caminho para o triunfo da fraternidade e da amizade social, em todas as situações.
Perante o fenómeno da globalização, o Papa João Paulo II, embora considerasse esse fenómeno irreversível, sublinhava que precisava de ser orientado na direcção da equidade e da solidariedade, para não se tornar um sistema de dominação e colonização.
O mito bíblico da Torre de Babel, ao contrário do que muitos dizem, representa o veemente protesto de Deus contra o extermínio da diversidade de línguas e culturas. Não suporta o totalitarismo de uma só língua, de uma só cultura [1]. A narrativa do Pentecostes, nos Actos dos Apóstolos, diz algo de extraordinário: nenhum povo precisava de negar a sua originalidade cultural, a sua própria língua, para entender a voz do Espírito. A graça divina não nega a natureza. É a sua cura e sublimação.

domingo, 22 de maio de 2022

Amola-tesouras passaram de moda?

Amola-tesouras

Há bons anos, nem sei há quantos, os amola-tesouras, que também reparavam guarda-chuvas e tigelas, desapareceram das nossas ruas. Afiavam as tesouras e facas, reparavam tigelas e travessas com agrafes e voltavam às ruas, anunciando os seus serviços com uma gaita que passavam pelos beiços, soprando.
E deixaram de aparecer pela simples razão de que agora o que se estraga vai para o lixo. E os amola-tesouras mudaram de vida. 
Também havia os capadores que usavam a mesma gaita. Com uma navalha bem afiada, faziam o serviço, com rapidez e eficiência, e desinfetavam os golpes certeiros com petróleo ou vinagre. Não consta que tenha morrido alguma animal por isso. Era, realmente, uma barbaridade. Hoje, os veterinários fazem esses trabalhos com dignidade. 

Nota: Venho com esta estória porque encontrei a foto nos meus arquivos.

AVEIRO: Ordenação dos Primeiros Diáconos Permanente

Sé de Aveiro: 22 de Maio de 1988


Joaquim Simões
Afonso Henriques
Completam-se hoje 34 anos sobre a ordenação dos primeiros Diáconos Permanentes, na Sé de Aveiro, em cerimónia presidida por D. António Marcelino, estando presente o Bispo Emérito, D. Manuel de Almeida Trindade. Foram eles José Joaquim Pedroso Simões, da Gafanha da Nazaré; Daniel Rodrigues, da Glória; João Afonso do Casal, da Glória; Manuel Fernando da Rocha Martins, da Gafanha da Nazaré; Luís Gonçalves Nunes Pelicano, da Palhaça; Fernando Reis Duarte de Almeida, de Óis da Ribeira; Afonso Henriques Campos Oliveira, de Recardães; Augusto Manuel Gomes Semedo, de Águeda; e Carlos Merendeiro da Rocha, da Gafanha da Nazaré. Destes, já partiram para o seio maternal de Deus Daniel Rodrigues, João Afonso do Casal, Fernando Reis Duarte de Almeida, Augusto Manuel Gomes Semedo e Carlos Merendeiro da Rocha.
Fernando Martins
Luís Pelicano
Posteriormente, foram ordenados outros que se dedicaram, cada um a sei jeito, à missão de servir a Igreja Católica no mundo complexo dos homens e mulheres do nosso tempo, sem regatearem esforços, sob a capa de Deus que nos recomendou, pelo exemplo e pela palavra de seu filho, Jesus Cristo, o mandamento novo: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
Saúdo os colegas do meu grupo (Joaquim Simões, Afonso Henriques e Luís Pelicano) pela persistência da sua doação ao serviço diaconal, em prol das comunidades em que estão inseridos. Mas também me quero dirigir a todos os outros diáconos permanente da nossa Diocese e suas famílias, com um abraço fraterno e votos de muita saúde e paz. Que as bênçãos de Deus nos tornem mais fortes nas missões em que fomos investidos, são os meus votos.

Fernando Martins, 
Diácono Permanente

Nota: A ilustração foi lavra do saudoso Jeremias Bandarra

sábado, 21 de maio de 2022

Unir a bondade e a inteligência

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Com bondade generosa e inteligência lúcida, podíamos e devíamos fazer da Terra uma casa comum mais bela, mais iluminada, para habitar.

