quarta-feira, 15 de setembro de 2021

11 de setembro em exposição

Exposição jornalística 
sobre os atentados de 11 de setembro de 2001

Antiga Capitania de Aveiro

“O 11 de setembro – 20 anos na Imprensa Nacional” é o título da exposição que se encontra patente ao público, até ao dia 3 de outubro, na Galeria da Antiga Capitania de Aveiro, comissariada pelo diretor do Museu Nacional da Imprensa (MNI), Luiz Humberto Marcos, integrada numa parceria assinada entre a Câmara Municipal de Aveiro e o MNI. Esta mostra apresenta uma pequena parte das centenas de publicações de muitos países que o Museu Nacional da Imprensa guarda sobre os atentados ocorridos nos Estados Unidos da América, no dia 11 de setembro de 2001.

Nota: Notícia do Correio do Vouga 

Réplica da Guarita no Jardim Oudinot

Uma imagem pode ser sempre 
um ponto de partida para investigações


A réplica da antiga guarita, que pode ser apreciada no Jardim Oudinot, uma sala de visitas da nossa terra, enriquece sobremaneira este recanto. O antigo aqui lembrado pode sugerir buscas pela história local, desde os tempos em que os gafanhões iniciaram o cultivo de areias soltas, transformando-as em solo fértil.

Navios de Assistência à Frota Bacalhoeira

 

A Frota Bacalhoeira, de que as nossas gentes mais idosas bem se recordam, não pode ficar esquecida. O nosso Museu Marítimo de Ílhavo está cheio de referências à pesca do bacalhau e à projeção da Faina Maior. Também não falta literatura que atesta a bravura dos nossos homens do mar, desde oficiais a simples pescadores e demais profissionais. Contudo, por mais que se escreva e diga, há sempre quem possa acrescentar algo interessante. Daí a importância de novos livros e outras informações. Neste caso, Os Navios de Assistência à Frota Bacalhoeira, obra  de João David Batel Marques, será uma preciosa ajuda para quem gosta de saber o que foi, realmente, a saga dos bacalhaus.

As mais belas fotografias - 5


PINHEIRO DO NOVO MUNDO, Floresta Nacional de Inyo, Califórnia, EUA 

- Convencido de que os anéis de crescimento das árvores poderiam revelar a história climática, o cientista Edmund Schulman palmilhou o Oeste dos EUA em busca dos espécimes mais antigos. Encontrou os Pinus longaeva e, em 1957, descobriu Matusalém, um pinheiro com 4.789 anéis. A árvore ainda vive, num local secreto protegido pelos serviços florestais. Em 1964, outro investigador extraiu amostras de novo espécime para avaliar a sua idade, mas a broca partiu-se. Quando a árvore foi cortada, descobriu-se que tinha 4.862 anéis e os cientistas perceberam que, inadvertidamente, tinham abatido a árvore mais antiga conhecida pelo homem.

Notas: 
1. Nota e texto da National Geographic
2. Vi aqui 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Notas do meu diário – Amigos de França

Flor para a campa do seu filho
Agora que já podemos andar mais descansados, os mais idosos passam a ter mais liberdade de sair. Uma certa tranquilidade parece que se instalou nos corações de muitos. Respeitando as leis da máscara e do distanciamento, não haverá perigo.
Hoje saí e andei à volta da nossa igreja matriz. Fui à farmácia, tomei um café, mas o mais importante foi ter encontrado um casal amigo, radicado em França há 56 anos. Do outro lado da rua, a nossa Avenida José Estêvão, o meu amigo identificou-me. Atravessou e veio ao meu encontro. Apesar das máscaras, há silhuetas que nos distinguem. Foi o caso.
A sua vida ativa foi em França e é lá que tem raízes profundas, difíceis de transplantar. Um filho está lá sepultado e isso prende-o ao solo francês. Percebi e louvo o seu gesto. Os pais ficam umbilicalmente ligados aos filhos e netos. É uma ligação e mais do que isso. É uma amarra de elos fortíssimos. É o amor.
A conversa foi curta, é certo, mas foi o suficiente para assinalar este meu dia. E destes amigos ficarão para sempre, no meu espírito, as suas vozes, os seus sorrisos, os seus olhares por cima das máscaras, as suas ternas e duradoras amizades.

