Juan Ambrósio, da comissão coordenadora da Rede ‘Cuidar da Casa Comum’, afirma “um dos grandes objetivos” do ‘Tempo da Criação’, com início a 1 de setembro, é mostrar que o cuidado pelo planeta “é muito mais amplo que o ambiental”.
sábado, 24 de agosto de 2024
O Homem: questão para si mesmo.
Crónica de Anselmo Borges no DN
O CONTRIBUTO DA LITERATURA
Enquanto regi a cadeira de Antropologia Filosófica na Faculdade de Letras, em Coimbra, esforcei-me sempre por aliciar os estudantes para a leitura da grande literatura mundial, concretamente das tragédias e dos romances, na convicção de que seria esse um dos lugares indispensáveis para poderem penetrar de modo substancial na urgência do conhecimento da realidade humana no seu enigma e mistério.
Foi, por isso, para mim, uma surpresa feliz entrar em contacto com algo totalmente inédito na história das publicações papais: a Carta do Papa Francisco sobre o papel da literatura na Educação, publicada com a data de 17 de Julho de 2024. Ela teria sido escrita pensando na formação dos futuros padres, mas, pensando bem, é para todos, reconhecendo “o valor da leitura de romances e poemas no caminho do amadurecimento pessoal”.
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
AVEIRO - Um dos lugares mais bonitos de Portugal
«A cidade de Aveiro foi reconhecida como um dos 10 lugares mais bonitos de Portugal pelo The Times. O conceituado jornal britânico fez referência ao “charme particular” que Aveiro partilha com Cidades como Veneza ou Amesterdão, pelos seus canais.
“Os seus edifícios art nouveau são uma sinfonia de tons pastéis, mas sua versão das gôndolas venezianas — os moliceiros de proa curva — são pintados em tons de arco-íris. Fazer um passeio a bordo de uma delas é a maneira mais pitoresca de aproveitar a cidade. Podem avistar-se a vida dos pássaros na Ria de Aveiro”. Esta é uma das referências a Aveiro feita pelo The Times.
Este reconhecimento enaltece não apenas a beleza natural da cidade de Aveiro, como o trabalho realizado pela Câmara Municipal de Aveiro, com a participação muito importante do Turismo do Centro de Portugal, da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, de muitas outras entidades públicas e muito em especial do trabalho de Associações Empresariais e Empresas Privadas do Setor da Hotelaria, Alojamento Local, Operadores Turísticos e Marítimo Turísticos, entre outros, no desenvolvimento da cultura, do turismo e da economia, bem como na conservação da natureza.
Aveiro encantou a jornalista do The Times que nos últimos 20 anos esteve a explorar Portugal. A lista do jornal britânico indica lugares como a Lagoa das Sete Cidades (Açores), Sintra, a Gruta de Benagil (Algarve), Serra da Estrela, Monsaraz, Pinhão, Cabo Girão (Madeira), Praia de Odeceixe (Algarve) e a Estação de São Bento (Porto).»
Li aqui
terça-feira, 20 de agosto de 2024
Dia Mundial da Fotografia
Nesta data, 19 de agosto, celebra-se o Dia Mundial da Fotografia. Na minha juventude iniciei o hábito de fotografar e semana a semana sentia a urgência de as revelar em casas da especialidade. Era uma trabalheira. Só daí a uns dias é que as podíamos reaver.
Depois veio o jornalismo, o que implicava a necessidade de ilustrar os textos principais. Jornais sem fotografias adequadas tornavam-se numa seca. E na falta delas lá tínhamos de optar por ilustrações, nem sempre adequadas. Com os avanços das tecnologias, a comunicação social saiu mais enriquecida, a todos os níveis.
Hoje, curiosamente, estive no meu sótão a pôr ordem num certo caos. As caixas de antigas fotografias mereceram a minha atenção. Que grande viagem no tempo pude reiniciar!
NOTA: Foto de uma prima minha, Rosa Salsa, quando tinha 16 anos, com uma criança que julgo ser sua irmã.
domingo, 18 de agosto de 2024
Dia Internacional do Riso
O Dia Internacional do Riso celebra-se a 18 de janeiro. Estamos ainda a tempo de lembrar o facto, não vá o pessoal esquecer-se de uma lei fundamenta do nosso dia a dia, que nos obrigada a partilhar a boa disposição, rejeitando a sisudez dos mal encarados.