O senhor Elliot fora operado a um tumor. Embora a operação tenha sido considerada um êxito, depois dela as pessoas começaram a dizer que o senhor Elliot já não era o mesmo - sofrera uma mudança de personalidade drástica. Outrora um advogado de sucesso, o senhor Elliot tornou-se incapaz de manter um emprego. A mulher deixou-o. Tendo desbaratado as suas poupanças, viu-se forçado a viver no quarto de hóspedes em casa de um irmão. Havia algo de estranho em todo este caso. De facto, intelectualmente continuava tão brilhante como antes, mas fazia um péssimo uso do seu tempo. As censuras não produziam o mínimo efeito. Foi despedido de uma série de empregos. Embora aturados testes intelectuais nada tivessem encontrado de errado com as suas faculdades mentais, mesmo assim foi procurar um neurologista. António Damásio, o neurologista que Elliot consultou, notou a falta de um elemento no reportório mental de Elliot: ainda que tudo estivesse certo com a sua lógica, memória, atenção e outras faculdades cognitivas, Elliot parecia não ter praticamente sentimentos em relação a tudo o que lhe acontecera. Sobretudo era capaz de narrar os trágicos acontecimentos da sua vida de uma forma perfeitamente desapaixonada. Damásio ficou mais impressionado do que o próprio Elliot. A origem desta inconsciência emocional, concluiu Damásio, fora que a cirurgia da remoção do tumor cortara as ligações entre os centros inferiores do cérebro emocional e as capacidades de pensamento do neocórtex. O pensamento de Elliot tornara-se igual ao de um computador: totalmente desapaixonado.

Festival da Canção Mensagem — Notas para a sua história


Em 1978, o Grupo da Juventude Masculina de Schoenstatt, bem apoiado e estimulado pelo Pe. António Maria Borges, sentiu que seria interessante promover a realização de um Festival da Canção, que servisse de estímulo ao aparecimento de novos compositores, autores de poemas e intérpretes. O festival destinar-se-ia também a angariar fundos para a ampliação da Casa de Sião.

1978 — 1.º Festival
“Eu sou como o vento” — Letra e Música: José Fernando. Intérprete: Grupo “Nós”.

1979 — 2.º Festival
Armando (?)

1980 — 3.º Festival
“GIRA” — Letra e Música: Pe. António Maria Borges. Intérprete: Manuel Serafim.

1981 — 4.º Festival
“Duo África”

1982 — 5.º Festival
“Deixem viver a natureza” — Grupo “Nova Era”.

1983 — 6.º Festival
“Meu irmão” — Letra: João Esteves Almeida ; Música e Intérprete: Armando Carlos.

1984 — 7.º Festival
“Bandeira da Paz” — Letra: Paula Bizarro; Música e Intérprete: Carlos Margaça.

1985 — 8.º Festival
“Abre o Coração para amar” —Letra: Manuel Pina; Música e intérprete: Cândido Casqueira.


NOTAS:

1 – Quem possuir mais informações fidedignas, agradeço a generosidade de  mas remeterem;
2 – Também gostaria de publicar fotos dos festivais;
3 – Elementos recolhidos no livro “Gafanha – N.ª S.ª da Nazaré”, de Manuel Olívio Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins. 

sexta-feira, 20 de maio de 2022

MUSEU DA CIDADE - Exposição para compreender Aveiro

António Campos Graça 
Um fotógrafo que amou Aveiro



Até 4 de Setembro, todos poderemos visitar a exposição "O Fotógrafo que amou Aveiro, António Campos Graça", no Museu da Cidade. A exposição apresenta trabalhos do homenageado e de outros fotógrafos que integravam a sua coleção, mas ainda filatelia.
Quando foi anunciada a abertura daquela exposição, dei-me ao cuidado de reler a revista AVEIRO ANTIGO, edição da Câmara Municipal de Aveiro de 1985. Aí sublinhou o vereador da Cultura, Custódio Ramos, que António Graça «despendeu o melhor da sua vida recolhendo e preservando imagens da sua terra , tal como a viu e amou». Por sua vez, João Gonçalves Gaspar frisa que o fotógrafo agora relembrado é «Exemplo vivo do homem do povo pelo entranhado amor à sua terra natal», onde sempre viveu «em paz e sossego».