Notas do meu diário em maré de pandemia

A Nina mostra-se atenta
Estes dias têm sido muito emotivos para mim. Até parece que ando um pouco nas nuvens, curiosamente carregadas com chuva que tempera o tempo e porventura os ânimos. Para além disso, dou comigo a pensar até que ponto o coronavírus mexeu comigo e com os demais, deixando marcas que se refletem nos seus comportamentos.
O medo que gerou sobretudo nos mais frágeis, pela idade e pelas diminutas resistências física e mentais, mas ainda o isolamento e distanciamento a que foram forçados, associaram-se deixando mazelas irreversíveis em muitos casos.
Uns terão reagido positivamente quando algumas nuvens se dissiparam, o que é de louvar, mas muitos outros não conseguiram dar a volta à situação, mostrando sinais inquietantes nos relacionamentos e comportamentos.
Permitam-me que me reconheça algo afetado. Vou descobrindo nas minhas atitudes e pensamentos diários sinais de temor nem sei de quê ou de quem, tristezas sem razões aparentes, incertezas sobre o que devo fazer ou pôr de lado. Contudo, de permeio algo de positivo senti no último fim de semana.  Mas disso falarei amanhã. 

FM 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Bispo de Aveiro presidiu à peregrinação a Fátima

D. António Moiteiro 
na Peregrinação Aniversário a Fátima 
12 e 13 de setembro 2021



"No silêncio do caminho, Maria não esquece a missão que tem pela frente. Remete-nos para a escuta da Palavra de Deus, para na sua contemplação nos dirigir para a ação. A sua atitude é entrega da própria vida em favor dos outros: pés a caminho e mão estendida. O “sim” dado por Maria ao Anjo, que lhe anuncia que vai ser a mãe do Salvador, exige que parta logo em missão. Esta é a imagem e o modelo da Igreja discípula missionária, Igreja em saída. Aquela que recebeu o dom mais precioso de Deus, como primeiro gesto de resposta, pôs-se a caminho para servir e levar Jesus. Maria, a corajosa e fiel servidora, não só realiza a vontade de Deus na sua vida, como orienta os outros a fazerem o que Deus lhes pede."

Ler homilia do Bispo de Aveiro

Evocação: Luís Cipriano Coelho de Magalhães

Efeméride:
13 Setembro de 1959


A Câmara Municipal de Lisboa, presidida pelo Brigadeiro França Borges, afixou uma lápide na casa onde nasceu o Conselheiro Dr. Luís Cipriano Coelho de Magalhães [nasceu em 13 de setembro de 1859], cujos restos mortais repousam em Aveiro, no cemitério central, ao lado do túmulo do pai [José Estêvão Coelho de Magalhães]. (Correio do Vouga, 29-9-1959) - J



"Calendário Histórico de Aveiro"
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


NOTA: Luís Cipriano Coelho Guimarães, filho de José Estêvão Coelho de Magalhães, foi proprietário do célebre Palheiro de José Estêvão, onde passou férias e recebeu amigos, escrevendo belas prosas sobre a Ria de Aveiro. Sua família assumiu responsabilidades para cuidar da Capela de Nossa Senhora da Saúde, na Costa Nova. Eça de Queiroz também nesse Palheiro passou férias a convite de Luís Cipriano, de quem era amigo.

domingo, 12 de setembro de 2021

Grandes Veleiros entre nós

O Facebook lembrou-me que há 13 anos
publiquei esta foto com texto



Tenho saudades dos grandes veleiros. Lembrei-me hoje deles e da beleza que transportam enquanto cruzam outros horizontes. O colorido, os mastros apontando o céu, as bandeiras agitadas pela aragem ou pelos ventos fortes, as cordas que se cruzam, os marinheiro folgazões, o povo que brota de todos os cantos do nosso país, os cantares descontraídos, o rigor das operações da atracagem e o levantar das amarras.... Quando voltarão?

Nota: Texto editado 

A dura conquista da liberdade religiosa

Crónica de Frei Bento Domingues 
no Público


Dizer-se cristão e católico, fomentando o discurso do ódio e da exclusão, como está a acontecer um pouco por toda a parte, é um crime que importa denunciar sem condescendência.

Ao retomar as crónicas dominicais sobre o fenómeno religioso, que a generosa hospitalidade do PÚBLICO me possibilita, quero lembrar as referências que me obrigam a uma permanente reinterpretação desse fenómeno, num mundo em mudanças imprevisíveis que vão questionando as configurações das heranças religiosas e despertando para a urgência de encontrar caminhos de renovada esperança, quando parece que estão a ruir todos os fundamentos.
Começo por algumas passagens do Novo Testamento que, longe de impedirem o confronto com outras heranças culturais, abrem caminhos para o incontornável pluralismo religioso. O Evangelho segundo S. João abre com um poema, no qual, de forma paradoxal, o Verbo de Deus incarna a fragilidade humana, vincando bem, no entanto, que a Deus nunca ninguém O viu. É nessa fragilidade que é superada a estreiteza da Lei dada por Moisés. A “graça e a verdade” vieram por Jesus Cristo que não exclui ninguém [1].

