sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
EÇA DE QUEIRÓS PROFETA?
JESUS ANUNCIA O DEUS DA MISERICÓRDIA
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
EUGÉNIO DE ANDRADE NASCEU NESTE DIA
POEMA DE INVERNO
Veio de longe, e mal chegou
partiu para mais longe ainda:
só o tempo justo para fazer
das águas dormentes do meu trôpego
coração
um rumor de sílabas matinais.
Como toda a gente que partilha
com luz a sua vida
era muito inocente, trazia do local
onde nascera
o ardor das coisas do mar.
Não sei de alegria tão pura
como a que morava nas molhadas
pedras dos seus olhos,
e baila ainda nas chamas
em qualquer lugar da casa.
Ao fim da tarde, o canto
do pequeno pássaro e o vento diziam
a mesma coisa: não deixes o incêndio
do deserto invadir-te o coração.
Sem que tu o suspeites, sequer.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
GAIVOTA COM SORTE
PODER E TIRANIA
O MEU SILÊNCIO
Dia Internacional do Riso
terça-feira, 17 de janeiro de 2023
MIGUEL TORGA FALECEU NESTE DIA
Foi um dos mais importante escritores do século XX. Diarista, contista e inspirado poeta desafia-me a releituras com frequência.
Aqui deixo um poema em sua memória.
AS VARAS DO PODER
PALMEIRAS DESEJOSAS DE UM BANHO
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
PECAR É ESTRAGAR
![]() |
João batiza Jesus |
sábado, 14 de janeiro de 2023
PORTUGUESES LEEM MUITO POUCO

AÇORES - SÃO MIGUEL
BENTO XVI: O PAPA QUE ABDICOU
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
O NOSSO CATO
Arranjo do Google
VINHO DE JESUS É NOSSA ALEGRIA
VIVE A LIBERDADE QUE JESUS TESTEMUNHA
![]() |
O desejo ilimitado de ser ouvido |
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
REABRIR O DEBATE QUE FALTA
![]() |
Bento XVI |
domingo, 8 de janeiro de 2023
CORTEJO DOS REIS - 2023
sábado, 7 de janeiro de 2023
EVANGELHOS DA INFÂNCIA: verdade histórica e verdade teológica
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
ESTOU BAPTIZADO. VIVO COMO CRISTÃO?
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
ZAQUEU
A árvore foi a forma de te ver
E desci para abrir a casa.
De me teres visitado e avistado
Entre os ramos
Fizeste-me passagem
Da folha ao voo do pássaro
Do sol à doçura do fruto.
Para me encontrares me deste
A pequenez.
Daniel Faria
(1971 - 1999)
In VERBO - DEUS COMO INTERROGAÇÃO NA POESIA PORTUGUESA
Seleção e prefácio
de José Tolentino Mendonça
e Pedro Mexia
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
BOM ANO PARA TODOS
A gaivota prepara-se para retomar o trabalho |
BENTO XVI VISTO POR PACHECO PEREIRA
segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
GAFANHA DA NAZARÉ — PIA BATISMAL
HORA DA SESTA
domingo, 1 de janeiro de 2023
ANO VELHO. ANO NOVO
no Diário de Notícias
CULTURA DA PAZ
ANO NOVO - VIDA NOVA
sábado, 31 de dezembro de 2022
MORREU BENTO XVI
Bento XVI em Portugal |
2022 - 31 de dezembro
Entrei neste dia com otimismo porque um novo ano é sempre uma esperança renovada de um futuro risonho. Mal de nós se assim não fosse. Deixo então para os pessimistas o hábito que cultivam de augurar pesadelos nestas alturas.
Chego ao último dia de 2022 e quero agradecer a Deus, à família, aos amigos e à sociedade em geral o que me foi dado viver, conviver e sonhar.
Desde que nasci, senti nos horizontes do dia a dia dramas e angústias na sociedade, próxima e alargada, mas também sucessos com alegrias. Dramas das guerras, das incertezas, dos conflitos e dos crimes que me abalaram, como abalaram a Igreja Católica, onde jamais poderia admitir a pedofilia e abusos sexuais, perpetrados por clérigos, mas não só. Os sucessos e alegrias dão-me razões mais do que suficientes para acreditar que o próximo ano será à medida dos nossos sonhos.
Bom 2023 para todos.
Fernando Martins
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
Pórtico de Entrada
no Ano Novo
Quero propor, aqui, três caminhos para a construção duma paz duradoura. Primeiro, o diálogo entre as gerações, como base para a realização de projetos compartilhados. Depois, a educação, como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento. E, por fim, o trabalho, para uma plena realização da dignidade humana.