NOTA: Fotografias de AVEIRO ANTIGO

Dia Europeu do Mar

Réplica da caravela Vera Cruz que esteve na Gafanha da Nazaré em Maio de 2009

Celebra-se hoje, 20 de Maio, o Dia Europeu do Mar e o Dia da Marinha, em homenagem a Vasco da Gama, que neste mesmo dia a mês de 1498 ligou a Europa ao Oriente, via marítima, ao chegar à Índia.
...
Esta é uma boa oportunidade para homenagear todos quantos labutam no mar, mas também a quantos estiveram ligados, direta ou indiretamente, à construção naval.

Santo André reabre ao público amanhã

A cerimónia de reabertura do Navio-Museu Santo André, ancorado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, está agendada para esta sexta-feira, dia 20, às 18h, e contará com a presença do Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa.

O navio-museu Santo André vai reabrir ao público  amanhã, 21 de maio, depois de diversos trabalhos de remodelação e melhoramentos, condizentes com a realidade histórica da faina da pesca do bacalhau, de que aquele navio foi um destacado campeão.
No interior do antigo arrastão bacalhoeiros, informa a autarquia ilhavense, há novos recursos expositivos e o coração do navio, Casa das máquinas, passa a ser um novo pólo de atração. No exterior há uma nova receção que valoriza o espaço de acesso ao Santo André.
Com um investimento superior a um milhão de euros, a remodelação foi financiada pela União Europeia, na ordem dos 700 mil euros. Esta foi a primeira grande intervenção desde que o Santo André passou a navio-museu, em 2001.
Lembre-se que, com a entrada na União Europeia, a Pesca do Bacalhau em Portugal, por circunstâncias que nunca compreendemos muito bem, levou ao desmantelamento da frota bacalhoeira e indústrias correlativas, no País, com prejuízo para imensas famílias que lhe estavam ligadas. O navio, porém, foi salvo do inglório desmantelamento e a autarquia ilhavense transformou-o em museu, em respeito pela memória dos bravos homens do mar das nossas terras.
Com guia a elucidar-nos, dele sairemos mais enriquecidos.

FM

Alegrai-vos. Somos a morada de Deus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VI da Páscoa 

Somos a morada de Deus que vem viver na nossa consciência, no mundo interior de todos os que são fiéis à Sua palavra

Jesus está na hora das grandes confidências, pois vive o tempo da despedida, de dizer aos discípulos o que lhe vai no coração e quer deixar como distintivo da sua identidade: a alegria, fruto da palavra. “Se me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai”. Jo 14, 23-29.
Em diálogo franco, Jesus faz declarações que suscitam perguntas. Judas, não o Iscariotes, não entende como é que Jesus se vai manifestar, nem porque escolhe a quem o irá fazer. E formula a correspondente pergunta: “Porque vais manifestar-te a nós e não ao mundo?”; pergunta a que Jesus responde: “Se alguém me ama, guarda a Minha palavra e Meu Pai o amará. Eu e Meu Pai viremos e faremos nele a Nossa morada”.
Abre assim horizontes surpreendentes e interpelantes. Os contemplados são aqueles que acolhem o seu amor e guardam a sua palavra; a estes, Jesus dá a garantia de serem morada de Deus e de receberem o Espírito Santo. Assim, terão companhia em todas as circunstâncias da vida e nada os poderá perturbar. Assim, a saudade da despedida é compensada pela nova forma de presença. E Jesus destaca a alegria como testemunho da fé dos que compreendem o alcance destes factos, da Sua palavra.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

VIII Festival da Canção Mensagem - 1985

Integrado nas comemorações
das Bodas de Diamante 
da Freguesia da Gafanha da Nazaré
1910 - 1985





 1.º PRÉMIO 

ABRE O CORAÇÃO PRA AMAR


Na porta sempre fechada,
No sorriso por esboçar,
No deserto do egoísmo,
Falta aí o verbo amar!

Na solidão em que vives
Onde o ódio tem lugar,
Na tristeza e na amargura,
Falta aí o verbo amar.

              Refrão

              Há ainda à tua volta
              Quem saiba sorrir e dar
               Abre os olhos e procura
               Abre o coração pra amar!