sábado, 11 de setembro de 2021

Francisco: "um pecador que procura fazer o bem"

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Papa Francisco em entrevista à rádio Cope

Foi nestes termos - "Eu sou um pecador que procura fazer o bem" - que o Papa Francisco se definiu numa longa entrevista à rádio Cope, Espanha, a primeira depois da operação que lhe tirou 33 centímetros de intestino. "Levo uma vida totalmente normal", "como o que quero", "continuo vivo". E não pensa em renunciar, mesmo se "sempre que um Papa está doente corra uma brisa ou um furacão de Conclave", a pensar na eleição de um novo Papa. "Nem me passou pela cabeça". E vai continuar com as reformas, tudo o que foi pedido pelos cardeais antes da sua inesperada eleição. "Creio que ainda há várias coisas por fazer, mas não há nada de inventado por mim. Estou apenas a obedecer ao que se estabeleceu na altura, embora talvez alguns não se tenham apercebido do que estavam a dizer ou de que as coisas eram tão graves...". As viagens vão continuar normalmente - as próximas são à Hungria e Eslováquia. A propósito, estará amanhã na Hungria, no encerramento do Congresso Eucarístico; neste contexto, o jornalista perguntou-lhe como será o encontro com o primeiro-ministro Viktor Orbán, e Francisco: "uma das coisas que tenho é não andar com livreto: quando estou diante de uma pessoa, olho-a nos olhos e deixo que as coisas fluam...".
O diabo anda à solta no Vaticano? Francisco riu-se e respondeu que ele anda por todo o lado, também no Vaticano, mas tem sobretudo medo dos "diabos educados": "tocam à campainha, pedem licença, entram em casa, fazem-se amigos..., tenho pavor aos diabos educados. São os piores, e a gente engana-se muito, muito."

11 de setembro

Torre atingida há 20 anos

Torres reconstruídas

Foi há 20 anos que o grupo terrorista Al-Qaeda atacou os Estados Unidos com aviões civis. As famosas torres de Nova Iorque foram atingidas, vitimando mais de 3 mil pessoas e provocando prejuízos incalculáveis. Foi, sem dúvida, o maior atentado terrorista da história em nome de um deus que muitos seguem doentiamente. Tudo isto, com dramas que jamais serão conhecidos, pela sua grandiosidade assente em terror, não levou a nenhuma solução que conduza a sociedade a caminhos de justiça e fraternidade. Duas décadas depois, o terrorismo continua.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

As mais belas fotografias - 4

National Geographic

Na Califórnia, com o vale de Yosemite muito abaixo de si, Alex Honnold faz um ‘free solo’ – escalada sem cordas ou qualquer equipamento de segurança – numa fenda na face sudoeste do El Capitan, com 910 metros de altura. Antes de concretizar este feito, no dia 3 de junho de 2017, Honnold passou quase uma década a pensar na escalada, e mais de um ano e meio a planear e a treinar.

FOTOGRAFIA DE JIMMY CHIN

Nota Texto e foto da National Geographic

Costa Nova - Tempo de Férias


 É sempre um prazer visitar a Costa Nova em tempo de férias. Vou lá com frequência e sinto que não sou só eu a gostar desta estância balnear beneficiada por mar e ria, que nos oferecem temperaturas amenas que casam bem com as cores garridas das suas casas típicas, autênticos cenários de fotos artísticas de passagens de modelos e de meras recordações familiares. Em época de veraneio, tudo sobressai. Ainda bem.

Jesus espera a tua resposta

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXIV do Tempo Comum

(Foto Google)


“Quem dizes tu que eu sou?” – continua Jesus a perguntar-nos, como fez outrora aos discípulos, em Cesareia de Filipe. Esta pergunta, segundo alguns autores, constitui o coração do Evangelho porque se dirige a cada pessoa e pretende provocar uma decisão relacional que dê sentido à identidade cristã. Mc 8, 27-35. Identidade cristã que flui da identidade de Jesus, o Messias de Deus.
A história regista várias respostas. Citemos algumas: um reformador do sistema religioso, um mestre espiritual de utopias, um crucificado fracassado, um homem do mistério e do sagrado… o Cristo, filho de Deus vivo e nosso salvador que desencadeia um movimento que vem a tomar corpo no povo de Deus organizado à maneira de corpo animado pelo Espírito Santo. A sua figura humana proporciona um filão inesgotável para estudos sérios e para “investigações criativas” em que a fantasia emoldura a presumida realidade em romances, filmes e outras “artes”, nem sempre ao serviço da verdade.
A minha resposta tem de ser genuína e sincera, correcta e definitiva. Para ti, quem sou EU? Que espaço me dás na tua vida? Que lugar ocupo na tua escala de valores? Por meio de ti, que imagem de Deus descobrem os outros? Que marca deixas no teu ser e no teu agir?

