quarta-feira, 26 de setembro de 2012

“Igreja Matriz do Bunheiro”




“Igreja Matriz do Bunheiro” é um livro de Sara Vidal Maia, com a informação inicial de que se trata de um trabalho que faz parte de um “Seminário de Licenciatura em História de Arte — Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra”. 
Na Introdução desta obra, a autora lembra que «A Igreja Matriz do Bunheiro sobreviveu ao longo de vários séculos». Diz que este trabalho «pretende compreender a História e a Arte deste edifício, o que ele acolhe e o que com ele, de uma forma ou de outra, se encontra relacionado». 
Refere Sara Vidal Maia que, «por ter passado por séculos de história da freguesia, tornou-se numa referência para o orgulho deste concelho murtoseiro, e, acima de tudo, transformou-se num exemplo louvável de arte sacra local». 
“Igreja Matriz do Bunheiro” apresenta dois Prefácios. Um do Doutor Nelson Correia Borges, que orientou a tese de licenciatura da autora, e outro de Monsenhor João Gonçalves Gaspar, que fez a revisão dos textos. 
Afirma Nelson Borges que Sara Maia «introduz-nos na história do templo e das sucessivas transformações por que foi passando». E acrescenta: «Socorrendo-se de adequadas ilustrações, analisa todo o património artístico, realçando o seu valor cultural.»

Dia Europeu das Línguas: 26 de setembro


Por Maria Donzília Almeida



O dia 26 de Setembro é consagrado às línguas europeias desde 2001. A Europa encerra um verdadeiro tesouro linguístico: 23 línguas oficiais e mais de 60 línguas regionais ou minoritárias, além das línguas faladas pelas pessoas de outros países e continentes que vivem na Europa. Para chamar a atenção para este imenso património linguístico, a União Europeia e o Conselho da Europa tomaram a iniciativa de comemorar o Ano Europeu das Línguas em 2001. 
Falar línguas estrangeiras, no mundo globalizado, em que vivemos, é uma mais-valia para o exercício da cidadania, de forma ativa e participada, pois tal não se circunscreve, hoje, às fronteiras nacionais. 
A aprendizagem de línguas estrangeiras é um pré-requisito essencial para o acesso ao conhecimento e um fator favorável à mobilidade pessoal e profissional. Para além do domínio da língua materna, a capacidade de comunicar em outras línguas é, no mundo interdependente em que vivemos, um fator de aproximação entre os povos e o seu desenvolvimento à escala mundial. Além disso, o domínio de competências de comunicação em várias línguas, potencia o alargamento da nossa mundividência, pois permite o acesso a outras culturas, outros valores, modos de viver e pensar. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A nossa gente: Gabriel Ribau Nunes

Gabriel Ribau Nunes


Um viúvo que aceita a vida tal como ela é 


Gabriel Ribau Nunes, 81 anos, natural da Gafanha da Nazaré e aqui residente, no lugar da Marinha Velha, viúvo há quatro anos, partilha neste número do Timoneiro um pouco da sua longa e muito preenchida vida. 
O Gabriel celebrou o seu casamento aos 23 anos com Maria Cecília Gandarinho, sensivelmente da mesma idade, sua quase vizinha e amiga desde tenra idade. Tiveram cinco filhas, duas das quais faleceram, uma com quatro aninhos e outra, a Maria da Luz, com 49 anos. As outras filhas, casadas, residem perto de si. É por isso muito fácil estar com qualquer delas a qualquer momento. 
Recorda, com natural dor, o sofrimento que a morte da esposa lhe causou. Um vírus estranho foi o causador. A mágoa enche-lhe o coração, porém, nunca se queixou às filhas nem aos netos. «Mas elas perceberam», confidenciou-nos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sonata de outono

Por José Tolentino Mendonça 



E o outono vai-se instalando. A princípio nem parece uma estação. É quase um estado de alma, este tempo assim um pouco vago, em declive delicado, com a chuva ainda rala (mesmo se em alguns dias chega por aí aos tropeções) e o vento que parece um miúdo a aprender a assobiar. Olhamos com íntima estranheza para a brevidade destes primeiros dias, dos quais já não nos lembrávamos. Nas árvores, as folhas tremeluzem, indecisas e iluminadas, transmutadas em incríveis tonalidades. Os frutos têm perfume e sabores densos, tão diferentes daqueles que se saboreiam no verão. 
Lembro-me de um poema de Miguel Torga, que gosto de pôr a tocar como uma pequena sonata de outono: 

O que é bonito neste mundo e anima,
é ver que na vindima
de cada sonho
fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura que se não prova
se transfigura
numa doçura
muito mais pura
e muito mais nova

sábado, 22 de setembro de 2012

Bento XVI no Líbano

Por Anselmo Borges,
no DN



As circunstâncias podiam não aconselhar a viagem do Papa ao Líbano. Por um lado, o conflito sangrento - 27 000 mortos - na Síria, com o risco de reabertura de tensões no próprio Líbano, já com combates em Trípoli. Por outro, a violência dos radicais no mundo islâmico, indignados com um vídeo de um extremista copta americano -Inocência dos Muçulmanos -, ridicularizando Maomé.

Mas a Bento XVI, que tem o sentido de missão e do dever, não faltou coragem, aproveitando precisamente o momento tão delicado da região, para levar aí a mensagem da paz e encorajar os cristãos a não abandonar o Médio Oriente, onde o seu número tem caído constantemente ao longo do último século, podendo o cristianismo desaparecer. Como disse ao Público o antigo arcebispo católico de Argel H. Teissier - ele sabe por experiência de que é que está a falar -, "é nas situações de tensão que a Igreja deve estar presente, mesmo que tenha de assumir riscos para tentar anunciar a sua mensagem de paz, de respeito recíproco."

Dia Europeu sem Carros: 22 de setembro

Por Maria Donzília Almeida

Arranque


É um regalo na vida 
À beira d’água morar! 
Quem tem sede vai beber 
Quem tem calma vai nadar! 

Ouvia este aforismo popular, da boca da mãe, quando esta se sentia invadida por um sentimento de gratidão ao Criador, pelo privilégio de morar neste local tão pitoresco. 
Na verdade, hoje sinto-me como peixe na água, por morar aqui mesmo, neste dia que se comemora. 
Por um lado, posso refrescar-me nas revitalizantes águas deste Oceano Atlântico, pois as temperaturas cálidas perduram, neste verão que se mantém na meteorologia, embora se tenha despedido no calendário. Por outro lado, posso fazer uma das coisas que me dá imenso prazer, que é o simples ato de andar de bicicleta. Nesta planície imensa que é a zona das Gafanhas, pode circular-se com toda a comodidade e há imensa gente a fazê-lo, não só por mero desporto, mas também como meio de transporte. Hoje, a bicla está na mó de cima!