Até 17 de maio, estão abertas as inscrições para as visitas culturais para maiores de 65 anos, que este ano decorrem de 19 a 23 de junho. A primeira realiza-se no dia 19 e terá por destino a Murtosa, sendo reservada a utentes das estruturas residenciais. No dia 20, o destino será Favaios e Pinhão. No dia 21, Vila Real e Lamego, seguindo-se Óbidos (22) e Viseu (23). Inscrições na Câmara, nas juntas de freguesia e nos postos de turismo.
sábado, 13 de maio de 2023
Projeto de Siza Vieira, em exposição na Sé de Aveiro
Hoje, 13 de maio, a Sé de Aveiro vai acolher a exposição do projeto de qualificação do Adro da Sé e da sua envolvente, da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira, numa iniciativa da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) inserida no “Ano Jubilar da Sé de Aveiro, por honra da comemoração dos 600 anos do lançamento da primeira pedra da sua construção (13 de maio de 1423)”
quinta-feira, 11 de maio de 2023
Nuvens com sol a espreitar
Esta fotografia dos meus arquivos do Google foi considerada a minha melhor de Maio de 2018. Não tenho de concordar nem deixar de concordar São opiniões que respeito.
quarta-feira, 10 de maio de 2023
AVEIRO - Fim das obras na Av. Dr. Lourenço Peixinho
Inauguração no próximo sábado
"Ainda se ouvem máquinas a trabalhar no troço final da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, junto à estação de comboios de Aveiro. A poucos dias da grande festa de inauguração - acontece no sábado -, plantam-se as últimas árvores e ajeitam-se as floreiras, cumprindo aqueles que serão os últimos retoques da empreitada iniciada em finais de Agosto de 2020. Foram quase três anos com cortes e alterações ao trânsito, que deixaram más memórias a quem tem negócios na principal artéria da cidade. Resta a esperança de que a requalificação traga mais gente para rua e, consequentemente, mais negócios."
Escreveu Maria José Santana PÚBLICO
O Padre Georgino já está no seio de Deus
Os seus escritos pautaram-se por uma sensibilidade marcada por uma atenção ao mundo e à época em que viveu, realçando em cada momento as convicções que o definiam como crente, mas ainda como cidadão comprometido num mundo melhor, fundamentalmente aberto à paz, à fraternidade e à justiça social.
O Padre Georgino Rocha, colaborador do meu blogue há anos, faleceu na Casa Sacerdotal, onde residia, deixando em quantos o conheciam e com ele lidavam uma memória riquíssima, aberta e atenta aos homens e mulheres do nosso tempo.
Estranhando a falta das suas reflexões que semanalmente me enviava, telefonei-lhe e senti então, pela sua voz fragilizada, que o meu amigo de longa data não estava bem. Tranquilizei-o com a nota de que escrevesse quando pudesse. E fiquei à espera.
O Padre Georgino, como pessoa culta e de fé esclarecida, assumiu, por isso, o propósito de formar, informar e esclarecer os seus leitores através do que dizia, escrevia e publicava. Quem leu as suas reflexões e crónicas no meu blogue e nos jornais, quem saboreou os livros que publicou, abordando temas de âmbito eclesial, mas não só, compreenderá que o Padre Georgino sempre pugnou por uma pastoral de mudança na Igreja, mais aberta ao futuro de um mundo que tende a descristianizar-se.
Os seus escritos pautaram-se por uma sensibilidade marcada por uma atenção ao mundo e à época em que viveu, realçando em cada momento as convicções que o definiam como crente, mas ainda como cidadão comprometido num mundo melhor, fundamentalmente aberto à paz, à fraternidade e à justiça social.
A faceta de professor, que na qualidade de aluno posso testemunhar, enriqueceu-me não só pelo que explicava, mas ainda pelas pistas de pesquisa que sugeria. E a sua postura como cidadão identifica em cada momento um homem bom, aberto ao diálogo e ao testemunho da fé que o animava.
Que Deus o acolha no seu regaço maternal.
Fernando Martins
1 - Os restos mortais do Padre Georgino estarão amanhã, quinta-feira, 11 de maio, a partir das 12h00, na Igreja do Seminário de Aveiro, onde se celebrará a Eucaristia, pelas 14h00. Seguirão depois para Calvão, sua terra natal, onde terá lugar o funeral, pelas 17h00;
2 - Sobre o Padre Georgino ler mais aqui
P.e Georgino está no aconchego de Deus
Fui surpreendido há momentos pela notícia da partida do P.e Georgino Rocha para o aconchego maternal de Deus, que ele tanto amou. Logo mais voltarei à dolorosa notícia.