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Organizações Católicas apoiam imigrantes e refugiados

«Organizações católicas estão na primeira linha do apoio 
aos imigrantes e aos refugiados» – António Vitorino

Foto: ACNUR

«O diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), o português António Vitorino, afirmou hoje que as organizações católicas em Portugal “estão na primeira linha do apoio aos imigrantes e aos refugiados”, após uma reunião na Conferência Episcopal Portuguesa.
“Passamos em revista um conjunto de preocupações comuns, preocupações de respeito da dignidade e dos direitos humanos dos migrantes, de garantia do acesso dos imigrantes a todos os cuidados de saúde, incluindo em especial o processo de vacinação independentemente do seu estatuto legal”, disse António Vitorino, em declarações à Agência ECCLESIA

Marcos Ré deixa a vida autárquica

Um vereador que nunca procurou as luzes da ribalta 

Ao fim de 24 anos de serviço autárquico, como vereador da Câmara Municipal de Ílhavo, eleito pelo PSD, Marcos Ré dá por terminada a sua vida política ativa. Como especialista do Ambiente, foi uma mais-valia para o nosso município, que nos cumpre agradecer e apontar como exemplo a seguir.
Pessoalmente, vi sempre o até agora vereador Marcos Ré como uma pessoa discreta, consensual, afável, competente e com capacidade de diálogo, nunca menosprezando  os seus interlocutores e munícipes que a ele recorriam em casos da sua competência e responsabilidade. É, sem sombra de dúvidas, um vereador que deixa saudades, tanto entre os seus correligionários como entre os diversos adversários partidários, sem nunca procurar as luzes da ribalta.
Ao nível dos pelouros ligados à sua especialidade, é indesmentível a sua competência e integridade, e para além disso, como homem que conhecia, como poucos, a área municipal, abarcando terras e gentes, Marcos Ré abriu horizontes nos apoios e esclarecimentos prestados aos demais autarcas, e não só.
Felicito Marcos Ré, enquanto agradeço o que nos doou durante estes 24 ano.

Fernando Martins

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

As mais belas fotografias - 3


As grandes fotografias também podem ser acidentais. O avião que transportava o autor sobrevoava as Terras Altas da Islândia, mas uma tempestade forçou uma mudança de rota. “Felizmente, encontrámos este local fabuloso”, conta. “O Sol estava no local correcto”, criando a impressão de que os glaciares são artérias num solo vulcânico.

Fotografia: Pedro Kin

Trabalho criativo

"A única maneira de uma mulher, ou homem, se conhecer como pessoa é pelo seu próprio trabalho criativo"

Betty Friedan
(1921-2006), Activista feminista


NOTA: Publicado hoje, no PÚBLICO, em Escrito na Pedra

Daniel Faria - Um rosto que há de vir

"Quando lhe pediram um autorretrato, Daniel Faria escreveu que era "um rosto que há de vir". E assim será, para o leitor dos poemas. Acreditamos que na poesia portuguesa dos últimos 20 anos poucos tenham vindo à luz assim, com um impacto de pedra». Nesse testemunho recolhido no jornal Público. Um colega recorda: "O Daniel tinha sempre projetos fantásticos, queria ler as obras completas de Shakespeare... O Rilke, na tradução do Paulo Quintela, era fundamental para ele, como o Herberto. E depois Luiza Neto Jorge, Eugénio, Ramos Rosa, Sophia, Ruy Belo, Lorca. Foi com ele que conhecemos Drummond, Guimarães Rosa..." O poeta empenhou-se na ida de Eugénio de Andrade ao seminário. Foi um risco, mas o resultado foi muito bom: Daniel Faria "ficou exausto, havia oposições dentro do seminário, isso angustiou-o imenso. Depois correu muito bem, o Eugénio só não entrou na capela, lembro-me que se admirou por jogarmos futebol sem batina..." E Eugénio de Andrade resumiu essa inédita aventura como "uma tarde divertidíssima". (cf. Público, 14.6.2001). A memória de Daniel Faria foi-se consolidando com o andar do tempo. Mas o seu prematuro desaparecimento teve dois efeitos contraditórios: por um lado, atrasou o reconhecimento da importância da sua obra; e, por outro, permitiu que, finalmente, possamos encontrar a sua voz, como uma das mais significativas da contemporaneidade."

