sábado, 7 de maio de 2016

Visita à Rádio Renascença

Crónica de Maria Donzília Almeida

“A rádio foi a minha universidade” 

Fernanda Montenegro

Estúdio da Rádio Renascença
Capelinha interna da RR

Hoje, em pleno período de primavera envergonhada, mais parecendo um inverno tardio, partiu de Aveiro, com rumo a Vila nova de Gaia, um grupo da US para uma visita à Rádio Renascença. Escolhemos o comboio, o mais acessível transporte coletivo, usufruindo dos benefícios concedidos pela ReFer aos cidadãos aposentados.
Programada pelo Professor João Silva na disciplina de Comunicação, toda a viagem foi feita debaixo duma chuva miudinha, serena, que no linguajar dos tripeiros, é conhecida por “chuva molha tolos”.
O almoço, no El Corte Inglês de Gaia, saciou não só o nosso corpo cansado, mas sobretudo, alimentou o sonho/utopia de vivermos num país opulento, muito desenvolvido (!?), onde a sociedade de consumo ilude e atrai. Tudo é exibido com abundância e glamour, onde nada é omitido, para proporcionar bem-estar e conforto, ao cidadão português!
Após o repasto, visitámos a Rádio Renascença, uma estação de rádio nacional dirigida a um público adulto que se interessa por música e informação. Além de uma cobertura nacional em FM, a Renascença transmite igualmente através da internet, sendo uma das estações de rádio mais conhecidas em Portugal. Das grandes emissoras portuguesas nascidas na década de 1930, é a única que mantém inalterado o seu nome original.

A Bênção de Jesus, Fonte da Alegria no Amor

Reflexão de Georgino Rocha

Betânia
Jesus leva os discípulos para as proximidades de Betânia, terra de referência para algumas iniciativas da sua missão, ergue as mãos estendidas e abençoa-os. Depois, oculta a sua presença física, indicando outro modo de estar com eles e de os acompanhar na missão de serem suas testemunhas. Promete-lhes o Espírito Santo que, em breve será enviado, promessa cumprida na celebração que a Igreja faz no Pentecostes. Será ele a luz da memória, a força do testemunho no presente e o guia dos caminhos a percorrer rumo ao futuro desejado.
Sem Jesus na liderança visível, os discípulos ficam perante os desafios que surjam no cumprimento fiel do mandato que receberam. Recorrem, por isso, à oração comunitária, promovem assembleias conjuntas, apelam à participação de quem está envolvido, bendizem a Deus pelas maravilhas que vão fazendo em nome de Jesus ressuscitado. Exemplos deste modo de proceder são a escolha de Matias para “ocupar” o lugar de Judas, o traidor, o processo de eleição dos “diáconos” para o serviço das mesas, o “concílio” de Jerusalém para dirimir a questão de saber se para ser cristão é preciso ou não praticar antes os ritos judaicos. E surge a sentença normativa para o agir das comunidades eclesiais: “Decidimos o Espírito Santo e nós…”

quinta-feira, 5 de maio de 2016

A Nossa Gente: Carlos Teixeira

«Neste mês de maio, em que a Câmara Municipal de Ílhavo promove mais uma edição do Festival Rádio Faneca (dias 27, 28 e 29), a rubrica “A Nossa Gente” é dedicada a Carlos Teixeira, jornalista da Rádio Terra Nova.
Nascido a 20 de maio de 1972, na Gafanha da Nazaré, Carlos Teixeira é filho de um carpinteiro, Manuel “Pinto”, e de Maria da Glória que têm residência no lugar da Chave, paredes meias com o terminal bacalhoeiro. A sua infância ficou marcada pela ligação à Ria, ao Esteiro Oudinot e ao Cais, onde se habituou a ver partir e chegar navios de pesca, e do Tempo em que viu partidas e chegadas de familiares que viveram a emigração na Escandinávia e nos Estados Unidos e as migrações para Lisboa.
Nos bancos de escola passou pela EB1 da Chave, onde as reguadas da D. Leonor eram “incentivo” a evitar erros de Português, pela EB2,3 da Gafanha da Nazaré e pela Escola Secundária de Ílhavo, no tempo em que era ultimada a construção de uma nova Secundária na Gafanha da Nazaré. Ílhavo permitiu uma visão transversal sobre a realidade concelhia, o contacto com alunos de concelhos vizinhos e esse enraizamento justificou a permanência na sede do Município até ao 12.º ano.