“Culto a Santa Joana” em consulta pública

"Culto a Santa Joana” poderá ser declarado
Património Cultural Imaterial
Foi publicado no Diário da República, no passado dia 5 de maio, uma semana antes do feriado municipal, o anúncio relativo à consulta pública para efeitos de inscrição do “Culto a Santa Joana” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, emitido pela Direção-Geral do Património Cultural.
O processo de consulta pública tem a duração de 30 dias, estando os elementos do respetivo processo disponíveis para consulta em linha através do sistema MatrizPCI (http://www.matrizpci. dgpc.pt/), sistema de informação de suporte ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
A Direção-Geral do Património Cultural decidirá sobre o pedido de inventariação do “Culto a Santa Joana” no prazo de 30 dias após a conclusão do período da presente consulta pública.
Fonte: Correio do Vouga
terça-feira, 9 de maio de 2023
CASA DO POVO 一 Primeiros Passos
Há dias, foram convocados os proprietários e agricultores para uma reunião em que se decidia a criação ou não da Casa do Povo. A grande maioria dos presentes pronunciou-se favoravelmente e logo foi formada a Comissão Organizadora que ficou assim constituída:
Presidente 一 Dr. Humberto Rocha; Vice-Presidente 一 Manuel dos Santos Medeiro; Secretário 一 Prof. Salviano Augusto da Silva Conde; Tesoureiro 一 Ângelo Ribau Teixeira; 1.º Vogal 一 José Maria Nunes; 2.ºVogal 一 Gabriel Ribau Nunes.
Os requerimentos da Junta de Freguesia e da Comissão Organizadora, bem como os estatutos da Casa do Povo seguiram já para Lisboa donde se aguarda despacho favorável de sua Excelência o Senhor Ministro das Corporações e Previdência Social.
Espera-se que a Casa do Povo venha proporcionar a todos os agricultores os benefícios da previdência de que estavam tão carecidos.
Além disso, a Casa do Povo terá uma missão cultural que muito contribuirá para a formação de novas mentalidades.
Fernando Martins
Nota: Notícia assinada por mim e publicada no TIMONEIRO de Setembro de 1973.
segunda-feira, 8 de maio de 2023
Ganhar tempo
Construída em adobe, depois azulejada e pintada no interior.
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Assim é feito o adobe |
Os nossos avós perceberam que sozinhos não podiam chegar longe. Daí a ideia de se entreajudarem nos trabalhos agrícolas, mas não só. Senti isso mesmo quando, menino ainda, vi como os gafanhões partilhavam canseiras, sobretudo nas horas de aperto. Chamavam a isso ganhar tempo. Hoje ajudo eu e amanhã ajudas tu. Era assim nas sementeiras, nas colheitas, mas ainda na construção de habitações para os nubentes. Os adobes eram feitos nas areias brancas, junto à mata da Gafanha.
No dia aprazado, apareciam os que precisassem de ajuda num futuro próximo. Uns queimavam a cal que, misturada com a areia, dava a massa. Outros, com formas de madeira e de colher de trolha, apertavam e alisavam a massa. Eram os adobes que por ali ficavam a secar. Depois de bem secos eram empilhados até à hora de começar a construção da casa.
domingo, 7 de maio de 2023
Os nossos antepassados
Sou do tempo em que a Gafanha da Nazaré era uma moçoila cheia de viço, com os seus 28 anos de vida [nasci em 1938] e com uma grande vontade de se projetar no futuro. Soube mais tarde que os seus pais e avós enfrentaram imensas dificuldades, em luta constante para tornar férteis os solos areentos e esbranquiçados, onde quase nada se criava digno de menção. Mas deles também fiquei a saber que, com trabalho persistente, teimoso, tudo foi possível. Vontade não lhes faltou para ajeitar um berço mais fofo e acolhedor para os herdeiros. E a guerra titânica contra ventos e marés projetou-se no viver e sentir de todos os gafanhões, que hoje se orgulham dos seus antepassados.
Nota: Do meu livro "Gafanha da Nazaré - 100 anos de vida"
Imagens da nossa terra
A partilha de sentimentos e emoções nem sempre é possível. Hoje, por exemplo, não estou em maré de escrever. Ocupei algum tempo livre a ver fotos das muitas que tenho em arquivo e resolvi editar e publicar este modesto arranjo, com votos de muita saúde e otimismo para todos, neste domingo de um sol luminoso.