Na beleza de uma flor,
Num distante chilrear,
Num sorriso de criança,
Está presente o verbo amar!

Num sussurro de um riacho,
Na primavera a chegar,
Em cada mão que se estende,
Está presente o verbo amar!

Autor da Letra: Manuel Joaquim A. Pina
Autor da música: Cândido Carlos Casqueira
Intérprete: Cândido Carlos Casqueira


Nota: Quando arrumo (ou desarrumo) a minha papelada encontro sempre curiosidades da minha vida. Hoje, caiu-me do céu a brochura elaborada para o Festival da Canção Mensagem com a indicação expressa da votação que deu a vitória à canção que acima reproduzo. Dedico esta mensagem aos premiados, mas também aos que nesse ano concorreram com muito entusiasmo. 
Os concorrentes vieram da Murtosa, Eixo, Ílhavo, Pardilhó e da nossa terra, naturalmente.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

Dia Internacional dos Museus

Meras sugestões

Museu Marítimo de Ílhavo

Santo André

Casa Gafanhoa

Celebra-se hoje, 18 de Maio, o Dia Internacional dos Museus, que nasceu em 1977. Não vale a pena explicar o que é um museu, mas importa dizer que nasceram para preservar o que não pode ser esquecido. Há museus de tudo e para todos, muito embora não falte quem lhes passe ao lado.
Eu sempre gostei de museus e quando os visito saio sempre muito mais rico, pelas recordações que me suscitam. Há sempre imensa coisa que recordamos, levando-nos a reviver tempos idos.
Sugiro aos meus leitores que visitem hoje ou no próximo fim de semana um museu do nosso concelho.

FM

A vida é curta


«A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, 
desperdiçando tempo.»

Victor Hugo 

terça-feira, 17 de maio de 2022

AEGN — Interculturalidade

Apostar na interculturalidade é acreditar que se pode aprender e enriquecer através do diálogo e da convivência com o outro, das tradições em comum e das divergentes. Foi neste entendimento que o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF/SPO) e o Projeto de Educação para a Saúde (PES) organizaram a Semana da Interculturalidade, com o intuito de sensibilizar os alunos para a necessidade de uma sociedade intercultural, que tenha presente os seguintes valores: da solidariedade; da não discriminação pela aparência, etnia, género ou nacionalidade; da igualdade; do respeito pela diferença e pela diversidade; da partilha e da inclusão, de forma a garantir uma cidadania mais igualitária e equitativa.
Durante a semana decorreram exposições na EBGN e na ESGN alusivas à temática da interculturalidade, através da exposição da história “O grande guarda-chuva”, o qual serviu de mote para a criação de um quadro e do poema “Diversidade”.
Promoveu-se ainda, no dia 13 de abril, uma “ Viagem pelos vários Continentes”, com destino à Dança Cigana Romani, passando pelo Samba Urbano Carioca, finalizando com o Gumbé. A viagem foi animada pelas vozes e movimentos de alunos, que nos fizeram sonhar com outras paragens e descobrir que muito mais é o que nos une do que aquilo que nos separa.
Destacamos a disponibilidade dos alunos participantes, que enriqueceram esta comemoração da interculturalidade.

Publicado no TIMONEIRO

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Derrubar ou construir muros?

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Neste momento e apesar dos esforços do Patriarca Bartolomeu e do Papa Francisco, os cristãos não se mostram só incapazes de fazer a paz entre a Rússia e a Ucrânia, como são eles próprios que estão em guerra, levantando muros cada vez mais altos.

1. Os cronistas da actualidade nem sempre precisam de recorrer ao passado. Não é o meu caso. Por devoção e obrigação, procuro praticar a contínua correlação crítica entre o complexo acontecer do presente e os textos do Novo Testamento, situados no tempo e na geografia em que nasceram e tendo em conta a situação actual dos estudos bíblicos e as novas interpretações da Bíblia na Igreja. Já foi dito que as próprias Escrituras crescem com as leituras que delas se vão fazendo ao longo do tempo. Um célebre autor protestante dizia que o teólogo deve ter numa mão a Bíblia e na outra o jornal, simbolicamente, o vai-e-vem contínuo entre o passado e o presente.
Quando leio os Actos dos Apóstolos, que acontece frequentemente – e, agora, é leitura contínua neste tempo pascal, apresentada em fragmentos aos Domingos, – vem-me sempre à ideia de que é um livro que ficava muito bem em Banda Desenhada.

