domingo, 7 de janeiro de 2024

Flor estilizada para este domingo


O Google, atento e cooperante, estilizou uma foto registada por mim, o que agradeço. Como não sou nem quero ser egoísta, resolvi partilhá-la com os meus amigos, com votos de bom domingo.

De 2023 para 2024: tensões e esperança

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Havia regiões nas quais, na noite de passagem de ano, tudo o que é velho - roupas, pratos, mobília - ia pela janela fora para a rua. E também é sabido que nessa noite há licenças ao nível do álcool e outras que normalmente não são admitidas. É um pouco como se, retomando, agora de modo secularizado, os mitos cosmogónicos, se instalasse o caos primitivo, para em seguida, como fizeram os deuses in illo tempore, ser reposta a ordem do cosmos.
Perante um ano novo que está aí à nossa frente, os sentimentos misturam-se: perplexidades, entusiasmo, dúvidas, expectativas, temores, esperança... Que é que nos reserva o novo ano: para mim, para a minha família, para os meus amigos, para o país, para a Europa, para o mundo? Será melhor, será pior que o ano que passou? Querendo ir mais fundo, até somos tentados a pensar que é igual, que tudo se repete: morre um ano, surge outro ano, na roda eterna do mesmo... Mas não é assim. Nunca houve na história de cada um de nós, na História do país, na História da Europa, na História da Humanidade, na História do mundo, com uns 14 mil milhões de anos, um ano como este, o de 2024, que acaba de surgir. Ele está aí, novo, pela primeira vez, como criança acabada de nascer. E, exactamente como a criança, está aí com confiança.

sábado, 6 de janeiro de 2024

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

OUTROS TEMPOS — 1926

Foto de Marques Abreu


Outros tempos.— 1926. Descalça como era hábito naquele tempo. O texto poético dá outra cor ao quadro. Publicado na revista ILUSTRAÇÃO MODERNA.

A poesia de Ana Luísa Amaral



Ana Luísa Amaral, a poeta que faleceu em 5 de agosto de 2022, deixou uma obra que vale a pena ser lida e relida. Infelizmente, não voltará a partilhar novos poemas, mas os que deixou, compilados em livro de mais de mil páginas, merece estar sempre à mão para leituras e releituras.
Quem gosta de poesia tem mesmo de ter por perto o seu livro “O olhar diagonal das coisas”, editado pela Assírio & Alvim.
Não sendo crítico literário, nem para lá caminho, nunca poderia fazer apreciações eruditas. Apenas digo que, se puderem, leiam Ana Luísa Amaral.
Aqui partilho um poema do seu livro.

Eu? ela perguntou

Mas diz-me como
se trago sobre mim
pano de linho
tingido de mil céus?

Se continuo a amar
o meu olhar ao espelho
nele passeio os olhos
como em longo deserto
vagueia o peregrino?

Mas sobretudo
se não ecoa em mim
o nome que me dás

nem o meu sim
ressoa
em nitidez de sino?

Extraordinário apelo à paz

 


O apelo à paz chega ainda da igreja de Nossa Senhora da Ajuda, a matriz da Paróquia de Peniche (Patriarcado de Lisboa), que construiu um presépio onde Jesus está sozinho, no meio de escombros, numa evocação à guerra na Terra Santa, com “um significado muito especial, muito único”.

“É mais forte, arrepia-nos, acaba por ser quase aterrador ver assim uma criança completamente desamparada, sozinha, sem ninguém, sem uma mãe, sem um pai, sem uma mão, é terrível. Assim a mensagem passou mais forte”, explicou Francisco Gonçalves Domingos, à Agência ECCLESIA.

Recantos da minha terra


Tenho como um dos meus maiores prazeres divulgar as belezas da minha terra, a Gafanha da Nazaré. Há muito que o faço, mas tenciono intensificar esse prazer. Quando era miúdo assisti, por vezes, a conversas que depreciavam as Gafanhas e suas gentes. E isso terá contribuído para que, pessoalmente,  me envolvesse na divulgação deste recanto beijado pela Ria e pelo Mar, através da comunicação social. Sinto  que, desde há muito, as Gafanhas passaram a ocupar, dignamente, um lugar cimeiro no panorama regional e até nacional.