Um dia triste é um triste dia. Vamos então, não apenas hoje mas sempre, sorrir e rir com quem nos cruzamos.
Tristezas não pagam dívidas.
O que diz o silêncio das Pedras
Abro as janelas dormentes
Das insónias,O cinzento pesa nos meus ombros
E o vento
Rodopia entre mim e as rochas
Que acabaram de acordar.
Vou para lá, porque já estou lá
Se sair do lugar onde estou.
Este é o espaço anónimo de mim,
O meu caminho
Pedregoso e também anónimo.
Nele existe a porosidade da carne
Sem que eu sinta a permanente fidelidade
Das suas palavras
Que são anónimas.
Já te vi por entre os espaços
Que não existem
Porque são luzeiros abertos
Quando sentem
que tudo o que existe
É uma harmonia pedregosa e anónima.
Inocêncio Paulo Moreira
Nota: Do livro “O que diz o silêncio das pedras” de Inocêncio Paulo Moreira, de Fafe.
O Homem: questão para si mesmo.
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
2. O que sou? Quem sou?
O que é o Homem?
Ao longo dos séculos, foram-se sucedendo, numa lista quase interminável, as tentativas de resposta: animal que fala, animal político (Aristóteles); animal racional (os estóicos e a Escolástica); realidade sagrada (Séneca); um ser que pensa (Descartes); uma cana pensante (Pascal); um ser que trabalha (Marx); um animal capaz de prometer (Nietz- sche); um ser que cria (Bergson); um animal que ri, um animal que chora, um animal que sepulta os mortos...
Saído da gigantesca aventura cósmica com uns 14 000 milhões de anos, o Homem tem, segundo Edgar Morin, “a singularidade de ser cerebralmente sapiens-demens” (sapiente-demente), ter, portanto, com ele “ao mesmo tempo a racionalidade, o delírio, a hybris (a desmesura), a destrutividade”.
Também o filósofo André Comte-Sponville apresentou a sua “definição”, que julga suficiente: “É um ser humano qualquer ser nascido de dois seres humanos.” Mas será mesmo suficiente? O que dizer em relação aos primeiros seres humanos que, na história da evolução, não nasceram de outros humanos? Esta é uma questão assombrosa: sim, quem foram os primeiros e como é que foram tomando consciência de si? Nunca se saberá quem foi o primeiro que disse “eu”. E se amanhã se der a clonagem e a partenogénese?
sábado, 17 de agosto de 2024
terça-feira, 13 de agosto de 2024
O mundo ao nosso alcance
Temos o privilégio de viver no mundo com tudo, ou quase, à nossa mão. Basta-nos um clique para termos acesso a outros povos e culturas. Assistimos a guerras devastadoras, às belezas oferecidas pelos Jogos Olímpicos, com espetáculos deslumbrantes, artes e povos nunca vistos por perto…
Nos computadores e telemóveis, nas reportagens televisivas e nos filmes, mas ainda nos vídeos, livros, jornais e revistas que temos à mão.
Basta um clique para passearmos pelo mundo.
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
Ovos Moles
Os Ovos Moles, doce típico de Aveiro, precisam de ser lembrados de vez em quando. É o que faço com a publicação de um painel cerâmico, aplicado na zona das pontes.
domingo, 11 de agosto de 2024
O Homem: Questão para si mesmo
O cérebro e o espírito
Já no livro Francisco. Desafios à Igreja e ao Mundo escrevi longas páginas reflectindo sobre o tema, concretamente sobre as questões do “Transhumanismo e pós-humanismo”, onde também citava Raymond Kurzweil para quem não se trataria apenas de “transhumanismo”, melhorando o Homem, enxertando-lhe componentes electrónicas: “O fim último é ser capaz de descarregar uma consciência humana num material informático. A Humanidade acederá assim à imortalidade.”
Volto à questão do Homem, que se torna cada vez mais actual com os avanços da Inteligência Artificial (IA), cujos benefícios serão cada vez mais inegáveis, concretamente nos domínios da saúde, mas que vai pôr dilemas éticos, já que haverá perigos gigantescos, como preveniu o Papa Francisco na recente cimeira do G7 na Itália, apelando, por exemplo, à proibição da entrada em cenário de guerra de armas automáticas letais, sistemas que usam IA. No limite, a pergunta é: Iremos ser substituídos por máquinas? O que é o Homem?
