quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um livro de Manuel António Pina



“Coisas que não há: Sobre a escrita 
de Manuel António Pina”

Li num fôlego “Coisas que não há: Sobre a escrita de Manuel António Pina”. Um livro pequeno com apenas 72 páginas, mas que dá ao leitor momentos de prazer, sobretudo se gostar do escritor que, se fosse vivo, teria completado, em 2013, 40 anos de vida literária, como se lê na Nota Introdutória. Organizado por Sara Reis da Silva e João Manuel Ribeiro, o livro reflete um Simpósio que decorreu no Instituto de Educação da Universidade do Minho, em 29 de Maio de 2013, de homenagem ao poeta de O Pássaro da Cabeça. Para além disso, o leitor ainda tem acesso a uma entrevista que Manuel António Pina concedeu a Blanca-Ana Roig Rechou e Sara Reis da Silva.

Algumas ideias:

Famílias tradicionais da Gafanha



Assento de óbito de António Ferreira
Fonte: A.D.A., S.Tiago de Vagos, Óbitos, Lv. nº 16, Fl .nº 11-verso.
Foto obtida sob autorização do A.D.A.


CURIOSIDADES À VOLTA DE ALGUNS NOMES
 DE FAMILIA TRADICIONAIS DA GAFANHA

Orquídea Ribau

Como em qualquer outro universo comunitário, alguns nomes de familia, ainda hoje utilizados na Gafanha, têm uma origem muito particular e um pouco à revelia das diferentes“normas” aplicadas ao longo do período compreendido entre a fixação dos primeiros habitantes, no final do séc. XVII, e o final do séc. XIX. Esses nomes adoptados adquiriram tal importância dentro da comunidade que fizeram mesmo desaparecer um ou mais apelidos familiares oficiais. Eis alguns exemplos:

SARDO – Surgiu como alcunha. António Ferreira, assim se chamava o visado, obteve o nome por ser de “cor sardo e cabelo avermelhado”, de acordo com o assento de óbito. Pertencia à família Ferreira, uma das primeiras a fixar-se definitivamente nas areias da “Gafenha” no virar do séc. XVII para o seguinte. Viveu durante a segunda metade do séc. XVIII, e deixou de herança o apelido da familia e a alcunha aos seus descendentes – FERREIRA SARDO. Nas ocasiões em que tinham que mencionar oficialmente a sua filiação, tais como baptismos ou casamentos, os seus filhos identificavam-no como António Ferreira Sardo.
No séc. XIX fixou-se na Gafanha um indivíduo da Murtosa, Mateus Fernandes Sardo, sem ligação aparente à família da Gafanha. Aqui deixou descendentes com esse apelido, que deverá ter uma origem diferente.
O referido António Ferreira Sardo teve um sobrinho, filho de seu irmão mais velho Joaquim Ferreira, de seu nome José Ferreira, a quem, ainda não descobri porquê, apelidaram de “fidalgo”, alcunha que também vingou e se transmitiu como apelido até aos nossos dias - José FERREIRA FIDALGO.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Areia na Praia da Barra


Praia da Barra (Foto FM)

Na sequências da visita do ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, à Praia da Barra, para se inteirar dos estragos causados pelo temporal, a Câmara de Ílhavo informa que ficou desde já prometido que, «até ao início do próximo verão, se procederá ao enchimento de areia na praia afetada, numa intervenção com o valor estimado de 850 mil  euros, minorando assim o défice que na mesma se verifica». 
Diz a nota da autarquia que posteriormente se procurarão solucionar os problemas «e não apenas os seus efeitos», na sequência do novo Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Ovar-Marinha Grande, em fase final da sua execução.

Ofertas para a Biblioteca de Ílhavo



Vários utilizadores e entidades diversas ofereceram livros, CD e DVD, à Biblioteca Municipal de Ílhavo, gesto que se reveste de singular importância. Como é sabido, julgo que é muito frequente as pessoas guardarem livros depois de os lerem ou mesmo sem os lerem, quando numa biblioteca podem chegar a outros leitores. Há livros interessantes de reduzida divulgação, de autores conhecidos e menos conhecidos, que só ganham se integrados em espaços acolhedores e públicos, como são por norma as bibliotecas. Oferecer livros, portanto, é uma atitude cultural de larga relevância.

Poema para dia chuvoso

Eu Peneiro o Espírito e Crivo o Ritmo

Eu peneiro o espírito e crivo o ritmo
Do sangue no amor, o movimento para fora
O desabrigo completo. Peneiro os múltiplos
Sentidos da palavra que sopra a sua voz
Nos pulsos. Crivo a pulsação do canto
E encontro
O silêncio inigualável de quem escuta

Eis porque as minhas entranhas vibram de modo igual
Ao da cítara

Eu peneiro as entranhas e encontro a dor
De quem toca a cítara. A frágil raiz
De quem criva horas e horas a vida e encontra
A corda mais azul, a veia inesgotável
De quem ama
Encontro o silêncio nas entranhas de quem canta

Eis porque o amor vibra no espírito de quem criva

O músico incompleto peneira a ideia das formas
Eu sopro a água viva. Crivo
O sofrimento demorado do canto
Encontro o mistério
Da cítara

Daniel Faria

No livro  "Dos Líquidos"

Ricos pouco solidários

Maria João Lopes escreve no PÚBLICO: «Quanto mais instruídos e ricos, menos solidários são os portugueses.» O «estudo da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano vai ser apresentado na quinta-feira e mostra ainda que pessoas que recebem mais de 4 mil euros por mês são tão infelizes como quem recebe menos de 500.» 

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Museu de Ílhavo dos mais visitados




«O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) fechou o ano de 2013 com o maior número de visitantes da sua história: 77 111. Este número recoloca o MMI entre os dez museus mais visitados do país e confirma-o como um dos museus municipais que atraem mais público em Portugal.
Durante a última década, o MMI alcançou um crescimento compatível com o investimento feito pelo Município de Ílhavo, concretizado em 2001. Esse investimento consistiu na ampliação e remodelação do edifício, na abertura ao público do navio-museu Santo André e na redefinição da identidade do Museu, que então se assumiu como museu marítimo.
Em 2012 e 2013, o MMI conheceu novos projetos de crescimento e qualificação que se concretizaram na abertura do CIEMar-Ílhavo e do Aquário dos bacalhaus. O projeto de ampliação do Museu para construção do Aquário e reservas de coleções foi distinguido, em 2013, como a melhor obra pública de Arquitetura em Portugal.»

Ler mais no MMI

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