quinta-feira, 14 de novembro de 2024

"Entre a Ria e o Mar - Costa Nova do Prado"

A exposição temporária "Entre a Ria e o Mar - Costa Nova do Prado" inaugurada a 10 de Agosto, integrada na programação do 87º aniversário da fundação do Museu Marítimo de Ílhavo, está patente até 31.12.2024.

Árvore seca para recordar

 

Quando vou ao nosso quintal, procuro sempre contemplar as árvores e plantas que ao longo dos anos plantei ou ajudei a plantar. Há por ali árvores de fruto, pinheiros e arbustos para todos os gostos. Achei graça a este ramo seco e logo o fotografei em jeito de o salvar de morte certa para ser queimado no fogão de sala em pleno inverno. Aqui fica a fotografia para mais tarde recordar.

O gafanhão humaniza a duna

Quem surriba chão de areia...



"Quem surriba chão de areia não encontra onde enterrar raízes de esperança e quem irriga duna virgem sabe que mija numa peneira! Quem lança a semente em ventre que é maninho não pode ter esperanças de fecundação. E, por isso, o Gafanhão, antes de cultivar a lomba, teve de corrigir-lhe a esterilidade servindo-se da Ria que lhe passa à ilharga, procurando nela a nata que amamentou a semente que deixou cair, amorosamente, naquele chão danado. E humanizou a duna."

Frederico  de Moura 

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Nova Agrovouga - 15 a 24 de Novembro

 Este ano, a Nova Agrovouga, certame dedicado ao mundo rural promovido pela Câmara Municipal de Aveiro, decorre de 15 a 24 de novembro, no Parque de Feiras e Exposições. A autarquia aveirense sublinha que a “Nova AGROVOUGA tem como finalidade a interação entre agricultores, vitivinicultores, empresas das fileiras agropecuárias, chefes cozinheiros e gastrónomos, para mostrar novas tendências no domínio da inovação, tecnologias amigas do ambiente, energias renováveis, gestão da floresta, produtos locais, novas formas de consumo ou produtos biológicos e sustentáveis”, e que “no ano em que Aveiro é Capital Portuguesa da Cultura, o programa contará ainda com vários espetáculos”. O certame é aberto ao público em geral e de entrada gratuita.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Gafos e a Gafanha

Crónica de João Pires Simões

Etimologicamente e segundo certas opiniões, a palavra Gafanha deriva de Gafos (leprosos). Voltando ainda à Gafanha, o seu povoamento começou no ano de 1667. Embora não se saiba de cultivadores antes de 1667, as suas terras já produziam pão, o que nos indica ter havido povoamento antes desta data. Que esse povoamento foi feito por povos vindo de Vagos. Povos de outras freguesias só mais tarde e lentamente contribuíram para o seu povoamento de este areal extenso. Informação retirada do livro «Gafanha da Nazaré, da autoria do professor Fernando Martins». Em tempos idos, quando Aveiro tinha uma muralha, do alto da mesma atiravam pão aos pobres.

Bispo de Aveiro: Primeiro é necessário dar o pão

A primeira ação da Igreja é assistencial, porque por vezes é necessário dar o pão a quem passa fome, antes de tudo. A segunda é educativa e promocional. Consiste em formar as pessoas para que sejam autónomas e possam ter os seus próprios meios de subsistência. É principalmente neste ponto que atuam a família e a escola – educando. Infelizmente, hoje, nem sempre chega ter um trabalho, porque, como salientou D. António Moiteiro, há muitos trabalhadores pobres, o que leva ao terceiro âmbito de atuação: a criação de uma sociedade menos desigual. Nesta terceira dimensão, atua a política, com a missão de transformar a sociedade para que haja oportunidades para todos e de criar “redes” para que não se caia na pobreza.

In Correio do Vouga

Santos em Porcelana da Vista Alegre


“Santos em Porcelana da Vista Alegre”, de Carlos Manuel Teles Paião, está novamente em exposição no Centro de Religiosidade Marítima.
Esta coleção de imagens devocionais, foi doada ao Município de Ílhavo em julho de 2021, aquando da inauguração do Centro de Religiosidade Marítima, e apresenta-se como uma das mais significativas coleções desta temática, produzidas pela Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre.

Nota: Informação que me chegou

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

O verde domina o ambiente

 
A Natureza sempre me fascinou. Nunca me cansei de a contemplar. Num simples vaso, o verde domina o ambiente.