Jaime Ferreira da Silva - Exemplo de abnegação

Efeméride
1962
8 de Setembro
Homenagem ao ilustre pardilhoense no Largo Dr. Egas Moniz

Dando extraordinário exemplo de abnegação para salvar uma criança, morreu na ria de Aveiro, em circunstâncias dramáticas, o Dr. Jaime Ferreira da Silva [médico], que exercia o cargo de Governador Civil do Distrito de Aveiro. (Correio do Vouga e Litoral , 15-9-1962) — J.


Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo 
e João Gonçalves Gaspar

terça-feira, 7 de setembro de 2021

As mais belas fotografias - 2

Cabanas de Tavira - Forte de São João da  Barra 

Em Cabanas de Tavira, uma alvorada límpida impeliu o autor a erguer o drone por breves minutos. No solo, emergiu o bonito Forte de São João da Barra, fortificação mandada construir logo após a restauração da independência.

Fotografia: Manuel Ferreira

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Nossa Senhora dos Navegantes

Efeméride:
1863
6 de Setembro






Foi benzida, no sítio chamado Forte da Barra de Aveiro, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja construção terminara em fins de Maio. (Campeão das Províncias, 12-9-1901; Litoral, 19-10-1979) - J

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


Gosto de árvores, plantas e flores

É ponto assente que gosto de plantas e flores, desde que me conheço. Onde quer que esteja, os meus olhos fixam-se nas plantas e flores, deixando-me extasiado perante a beleza que delas emana. As cores e formas que sobressaem falam-me ao coração. E  quando um pontinho começa a desabrochar na planta, sou desafiado a  acompanhar o seu nascimento. Curiosamente, apesar deste gosto pela plantes e flores, património dos pequenos e grandes jardins, mas também da natureza em estado virgem, não as conheço pelo nome próprio. Sou literalmente um analfabeto.
De vez em quando, publico no meu blogue flores e plantas, mas raramente as identifico. Tenho pena. E há dias fiquei surpreendido com um amigo que, pelo telefone, se referiu a uma flor que estagiou neste meu blogue, dizendo o seu nome de batismo. De tão esquisito para mim, nem o fixei.
Nas minhas voltas pela ciberespaço, costumo chamar até mim blogues e sites relacionados com jardins, plantas e flores, para me deliciar. Hoje, nos BLOGUES QUE SIGO, na coluna à direita, podem ver um site especializado em plantas e em tudo o que lhes diz respeito.

FM 

Açores - Paisagem

Há paisagens que se fixam na nossa memória para sempre


                Açores - São Miguel






 

domingo, 5 de setembro de 2021

As mais belas fotografias - 1


Todos os anos, há uma regata de moliceiros entre a Torreira e Aveiro. Estas embarcações sobrevivem graças à carolice da população apaixonada pelas tradições da ria de Aveiro. Há agora menos de vinte moliceiros nestas condições. Fotografia: José Mariano

NOTAS: 
1. A National Geographic Portugal, que desde há anos  entra em nossa casa, delicia-nos com as suas fotografias e reportagens, que abordam os mais diversificados temas, muitos dos quais de civilizações exóticas;
2. Tentarei  divulgar algumas com regularidade.

A vida é tão curta...


"A vida é tão curta e o ofício de viver tão difícil, que, 
quando começamos a aprendê-lo, temos de morrer"

Ernesto Sábato 
(1911-2011), 
romancista

Nota: Publicado no PÚBLICO, 
hoje, em Escrito na Pedra

sábado, 4 de setembro de 2021

Júlio Dinis - Um escritor da minha adolescência

Num blogue que leio frequentemente, “De Rerum Natura”, li hoje um texto alusivo a Júlio Dinis, um escritor da minha adolescência e juventude, que muito me entusiasmou. Doente pulmonar, doença de que também padeci em duas alturas da minha juventude, esteve em Aveiro e na Gafanha, como já diversas vezes referi nos meus escritos.
Os seus romances deixaram em mim a ideia de que se tratava de um homem em sofrimento, com ânsia de felicidade. Como médico, que, aliás, nunca exerceu, sabia que a morte seria inevitável. Daí, penso eu, a opção pelos cenários de gente boa, trabalhadora, feliz. "A Morgadinha dos Canaviais", "As Pupilas do Senhor Reitor", "Uma Família Inglesa", "Os Fidalgos da Casa Mourisca" e "Serões da Província", entre outas  obras, ocupam o meu imaginário. 
Já lá vão muitos anos. Só esporadicamente releio umas simples páginas. Não seria ocasião para voltar a Joaquim Guilherme Gomes Coelho, o escritor Júlio Dinis? Talvez. 
A Feira do Livro do Porto, em curso, é-lhe dedicada.

