quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

DIA INTERNACIONAL DO VOLUNTARIADO


Celebra-se hoje, 5 de Dezembro, o Dia Internacional do Voluntariado. Penso que ninguém no mundo ignora a impor-tância de quem se dedica ao serviço dos outros, em especial dos que mais precisam. Os voluntários estão por toda a parte, servindo, gratuitamente, quem está necessitado do essencial para vi-ver. Há organizações vocacionadas e organizadas para responder às mais variadas solicitações, tanto nos campos de guerra como nas zonas de catás-trofes naturais. Tanto junto de quem passa fome e sofre de doenças graves como dos que se encontram perseguidos pelas suas ideias políticas ou religiosas. Seria extensíssima a lista de quem precisa da acção generosa dos voluntários. Mas todos sabem que é assim, pelo que me fico por aqui.
Quero, contudo, enaltecer quem se dá sem esperar nada em troca. Quem vive para os outros. Quem está sempre atento a responder a situações de carência.
Por isso, esta nota, com uma sugestão. Quem puder, e todos podemos duma forma ou outra, dê um pouco de si a quem mais precisa. Nem que seja, apenas, um sorriso e uma palavra de conforto.

FM

Gafanha da Nazaré: Adjudicada requalificação do Jardim Oudinot


A obra de requalificação do Jardim Oudinot, que se encontrava a concurso público, já foi adjudicada ao consórcio Conduril, SA e Rosas Construtores, SA. O espaço está transformado daqui a cinco meses


O concurso público para a execução da obra de requalificação do Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, foi, anteontem, adjudicado pelo Executivo municipal, ao consórcio Condurir, SA e Rosas Construtores, SA. A obra, com um valor estimado de cerca de três milhões de euros, tem um prazo de execução de cinco meses. O processo seguiu, agora, para visto do Tribunal de Contas, perspectivando-se o início da obra já para o próximo mês.

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LÍNGUA PORTUGUESA


Língua Portuguesa vai dispor de portal
a partir de meados do próximo ano



A Língua Portuguesa vai dispor, a partir do segundo semestre do próximo ano, de um portal – Lingu@e – que visa pensar a língua em termos práticos, como disse ontem Rui Machete. O presidente da Fundação Luso-Americana de Desenvolvimento (FLAD) falava em Lisboa, no âmbito do protocolo ontem assinado entre esta fundação, o Instituto Camões e o Gabinete em Portugal do Parlamento Europeu, que tornará possível colocar o portal na Internet.
Actualmente o portal, “em fase bastante embrionária”, como disse Rui Vaz, do Instituto Camões, está ligado ao site deste instituto, http://www.instituto-camoes.pt. A sua presidente, Simonetta Luz Afonso, disse à Lusa que “em finais de Maio, princípios do segundo semestre, o portal entrará em funcionamento pleno”.
A responsável salientou que o português, sendo falado “por apenas 10 milhões de pessoas na Europa, é falado por 230 milhões no mundo”, sendo a terceira língua europeia mais falada internacionalmente. Este portal visa debater o Português no âmbito da problemática do multilinguismo europeu e “como a Língua Portuguesa e outras línguas comunitárias globais podem ser instrumento de projecção das relações exteriores da União Europeia”.
Paulo de Almeida Sande, do Gabinete em Portugal do Parlamento Europeu, referiu, a propósito, que esta assembleia parlamentar “é um exemplo de como conciliar 23 línguas oficiais diferentes” e que o portal permitirá “registar” grande parte do debate que se faz a propósito do multilinguismo. “Será um instrumento não só de diálogo como um repositório de documentos produzidos pelos vários debates que se têm feito sobre o multilinguismo”, disse. O portal terá sete temas de debate, cada um com um coordenador específico.


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ARES DO OUTONO


ILHA DE SAMA OU ILHA DO REBOCHO
As tecnologias fazem por vezes quase o impossível. Na Gafanha da Nazaré, junto ao Porto de Pesca Longínqua, vê-se ao longe a célebre Ilha de Sama, também conhecida por Ilha do Rebocho. O que mal se vê ou vê mal a olho nu pode ser ampliado por qualquer razoável máquina fotográfica. O que fica, nesta fotografia, é uma imagem do abandono a que foi votada a ilha. A casa em ruínas dá a sensação de que é filha de guerra ou de puro esquecimento. Numa zona turística talvez a ilha pudesse ser devidamente aproveitada. Outrora foi propriedade agrícola, não sei se muito ou pouco produtiva. Mas tinha alguma vida. Hoje, está em agonia plena.