Magnificat


A minha alma glorifica ao Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência
para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre.
Ámen.

Um hino à vida!


A felicidade tem imensas formas de se expressar. E quanto mais espontânea mais bela é!

Portugal tem 2,1 milhões de pobres

Os pobres em Portugal estão mais pobres, segundo uma análise da Pordata, que destaca uma subida da taxa de risco de pobreza pela primeira vez em sete anos, ao passar de 16,4% em 2021 para 17% em 2022.
Foi no grupo de crianças e jovens que a taxa de risco de pobreza mais se agravou, bem como nas famílias com crianças dependentes, refere a Pordata, em comunicado, sublinhando “o maior aumento da taxa de intensidade de pobreza da última década”.
“Olhando para a intensidade de pobreza, verifica-se o maior aumento desde 2012, de 3,9 pontos percentuais, situando-se nos 25,6% em 2022 (21,7% em 2021)”, observaram os técnicos da base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A taxa de intensidade de pobreza mede a distância do rendimento mediano da população em risco de pobreza, face ao valor do limiar da pobreza, ou seja, a profundidade da pobreza.
“Em Portugal, metade dos pobres tinham, em 2022, um rendimento monetário disponível 25,6% abaixo da linha de pobreza e esta profundidade aumentou face a 2021”, lê-se no documento divulgado pela Pordata, no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Um em cada 10 trabalhadores é pobre, o que deve ser encarado como “um fator de preocupação”.

Dia Nacional do Mar - 16 de Novembro


O Dia Nacional do Mar (16 de novembro) vai ter programação condigna no Museu Marítimo de Ílhavo, que preparou uma celebração especial para os dias 15, 16 e 17 de novembro, em torno da cultura marítima e da sustentabilidade dos oceanos. A programação inicia-se no dia 15 de novembro, com as Jornadas do Mar, oficinas dirigidas à educação pré-escolar do Município de Ílhavo, com duas sessões (manhã e tarde).

O Homem: questão para si mesmo. 14

A morte e o intolerável


Conta-se que um dia um padre entrou na igreja e viu Deus a rezar. Terrivelmente perplexo, perguntava a si mesmo a quem é que Deus poderia rezar. Aproximou-se, e constatou, com espanto, que, Deus rezava ao homem: “Homem, se existes, mostra-te, aparece!” Mas Deus, o criador, devia saber que o homem existe - como é que perguntava por ele?! De qualquer modo, daí para diante, o padre anunciava por toda a parte que Deus existe: ele próprio tinha-o visto a rezar ao homem, a perguntar por ele...
Nesta história - ingénua? -, está presente aquela urgência em que consiste a questão de Deus, que Eduardo Lourenço traduziu assim: “Deus? O problema é saber se nós existimos para Deus.”
Afinal, porque é que perguntaríamos por Deus, se ele não estivesse presente em nós? Como é que o procuraríamos, se, como explicitaram concretamente Santo Agostinho e Pascal, o não tivéssemos já encontrado?
Deus está presente, pelo menos como questão aberta, essencialmente na pergunta irrecusável pelo sentido último. A existência humana é uma caminhada de sentido em sentido: tem sentido crescer e aumentar os conhecimentos, tem sentido casar, formar família, ter filhos, educá-los, procurar uma realização profissional, tem sentido bater-se pela Justiça, festejar, fazer investigação para aprofundar a compreensão do mundo e transformá-lo, sacrificar-se pela edificação de uma sociedade mais justa e feliz... Mas se, no fim, pela morte, tudo desembocasse no nada, então, em última análise, tudo apareceria sem sentido, precisamente porque a vida é essa caminhada de sentido em sentido, à procura do Sentido último, e, no final, era o nada. Precisamente esse nada é intolerável.

sábado, 9 de novembro de 2024

História In(de)terminável

Crónica Miguel Oliveira Panão     

No mundo experimentamos coisas determinadas e indeterminadas. Aliás, os sistemas complexos associados à evolução do mundo expressam, precisamente, como a organização e os padrões emergentes do caos nascem de um equilíbrio na realidade entre o que é determinado e indeterminado. Não pode haver organização sem um misto de ordem e acaso. Porém, o modo como penso Deus e a realidade está muito influenciado por uma ideia do teólogo Wolfhart Pannenberg: Deus como Realidade-que-tudo-determina. Será?
Se acredito num mundo criado por Deus, também as coisas indeterminadas fazem parte dessa criação. A indeterminação pode não ser um subproduto do um universo finito e limitado, mas algo que faz parte da sua essência. A indeterminação oferece uma vasta gama de possibilidades que justificam a liberdade intrínseca ao tecido cósmico. Por isso, se a indeterminação faz parte da marca deixada por Deus na Sua criação, talvez afirmar Deus como Realidade-que-tudo-determina seja uma visão ainda incompleta.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