O enigma parece ser não tanto o espírito, mas a matéria. Embora o espírito seja enigmático na sua relação com a matéria – como é que, estando na raiz o espírito, há matéria? —, parece menos compreensível como é que da matéria resulta o espírito, como é que a matéria se abre em espírito. O dualismo antropológico é cada vez mais inadmissível; mas como entender a emergência do espírito a partir da matéria?
quarta-feira, 7 de agosto de 2024
Dia do nosso casamento - 7 de Agosto de 1965
Há 59 anos, eu e a Lita passámos, apressados, pela Figueira da Foz. Foi no dia do nosso casamento, 7 de agosto de 1965, no Bunheiro, depois da boda que se realizou em Pardilhó em casa das tias Zulmira e Aidinha, quais mães solícitas como a tia Lurdes. Íamos a caminho da lua de mel numa residencial das Irmãs Concepcionistas, por sugestão de um casal amigo.
Não importa agora falar do casamento, cuja cerimónia foi presidida pelo nosso comum amigo Padre Lé. Isso ficará para outra ocasião. Hoje quero tão-só recordar o motivo por que a Figueira da Foz ficou nas nossas memórias.
A madrinha Zulmira, atenta, preocupada e solícita, havia preparado um bom farnel para a viagem e, eventualmente, para o jantar, com um pouco do muito que havia na mesa da boda. Ela garantiu-nos que nada faltaria e estou em crer de que assim seria.
Saímos de Pardilhó no velho Skoda, carro duro mas sempre operacional. Naquele tempo não se dava tanta importância a pormenores de luxos dos carros. Preciso era que andassem e nos levassem onde fosse necessário sem avarias. Nunca me recordo de aquele automóvel nos ter dado qualquer incómodo. Mas adiante.
A dada altura da viagem, que não era tão rápida como hoje, optámos por parar para lanchar qualquer coisa e estacionámos à beira da estrada. De autoestradas ainda não se falava. Dizia-se com graça que uns franceses se queixaram de ter perdido a autoestrada ao sair de Lisboa com destino ao Porto e de só a terem encontrado perto da Invicta.
Tentámos encontrar o farnel e nada. Mas como diabo aconteceu isto? Talvez com a pressa, esquecemo-nos de conferir a carga do carro. Nem a madrinha Zulmira, tão organizada e extremamente cuidadosa, se apercebeu do nosso esquecimento. Soubemos depois que nunca mais se perdoou pelo que aconteceu. É claro que lhe dissemos que não morremos à fome…
Chegados à Figueira, ao fim da tarde, e estacionámos facilmente junto ao Mercado Municipal. Nessa altura ainda não se pagava pelo estacionamento, fosse onde fosse. E na esplanada do café, voltado para o rio Mondego, lá comemos umas sandes.
É curioso que recordamos bem esse momento das sandes ajudadas por algum pirolito ou refrigerante parecido. Mas o que mais se fixou na minha memória foram os olhares da malta que por ali estava. Era sábado e devem ter reparado que éramos um casal especial, provavelmente casados de fresco. Vestidos de roupa nova, eu garantidamente de gravata, tudo indicaria uma certa anormalidade para um mês de agosto naquela estância balnear ainda com vestígios cosmopolitas. Olhares de través, sorrisos interrogativos, cochichos naturais como quem percebe que íamos de núpcias. E lá seguimos viagem até à hospedaria da Irmãs Concepcionistas, em Fátima, que muito bem nos acolheram e nos trataram como se príncipes fôssemos. E éramos, realmente, naquele dia.
Fernando Martins
Nota: Texto escrito há anos.
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
Feira de Artes e Ofícios no Rossio

De 2 a 18 de agosto, decorre no Rossio a feira “Artes e Ofícios de Aveiro”, certame que visa promover e trazer à cidade o artesanato manufaturado em Aveiro, nomeadamente trabalhos em cerâmica, madeira, trapologia, couro, doces regionais, compotas, licores, bolachas e porcelana. De acesso livre, o certame é uma organização da Barrica - Associação de Artesãos da Região de Aveiro com a parceria da Câmara Municipal.
quarta-feira, 31 de julho de 2024
terça-feira, 30 de julho de 2024
A vida continua na noite escura
A Terceira Idade tem de ser um dom, não um peso
Li ou ouvi um dia destes, já não sei bem, (penso que se referiam à mensagem do Papa Francisco para o Dia do Idoso), que “viver a velhice é um dom”. Concordo, aceito e tento vivê-la como tal.