Feira do Livro no coração de Aveiro


 De 20 de Maio a 5 de Junho vai realizar-se a 46.ª Feira do Livro, envolvendo ATLAS Aveiro - Edifício Fernando Távora. Se é verdade que a compra de livros não tem grande expressão junto das populações, importa chamar a atenção para a importância da leitura, fonte de tantos saberes. Quando leio, fico sempre mais rico: a poesia encanta-me, os romances fazem-me sonhar, a literatura sobre a história enriquece-me, os livros de viagens tornam-me senhor do mundo. Sou fã das Feiras de Livros. Nelas descubro autores porventura esquecidos, inclusive das nossas terras, e outros que andam perdidos pelas livrarias. De modo que não faltarei à Feira do Livro.

domingo, 15 de maio de 2022

CHAVES das minhas memórias


Estou no meu sótão. Silêncio. De vez em quando, percebo que lá fora há um ventinho que quebra a monotonia. Uns pingos de chuva não impedem a rega de amanhã.
Ao almoço, com a família que foi possível reunir, Chaves surgiu na conversa. E com ela vieram recordações de quem já nos deixou e dos que naquela cidade transmontana permanecem ou que labutam noutros ares. A conversa estava animada, mas tinha de terminar. Cada um tinha a sua vida.
No silêncio, então, deu-me para folhear a revista ILUSTRAÇÃO para ver como era a vida há tantos anos. E deparo com a foto que aqui exibo. O Tâmega, ao que julgo, que imensas vezes atravessei pela multissecular ponte romana, e a Torre de Menagem ali estão como a máquina os captou e a ILUSTRAÇÃO publicou em 16 de Abril de 1927.
Uma saudação muito amiga para os amigos flavienses.

Minha mãe faleceu há 28 anos

A minha saudosa mãe faleceu em 15 de Maio de 1994. Tinha 84 anos e sempre viveu com lucidez, embora tivesse enfrentado trabalhos e doenças que soube vencer com coragem e determinação. Faz hoje 28 anos que fisicamente nos deixou. Por ser de baixa estatura, ficou na vida conhecida por Rosita Facica. 
Evoco-a com saudade, não apenas pelas fotografias, mas através das marcas que deixou impressas na minha memória. No meu quintal, que foi seu, nos vestígios da sua residência, na sua palavra e no seu olhar penetrante, que a toda a hora me acordam, está a minha saudosa mãe.
Quando lidávamos na horta, tinha sempre que dar a sua opinião ou a sua ordem. Vivia  o prazer de cuidar de plantas ornamentais, que sabia reproduzir em vasos pequenos, para depois transplantar. E é uma dessas plantas que a torna presente na sala onde trabalho. Sei que Deus cuida da minha mãe Rosita, aconchegando-a  no seu regaço maternal. 

sábado, 14 de maio de 2022

O perdão e a génese do religioso

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

 Deus é aquele que ama. Deus está do lado da Humanidade. Deus criou não para a sua maior honra e glória, mas para a alegria e a realização plena dos homens, das mulheres, dos jovens, das crianças.

Pergunto-me a mim próprio se a maior revolução na história das religiões não está naquela ordem que Jesus, na continuidade dos profetas, essas figuras colossais da História, coloca na boca de Deus: "Ide aprender o que isto quer dizer: "Eu não quero sacrifícios, eu quero justiça e misericórdia"."
Por princípio, nas diferentes religiões, uma das componentes essenciais é precisamente o sacrifício a oferecer à divindade. E degolam-se cordeiros, vitelos, bois, pombas, cabritos. Mesmo pessoas humanas foram sacrificadas. Quem não se lembra do terror de Isaac, o miúdo carregando com a lenha do sacrifício, desconhecendo que a vítima era ele próprio? Também por princípio, só os sacerdotes podem oferecer sacrifícios. Há quem afirme que no tempo de Jesus, serviam no Templo de Jerusalém uns 20.000 sacerdotes e levitas - os levitas eram uma ordem inferior de clérigos, que ajudavam os sacerdotes em vários serviços, como apresentar os animais e a lenha para o altar.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Em hora de ócio

 

Relva aparada é  convite ao ócio. Cadeira de praia à altura da hora da digestão, protegido pela sombra de um arbusto, tive tempo, mais que tempo, para olhar o céu límpido. A paisagem não me deixou dormir. E nunca me cansei. Bom fim de semana para todos.