RECORDAÇÕES: São Pedro de Moel

 

Em maré de recordar, voltei hoje a São de Moel de gratas emoções. Depois de visitar a casa-museu de Afonso Lopes Vieira, donde se contemplava o mar, registei algumas fotografias para mais tarde recordar momentos tão gratificantes.

Tolentino Mendonça - A VIDA EM NÓS - Aforismos



"A vida é o que permanece,
apesar de tudo: a vida embaciada,
minúscula, imprecisa e preciosa
como nenhuma outra coisa.
O tesouro é a vida em si:
o real do viver, a existência não
como trégua, mas como pacto,
conhecido e aceite na sua fascinante
e dolorosa totalidade."

Nota: Antes do texto, como desafio a leitura do mais recente livro de Tolentino Mendonça: A VIDA EM NÓS

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Notas do meu Diário - Olhar a vida pela positiva


O cansaço que por vezes me domina, ao que julgo pelo peso dos anos, precisa de ser animado, mas para isso tenho de vencer um certo sentido de indiferença perante a vida em que estou inserido. Preciso muito de olhar para os que me rodeiam pela positiva. E tenho de me fixar no mundo vivo que respiro, esteja onde estiver. Não é verdade que os meios de comunicação nos alertam, constantemente, para o que se passa no planeta?
...
As eleições nos Estados Unidos da América foram badaladas por todo o planeta. E não torcemos, cada um a seu jeito, pelos candidatos? 
Donald Trump ganhou. Todos desejamos que o novo presidente dos EUA saiba olhar para o universo ajudando os países mais frágeis na construção de autênticas democracias abertas ao progresso social e à paz.

Uma flor para começar o dia


Uma flor do meu jardim para começar o dia. O mundo sem a beleza que nos rodeia não tem graça nenhuma. E não há tanta gente indiferente a tudo o que tem à frende dos olhos?

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

"A Vida em Nós" de José Tolentino Mendonça

A obra «A Vida em Nós», da autoria do cardeal José Tolentino Mendonça, chega às livrarias amanhã, 7 de novembro. Editado pela Quetzal, «A Vida em Nós» revisita os livros do autor através de fragmentos que falam da presença de Deus, da Sua busca, mas também da solidão e da necessidade de outros, das leituras que não se esquecem, da experiência da fé e da dúvida, da fragilidade, da renovação dos laços familiares – e até de Camões, «que nos deixou em herança a poesia», lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
Talvez amanhã já o possa adquirir.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Dia Mundial do Cinema

Celebra-se, neste dia, 5 de novembro, o Dia Mundial do Cinema. O cinema, também conhecido por Sétima Arte, está presente em todos os nossos dias, tal a sua importância no panorama mundial da cultura. E quem há entre os meus leitores que fique indiferente  a um bom filme dos mais variados temas?
Vejo filmes desde a minha adolescência  e jamais deixarei de os apreciar, tal o prazer que sinto com uma boa história.



Ruas da Gafanha da Nazaré - Rua de Diu

 Depois de passarmos pelas ruas que homenageiam Goa, em Aveiro, e Damão, na Gafanha da Nazaré, vamos hoje até à Rua de Diu, também na Gafanha da Nazaré, que recorda outra antiga possessão portuguesa na Índia, e que formavam a trilogia Goa, Damão e Diu, territórios que desde o início da década de 1960 foram ocupados pela Índia.

Cardoso Ferreira

No Correio do Vouga

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Partilha a Vida que há em ti


 

Efeméride - José Estêvão Coelho de Magalhães

 1863 - 4 de Novembro

Realizaram-se em Eixo, terra da naturalidade de seu pai, cerimónias fúnebres por alma de José Estêvão Coelho de Magalhães, fazendo o panegírico o Padre Manuel Rodrigues Branco (Marques Gomes, José José Estêvão, 1889, págs. 173-174, onde o autor aponta erradamente, o ano de 1862) - J.

domingo, 3 de novembro de 2024

O Homem: questão para si mesmo

Nos cemitérios, o que há?