Olhar para o passado, fazer balanço à caminhada, pensar em tantos que foram meus familiares, amigos da escola e de infância, colegas a nível profissional, e não só, que já partiram, alguns há bastante tempo, e eu continuar a viver, ainda que com alguns problemas de saúde, é de facto um dom que todos os dias agradeço ao Autor da vida.
sábado, 27 de julho de 2024
Férias em tempos difíceis
![]() |
Costa Nova |
Para muitos portugueses, não faz sentido falar de férias. As situações económicas e sociais provocadas pela conjuntura, patente aos olhos de todos, no mundo em geral e nosso pais em particular, quase nos proíbem de falar do que possa implicar despesas, para além das estritamente indispensáveis. Contudo, atrevemo-nos a avançar com algumas propostas para momentos de ócio e de descanso forçado ou permitido pelo emprego e pela vida académica.
Como tristezas não pagam dívidas nem nos livram de aflições, desgostos, problemas e preocupações, nem nos trazem de volta o emprego perdido, então precisamos de olhar em frente, com coragem e determinação, mas ainda com esperança, pois temos como certo que depois da tempestade vem a bonança.
Se é verdade que devemos e podemos divertir-nos, dentro do razoável e possível, propomos que o façamos aproveitando o que temos à nossa volta, que muito é, começando, naturalmente, por dar mais atenção aos que nos são próximos, familiares e amigos doentes, isolados e, quem sabe?, esquecidos. Uns dias de férias para eles seria ouro sobre azul.
Fernando Martins
Nota: Texto escrito há 11 anos. Perfeitamente atual.
sexta-feira, 26 de julho de 2024
O Douro sempre apetecido
É nos dias menos agradáveis que me vêm à memória os bons momentos vividos em dias bonitos. Como é o caso de um passeio ao Douro, onde a paisagem, vista de qualquer ângulo, tem uma beleza ímpar. Nesta foto, tudo é digno dos nossos olhares ávidos do belo.
Dia Mundial dos Avós
Dia dos Avós evoca São Joaquim e Santa Ana,
avós maternos de Jesus
![]() |
Avô Facica |
Recordo hoje, com emoção, os avós que conheci e com quem convivi. No meu caso, apenas conheci o avô materno, Manuel José Francisco da Rocha, e a avó paterna, Maria de Jesus Lourenço. Ambos acolhedores e de bons conselhos. Já partiram para o coração maternal de Deus há muitos anos, mas deixaram as suas marcas no meu ADN e no meu coração.
segunda-feira, 22 de julho de 2024
Flores do meu jardim
As flores ficam sempre bem, como esta que registei tendo por fundo um pinheiro bem verdinho. Na Gafanha da Nazaré, como nas demais zonas ribeirinhas, mesmo em tempo de seca dura, os solos das nossas terras têm o precioso líquido em abundância. Ainda bem.
sábado, 20 de julho de 2024
Acampamento de Escuteiros na Colónia Agrícola
“Vê! Descobre! Arrisca! Encontra-Te!”
Realiza-se na Gafanha da Nazaré, de 27 de julho a 2 de agosto, o XX Acareg dos escuteiros católicos da região de Aveiro. “Acareg” quer dizer “Acampamento Regional”. Decorre habitualmente a cada quatro anos e consiste numa autêntica cidade que dura uma semana e conta com mais de dois mil jovens habitantes, dos lobitos aos caminheiros, evidentemente acompanhados de dirigentes adultos.
Por estes dias, as infraestruturas, depois da limpeza dos arbustos, estão a ser montadas Gafanha da Nazaré para acolher mais de dois mil escuteiros, na mata da colónia agrícola.
O Acareg tem como lema “Vê! Descobre! Arrisca! Encontra-Te!”. As atividades escutistas deste Acareg inspiram-se na história da viagem ao reino do Prestes João para descobrir o segredo da felicidade do seu povo. Com este imaginário, os escuteiros querem comprometer-se “na construção de um mundo melhor”, “viver os valores cristãos da vida” e “partilhar vivências” – como se lê nos objetivos da iniciativa.
