segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

AIDA VIEGAS - Hoje o dia é meu

Aida Viegas












Hoje o dia é meu
Foi Deus quem mo deu
Vou viver feliz.
Terei amanhã?
Quem é que mo diz?
Eu não vou deixar
A vida passar
O tempo escapar
Sem saborear
Preciosa dádiva
Que é pra mim a vida.

Esta hora é minha
Vou aproveitá-la:
A olhar o belo,
A sorver a paz,
Gozar a saúde,
A quebrar a raiva
E esquecer o medo.
Minimizo a dor
Afasto a ansiedade
Afogo a tristeza.
Vou resolver tudo
Com este segredo:
Vou beber amor
Só felicidade;
Sirvo à minha mesa
Sempre acompanhada,
De calma alegria,
E, à sobremesa
Comerei magia.
Hoje o tempo é meu.
Foi Deus quem mo deu.
Que belo este dia!...

Aida Viegas

NOTA: Este poema de Aida Viegas faz parte de um comentário que a minha boa amiga, poeta que conheço e leio há bons anos, me remeteu. Publico-o com muito gosto, com votos das maiores venturas, sempre com poesia.

domingo, 31 de dezembro de 2023

ÚLTIMO DIA DE 2023


Pessoalmente, reconheço que 2023 foi um ano cheio. É sempre cheio quando temos saúde, paz e amor. Não me posso queixar. Como não sou, de certo modo, ambicioso, só tenho que agradecer a Deus, à família e aos amigos o dom da vida que me ajudaram a manter. Fiz coisas boas e outras menos boas. Andei ao sabor da maré, com os olhos postos no meu futuro e no futuro dos que me cercam, em especial a Lita, os meus filhos, netos e bisneta. Terei falhado algumas vezes, mas errar é próprio dos humanos.
Aqui chegados, resta-me felicitar todos os amigos e mesmo os que o não são, cultivando o espírito de um futuro melhor para todos.
Que em 2024, terminem as guerras, as fomes e os sofrimentos de toda a ordem. Está nas nossas mãos contribuir para um mundo muito melhor.

Fernando e Lita

sábado, 30 de dezembro de 2023

Obra da Providência


Dona Rosa Bela e Dona Maria da Luz

Neste mês, em que se assinala o primeiro aniversário do Fórum Municipal da Maior Idade e em que apresentamos aos nossos leitores uma Agenda renovada, dedicamos esta nova rubrica da Agenda de Eventos “Viver Em...”, “Associações”, à Obra da Providência, a mais antiga entidade parceira do Fórum.
A Obra da Providência, Instituição Particular de Solidariedade Social, nasceu espontaneamente em 1953, na Gafanha da Nazaré, graças ao empenhamento de duas mulheres, a D. Maria da Luz e a D. Belinha, que dedicavam grande parte do seu tempo a ajudar os mais desfavorecidos.
O objetivo era o de dar apoio a jovens vítimas de rejeitação familiar e violência doméstica, da prostituição e de outras situações sociais problemáticas, sendo um grande número de mães adolescentes. Denominada na altura de Lar da Providência, as fundadoras procuraram desde o início que a marca caraterística desta casa fosse o ambiente de acolhimento e de liberdade. Procuraram também manter um grupo pequeno para assegurar um ambiente familiar.

Fonte: CMI

Nota: Publicado em 30 de dezembro de 2013.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

AVEIRO : Trânsito caótico

Não se assustem com o texto. A cidade é sempre bonita e acolhedora


Há uns 80 anos, a vida era muitíssimo mais calma. Vivíamos à volta de casa e pelas ruas circulavam poucos carros e camionetas. De motorizadas pouco havia para dizer. O povo andava mais a pé e de bicicleta.
Na juventude, doente acamado, só me podia levantar em dias de sol, sem vento e chuva. E olhando para a Rua que ligava a nossa terra às Gafanhas da Encarnação e Carmo, de manhã e à tardinha, as mulheres e raparigas das secas, deslocavam-se a pé. Depois, com o passar do tempo, começaram a aparecer as bicicletas e…motorizadas. Hoje, é o trânsito que todos conhecemos. Como o tempo evolui!
Fomos ontem a Aveiro e senti no corpo e na alma o movimento extraordinário de automóveis de todas as marcas e feitios. Filas intermináveis, parques de estacionamento a abarrotar.
A Lita ao volante deu voltas e voltas para sair da cidade. Será que só poderemos  passear pela cidade dos canais  já no próximo ano?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

ASCÊNCIO DE FREITAS - Guisadinho à gafanhoa

Recordando um escritor gafanhão


«O capitão Armando Vieira, do mesmo modo familiar com que o tinha recebido pela primeira vez logo após a chegada, fez entrar o amigo da juventude pela porta da cozinha, com as manifestações de alegria de quem acolhia em sua casa alguém que tivesse acabado de regressar, ileso, de uma batalha perdida
e a cozinha estava inundada de um odor forte, saído de algo que estava a cozinhar, que fez recordar ao tio Florêncio a caldeirada de bacalhau
não obstante ele pensou que não poderia adivinhar de forma tão simples e imediata que seria esse “o jantar gafanhão” que lhe tinha sido prometido, pois a caldeirada não poderia nunca ser considerada um prato gafanhão, nem tão-pouco apenas português
— Estás a lembrar-te de alguma coisa conhecida neste cheirinho que está aqui na cozinha, não estás, sócio?
mas eu aposto singelo contra dobrado em como não adivinhas o que a Adélia tem ali a cozinhar
— Guiado pelo cheiro, eu apostaria que se trata de caldeirada de bacalhau
mas ao mesmo tempo qualquer coisa me diz que perderia a aposta, porque este aroma que anda no ar não é exactamente igual ao da caldeirada
perderia… seguramente

VOTOS DE BOAS FESTAS


Direta ou indiretamente, pessoalmente e por mensagens, foram muitas as  que recebemos com votos de Boas Festas, na quadra natalícia. Na impossibilidade de a todos agradecer e retribuir os gestos de amizade e simpatia, queremos  fazê-lo agora, por esta forma, na esperança de não esquecermos ninguém. E já agora, que o próximo ano nos abra as portas da paz e da fraternidade.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Ontem foi Dia de Natal


Ontem foi dia de Natal. Em nossa casa, alguns se juntaram à volta da mesa e depois conversámos mais descontraídos ao sabor da maré.

Estávamos tranquilos e recebemos alguns familiares. Fomos premiados com os descendentes que iniciaram há pouco as suas aventuras neste nosso mundo tão minado por guerras que julgávamos em sono profundo. Dormiam apenas em jeito de descanso, ao que parece para ganhar forças. E as guerras, cada vez mais mortíferas, continuam nos mais  variados quadrantes. E Deus não podia intervir, fazendo o milagre de acalmar os guerreiros? Se o fizesse, deixaríamos de ser livres e autónomos, para nos tornarmos escravos.

Deus dá os conselhos, direta ou indiretamente, mas não força ninguém a segui-los. E aqui está um desafio extraordinário para cada um de nós. O que gostaria Deus que eu fizesse para contribuir para a paz nas famílias e no mundo?


Fernando Martins