Apesar de a morte hoje se ter tornado tabu, muitos nestes dias passaram pelos cemitérios. E a pergunta é: que foram lá fazer? Quando alguém está concentrado num cemitério perante a campa de um familiar, de um amigo, está a olhar para onde? E o que é que vê realmente?
Há talvez algumas imagens entrecortadas que lhe passam de modo fugaz pela mente. Mas, quando olha, verdadeiramente absorto, embora talvez com os olhos muito abertos para ver, o que realmente lhe aparece é simplesmente e só um abismo sem fundo e sem fim, um vazio ilimitadamente aberto
Apesar de a morte hoje se ter tornado tabu, muitos nestes dias passaram pelos cemitérios. E a pergunta é: que foram lá fazer? Quando alguém está concentrado num cemitério perante a campa de um familiar, de um amigo, está a olhar para onde? E o que é que vê realmente?
Há talvez algumas imagens entrecortadas que lhe passam de modo fugaz pela mente. Mas, quando olha, verdadeiramente absorto, embora talvez com os olhos muito abertos para ver, o que realmente lhe aparece é simplesmente e só um abismo sem fundo e sem fim, um vazio ilimitadamente aberto...

Matriz da minha terra

 

Para começar o dia, nada melhor do que uma fotografia que nos convida à contemplação. Bom domingo para todos.

sábado, 2 de novembro de 2024

Figueira da Foz da Preguiça


1 de Novembro - Festa de Todos-os-Santos



Celebrou-se hoje, 1 de Novembro, a festa de Todos-os-Santos e Mártires. Todos os que viveram neste mundo como nós. Não é por acaso que os cemitérios se enchem de gente das mais diversas idades e condições sociais, com flores. E junto das campas todos evocam os seus familiares com saudades e emoção.
É curioso que a Igreja Católica celebra, entre nós, o Dia de Todos-os Santos no dia 1 de Novembro e o Dia dos Fiéis Defuntos no dia 2 de Novembro.
Hoje foi um dia especial de evocações. Tantos familiares e amigos com quem “conversei”, ri e folguei. Tantos mestres com quem aprendi e muitos outros com quem partilhei saberes. E como crente e católico não faltaram as orações pelo seu aconchego no coração maternal de Deus.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Topónimos do Município de Ílhavo


Mais uma curiosidade para os visitantes do meu blogue. Se faltar algum topónimo, podem acrescentar.

Chá com amigos


Chá com amigos: Padre António Maria Borges, Daniel Rodrigues e Padre Miguel Lencastre. O tema, entre outros, era a preparação de umas reportagens sobre a Gafanha da Nazaré. Dois (Daniel Rodrigues e Padre Miguel) já estão no coração de Deus. Eu e o Padre António ainda andamos por cá. Só Deus saberá quando será a nossa partida.
As fotografias servem para isto. Hoje vou lembrá-los por aqui. Se me virem calado, não estranhem: Estou à conversa com os três à volta de um chá quentinho e saboroso.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Gafanha da Nazaré - Rua de Damão

Depois de termos referido a toponímia que homenageia Goa, numa rua da zona da Forca, na cidade de Aveiro, hoje vamos até à vizinha cidade da Gafanha da Nazaré, para irmos ao encontro da rua que homenageia Damão que, juntamente com Goa e Diu, formava a trilogia das possessões coloniais que Portugal manteve na Índia até dezembro de 1961.

C.F.

Gafanha da Nazaré - cidade que vale a pena visitar


 Nota: De um desdobrável  que estava e está cá por casa.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Vitórias e Derrotas

"O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas."

José Saramago

Educar não é entreter, mas fazer caminho

O professor Luis Silva realça que a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) permite aos alunos “percorrer caminhos e não apenas sobrevoar a realidade”.
“Educar não é entreter, mas fazer caminho. Não como quem sobrevoa, mas como quem se constrói em cada experiência e ajuda os mais novos a ser peregrinos em vez de adotar a postura de turista”, disse este professor de EMRC no encontro de responsáveis diocesanos.
Na teleconferência «Educadores como autênticos peregrinos da esperança – O peregrino, o alforge, o cajado e a meta», o docente de Albergaria-a-Velha sustentou que a disciplina deve ter presente “a sua identidade” para não cair na irrelevância num contexto multicultural.
“Durante muitos anos pensámos que o nosso ‘interlocutor’ de futuro seria o ateísmo. Hoje, ao contrário do que apontavam os próprios estudos, vemos que o interlocutor são hoje as diversidades religiosas e é isso que temos na escola hoje”, afirmou.