Um poema de Orlando Figueiredo
MAR
Aqui está o mar
inteiro e firme
olhos abertos e azuis
voz rouca e veemente
Cresce em mim como espuma
o desejo de amar o mar
sexta-feira, 19 de julho de 2024
Boas Férias para todos
Em tempo de verão não pode faltar o otimismo. É nele que refrescamos o corpo e a alma. Libertos do frio, do vento e da chuva sentimos mais gosto pela vida. Férias com praias, serras, passeios, diversões, leituras, programas televisivos e visitas a familiares e amigos contribuem para o nosso melhor estado de espírito, que se deseja sadio e aberto a quem nos rodeia.
Como rural que sou, sem complexos, gosto do campo e da sua simplicidade. Comungo, com verdade, a natureza e dela benefício tanto que posso e devo partilhar. As cores, os cheiros, a serenidade, a liberdade e a proximidade que nos inspiram surgem mais nesta época. As pessoas são a nossa família mais alargada. Antigamente, os mais velhos eram todos tios e tias.
Se é indiscutível que temos na alma e no sangue o mar e a ria, que nos viram nascer e crescer, também é certo que a serra nos fascina. Em menino, quando ao longe divisava os seus contornos, sentia-os misteriosos. E quando pela primeira vez pisei solo serrano fiquei extasiado. Hoje tudo é diferente. Os meios de comunicação social levam-nos a todo o mundo. Importa saber aproveitar o que nos oferecem. Boas férias para todos.
Fernando Martins
quinta-feira, 18 de julho de 2024
quarta-feira, 17 de julho de 2024
UM POEMA DE TOLENTINO MENDONÇA
A velha ponte de madeira
entre estações
os caminhos que fizemos pelo bosque
marcas luminosas
eventuais
longe de tudo
estendemos minuciosas reservas
mesmo ao que se revela de súbito
cercas em redor das casas
a multiplicação dos ancoradouro
os baldios vigiados da torre
no meio do silêncio
José Tolentino Mendonça
In "A NOITE ABRE MEUS OLHOS"
Festival da Sardinha na Costa Nova

Abre portas, amanhã, 18 de julho, o Festival da Sardinha ao relvado da Costa Nova, encerrando no dia 21 do mesmo mês. Durante quatro dias, ao almoço e ao jantar, serve-se o mais simples e o mais tradicional prato português de verão – a sardinha assada na brasa, sublinha-se na informação municipal.
A Beleza da Natureza

segunda-feira, 15 de julho de 2024
Barcos Saleiros
Este postal anda por aqui perdido na secretária à espera da sua sorte. Hoje já vai correr mundo para mostrar uma marca importante das nossas raízes, agora caídas em desuso. O sal de Aveiro deixou de ser rentável por razões ligadas aos acessos. É a vida.
Nota: Barcos Saleiros - Canal de S. Roque - Foto: Severina Brites - Estúdio: Adriano Pires
domingo, 14 de julho de 2024
Eu sou um rural

Eu sou um rural. Gosto do campo e da sua simplicidade. Comungo, com verdade, a natureza e dela recebo a imensa riqueza que ela nos oferece. As cores, os cheiros, a serenidade, a liberdade e a proximidade que nos inspira. As pessoas são a nossa família mais alargada. Antigamente, os mais velhos eram todos tios e tias.
Se é indiscutível que tenho na alma e no sangue o mar e a ria, que me viram nascer e crescer, também é certo que a serra me fascina desde menino, quando ao longe divisava os seus contornos para mim misteriosos. E quando pela primeira vez pisei solo serrano fiquei extasiado, sem fala.
Em casa, não dispenso o quintal, não para dele cuidar que as forças já não o permitem, mas para apreciar o que da terra brota e as árvores oferecem.
Hoje andei a contemplar as laranjeiras e os limoeiros, as macieiras e pereiras, mas também os pinheiros e vários arbustos que a Lita plantou. Há árvores e outras plantas que definham e morrem. Tal como as pessoas.
F. M.
Festival do Bacalhau - Corrida mais louca!