Tudo por causa da alegria
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
O cristianismo não é propriamente conhecido por ser a religião da alegria e é uma pena. Como escreveu Nietzsche, o cristianismo seria muito mais credível se os cristãos vivessem em alegria.
1. Faz parte da diferença humana a capacidade de perguntar, de investigar, de receber e criar as mais diversas formas de expressão cultural alimentadas pelo sentido do humor. Da consciência da nossa infinita ignorância brota a sabedoria do sorriso perante as vazias promoções do carreirismo, seja em que domínio for. A realidade será sempre mais vasta do que todas as nossas ciências, filosofias e religiões.
É verdade que também faz parte da diferença humana a possibilidade de desenvolver cada vez mais ciências, técnicas e ideologias que destroem as suas melhores criações. Verificamos, a toda a hora, que a chamada globalização não é garantia da universal solidariedade entre os povos. Mas é possível.
O papa Francisco, durante os seus dez anos de pontificado, não desistiu nem desiste de associar pessoas, movimentos cívicos, políticos e religiosos, para fazer deste mundo a casa de todos e para todos.
Dia da Mãe
Celebra-se hoje, 7 de Maio, o Dia da Mãe, razão mais do que suficiente para aqui evocar a minha querida mãe, a quem devo tudo. Não está entre nós, mas mora no regaço maternal de Deus. Um dia morarei com ela também para sempre.
A minha mãe, Rosita Facica, deixou-nos há muito tempo. Ainda tenho na minha memória o seu último olhar cheio de ternura. Na altura, estando ela numa cama do hospital de Aveiro, fixou-me tão ternamente que nem sei explicar o que senti. Jamais me passaria pela cabeça que estava a despedir-se de mim.
Regressei a casa para o almoço, com vontade de voltar ao fim da tarde. Toca, entretanto, o telefone. Atendi e percebi que era do hospital. E o que ouvi, deixou-me sem palavras. Ainda hoje e até ao fim dos meus dias terrenos aquele olhar da minha mãe jamais me deixará.
Até um dia, querida mãe!
Teu filho
Fernando
sábado, 6 de maio de 2023
Gosto muito de ficar por casa
Eu reconheço que sou uma pessoa muito caseira. Não tem nada a ver com a idade porque fui sempre assim. A propósito desta minha maneira de ser, até vou recordar um episódio da minha juventude: Um domingo, depois do almoço -- antigamente dizia-se jantar --, os meus pais foram dormir a sesta e o meu irmão, o Armando, também conhecido por Grilo, apelido da família do meu pai, foi dar uma volta de bicicleta. Os meus pais perguntaram-me por que razão eu havia de ficar por ali. Disse-lhes que ia ler. E insistiram, mas eu acabei mesmo por ficar em casa. E acontecia muitas vezes.
Hão de pensar que eu não tinha amigos. Tinha e muitos, mas nem sempre haveria motivos que justificassem sair de casa. Por exemplo, nos dias de hoje há cafés por todos os lados. Nem calculo quantos cafés e similares temos na Gafanha da Nazaré. E outras diversões...
Presentemente, no rescaldo do Covid-19, criei fortes raízes caseiras e sinto-me bem assim. Vou ao quintal, aprecio o arvoredo, saboreio uma tangerina ou laranja, tiro uma fotografias, que não faltam motivos por aqui, como a flor que ilustra este texto E que mais quero para ser feliz?
A pessoa em tensão
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
O Homem vive-se a si mesmo numa tensão insuperável. Por um lado, o corpo é o seu peso, a sua limitação - parece que, se fôssemos espírito puro, poderíamos, por exemplo, estar em todo o lado. Com o tempo, o corpo decai, envelhece e, aparentemente, envilece-nos. Referindo-se ao nascimento, Santo Agostinho, nada exaltado, tem estas palavras cruas: "inter faeces et urinam nascimur", que não traduzo, por ser desnecessário. Adoecemos e desmoronamo-nos. Depois, com a morte, o que resta do corpo é lixo biológico e coisa que apodrece.
Por outro lado, será sempre misterioso um corpo que fala: produz sons que encarnam e transmitem sentido. Um olhar é sempre a visita do infinito. Um corpo humano canta, ora, sorri, produz obras de arte, que param o tempo e visibilizam a transcendência.
sexta-feira, 5 de maio de 2023
Catedral de Aveiro celebra 600 anos
“A catedral de Aveiro, outrora Igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, ou de São Domingos, celebra, este ano, os 600 anos do início da sua construção e desde o ano passado comemoramos os 550 anos da chegada da Princesa Santa Joana à vila de Aveiro e da sua entrada no Mosteiro de Jesus. Aproveitando estas efemérides, vamos celebrar, entre 12 de maio de 2023 e 13 de maio de 2024, um Ano Jubilar, concedido pelo Papa Francisco, sob o lema: “Igreja de Aveiro peregrina na esperança”.