Seca do Bacalhau


 Ainda há, julgo eu, muita gente que conheceu Secas onde o Bacalhau era curado ao sol e vento. A mão-de-obra era de mulheres.

O Albino Ribau com o seu sorriso e habilidade

 

O Albino Ribau é um antigo aluno com muita habilidade para trabalhos manuais, mas não só. No final de almoços veio com o seu sorriso silencioso oferecer-me lembranças especiais. A sua presença, tal como a dos restantes alunos, faz-me reviver, com emoção, tempos idos que se tornam presentes. E aqui fica a arte do Albino, com lugar certo nos meus espaços.

domingo, 27 de outubro de 2024

Paisagens Lagunares


 A Ria vista da Gafanha da Nazaré, mas não só, justifica visitas frequentes à nossa região.

O Homem: questão para si mesmo. 12

Donde vem o “eu”


É soberanamente estranho e enigmático o significado de dizer “eu”. Só cada um, cada uma, o pode dizer de si mesmo, de si mesma, com sentido único e irrepetível. Ninguém pode dizer “eu” na vez de outro. Precisamente por isso, ninguém sabe o que é exactamente ser outro, outro eu, ninguém pode viver-se plenamente a partir de dentro de outro, ninguém pode conceber o mundo visto pelo outro, por outro eu. O outro - outro eu, mas sobretudo e sempre um eu outro - é irredutível.
É absolutamente fascinante perguntar-se a si próprio: como será o mundo a partir dali, daquele olhar, daquele olhar do outro - olhar não apenas externo, mas interior? Como é que ele, ela, me vê? O que se passará nele, nela, dentro dele, dela, quando me vê, quando me observa, quando pensa em mim, quando diz que me ama? Se nos fosse possível ir lá dentro!... O que é que aconteceu para que o bebé, que começa por parecer um “embrulhinho” (perdoe-se a expressão terna), inicie um processo de dizer-se, que vai do neutro - o menino, a menina, o Kico, a Rita... - até ao soberano eu, donde tudo parece partir para tudo dominar?
Mas não é apenas o eu do outro que é enigmático. O meu próprio eu é enigma para mim. Quando tentamos ver-nos a nós próprios à distância, em miúdos, quando andávamos na escola, por exemplo, ao dar connosco, sabemos que somos nós, mas ao mesmo tempo vemo-nos de fora: somos os mesmos, mas de outro modo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Movimento Laudato Si no Centro Jean Gailhac - Costa Nova

Centro Jean Gailhac - Costa Nova do Prado

O movimento ‘Laudato Si’ organiza, este sábado, no Centro Jean Gailhac, Diocese de Aveiro o seu encontro nacional.
Este encontro insere-se na caminhada sinodal do Movimento, ao nível mundial, rumo ao Jubileu de 2025, quando irá comemorar o décimo aniversário da sua fundação e da encíclica Laudato Si, bem como os 800 anos do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
A parte da manhã é aberta a todos os interessados e terá como mote “mobilizar a comunidade católica para cuidar da casa comum”, contando com a presença do bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, e da diretora executiva do movimento, Susana Réfega.
Haverá ainda lugar para workshops dinamizados por animadores ‘Laudato Si’ em torno dos eixos estratégicos da “Espiritualidade e Conversão Ecológica”, “Estilos de Vida e Sustentabilidade Plena” e “Mobilização Profética da Igreja”.
À tarde decorre a primeira reunião presencial dos membros do Movimento ‘Laudato Si’ em Portugal, com o objetivo de discernir sobre como viver mais plenamente a sua missão, destinando-se as conclusões deste processo a ser consideradas nos fóruns globais de governação do movimento, como a assembleia geral.

LFS

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Avisos nas missas



Os avisos lidos nas missas eram retratos vivos da nossa meninice.


Nota: Do livro "GAFANHA - N ª S ª da Nazaré" de Manuel Olívio da Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O que é um «moliceiro»?