Estão oficialmente abertas as inscrições para a “Corrida Mais Louca da Ria - Corrida de Embarcações Originais”, que terá lugar durante o Festival do Bacalhau, entre os dias 14 e 18 de agosto, no Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré.
sábado, 13 de julho de 2024
Paisagem lagunar
Nós, os da beira-ria, temos o privilégio de poder apreciar paisagens com esta. Quem vier para estes lados, aproveite.
sexta-feira, 12 de julho de 2024
Aveiro em época festiva
Aveiro assinala sempre, com dignidade, os tempos festivos. E presentemente, com o número de visitantes em fase de notório crescimento, os responsáveis não podem descurar essa atitude.
quarta-feira, 10 de julho de 2024
Almoço de convívio com antigos alunos
![]() |
Grupo do convívio |
No sábado passado tive o privilégio de participar num almoço-convívio com antigos alunos. Recuei no tempo décadas de vida ativa com crianças que hoje são avôs. Há prazeres que não se explicam. E este, vivido no sábado num restaurante, foi um deles.
Pela sétima vez respondi à chamada para ser acolhido com sorrisos abertos cheios de ternura onde o carinho foi manifestado nos olhos que me fixavam, nos ouvidos que me escutavam e nas histórias que todos evocaram com manifesta satisfação.
Importa sublinhar que o prazer revivido de tempos que não voltam e que deixaram marcas indeléveis nos corações dos meus antigos alunos e no meu próprio, que rejuvenesceu até à meninice deles.
Os meninos de outrora, cheios de sonhos, puderam recordar e reviver brincadeiras e canseiras que entretanto caíram em desuso, dando lugar às novas tecnologias agora dominadas, pelos seus filhos e netos.
Foi um prazer apreciar os seus rostos animados pelas conversas sempre apetitosas, que não é todos os dias que podemos conviver com antigos alunos que ostentam expressões e sorrisos da infância. Para mim, é inexplicável o que sinto pela amizade demonstrada, pelos risos trocados, pelas estórias revividas e sempre saborosas.
Senti-me, uma vez mais, com saudades das escolas por onde passei e onde partilhei saberes, mas também por aquelas onde criei e animei bibliotecas escolares e cursos de adultos, para muitos completarem habilitações de acesso ao mundo do trabalho profissional.
Apesar da minha provecta idade, ficarei à espera de mais encontros de convivência fraterna. Fugir deles é um erro crasso.
Até ao próximo convívio, se Deus quiser.
Fernando Martins
Nota: Um agradecimento especial ao Serafim Pinto, pela sua amizade e capacidade de organização destes encontros tão saborosos.
Praia da Barra com diversões aquáticas
"Depois do sucesso alcançado em 2019, a praia da Barra, em Ílhavo, volta a contar com um parque de diversões aquático flutuante, para fazer as delícias dos veraneantes. Acaba de ser instalado na “Praia Velha”, junto ao Farol, e está disponível todos os dias, até 31 de agosto, entre as 10h00 e as 19h00, com uma lotação máxima de 35 pessoas.
Para aceder ao parque insuflável é necessário adquirir bilhete (10 euros) junto ao bar Praia Velha Lounge.
Durante o período da manhã, 10 às 12h00, as escolas e instituições particulares de solidariedade social têm acesso a descontos de 50 por cento na entrada.
A segurança é garantida por dois nadadores-salvadores (um no insuflável e outro no areal), sendo obrigatório o uso de um colete salva-vidas disponibilizado no local."
Li aqui
segunda-feira, 8 de julho de 2024
domingo, 7 de julho de 2024
A fé dissipa a dúvida
"A Fé dissipa a dúvida e a hesitação, liberta-nos do sofrimento e conduz-nos até à cidade da paz e da felicidade. É a fé que faz desaparecer a perturbação mental e que clarifica o nosso espírito, reduzindo o nosso orgulho e afirmando-se como a raiz da veneração. A fé assemelha-se à nossa mão, capaz de reunir todas as qualidades virtuosas."
Dalai Lama
Descanso ou preguiça?
Viajar é Preciso

Mas a verdade, nua e crua, diz-me que a vida sem sonhos e projetos não faz sentido. Aceito, obviamente, as tarefas em que me envolvo. Parar é morrer. Apoio e aplaudo os que têm que fazer. Os indiferentes à vida não têm futuro.