Quem não vota nunca terá o direito de criticar

Aproximam-se a passos largos as eleições autárquicas. No dia 26 de setembro, os portugueses que constam dos cadernos eleitorais vão escolher os que nos hão de governar a partir das autarquias locais, Municípios e Freguesias. Sinais mais notórios da proximidade das eleições são a propaganda que os partidos e coligações se afadigam nas campanhas em curso.
A caixa do correio começa a merecer a minha atenção porque, já com alguma frequência, não faltam os folhetos com rostos e posições políticas que conheço. Todos, sem exceção, devem merecer a nossa atenção e o nosso respeito. Realmente, quem se dispõe a servir a comunidade, na política ou noutras áreas, mostra à evidência qualidades de disponibilidade, altruísmo, sentido de responsabilidade e capacidade de se dar e de servir muitíssimo louváveis, em tempos carregados de egoísmos. Os meus parabéns a todos os que, voluntariamente, dão a cara por um ideário ou projeto político,  neste caso.
A decisão de cada um de nós dependerá, necessariamente, não muito daquilo que prometem, mas daquilo que sabemos serem capazes de cumprir, com provas dadas nas áreas profissionais, sociais, culturais ou outras, tendo em conta as necessidades mais prementes das pessoas e comunidades. Votar é um dever. Quem não vota nunca terá o direito de criticar ou reclamar. 
Felicito todos, sem exceção, os que se candidataram, lembrando que os vencidos não poderão cruzar os braços. Há outros horizontes e outras eleições para se darem à sociedade. 

Fernando Martins

A palavra solidão faz-me companhia

Um poema de Álvaro Guimarães 
que publiquei há 15 anos

Praia da Vagueira (foto Via Verde)

O LIMPA-PALAVRAS

Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.

Quase todas as palavras
precisam de ser limpas e acariciadas:
a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias
e do mau uso.
Muitas chegam doentes,
outras simplesmente gastas, estafadas,
dobradas pelo peso das coisas
que trazem às costas.

A palavra pedra pesa como uma pedra.
A palavra rosa espalha o perfume no ar.
A palavra árvore tem folhas, ramos altos.
Podes descansar à sombra dela.
A palavra gato espeta as unhas no tapete.
A palavra pássaro abre as asas para voar.
A palavra coração não pára de bater.
Ouve-se a palavra canção.
A palavra vento levanta os papéis no ar e
é preciso fechá-la na arrecadação.

No fim de tudo voltam os olhos para a luz
e vão para longe,
leves palavras voadoras
sem nada que as prenda à terra,
outra vez nascidas pela minha mão:
a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.

A palavra obrigado agradece-me.
As outras não.
A palavra adeus despede-se.
As outras já lá vão, belas palavras lisas
e lavadas como seixos do rio:
a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.

Vão à procura de quem as queira dizer,
de mais palavras e de novos sentidos.
Basta estenderes a mão
para apanhares a palavra barco ou a palavra amor.

Limpo palavras.
A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra.
Recolho-as à noite, trato delas durante o dia.
A palavra fogão cozinha o meu jantar.
A palavra brisa refresca-me.
A palavra solidão faz-me companhia.

Pode ver aqui 

"As mulheres sejam submissas aos maridos"

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Sobre o sexo, as mulheres, as religiões e a Igreja já escrevi aqui muitas vezes. Também em livros que publiquei, incluindo o próximo, O Mundo e a Igreja. Que Futuro?, que espero esteja nas livrarias em finais de Outubro. Retomo hoje o tema muito rapidamente, por causa do "alarido" que houve nos media provocado por uma leitura na Eucaristia de um domingo passado, transmitida pela televisão pública. Algum esclarecimento é devido.

1 O que se passou é que foi feita uma leitura bíblica a dizer: "As mulheres sejam submissas aos maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o Chefe da Igreja."

Previno que o texto é da Carta aos Efésios, atribuída a São Paulo, mas a autoria realmente não lhe pertence. Aliás, é preciso dizer que, no cristianismo, com Jesus, que escandalosamente tinha discípulos e discípulas, São Paulo deu um contributo decisivo para a emancipação feminina: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus", escreveu na Carta aos Gálatas; e na Carta aos Romanos descreve Júnia como ilustre entre os Apóstolos.