Valores altamente humanizantes para todos os tempos. Consciente de que “nenhuma família é uma realidade perfeita e confecionada de uma vez para sempre” (Papa Francisco «A Alegria do Amor» 325), enuncio, apenas alguns, em jeito de bem-aventuranças e faço votos para que a família, estruturada e feliz, continue a atrair os Jovens e a mobilizar as energias de quem se dispõe a promover o bem integral da humanidade.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
É tão fundo o silêncio
É tão fundo o silêncio entre as estrelas.
Nem o som da palavra se propaga,
Nem o canto das aves milagrosas.
Mas lá, entre as estrelas, onde somos
Um astro recriado, é que se ouve
O íntimo rumor que abre as rosas.
In “Provavelmente Alegria”
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
METAMORFOSE NECESSÁRIA — RELER SÃO PAULO
METAMORFOSE NECESSÁRIA — RELER SÃO PAULO é o mais recente livro de José Tolentino Mendonça, com edição da Quetzal de novembro deste ano. O autor é um poeta, cronista e biblista, mas ainda Cardeal, por nomeação do Papa Francisco, com elevadas responsabilidades no Vaticano. Prolífero escritor, ofereceu aos seus leitores e ao público em geral, crentes ou não crentes, um estudo sobre São Paulo, em que nos propõe “A redescoberta de um dos pensadores fundamentais do ocidente”, como se lê na contracapa. Na mesma área, sublinha-se que “é uma viagem pela história intelectual do cristianismo”.
Podia continuar a citar frases e ideias fundamentais deste livro do Cardeal Tolentino, que me têm fascinado, mas prefiro deixar neste espaço do nosso Timoneiro apenas o desafio a todos os cristãos e não cristãos da nossa comunidade para que leiam esta obra. Os diversos temas dos 11 capítulos, leem-se com muito prazer.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Roteiro Afetivo de Palavras Perdidas
ABUSOS
Que a paz do Deus-Menino permaneça em todos
Hoje, Dia de Natal, Festa da Família, foi momento esperada com ansiedade como é da tradição. Por nós e pelos que nos cercam desde que nos casámos, em 7 de Agosto de 1965. Já passaram tantos anos! A Família cresceu, ramificou-se, mas ainda é possível confirmar que persiste o desejo da união e da partilha, traduzido nas lembranças que hão de recordar os momentos de alegria suscitados. É próprio do Dia de Natal, festa do nascimento do Menino que veio para estar no meio de nós, como símbolo da paz e da fraternidade universais, ano a ano renovado.
Que a paz do Deus-Menino permaneça em todos os meus amigos e leitores.
Fernando Martins
domingo, 25 de dezembro de 2022
Natal de Deus, Nosso Natal: Deus Connosco
sábado, 24 de dezembro de 2022
Natal: o Emmanuel
Há já alguns anos, o meu bom e ilustre amigo, o eurodeputado Paulo Rangel, e eu tivemos uma conversa muito agradável para mim sobre (imagine-se) Deus e a tentativa de dizê-lo e nos relacionarmos com Ele. Dela resultou um texto de Paulo Rangel, com o significativo título Deus é Aquele que está. Numa longa entrevista recente a Inês Maria Meneses, voltou ao tema, confessando a sua fé no Deus de Jesus, o Emmanuel, o "Deus connosco". Para ele, Deus é "Aquele que está", Deus não é "esse ser distante e estático" construído a partir da ontologia grega , o Deus que é, "mas antes o ser próximo e interactivo que está e estará connosco, Aquele que acompanha, Aquele que não abandona. Deus é Aquele que está, o Emmanuel."
Natal de ontem, natal de hoje
Reflexão de Georgino Rocha
para esta época
Fé que não se faz cultura não chega a ser fé cristã. Festa que não ajuda a crescer em humanidade, não é festa cristã.
O nascimento de Jesus suscita um dinamismo extraordinário que Lucas narra de forma sóbria e discreta. Maria e José aconchegam o Menino e vêem realizadas as promessas feitas há meses pelo enviado de Deus. Contemplam-no, mais com o coração do que com os olhos, e deixam que seja o silêncio a falar. Acolhem quem O visita e ouvem quanto se diz a respeito do recém-nascido. Lc 2, 1-20.
Os pastores acorrem apressados e expectantes. Querem confirmar o que lhes havia sido anunciado. Os magos, despertos e orientados na sua curiosidade, põem-se a caminho e, errantes, vagueiam até chegar ao local do encontro. Herodes e os seus conselheiros reúnem de emergência e, temendo o pior, armam ciladas a quem os consulta e procuram eliminar a presumida ameaça ao poder. O Céu une-se à terra em admirável exultação festiva e maravilhosa coincidência.
