Fonte: caderno Economia do EXPRESSO
sábado, 21 de janeiro de 2012
UNIDADE NO CERTO, LIBERDADE NO DUVIDOSO E CARIDADE EM TUDO
Unidade no certo, liberdade no duvidoso e caridade em tudo. Estes princípios, repetidos até à exaustão, sobretudo durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, são fundamentais nas vivências entre todos os que aceitam Jesus Cristo como Mestre e Salvador. O movimento ecuménico não é recente. Em 1895, Leão XIII tomou a iniciativa de propor uma novena de oração pela reconciliação dos cristãos, gesto que foi repetido até ao nossos dias, tanto por proposta da Igreja Católica como de outras Igrejas cristãs.
O ECUMENISMO E ASSIS
Um artigo de Anselmo Borges
Não creio que haja guerras exclusivamente religiosas, já que estão sempre presentes outros interesses: económicos, políticos, geoestratégicos, instinto de sobrevivência e expansão. De qualquer forma, é uma vergonha que em nome de Deus se tenha derramado e continue a derramar tanto sangue, a exercer tanta violência e a espalhar tanto sofrimento. Esta é a verdadeira blasfémia.
Esta vergonha vem à consciência concretamente nestes dias (18-25 de Janeiro) dedicados ao diálogo ecuménico entre as diferentes Igrejas e confissões cristãs, na chamada Semana da Unidade dos Cristãos.
O ecumenismo - a palavra vem do grego oikuméne, com o significado de Terra habitada: o Homem é, por natureza, ecuménico, universal -, enquanto movimento para alcançar a união dos cristãos, teve início no princípio do século XIX, mas, oficialmente, inaugurou-se com a Assembleia de Edimburgo em 1910. No entanto, só em 1948 se realizou em Amesterdão a primeira Assembleia Geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, e a Igreja Católica só fez a sua conversão ecuménica profunda no Concílio Vaticano II (1962--1965), cujo cinquentenário se celebra este ano.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
À BOCA DA BARRA DE AVEIRO
Perto da boca da barra, em frente ao Farol, com mar calmo, o barquinho resolveu descansar depois da viagem. O navegador está decerto a programar nova partida. À espera de vento, ali bem perto do areal, numa manhã clara que propicia sonhos de novas terras e de outros mundos que o oceano banha. Quem me dera poder navegar, sem medo e sem perigo, sem destino certo e com horizontes a perder de vista.
Apenas 56% dos portugueses consideram a democracia o melhor sistema político
Mal vai a democracia se assim é...
«Apenas 56% dos portugueses consideram a democracia o melhor sistema político. Um estudo realizado para o barómetro da Qualidade da Democracia e divulgado pelo Público demonstra que a percepção da Democracia em Portugal aponta para uma “desconsolidação” deste sistema político.
Em reacção ao resultado do estudo, o sociólogo Luís de Sousa, um dos autores do estudo, refere que este indicador dá conta de que “a democracia vai reduzir qualidade de desempenho”.
O investigador admite que este resultado “é um sinal de insatisfação e a insatisfação em democracia até é útil”, sublinhando que “o problema é saber até quando é útil e a partir de quando causa desgaste”.
Como exemplo de desgaste da Democracia em Portugal, Luís de Sousa aponta as recentes “manifestações de militares e os atropelos dos direitos constitucionais”.
Para António Costa Pinto, outro dos autores do estudo, “há imensas democracias consolidadas que convivem com descontentamento, o problema é saber gerir isso”.»
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Neste dia de 1923 nasceu Eugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
«A 19 de Janeiro de 1923, nasce, na Póvoa de Atalaia (Fundão), o escritor português Eugénio de Andrade. Como reconhecimento pela sua notável obra poética, traduzida para diversas línguas, foram-lhe atribuídos inúmeros prémios literários, tanto em Portugal como no estrangeiro, tendo ainda sido agraciado, pelo governo português, com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito. Escreveu, também, diversos livros para crianças.»
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AS AMORAS
O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade
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