A Salve Rainha de Alçada Baptista
De vez em quando volto ao Alçada Baptista, um escritor intimista e memorialista que muito me marcou. Hoje andei às voltas com estórias e estorietas de “A cor dos dias — memórias e peregrinações”, escritas com saber e sabor inexcedíveis, pela forma e sumo.
Alçada Baptista nunca perdia a oportunidade de criticar o que em seu entender estava mal, tanto em textos cívicos como religiosos. Um dia insurgiu-se contra o Hino Nacional, naquela parte que nos incita a lutar contra os canhões. Em sua opinião, essa fase já está ultrapassada, pelo que seria importante dar uma volta ao texto. Hoje recordo a sua discordância em relação à Salve Rainha, uma oração que acompanha a recitação do terço. E propõe uma nova oração, para eliminar «os degradados filhos de Eva», e depois «deste desterro nos mostrai Jesus». Então diz:
«Eu acho que era bonito termos uma oração a Nossa Senhora mas escusávamos de nos desvalorizar tanto para o fazer.» Sugeriu então:
“Salve Rainha, mãe de Deus, olhai por nós que somos frágeis. A vós nos dirigimos do meio das dificuldades da vida com ansiedade e confiança. Lançai sobre nós os vossos olhos bondosos e, depois da nossa morte, leva-nos a Jesus com a ternura da mãe para o filho querido. Ó doce Virgem Maria, ajudai-nos e olhai para nós e ajudai-nos para podermos alcançar as promessas de Cristo.”
Nota 1 - Nós, os católicos, estamos tão habituados à Salve Rainha que aprendemos em criança, que nem sei se seríamos capazes de optar pela proposta do Alçada Baptista de saudosa memória;
Nota 2 - Texto reeditado.
Dia Mundial da Língua Portuguesa
Celebra-se hoje o Dia Mundial da Língua Portuguesa, razão para todos falarmos e escrevermos sobre isso, por mais simples que seja. Para já, posso informar que, segundo li no OBSERVADOR, uma entidade jornalística multifacetada, haverá celebrações em 60 países, entre os quais, o Japão, Etiópia, Estados Unidos e Austrália. Acredito, porém, que o mesmo acontecerá nos países de língua oficial portuguesa.
Não sei se à nossa volta, sobretudo nas escolas, teremos alguma iniciativa, por mais simples que seja, alusiva à nossa Língua, mas seria muito bom que tivéssemos.
Acredito que ao menos os professores da Língua Portuguesa se lembrem disso, aproveitando o facto para realçar a importância da leitura de prosa e verso dos nossos escritores. Aqui fica a sugestão, com votos de boas leituras.
NOTA: Indico livros de uma coleção sobre temas do nosso país que considero importantes.
Cinegética – Factor turístico da região Aveirense
«Quanto mais analisamos as condições naturais de Aveiro e da sua maravilhosa região, mais nos convencemos de que isso constitui um dos maiores potenciais turísticos do País. Do ponto de vista cinegético reúne tudo quanto se possa imaginar de melhor para o exercício do salutar desporto da caça, em especial das espécies aquáticas.
Um dia de caça na Ria de Aveiro é um dia inesquecível. A paisagem singular e grandiosa, o espectáculo da imensa laguna, a abundância de caça e a deliciosa liberdade do ar livre, são um conjunto de predicados difíceis de se encontrar em qualquer outro ponto da Europa, até porque durante a época venatória a Ria adquire as suas melhores condições climáticas, principalmente com o desaparecimento dos ventos predominantes.»
Reportagem de Daniel Constant, jornalista
Revista "Aveiro e o seu Distrito", N.º2, Dezembro de 1966
quinta-feira, 4 de maio de 2023
Dia Mundial do Trânsito e da Cortesia ao Volante
Celebra-se hoje, 5 de Maio, o Dia Mundial do Trânsito e da Cortesia ao Volante. O que se pretende, com esta celebração, é lembrar que há regras a cumprir, quer pelos condutores quer pelos peões.
Exige-se aos condutores prudência e conhecimento das regras e aos transeuntes os cuidados necessários, caminhando pelos passeios e atravessando nas passadeiras. É muito bonito verificar a cortesia que muitos cultivam nas ruas por uns e outros. A desobediência às regras gera mortes quase todos os dias do ano. Não podemos esquecer essa calamidade.