Amai-vos uns aos outros como eu vos amei

Reflexão de Georgino Rocha para o Domingo V da Páscoa

“A família é o santuário da vida e do amor, lugar da manifestação de «uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura» ”

Jesus, ao despedir-se dos discípulos, deixa-lhes em testamento o "mandamento novo: «Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei»". Este mandamento é uma síntese da Sua vida e um estatuto da comunidade cristã chamada a concretizar o projeto de Deus. Jo 13, 31-33a. 34-35
A recomendação feita por Jesus tem “sabores” muito ricos e plurais: testamento vital, espelho do amor mútuo a Deus seu Pai, núcleo fundamental e dinamismo permanente da comunidade cristã, credencial do testemunho dos discípulos, força e imperativo de humanização qualificada de toda a sociedade. Os momentos cruciais da vida de Jesus entram na “recta” final. É hora de abertura total, de confidências, de comunicação de “últimas” vontades. E o amor surge com toda a sua energia e amplitude. É um amor de entrega, de serviço, de perdão, de doação. A atestá-lo está a ceia de despedida, o lava-pés, o episódio de Judas.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

AVEIRO na revista ILUSTRAÇÃO


Revista ILUSTRAÇÃO: 3.º ANO, NÚMERO 64, PREÇO 4$00, Lisboa, 16 de Agosto de 1928. Ilustração de Cunha de Barros.

Curiosidade: No interior da revista não há qualquer referência à nossa região. Jornalismo de outros tempos.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Princesa Joana, na noite anterior ao seu falecimento

No dia 11 de maio de 1490, já noite avançada, a Princesa  Joana reuniu à volta do seu leito as religiosas do Mosteiro de Jesus, despedindo-se de todas e pedindo-lhes perdão de qualquer ofensa que dela tivessem. Estiveram ali também os bispos de Coimbra e do Porto e o prior do Convento Dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia.

Nota publicada no Correio do Vouga, 
semanário da Diocese de Aveiro

terça-feira, 10 de maio de 2022

Há 550 anos veio para Aveiro a Princesa Joana


O nosso Bispo, D. António Moiteiro, lembra, no convite enviado ao clero da diocese de Aveiro para as celebrações alusivas à Festa da nossa padroeira, 12 de Maio, que vamos comemorar os 550 anos da vinda da Princesa Joana para Aveiro. E sublinha do Memorial:

“Aos trinta dias do mês de julho chegou a senhora infanta dona Joana nossa senhora a esta vila de Aveiro com el-rei dom Afonso seu pai e o príncipe dom João seu único irmão e com sua tia a senhora dona Filipa, filha do infante dom Pedro, irmã de sua mãe. Aos quatro dias do mês de agosto do ano do Senhor de mil quatrocentos e setenta e dois, entrou a dita senhora princesa a senhora infanta dona Joana nossa senhora neste mosteiro de Jesus.”

A celebração eucarística será às 10 horas na Sé de Aveiro, para a qual o nosso Bispo convida os aveirenses e devotos de Santa Joana.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Modas de antigamente

Do livro "As mulheres do meu país"
de Maria Lamas


Quando ando sem compromissos, volto aos meus livros cuja leitura me dá prazer. "As mulheres do meu país" vem à baila frequentemente. Desta vez, para sublinhar as modas de há uns 80 anos. Os chapéus de palha, tão em uso naquele tempo, evitavam que o sol do Verão queimasse a tez, que o rosto branco era mais fino. E os canos nas pernas? Hoje, toda a gente vai para a praia para se queimar um pouco. Antigamente era chique ter as pernas branquinhas. O chapéu, os canos e até as meias cumpriam a sua missão. Uma tem as mangas arregaçadas, mas era normal cobrirem os braços. Como mudam as modas!