Unidade no certo, liberdade no duvidoso e caridade em tudo. Estes princípios, repetidos até à exaustão, sobretudo durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, são fundamentais nas vivências entre todos os que aceitam Jesus Cristo como Mestre e Salvador. O movimento ecuménico não é recente. Em 1895, Leão XIII tomou a iniciativa de propor uma novena de oração pela reconciliação dos cristãos, gesto que foi repetido até ao nossos dias, tanto por proposta da Igreja Católica como de outras Igrejas cristãs.
Penso que os tempos de hostilidade entre as várias correntes do cristianismo já lá vão, com uma ou outra quezília incompreensível, como foi a zaragata que ocorreu, há meses, na Basílica da Natividade, no lugar em que Jesus nasceu. Os cristãos respeitam-se mutuamente e na Semana de Oração pela Unidade até costumam rezar juntos ou participam em encontros ecuménicos. Depois cada grupo vai à sua vida, que não há tempo para mais.
Suponho que a unidade dos cristãos não passará nos nossos dias pela integração de qualquer Igreja cristã na Igreja Católica, pura e simplesmente. Os homens são suficientemente orgulhosos para cederem nos seus princípios, regras, cultos, hábitos, crenças e certezas. De modo que temos de procurar a aproximação sempre desejada, a cooperação possível e o diálogo fraterno, no respeito pelas diversidades. E não é verdade que há divisões entre os cristãos com mais de um milénio?