"Variam as suas dimensões conforme as zonas de navegação. Um moliceiro mede em média, 15 metros de comprimento, com 7,50 metros entre as cavernas de água. Para facilitar a apanha e o carregamento do moliço, apresenta costados muito baixos medindo de boca 2,50 metros e de pontal cerca de 1 metro. O fundo é plano e de pequeno calado adaptável à pouca profundidade existente em alguns pontos da Ria, este facto permite-lhe navegar por onde os barcos de quilha não passariam. Além disso, facilita a arrumação do moliço e os trabalhos de descarga."

Nota: 
1- Texto de Portos de Portugal;
2 - Painel de uma habitação na Gafanha da Nazaré.

Farol com estacas

 

Proteção do Farol com estacas e tabuado de eucalipto - 1947

sábado, 19 de outubro de 2024

O Homem: questão para si mesmo. 11

Máquinas com consciência?

O que diz alguém, quando diz “eu”? Afirma-se a si mesmo como sujeito, autor das suas acções conscientes, centro pessoal responsável por elas, alguém referido a si mesmo, na abertura e em contraposição a tudo.
Mas há observações perturbadoras. Por exemplo, pode acontecer que alguém adulto, ao olhar para si em miúdo, se veja de fora, apontando como que para um outro: aquele era eu, sou eu?
Há filósofos que se referem à ilusão do eu. Certas interpretações do budismo caminham nesta direcção. No quadro da impermanência e da interdependência de todas as coisas, fala-se da inexistência do eu, do não-eu. Matthieu Ricard, investigador em genética celular e monge budista, deu-me, há anos, num congresso no Porto, um exemplo: veja ali o Rio Douro. O que é o Rio Douro? Onde está o Rio Douro? Ele não existe como substância, pois não há senão uma corrente de água. Está a ver a consciência? O que é ela senão um fluxo permanente de pensamentos fugazes, de vivências? O eu não passa de um nome para designar um continuum, como nomeamos um rio.
Mas há a experiência vivida e inexpugnável do eu, ainda que numa identidade em transformação, que continuamente se faz, desfaz e refaz. O que se passa é que, não se tratando de uma realidade coisista, é inobjectivável e inapreensível.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O descanso da gaivota

 

Juro que não assustei a gaivota. Percebi que ela necessitava de descansar. Não disse nada, mas no seu olhar senti que ela gostou de ser fotografada. Daquele lugar, a gaivota contemplou a agitação que havia na Costa Nova. Ainda lhe segredei que naquela praia  há gente muito boa e peixe fresco de se lhe tirar o chapéu.

Um poema de Eugénio de Andrade



O mar. O mar novamente à minha porta.
Vi-o pela primeira vez nos olhos
de minha mãe, onda após onda,
perfeito e calmo, depois,

contras as falésias, já sem bridas.
Com ele nos braços, quanta,
quanta noite dormira,
ou ficara acordado ouvindo

seu coração de vidro bater no escuro,
até a estrela do pastor
atravessar a noite talhada a pique
sobre o meu peito.

Este mar, que de tão longe me chama.
que levou na ressaca, além dos meus navios?

Eugénio de Andrade

In POESIA, edição Assírio & Alvim

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Dia Mundial do Pão


O Dia Mundial do Pão celebra-se hoje, 16 de outubro, razão mais do que suficiente para escrever sobre ele. Esta data foi instituída pela União Internacional dos padeiros e afins no ano 2000. O pão é, sem dúvida, o alimento mais popular do mundo e pode acompanhar todas as refeições. E sobre as variedades podemos adiantar que são infinitas. Há pão para todos os gostos e para todas as horas. Havendo pão, não há fome. E, já agora, vou merendar. Pão com qualquer coisa , como é normal.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

FAROL DE AVEIRO - Começou a funcionar a 15 de Outubro de 1893


O farol de Aveiro ou farol da Barra é o maior farol de Portugal. Fica localizado na praia da Barra, cidade da Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, distrito de Aveiro. Foi, à data da sua construção, o sexto maior do mundo em alvenaria de pedra, continuando a ser actualmente o segundo maior da Península Ibérica, estando incluído nos 26 maiores do mundo. É uma torre troncónica com faixas brancas e vermelhas e edifícios anexos. A escadaria é composta por 271 degraus em pedra e em forma de caracol. Custou ao Estado Português a quantia de 51 contos (€ 255,00).

NOTA: Informação de Portos de Portugal.

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