O NATAL DE TODAS AS NOITES

No CUFC, 10 de Dezembro, 21 horas


Em mais uma Conversa Aberta do Fórum::Universal, no CUFC, no próximo dia 10 de Dezembro, segunda-feira, pelas 21 horas, vai reflectir-se sobre O NATAL DE TODAS AS NOITES. Tema sem dúvida oportuno e desafiante. Urge pensar, de facto, num Natal de sempre e para sempre. Sem hesitações.
Como convidado, estará presente João Abrunhosa, presidente da Comunidade Vida e Paz, que põe em prática, todas as noites, junto dos sem-abrigo de Lisboa, a utopia, para muitos, de um Natal durante todos os dias do ano. Ano após ano. Quando se diz que o Natal é sempre que o homem quiser, para muita gente não é utopia. É realidade palpável, sentida, talvez, por quem está sem norte, sem auto-estima, sem horizontes de qualidade de vida digna.
Estou certo de que muitos hão-se saber aproveitar muito da experiência de João Abrunhosa. Da sua experiência e do seu testemunho, decerto rico no saber estar com quem sofre e nada tem. Nem pão, nem família, nem calor humano, nem trabalho, nem amigos. E na noite do dia 10 de Dezembro, quem sabe se um ou outro não sairá da Conversa Aberta com vontade de se abrir um pouco mais a quem mais precisa.

Fernando Martins

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Na Linha Da Utopia

A CIMEIRA 1. Aproxima-se a “hora” da Cimeira Europa-África. Depois de longa preparação e expectativa sobre as presenças e ausências, dos que ficam em hotéis ou em tendas, dos que tomam as refeições oficiais ou trazem as suas cozinhas, eis que finalmente, no próximo fim-de-semana realiza-se, sob a coordenação da presidência portuguesa da UA, a tão desejada Cimeira Europa-África. Para Portugal é importante que corra bem. Para os países europeus é o “regresso” geopolítico a África. Para África é a presença diplomática como um “mostrar-se” na estabilidade para consolidação de parcerias socioeconómicas. Para além deste pró-forma haverá oportunidade para agarrar a fundo as questões fundamentais de um mundo desequilibrado em desigualdades gritantes? Que frutos para o futuro serão expectáveis de tão grandioso encontro? 2. Desde já, uma conta parece estar garantida. A Cimeira, acima do previsto, custará ao Estado (aos contribuintes portugueses) dez milhões de Euros. Pelo valor garantido muito se tem mesmo de esperar de um fim-de-semana tão pesado que, mesmo assim, conta com quatro ausências dos 27 europeus (Reino Unido, República Checa, Eslováquia, Lituânia). Não faltará o champanhe, como há dias no brinde da presidência chinesa com o presidente da Comissão Europeia e o primeiro-ministro de Portugal; direitos humanos, depois! Também o próprio ditador Mugabe do Zimbabwé beberá duas taças, a dele e a da ausência de Gordon Brown; direitos humanos, a ver vamos. Tudo preparado, num cumprir de calendário onde alguns desafios estão em agenda. 3. Paz e segurança; desenvolvimento; democracia; energia; migrações e alterações climáticas; direitos humanos; Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Em perspectiva oito parcerias estratégicas entre a União Europeia e a União Africana, também num forte apelo às sociedades civis africanas. Da parte africana, das 53 presenças possíveis, estarão em Lisboa 46 ou 47 chefes de Estado. É importante que tudo corra bem, especialmente para Portugal. A diplomacia da presidência portuguesa já considera “histórico” o acontecimento (Diário de Notícias, 4 Dez.). Já?! Será por se esperarem poucos frutos concretos ou tudo já estará predefinido? Então, Cimeira para quê? Ou não haverá (sequer algum) significativo discurso directo? Estará a diplomacia do gabinete a fechar o diálogo político vivo? 4. Tudo com chefes de Estado…Não haverá para além destes quem dê eco das sociedades concretas? Que nova conjugação possível entre diplomacia política e verdade social? Tantas vezes não se chegam a soluções, também porque os chefes de Estado vivem longe dos problemas. Alexandre Cruz

Violência nas escolas


MAIS DE 300 PROFESSORES
E FUNCIONÁRIOS AGREDIDOS


Algo vai mal nas escolas portuguesas. Quando mais de 300 professores e funcionários são agredidos no ano lectivo de 2006/2007, temos de reconhecer que o mundo da educação e da aprendizagem tem um longo caminho a percorrer para se tornar num mundo onde o respeito por quem aprende e por quem ensina e educa é norma que todos aceitam e cumprem.
Confesso que acho estranho reconhecer-se que, nas escolas portuguesas, a violência, mesmo circunscrita a certas zonas, é uma situação sem solução à vista a curto prazo. Os professores e demais educadores precisam, mesmo, não de guardas, mas de condições que permitam uma educação integral dos alunos, com apoios altamente qualificados. Os improvisos e as soluções de remedeio não levam a parte nenhuma.
Urge, de facto, estudar-se o problema, até porque, creio eu, não faltarão estudos, técnicas e gente qualificada para enquadrar os violentos e os mal-educados num clima propício à educação. As crianças não precisam de ser enjauladas para serem educadas. Mas precisam, isso sim, de acompanhamento adequado na hora certa.