Tronco seco
Este tronco seco com ramos que fotografei com gosto há bastante tempo tem o seu significado. Se é sinal evidente de que gosta deste mundo, não deixa de mostrar a sua resistência e o seu amor à vida. Foi árvore frondosa e deu frutos saborosos. Matou a fome durante muitos anos a muitas pessoas e refrescou outras tantas em pleno verão. Merece pois a nossa gratidão, extensiva a quem a plantou e regularmente a regou.
Como todo o ser vivo, chega sempre a hora de morrer, mas o ramo seco ele quer provar que, enquanto for possível, quer manter-se de pé. A árvore é como as pessoas. Enquanto tiver forças para se manter de pé, será sempre motivo de interesse.
quarta-feira, 3 de maio de 2023
Coisas do meu sótão
Este quadro que mora no meu sótão apareceu cá em casa vindo nem sei de onde. Por ali está como desafio à nossa imaginação. Nota-se que representa a caça, em eras de setas do homem primitivo, mas mais não vislumbro.
terça-feira, 2 de maio de 2023
Regata dos moliceiros

Mais uma fotografia do livro "IMAGENS de um século - Do espólio de coisas de Aveiro deixado por João Sarabando", que bem conheci. Aqui fica uma foto relacionada com uma Regata S. Jacinto-Aveiro, integrada nas Festas da Cidade (anos 70 do século XX).
Dr. Lourenço Peixinho nasceu neste dia
No dia 2 de Maio de 1877 nasceu o ilustre aveirense Dr. Lourenço Simões Peixinho, que, durante longos anos, foi presidente do Município e, sobretudo nessa qualidade e na de provedor da Santa Casa da Misericórdia, prestou à cidade os mais assinalados serviços. (Litoral, 29-4-1977)
ÍLHAVO acolhe Feira da Saúde e da Família
Com o objetivo de sensibilizar a população para os cuidados de saúde, a prevenção e a adoção de estilos de vida mais saudáveis, nos próximos dias 12 e 13 de maio, o Município de Ílhavo voltará a promover a Feira da Saúde e da Família. Este ano, o certame tem lugar maioritariamente no Laboratório das Artes Teatro Vista Alegre, onde estarão presentes diversas entidades ligadas à área da Saúde com mostras de produtos, serviços e meios de diagnóstico gratuitos.
No dia 13 de maio, entre as 9h e as 13 horas, haverá uma sessão de Dádiva de Sangue, pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com inscrições abertas até 10 de maio. No dia 14 de maio (domingo), a Feira da Saúde e da Família “desloca-se” à EMER - Escola Municipal de Educação Rodoviária, na Gafanha da Nazaré, para chamar as famílias a participar em atividades de prevenção rodoviária.
Fonte: Correio do Vouga
segunda-feira, 1 de maio de 2023
Uma passagem pelo Jardim Oudinot
Passámos hoje pelo Jardim Oudinot na hora do café. O café-bar está em pleno na certeza de que não faltarão clientes, ansiosos por saborear uma bebida num ambiente de sala de visitas arejada e acolhedora. E por ali encontrámos gente conhecida que conhece os cantos e recantos da nossa terra como nós.
Naquele espaço de lazer, não faltou gente a inaugurar a época das merendas à sombra do arvoredo, sempre apetecido por quem passa a semana a trabalhar. Famílias sentadas no chão iam petiscando enquanto a criançada brincava com a bola, tentando imitar o Ronaldo. E a nossa visita terminou em jeito de ensaio para novas passagem por este belo recanto da Gafanha da Nazaré.
Lindo dia para os trabalhadores
Diz-se que do tempo falamos quando não temos mais nada que dizer. Mas que temas se poderão abordar, face ao lindo dia que hoje, Dia do Trabalhador, veio apoiar as festas próprias das celebrações que estão a decorrer neste momento, um pouco por toda a parte?
Os trabalhadores têm, pois, razões para dar asas aos seus desejos e necessidades de diversão, compensadores dos esforços de cabeça e braços no dia a dia nos seus espaços de trabalho, quantas vezes monótonos e agressivos.
Embora pessoalmente não seja muito festeiro, por temperamento e peso da idade, aprecio quem sai de casa com a merenda para ser degustada à sombra do arvoredo ou no areal de uma praia, com a família ou em grupo. E se houver música e outras diversões, ainda melhor. Um feliz dia para todos os que trabalham nos empregos e mesmo em casa.