Viajar é preciso!
quarta-feira, 3 de julho de 2024
Praias vão abrir portas
Estou em crer que as nossas praias vão abrir portas a toda a gente. Aqui à volta, Praias da Barra, Costa Nova, Vagueira e S. Jacinto vão atrair pessoas de todos os quadrantes e de todas as idades.
Gritos lancinantes de povos esmagados
Texto de Querubim Silva
no Correio do Vouga
"Os gritos lancinantes de povos esmagados bradam aos céus: os gritos de fome, de insegurança, de privação de pátria e estabilidade de vida, de terror, de morte! Mas são abafados pela fúria da ganância, pela cegueira do fundamentalismo ideológico e do fanatismo religioso, do tribalismo de grupos em busca de proveitos próprios. Soam alto os gritos do Papa Francisco: “Com a guerra todos perdem”; “São os mais frágeis - idosos, mulheres e crianças - as vítimas primeiras e mais numerosas das guerras”… Aplaudido por muitos, certo é que os aplausos não resolvem conflitos. E chegada a hora da verdade, estremam-se posições: alheiam-se uns; tomam partido outros; persistem os interesses ocultos dos principais. Os gritos não têm eco. E os povos continuam a definhar, esmagados pelo silvo dos mísseis e pelo troar das bombas."
Querubim Silva
terça-feira, 2 de julho de 2024
Grande Regata dos Moliceiros
No próximo sábado (dia 6 de julho) os canais da Ria, entre a praia da Torreira e a entrada da cidade de Aveiro, serão palco da edição deste ano da Grande Regata dos Moliceiros. O evento é promovido pela Comunidade Intermunicipal da Ria de Aveiro (CIRA), com o apoio das câmaras municipais da Murtosa e de Aveiro. O concurso de painéis, para eleger os mais belos painéis que decoram proas e rés dos barcos moliceiros, está agendada para as 11h30, na praia fluvial do Monte Branco (Torreira). Desse mesmo local, pelas 14h30, partirão as embarcações que irão disputar a edição deste ano da tradicional regata de barcos moliceiros, cuja chegada ao Cais do Sal, zona da antiga lota, em Aveiro, deverá ocorrer pelas 16 horas.
segunda-feira, 1 de julho de 2024
BOM CONSELHO DO PAPA
“Precisamos de uma Igreja e de uma sociedade que não excluam, que não excluam ninguém, que não tratem ninguém como impuro, para que todos, com as próprias histórias, sejam acolhidos e amados sem rótulos e sem preconceitos. Que seja amado sem adjetivos”
domingo, 30 de junho de 2024
António Nobre - Vaidade, Tudo Vaidade
VAIDADE, TUDO VAIDADE!
Vaidade, meu amor, tudo vaidade!
Ouve: quando eu, um dia, for alguém,
Tuas amigas ter-te-ão amizade,
(Se isso é amizade) mais do que, hoje, têm.
Vaidade é o luxo, a glória, a caridade,
Tudo vaidade! E, se pensares bem,
Verás, perdoa-me esta crueldade,
Que é uma vaidade o amor de tua mãe…
Vaidade! Um dia, foi-se-me a Fortuna
E eu vi-me só no mar com minha escuna,
E ninguém me valeu na tempestade!
Hoje, já voltam com seu ar composto,
Mas eu, vê lá! eu volto-lhes o rosto…
E isto em mim não será uma vaidade?
António Nobre (1867-1900) foi um poeta português do século XIX. “SÓ” foi o seu único livro que nos mostra um homem assombrado pela morte. Morreu tuberculoso em Paris.
Immanuel Kant: O Homem e Deus
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
Neste tempo dominado por maquinarias de estupidificação, quando o que mais falta é, por isso mesmo, pensar criticamente, não podia deixar passar o terceiro centenário do seu nascimento sem uma brevíssima referência. Refiro-me a Immanuel Kant, que nasceu no dia 22 de Abril de 1724 em Königsberg, antiga Prússia, actualmente Kaliningrado, um enclave russo entre a Polónia e a Lituânia, e que morreu nessa mesma cidade no dia 12 de Fevereiro de 1804. É lá, na catedral de Kaliningrado, que se encontra uma lápide com a sua frase célebre: “Duas coisas enchem a mente de uma admiração e um respeito sempre novos e crescentes quanto mais frequentemente e com maior persistência delas se ocupa a reflexão: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim”.
Subscrever:
Mensagens (Atom)