2 Todas as religiões se entendem a si mesmas como reveladas. A pergunta é: como sabem os crentes que Deus falou?

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Faz tudo bem feito. Abre-te

Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XXIII do Tempo Comum

Fomos e regressámos da lua, mas temos enorme dificuldade em atravessar a rua para visitar o vizinho

O episódio do surdo-mudo ocorre na região da Decápole, situada além Jordão, território independente, habitada por gente pagã. A missão para Jesus não tem fronteiras nem faz discriminações, não se limita a confirmar o que há de bom no homem, mas visa iniciar uma nova criação. Mc 7, 31-37.
Marcos localiza Jesus na região de Tiro ( costa do atual Líbano) e quer ir para a Galileia. Faz um caminho que passa por Sídon (ainda na costa do Líbano) e pela Decálope («Dez cidades», zona da atual Síria e parte da Jordânia). Caminho que indicia a intenção do evangelista de apresentar Jesus como o missionário do Pai que visita todos os territórios pagãos e, neles, todos os homens que estão à espera de salvação.
O episódio do surdo-mudo constitui uma expressiva mensagem, valiosa para todos os tempos, mas sobretudo para os nossos, tão profundamente marcados pela surdez e incomunicação generalizadas, na era em que torrentes de informação circulam sem limites de qualquer espécie.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Faleceu Acácio Catarino - Um homem de causas


Acabo de saber que faleceu Acácio Catarino, sociólogo e consultor social, responsável pela rubrica Questões Sociais do Correio do Vouga, semanário da Diocese de Aveiro.
Recordo com natural emoção a sua ligação ao nosso jornal diocesano, desde o tempo em que  exerci as funções de diretor. Daniel Rodrigues, diretor-adjunto, acabara de chegar de Fátima, onde havia participado numa jornada ligada ao setor social, na qual interveio, com testemunho marcante, Acácio Catarino. Adiantou, então, que seria uma mais-valia para o Correio do Vouga a sua colaboração periódica. E antes que se fizesse tarde, de imediato entrámos em contacto com ele, que aceitou, com toda a naturalidade, apesar de ser uma pessoa muitíssimo ocupada.
Os seus escritos, normalmente curtos e diretos, abordavam questões de justiça social e de promoção humana, preocupações fundamentais da sua vida, repartida pela docência universitária e por cargos de responsabilidade em diversos organismos. Cáritas Portuguesa (presidente durante 17 anos), Comissão Nacional Justiça e Paz, IPSS, Misericórdias, Semanas Sociais, Promoção do Voluntariado, entre outras instituições de cariz social e caritativo,  beneficiaram dos seus saberes, experiências e capacidades na área que dominava como  poucos.
Endereçamos à família e ao Correio do Vouga os nossos sentidos pêsames, na certeza de que Deus já o acolheu no seu regaço maternal. 

Fernando Martins

Centro de Religiosidade - Um convite à nossa contemplação

Alguns aspetos da exposição 









Tempo de terra...
                            rumo de mar


Mais uma vez os nossos homens partem, mar fora, na aventura do pão de cada dia. A vida deles é sempre mais uma vez. Marinhar teimoso para sobreviver, desfraldar de velas sempre a partir, acenar de lenços, saudades que vão, saudades que ficam. E a alma da nossa terra, desta terra marinheira de céu azul e capelinhas brancas, de imagem dolorida do Senhor Jesus dos Navegantes, reparte-se por esses mares de Cristo na inquietação das horas difíceis e na esperança do regresso daqueles que partiram. E depois do regresso os nossos homens partem outra vez. A vida deles é sempre mais uma vez...

Amigos! Um homem do mar é um homem de fé. Rude, valente diante a tempestade, tem sempre fé. Aprendeu-a no regaço terno das mães, tempera-a nas batalhas árduas contra as fúrias das tempestades, fortalece-a no convívio sagrado da família, revê-a nos olhos dos seus filhos. E no mar, quando o mar é mar ou toalha mansa de prata, ele sente-se mais perto de Deus.

Amigos! Que o Senhor Jesus dos Navegantes vos dê a paz das consciências tranquilas no fim de cada dia de trabalho, vos ajude na pesca e vos traga salvamento.

Eles que partem, 1961, D. Júlio Tavares Rebimbas +, prior de Ílhavo

Nota: Tradução do texto da imagem

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Centro de Religiosidade Marítima (CRM) nasceu em Ílhavo na requalificação do espaço do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários, nas traseiras da Igreja Matriz. Trata-se de uma obra da responsabilidade da Câmara Municipal, à qual se associou a paróquia de São Salvador, que importou em cerca de 1,5 milhões de euros, acolhendo, para além daquele centro, a Confraria Gastronómica do Bacalhau, uma loja social e um auditório. O espaço museológico pode ser visitado, gratuitamente, até ao fim do ano
Limitações pessoais impediram-nos de visitar o novo museu, há mais tempo. Só agora foi possível, embora de passagem, mas voltaremos. Garantidamente. Foram muitíssimos os elogios, mas não podemos deixar de salientar que as nossas expetativas foram amplamente suplantadas, tal a beleza estética, a sensibilidade artística e a riqueza do espólio que pudemos apreciar. As obras do CRM e da requalificação do Jardim Henriqueta Maia foram concebidas pelo arquiteto ilhavense José Paradela. oferecendo à sede do concelho um espaço amplo e arejado, complementado pela arte da museologia sacra. Todo este conjunto merece ser apreciado, divulgado e usufruído.
No CRM, nem sabemos que mais destacar, tal a diversidade e riqueza das peças de vários estilos e épocas, carregadas de vivências dos marítimos ilhavenses e seus familiares, animados pela fé e suas devoções, vivenciadas estas, imensas vezes, nos mares revoltos e nas fainas piscatórias e outras a elas ligadas.
Uma exposição que merece ser visitada.