Filhos da Ria
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Torreira - 1967 |
Todos os que nascemos e vivemos nas margens da Ria de Aveiro somos filhos dela. E nela todos brincávamos. No inverno, porém, ensaiávamos nas valas mestres nas alturas das chuvas. E não é que todos sabíamos, também, das artes das construções navais?
Nota: Fotografia do livro "AVEIRO - Imagens de um século". Do espólio de coisas de Aveiro deixadas por João Sarabando.
Dia Mundial do Trabalhador - 1.º de Maio
Em 1 de Maio de 1891, numa manifestação em França, morrem dez operários e meses depois, em Bruxelas, a Internacional Socialista proclama o 1.º de Maio como dia internacional para as reivindicações de melhores condições de trabalho.
Outros países, sobretudo os mais industrializados, seguem o exemplo dos pioneiros. Havia países em que os operários tinham de trabalhar 16 horas por dia, muitas vezes em condições péssimas e mesmo desumanas. Na nossa terra, nas secas e não só, trabalhava-se de sol a sol.
Em Portugal houve celebrações 1.º de Maio muito incipientes. Na primeira República, os sindicalistas chegaram a ser perseguidos e durante o chamado Estado Novo foram proibidas manifestações sindicais. Só com o 25 de Abril, com as portas que se abriram às liberdades fundamentais, é que o 1.º de Maio passou a ser celebrado, como o Dia Mundial do Trabalhador. É feriado nacional e as festas de e com trabalhadores generalizaram-se a todo o território português.
Manifestações, comícios, convívios, com organização das Centrais Sindicais ou mesmo sem elas, os nossos trabalhadores, agora debaixo de um conceito mais alargado, sentem este dia como seu, respeitando-o como homenagem a todos os que, com o seu esforço físico e científico, mas também com a sua capacidade criativa, constroem riqueza e alimentam projetos de dignificação do homem e da mulher para os nossos tempos.
Fernando Martins
domingo, 30 de abril de 2023
Viver nas fronteiras
Crónica de Bento Domingues
no Público
no Público
Já há 50 anos, havia quem chamasse a atenção para as resistências à mudança das congregações e ordens religiosas: ou se renovam ou morrem dentro de 150 anos. Bergoglio não se resigna.
1. O Papa Francisco tem um sentido muito agudo do tempo. Repete que já não estamos em regime de cristandade. Estamos a viver, não simplesmente uma época de mudanças, mas uma mudança de época e lembra a afirmação de Newman: “Aqui, na terra, viver é mudar.”
Não se trata de procurar a mudança pela mudança nem de seguir as modas, mas é preciso ir recuperando o tempo perdido. Assumiu a observação do cardeal Martini: a Igreja ficou atrasada 200 anos [1].
Já há 50 anos, havia quem chamasse a atenção para as resistências à mudança das congregações e ordens religiosas: ou se renovam ou morrem dentro de 150 anos. Bergoglio não se resigna.
Estrada Aveiro - Barra
30 de Abril de 1861
Com a conclusão do lanço da Gafanha ao Forte, terminaram neste dia os trabalhos de construção da estrada da Barra, iniciados em 12 de Março de 1860. - Padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pg. 181.
sábado, 29 de abril de 2023
Antigos alunos da EICA em convívio

A vida não pode ser apenas trabalho, mais trabalho e preocupações. O ser humano, gregário por natureza, tem de conviver para partilhar ideias, sentimentos e emoções. Quem o não fizer corre o risco de se perder no mundo agitado e tantas vezes barulhento dos nossos dias. Daí a necessidade dos encontros entre pessoas, familiares ou não, que nos são sugeridos ou proporcionados.
Antigos alunos da EICA (Escola Industrial e Comercial de Aveiro) participaram hoje num almoço-convívio no restaurante Marisqueira da Costa Nova, recuperando uma tradição que foi interrompida por razões impostas pelo COVID-19.
Responderam à chamada cerca de 40 convivas com predominância de cabelos brancos. Aspeto dos convivas de acordo com as idades, de anos diversos, mas com a lucidez à altura das circunstâncias.
Nos rostos dos participantes notava-se a alegria espontânea de quem estava feliz, prova evidente de que conviver dá-nos anos de vida.

A organização coube, como não podia deixar de ser, ao António Rosa Novo, velho amigo com traquejo nestas iniciativas, que assume, aliás, com enorme naturalidade. Onde ele se mete, sabe os riscos que corre, mas nada o assusta. Um aplauso meu e garantidamente de todos pela sua determinação, na certeza de que, no próximo ano, o Rosa Novo, voltará a indicar o local, dia e hora do almoço-convívio.