Bacalhau à Regional


Ingredientes:

4 fatias de pão (200g)
800g de bacalhau
600g de batata doce
1dl de azeite
200g de cebola
60g de tomate pelado
1,5dl de vinho branco
Pimenta ou piripiri q.b.
Sal
Óleo para fritar
Farinha de trigo q.b.
Maionese q.b.
400g brócolos

Preparação:

Comece por fatiar o pão, torre-o e reserve.
Passe o bacalhau por farinha e leve a corar em óleo quente. Descasque as batatas e corte-as às rodelas (meia-lua).
Frite e reserve em papel absorvente.
Para o molho, leve ao lume a cebola às rodelas finas, o alho e o tomate picado. Regue com vinho branco e tempere a gosto.
De seguida, emprate, colocando o bacalhau coberto com uma fina camada de maionese ao centro do prato.
Coloque o pão torrado, disponha as baratas fritas e, por último, regue com o molho e leve ao forno (180ºC) cerca de 10 a 15 minutos.
Sirva acompanhado de brócolos cozidos ou salada de tomate.

Bom apetite!

Receita gentilmente cedida pelo Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, Associação participante no Concurso Gastronómico do Festival do Bacalhau 2015.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Vista Alegre

José Ferreira Pinto Basto 
Com frequência, encontro no ciberespaço motivos históricos de muito interesse, abordando temas que importa conhecer melhor. Toda a gente da nossa região sabe algo da Fábrica da Vista Alegre, com projeção no mundo pela qualidade das suas peças de porcelana. Hoje consultei o blogue Restos de Colecção que partilho gostosamente com os meus leitores e amigos.

Porto de Aveiro «tem dinamismo de crescimento»

Braga da Cruz 
em entrevista ao Diário de Aveiro

Braga da Cruz, Presidente da Administração do Porto de Aveiro, destaca os números de 2015 e garante que ainda há margem para crescer: "O Porto de Aveiro é o mais jovem dos portos nacionais e está a crescer".

Ler entrevista aqui 

Nota: Ainda bem que há dinamismos de crescimento no Porto de Aveiro. Boa notícia em tempos de crise e de angústias, com tanto desemprego na sociedade portuguesa. 

“Defesa e Ilustração da Língua Portuguesa”

Um livro de Manuel Costa


Chegou-me às mãos um livro curioso de Manuel Costa, com título desafiante: “Defesa e Ilustração da Língua Portuguesa”. Trata-se de uma publicação da Estante Editora e nada diz do autor. De qualquer forma, é um trabalho que merece uma reflexão, sobretudo neste tempo de abundantes atropelos à Língua Pátria.
A pressa com que escrevemos e as liberdades que as redes sociais nos dão fazem crescer, como cogumelos em zonas húmidas e putrefactas, um Português sem lei nem roque. Vejo isso por todos os cantos, nas ruas, na publicidade, na propaganda, nos contactos pessoais, os chamados e-mails, nos jornais, revistas e até em livros. 
Quando caminhava hoje pela Avenida José Estêvão, com a calma de quem não pode apressar o passo, tive ocasião de confirmar o que disse. Flôr em vez de Flor, Estevão em vez de Estêvão, etc. 
Ora, este livro tem como finalidade «sensibilizar todos os que falam a Língua e todos os que a escrevem para as potencialidade e as virtudes múltiplas que possui e para as verdadeiras questões que se levantam a seu respeito e carecem de reflexão», lê-se no Prefácio, não assinado, presumindo-se, por isso, da autoria de Manuel Costa.
Na Apresentação, também sem sinal de autor, sublinha-se, em jeito de denúncia, que a Língua Portuguesa se encontra hoje «humilhada, tratada com negligência e desdém, sofrendo atentados à índole e ao funcionamento, pondo em risco a honra e a dignidade que a engrandecem». E mais adiante, em Advertência, afirma-se que sendo a Língua «uma entidade imaterial assente em suporte material, dotada de grande complexidade, é necessário torná-la acessível mas não confusa, pondo a descoberto, tanto quanto possível, os seus traços característicos dominantes e as suas possibilidades de modo a simplificar o que por natureza é complexo, sem lhe retirar a aura de mistério que a envolve e a torna tão familiar a todos os que a falam». 
Manuel Costa não segue o Acordo Ortográfico de que tanto se fala e escreve, mas não entra em polémica. Apresenta o seu trabalho abordando os mais diversos temas através de textos curtos e muito variados, desde o Aparecimento do acto linguístico até Língua e Cultura, passando, entre outros assuntos, por O carácter específico da Língua, A arte de dizer, O erro ortográfico, a Língua padrão, O estrangeirismo, O brasileirismo, etc. 
Em conclusão, penso que trabalhos deste tipo merecem uma leitura atenta,  principalmente numa altura em que anda tanta gente baralhada com o Acordo Ortográfico já oficialmente aprovado entre nós. E siga a rusga dos desacordos, até porque o Primeiro-Ministro, António Costa, não vai mexer no assunto: o povo é que  há de decidir, impondo as suas regras. 

Fernando Martins

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