Litania para o Natal de 1967
Para nos pedir contas do nosso tempo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
num sótão num porão numa cave inundada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
dentro de um foguetão reduzido a sucata
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
numa casa de Hanói ontem bombardeada
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
num presépio de lama e de sangue e de cisco
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
para ter amanhã a suspeita que existe
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
tem no ano dois mil a idade de Cristo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
vê-lo-emos depois de chicote no templo
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
e anda já um terror no látego do vento
Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto
para nos pedir contas do nosso tempo
David Mourão-Ferreira
NOTA: Enquanto por ali andava encolhido a tentar fugir do frio, saltou-me da memória este lindo poema (para mim, claro) de David Mourão-Ferreira, que partilho com os meus amigos amantes da poesia, com votos de Bom Natal.
NATAL DE 2022
Pela nossa parte assim é, mas não faltam os contactos, esperados uns e nunca sonhados outros. Aconteceu comigo este ano. Do outro lado da linha, ouvi uma voz que não ouvia há dezenas de anos. Foi muito bom. Bom Natal para o meu amigo e sua família.
À mesa, o bacalhau de sempre. Boa posta, que os gafanhões sabem apreciar o fiel amigo bem regado com bom azeite. Couve portuguesa, batatas escolhidas a dedo, ovos cozidos, alho bem picado e tudo regado com vinho a condizer.
Nunca faltam as opiniões, bem pensadas, para não estragar a festa. E depois, aquilo que toda a gente gosta de saborear, os doces natalícias onde sabedores do ofício põem o melhor de si na confeção. Rabanadas e bilharacos de fazer crescer água na boca. Apreciei-os à distância pelas redes sociais e classifiquei-os com notas muito altas.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
A cultura é a verdadeira alma do povo
O Cortejo dos Reis é bem mais do que uma tradição rotineira. Foi, é e deverá continuar a ser um acontecimento que envolve todo este povo, crente e não crente, em ambiente de festa, desde os grupos de catequese, os Conselhos Económico e Pastoral, a Cáritas, os mais diversificados grupos paroquiais, os jovens, os escuteiros, a juventude de Schoenstatt, os cantores, os figurantes e todos os que se envolvem nesta atividade cultural que é fundamental para sermos uma comunidade mais feliz. Como refere ainda o antigo prior José Fidalgo, a cultura modela deixando-se tornar expressão de vida; recria sem devastar o passado; extasia a vida, não dando lugar ao marasmo; faz crescer, mas sem solavancos; numa palavra, a cultura é a verdadeira alma de um Povo.
Nota: Do Editorial do nosso Prior, Pe. César Fernandes, no TIMONEIRO
EGAS SAGUEIRO - Um industrial com visão do futuro
Quem pela idade se vê aconselhado a ficar por casa, bem agasalhado, e entregue a pensamentos nem sempre saudáveis, por força da pandemia e de outros males causados pelo frio, gosta de receber uma ou outra visita de amigos que nos ofertam novidades normalmente agradáveis. Hoje recebi a visita de um amigo e ex-aluno que me animou o dia. Vinha falar de uma personalidade marcante da nossa terra, o senhor Egas Salgueiro, cuja biografia, elaborada pelo historiador Manuel Ferreira Rodrigues, acaba de ser lançada, com edição reduzida a umas dezenas de exemplares. Acho que o empresário de visão larga e solidária merecia ser mais conhecido, não só por aquilo que criou e amplificou, dando trabalho a muitas centenas de pessoas das mais diversas regiões do país e criando estruturas sociais de apoio aos seus empregados. Não sei se conseguirei comprar um exemplar, mas tentarei tudo para o conseguir. Porque o admirei, porque foi o patrão do meu pai, porque foi um animador social, porque foi um multifacetado industrial e exemplo de tenacidade. Aveiro homenageou-o com um busto pequeno para a dimensão humana do cidadão e industrial. Tanto quanto sei, a Gafanha está à espera da maré.
O Nosso Menino Jesus
Vestido a rigor pela Lita que sempre teve jeito para tarefas de costura. Quando alguém compra roupa ela descobre com toda a naturalidade um ou outro defeito e se puder põe tudo como deve ser.
Como dizia, a Lita confecionou a roupa para o Menino adequada ao inverno. Podia lá ser obrigar o Jesus Menino passar frio, se calhar para nos dar a ideia de pobreza extrema, o que não seria verdade.
Finda a quadra natalícia, o Menino fica guardado para no próximo ano nos olhar de novo com toda a sua ternura. Mas antes disso, a Lita encarrega-se de o dar a beijar a toda a família.