Como é normal, fala-se de tudo e mais alguma coisa: Professores que nos deixaram saudades, colegas que já não estão no mundo dos vivos, brincadeiras que partilhámos, profissões que exercemos e estados de saúde que enfrentamos. E de vez em quando uma ou outra historieta para animar.
Sentimos a falta de alguns colegas que não puderam participar, por razões de saúde ou outras, e aqui manifestamos o desejo de que no próximo ano haja mais antigos alunos da EICA no convívio.
A Marisqueira soube receber-nos muito bem.
Fernando Martins
Não basta. Nem chega
"Entre as fraquezas da democracia está a mais citada: é o regime de todos, incluindo os não democratas e os antidemocratas. Além desta, outras fragilidades mostram bem como, mais do que imperfeita, a democracia tem vícios, alimenta vícios e premeia vícios. O regime democrático inclui corruptos, mentirosos, exploradores, ladrões e os representantes das várias cáfilas conhecidas. A democracia coexiste ainda com cunhas, droga, machismo, assédio sexual e tráfico de influências. Muitos destes vícios e defeitos têm de ser tratados com civilização. Outros, com a justiça e o Estado de direito. Quando estes últimos falham, perde a democracia."
Do Texto de António Barreto
no PÚBLICO de hoje
Poemas de Amor: Cantiga
Deixa-te estar na minha vida
Como um navio sobre o mar
Se o vento sopra e rasga as velas
E a noite é gélida e comprida
E a voz ecoa das procelas
Deixa-te estar na minha vida
Erguem-se as ondas, mãos de espuma
Aos céus em cólera incontida
E o ar se tolda e cresce a bruma
Deixa-te estar na minha vida
À praia um dia, erma e esquecida
Hei, com amor de te levar
Deixa-te estar na minha vida
Como um navio sobre o mar
Cabral do Nascimento
In "366 poemas que falam de amor",
uma antologia organizada por Vasco Graça Moura
O enigma da pessoa humana
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
"Nunca trates os seres humanos como coisas, mas sempre como sujeitos e pessoas."
Com as biotecnologias, um dos novos continentes científicos é o cérebro, e a pergunta é se, com os avanços neste domínio, o enigma do ser humano será finalmente superado ou se, pelo contrário, ele permanecerá. Grandes debates se travam entre as neurociências e a filosofia, precisamente por causa de temas candentes e incendiários, como a subjectividade, a autodeterminação, a vontade livre.
Sobre estas questões, o filósofo e professor da Universidade de Tubinga Manfred Frank deu há algum tempo uma longa entrevista ao alemão Die Zeit. O que aí fica reflecte esse debate.
A questão da subjectividade pertence ao núcleo da reflexão humana. Embora algumas correntes filosóficas falem da sua dissolução, penso que o sujeito é ineliminável. Argumento, mostrando que a condição de possibilidade de objectivar -- no caso do Homem, de objectivar-se -- é o sujeito, de tal modo que, por mais que objective de si mesmo, nunca se objectivará completamente, já que continuará a ser o sujeito que (se) objectiva.
sexta-feira, 28 de abril de 2023
Associação Náutica com nova direção
José Maria Troia
é o novo presidente
é o novo presidente
José Maria Troia foi eleito presidente da direção da Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré (ANRGN) para o triénio 2023-2026 e tomou posse no dia 14 de Abril, sucedendo no cargo a Humberto Rocha. Os novos órgãos sociais foram eleitos na assembleia geral da associação, realizada no dia 31 do passado mês de março. José Maria Troia terá como vice-presidente Manuel Júlio Vilelo. A mesa da assembleia geral será presidida por João Campolargo e o conselho fiscal por Raul Martins.
Criada em 1996, a ANRGN surgiu com a missão de criar condições que permitissem o parqueamento de embarcações a motor, quer na água, quer em terra.
Inteligência artificial
Noam Chomsky:
“Esta inteligência artificial é o ataque mais radical ao pensamento crítico”
“Esta inteligência artificial é o ataque mais radical ao pensamento crítico”
“Este é o ataque mais radical ao pensamento crítico, à inteligência crítica e particularmente à ciência que eu alguma vez vi”, diz o pensador, com 94 anos, apontando a forma como as ferramentas assumem cada vez mais uma dimensão “corporativa”. “A ideia de que podemos aprender alguma coisa com este tipo de IA é um erro”, atira.