Fernando Martins

Ficar à escuta


Ficar
à escuta

À escuta
de silêncio

Adília Lopes

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Primeiro dia de Setembro



Depois de um mês de algum descanso, pelas circunstâncias e tradições, voltamos à vida ativa, com profissões e hábitos a ditarem as suas leis. Cada um voltará às suas tarefas do dia a dia, restabelecidos decerto pelas férias. Apostaremos agora, os que puderem, na inovação e no diferente, se possível, já que o ramerrão não leva a parte nenhuma. 
Os aposentados, como eu, saberão delinear novas pistas, na ânsia de descobrirem novos horizontes de esperança com alguns sonhos a ilustrarem os caminhos diários. O dia a dia de cada um não pode nem deve ser mais do mesmo.
Bom ano de trabalho para todos os meus amigos e leitores.

O nabo


A ti tudo
te foi dado
e não tratas
os outros
com doçura

És um nabado
e és um nabo
(quem te dera
seres um nabo)

Adília Lopes
em SUR LA CROIX

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Paróquia da Gafanha da Nazaré - 111 anos de vida

Igreja Matriz - Inaugurada em 14-Jan-1912

Prior Sardo
Por decreto do Bispo-Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, a nossa paróquia foi criada em 31 de Agosto de 1910, no respeito pelo decreto do Rei D. Manuel II, com data de 23 de Junho do mesmo ano. Nessa altura, com a extinção da Diocese de Aveiro no século XIX, ficámos a pertencer à Diocese de Coimbra até à restauração da diocese aveirense, em 11 de Dezembro de 1938.
Como tem sido largamente sublinhado, o grande dinamizador do processo que levou à criação da paróquia foi o padre João Ferreira Sardo, capelão da nossa terra, mas também, ao tempo, vereador da Câmara Municipal de Ílhavo, onde terá dinamizado o processo para o desmembramento da freguesia de São Salvador em duas paróquias. A nossa terra foi, portanto, elevada à categoria de paróquia, atendendo ao seu desenvolvimento, mas não só.
A aprovação da Câmara, liderada por Alberto Ferreira Pinto Basto, apoiou-se num pormenor curioso, registado em ata de 28 de Março de 1910:

“Considerando que os povos do mesmo lugar se acham separados da sede da atual freguesia por uma grande extensão de areia solta, cuja travessia se torna bastante incómoda; considerando que, sendo este concelho constituído por uma única freguesia, que hoje conta cerca de 15 mil almas, o seu pároco e regedor não conhecem grande número dos seus habitantes, o que sobremaneira embaraça o serviço público; por isso é a mesma Câmara de parecer que deve ser criada uma outra freguesia com sede no mencionado lugar da Cale da Vila d'este concelho.”

Com este parecer, considerado fundamental, D. Manuel II decreta, em 23 de Junho do mesmo ano, apenas três meses depois, a criação da freguesia, abrindo portas à fundação da paróquia, o que aconteceu em 31 de Agosto de 1910, com o decreto do Bispo de Coimbra. O seu primeiro pároco foi, obviamente, o Padre João Ferreira Sardo. 
Passados 111 anos, esta terra,  separada do “mundo” por uma grande extensão de areia solta, cuja travessia se tornava incómoda, tornou-se numa cidade respeitada e conhecida nas mais diversificadas paragens. Há gafanhões nos quatro cantos da terra e por aqui labutam gentes de diversíssimas origens.

Se é verdade que a Gafanha da Nazaré é obra de todos os gafanhões, daqui naturais e residentes que adotaram esta terra como sua, hoje é nosso dever honrar os primeiros habitantes que nela labutaram para transformar as areias soltas em terra fértil.
Não resisto a deixar um reparo para nossa reflexão. Os primitivos gafanhões, que arrotearam as dunas sob sol escaldante e ventos agrestes, não mereceram de nós qualquer símbolo que os perpetuassem como exemplo a seguir. 

Fernando Martins

O dito e o feito


"Qualquer pessoa com bom senso e uma mente perspicaz irá tomar a medida de duas coisas: o que é dito e o que é feito"

S. Heaney, escritor

Publicado em ESCRITO NA PEDRA do PÚBLICO 

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