“Igreja Matriz do Bunheiro” é um livro de Sara Vidal Maia, com a informação inicial de que se trata de um trabalho que faz parte de um “Seminário de Licenciatura em História de Arte — Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra”.
Na Introdução desta obra, a autora lembra que «A Igreja Matriz do Bunheiro sobreviveu ao longo de vários séculos». Diz que este trabalho «pretende compreender a História e a Arte deste edifício, o que ele acolhe e o que com ele, de uma forma ou de outra, se encontra relacionado».
Refere Sara Vidal Maia que, «por ter passado por séculos de história da freguesia, tornou-se numa referência para o orgulho deste concelho murtoseiro, e, acima de tudo, transformou-se num exemplo louvável de arte sacra local».
“Igreja Matriz do Bunheiro” apresenta dois Prefácios. Um do Doutor Nelson Correia Borges, que orientou a tese de licenciatura da autora, e outro de Monsenhor João Gonçalves Gaspar, que fez a revisão dos textos.
Afirma Nelson Borges que Sara Maia «introduz-nos na história do templo e das sucessivas transformações por que foi passando». E acrescenta: «Socorrendo-se de adequadas ilustrações, analisa todo o património artístico, realçando o seu valor cultural.»
João Gonçalves Gaspar, conhecido historiador e Vigário Geral da Diocese de Aveiro, sublinha que «Estando ao serviço do culto, os templos herdados não podem ser apenas peças inanimadas de um passado mais ou menos longínquo, mas, na sua essência, continuam a apontar uma presença de eternidade, embora tão díspares no seu aspecto arquitectónico; sem desprimor pelo que têm de interesse histórico ou artístico».
Com 160 páginas, a edição apresenta-se em papel brilhante de excelente qualidade, o que valoriza grandemente as ilustrações, que são bastantes. Além da igreja matriz, a autora debruça-se, ainda, sobre as capelas de S. Gonçalo, S. Silvestre e S. Simão. Sobressai também o inventário das pinturas, esculturas, alfaias litúrgicas, pratas, outros metais e paramentaria, com notas e fotografias.
Título: “Igreja Matriz do Bunheiro”
Autor: Sara Vidal Maia
Capa: Bruno Cruz Barros
Design e paginação: Carlos Santos
Edição: Fábrica da Igreja de São Mateus do Bunheiro
Páginas: 160
Ano: 2008
Fernando Martins
NOTA: Permitam-me que sublinhe o porquê do meu carinho pela igreja matriz do Bunheiro. Em 7 de agosto de 1965, um sábado, ali se celebrou o meu casamento com a minha Lita. Presidiu à cerimónia o nosso querido e saudoso amigo Padre Lé, que ali tinha exercido o seu sacerdócio como coadjutor do também saudoso Padre Domingos Pinho. A Lita, natural de Pardilhó, gostaria que o casamento se realizasse na sua terra, mas o pároco de então, cioso dos seus direitos, recusou-se a conceder autorização ao Padre Lé para presidir à cerimónia. Tudo se resolveu, sem qualquer conflito. O Padre Domingos, do Bunheiro, acedeu ao nosso pedido. A igreja matriz do Bunheiro está, portanto, na nossa memória.