Questionado sobre o que fazer com esta mudança tecnológica, que aconteceu de forma tão brusca, destaca o papel da educação. “É impossível travar os sistemas”, avisa Chomsky, que não assinou a carta em que especialistas de todo o mundo pediram uma moratória no desenvolvimento de IA. Explica porquê: “A única maneira [de controlar a evolução tecnológica] é educar as pessoas para a autodefesa. Levar as pessoas a compreender o que isto é e o que não é.” Atribui um significado político a ferramentas como o ChatGPT: “É basicamente como qualquer outra ideologia ou doutrina. Como é que se defende alguém contra a doutrina neofascista? Educando as pessoas.”
Ler mais no PÚBLICO
quinta-feira, 27 de abril de 2023
Carregar moliço
Como é importante sonhar juntos!
Da crónica de Querubim Silva
no Correio do Vouga
0 Papa Francisco, evocando a figura de Francisco de Assis, para justificar o teor da sua carta encíclica Fratelli Tutu (FT - de 03-10-2020), dá o mote do mesmo documento, com esta dupla proposta - o reconhecimento da dignidade da pessoa humana e o anseio mundial de fraternidade: "Desejo ardentemente que, neste tempo que nos cabe viver, reconhecendo a dignidade de cada pessoa humana, possamos fazer renascer, entre todos, um anseio mundial de fraternidade. Entre todos: «Aqui está um ótimo segredo para sonhar e tornar a nossa vida uma bela aventura. Ninguém pode enfrentar a vida isoladamente (...); precisamos duma comunidade que nos apoie, que nos auxilie e dentro da qual nos ajudemos mutuamente a olhar em frente.
Moliceiro com duas velas
Moliceiros com duas velas não eram muito frequentes, mas cheguei a ver alguns. Seriam mais difíceis de manobrar? Julgo que sim. Mas haverá por aqui quem saiba explicar.
Nota: Do livro "Aveiro - Imagens de um século"
quarta-feira, 26 de abril de 2023
Histórias Rocambolescas da História de Portugal
«Sabia que Viriato não era um humilde pastor? Que D. Afonso Henriques nunca bateu na mãe? E que D. Sancho II era frouxo na cama?
São histórias rocambolescas publicadas hoje [neste dia e mês de 2010] pela Esfera dos Livros.
João Ferreira é o autor.»
NOTA: Pois é. Toda a nossa história, de feitos e glórias, de muitas vitórias e poucas derrotas, de heróis e camafeus, está cheia de mitos e lendas, parece que fundamentais para "construir" uma nação. De qualquer modo, é a nossa história, de que muito nos orgulhamos.
Dia de Verão
terça-feira, 25 de abril de 2023
25 de Abril sempre
Crónica de Miguel Esteves Cardoso
Neste 25 de Abril também quero agradecer aos derrotados, aos insatisfeitos, aos que continuam a acreditar que vale a pena lutar. São eles que garantem a amplitude da escolha democrática
no PÚBLICO

Os 49 anos de democracia são a melhor resposta aos 48 anos de ditadura. Quarenta e oito anos foi muito tempo. Mas 49 ainda é mais. É assim que se combate o fascismo: com longevidade. A longevidade afasta o antecessor e, com ele, o perigo do regresso dessa noite.
Antes de me pôr a dizer, sem me rir, que estamos todos de parabéns, posso só dizer que nem todos estamos de parabéns?
Muitos houve que quiseram substituir a democracia que temos por outra mais profunda. À democracia que temos – que é a do voto livre numa grande escolha de partidos livres de ser tanto à esquerda como à direita como lhes apetecer – chamaram democracia "oca" ou "burguesa" ou "de fachada".
25 DE ABRIL — Foi há 49 anos
Ao contrário do que alguns possam pensar, será sempre oportuno e necessário evocar a Revolução dos Cravos, que permitiu, com natural heroísmo, mas também com alegrias incontidas, oferecer a liberdade aos portugueses, muitos deles sem nunca a terem sentido e experimentado. Foi em 1974, precisamente há 49 anos, e será sempre oportuno e necessário sublinhar o facto porque a liberdade pode correr o risco de se perder, levada pela nossa incúria e pela voracidade de ditadores em potência, que pululam por aí.
Não falta quem vista a camisola contra o 25 de Abril, contra o atraso económico, contra as injustiças sociais, contra a corrupção e contra a fome que grassa, ainda, em cada canto deste país “à beira mar plantado”. São protestos com razão, é certo, porque 49 anos são tempo que baste para erradicar as injustiças, mas também é verdade que na sociedade que nós respirámos na meninice e na juventude o atraso económico e social era notório.
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