domingo, 11 de fevereiro de 2007

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS-10


A CHAVE

Caríssimo:

Se é que alguém vem espreitar por estas bandas, estou mesmo a ver-lhe a cara como quem diz «este nunca mais desce à terra!»...
E tem razão.
Desçamos, pois.

A LENDA DA CHAVE

“ Contam que, há muitos, muitos anos, esta região era um extenso areal onde existia uma humilde capelinha.
Era nesta capelinha que todos os anos se realizava uma festa. Por esta altura vinham de barco muitas famílias que viviam em povoações próximas, junto à costa.
Era costume os pais deixarem s filhos fechados na proa, onde dormiam e guardavam os seus haveres.
E assim foi.
Meteram a chave na algibeira e partiram tranquilos para o arraial. Cantaram e dançaram e no regresso ao barco, um deles deu por falta da chave. Muito aflitos, todos eles começaram a gritar:
- A chave?! A chave!? A chave...
Procuraram, procuraram e, quando iam para desistir, um deles encontrou a chave.
Ficaram muito felizes.
E foi assim que este local ficou a chamar-se Chave.”

Há anos, encontrei esta lenda na internet, no sítio da Escola da Chave. Logo a guardei como coisa muito valiosa para mim. Lendas são lendas e valem o que valem. (Aliás, sobre este mesmo nome 'Chave' encontrei uma outra estória engraçada que ficará para outra ocasião, se for oportuna...)
Bem tenho procurado e lendas sobre e da Gafanha é coisa que não encontro. Será que a nossa Terra, por muito que digamos «há muitos, muitos anos...» não mereceu uma lenda de jeito? Será que as há?
Aqui fica o desafio: ajudai-me a descobri-las!

Manuel

sábado, 10 de fevereiro de 2007

CITAÇÃO

"O mal dos portugueses não está no atraso, na pobreza, na iliteracia ou em qualquer falha remediável e normal. O mal dos portugueses está em que manifestamente não regulam bem da cabeça. E contra isso não há nada a fazer."
Vasco Pulido Valente,
PÚBLICO, 10-2-2007
NOTA: Confesso que às vezes tenho dificuldades em compreender certos colunistas. Vasco Pulido Valente é um deles. Ora se mostra, nos seus escritos, realista, ora deixa transparecer um pessimismo, que é sempre doentio. Hoje deu-lhe para dizer que os portugueses são um caso perdido, porque, segundo ele, “não regulam bem da cabeça”. Se ele dissesse que entre os portugueses há de tudo, ainda era aceitável. Agora afirmar que os portugueses não regulam bem da cabeça, é manifestamente exagerado. Então, como é que se explica que esses portugueses fizeram, ao longo de séculos e séculos, um País, conquistando-o palmo a palmo, e construindo-o a pulso e com determinação? Dando novos mundos ao mundo e garantindo a sua sobrevivência contra tudo e todos?
F.M.

ORDEM DOS CARTUXOS



"O GRANDE SILÊNCIO"




"O Grande Silêncio" é o primeiro filme sobre a vida interior da Grande Chartreuse, casa-mãe da Ordem dos Cartuxos, uma meditação silenciosa sobre a vida monástica. Dezassete anos depois de ter pedido para filmar no mosteiro, é dada autorização para entrar ao realizador, que filmará a vida interior dos monges cartuxos. Sem música à excepção dos cânticos do mosteiro, sem entrevistas, nem comentários, ou artifícios.
Evocam-se unicamente a passagem do tempo, das estações, os elementos repetidos incessantemente durante o dia ou as orações. Um filme sobre a presença do absoluto e a vida de homens que dedicam a sua existência a Deus.
O filme ganhou os Prémios de Melhor Documentário no Festival de Sundance e nos Prémios Europeus do Cinema.
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Fonte: PÚBLICO
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NOTA: Não vi o filme, mas tudo farei para o ver. Acho que ele deve ser uma oportunidade única, ou rara, para meditar sobre os que deixam tudo para estar com Deus, só com Deus e consigo próprios, durante toda a vida. Sem os ruídos do mundo, apenas com o grande silêncio que nos aproxima ou nos oferece o divino, de forma diferente.


F.M.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

UM ARTIGO DE ISILDA PEGADO

O ABORTO FERE UMA NAÇÃO...
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ABORTO - UM CONSENSO É POSSÍVEL O tema do aborto tem gerado um debate fracturante, duro, agressivo, radicalizado e extremado de parte a parte. O que parece um erro por se tratar de uma chaga social que todos desejamos combater. No entanto, parece-nos que existem factores que são consensualmente aceites na sociedade, e a partir dos quais podemos encontrar uma resposta.
Parto desta constatação de consenso pelos trabalhos, artigos de opinião e sondagens já publicados, e também do contacto directo com a população.Os pontos onde se mostra esse consenso:
1. O Aborto é um mal e todos o reconhecem. Álvaro Cunhal dizia em 1940: "O aborto é um mal. Nisto estão de acordo todos os escritores..."
2. Todos reconhecem que o aborto implica sempre a destruição de uma vida humana. Não lhe chamo pessoa, feto ou embrião. Falo em vida humana. A ciência e a técnica encarregaram-se já de o demonstrar. Ninguém nega que se trata de uma vida humana.
3. Todos reconhecem que o aborto implica sempre dor, sofrimento e elevado risco de sequelas físicas e psíquicas para a mulher.
4. Existe hoje um largo consenso quanto à lei de 84 que permite o aborto nas situações dramáticas de malformação do feto, perigo de vida para a mãe ou filho e violação. Neste referendo não está em causa esta lei e não será alterada por via deste.
5. A lei actual tem encontrado na sociedade e nomeadamente no meio judiciário um quadro de aplicação que permite dizer que há mais de 20 anos não há nenhuma mulher presa por aborto consentido em relação à mulher grávida. E os julgamentos publicitados reportavam-se na esmagadora maioria a abortos praticados com mais de 10 semanas. A recentemente aprovada Lei-Quadro de Política Criminal reforça esta posição ao ordenar a não realização de julgamentos por via da suspensão provisória do processo. A lei penal do aborto está, por isso, apenas votada à função dissuasora, preventiva e profiláctica. Isto é, constitui hoje um indicador social de que o aborto é um mal.
6. Há um forte consenso no sentido de que é necessário combater o aborto por via do planeamento e educação familiar, e ainda através de políticas de solidariedade para com aqueles e aquelas que mais carenciados e em risco se encontram.
Perante este conjunto de factos que nos parece colher amplo consenso nacional, importa perguntar o que está em causa no dia 11 de Fevereiro.
O aborto a pedido?Porque seria livre o aborto, se é um mal? Se produz sequelas graves na mulher? Se destrói uma vida humana? Se não tem fundamento médico? Se é método contraceptivo?
Alterar a lei para quê? Apenas porque se pretende o aborto livre até às 10 semanas, sem limites nem condições ou porque se não deseja uma gravidez?
O aborto fere um bebé (de morte), fere uma mulher/mãe, fere um pai e uma família, o aborto fere uma nação.
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Leia mais no PÚBLICO

UM ARTIGO DE ROGÉRIO LEITÃO

As razões do meu NÃO
O referendo, que agora está em curso para saber qual a posição do povo português perante a interrupção voluntária da gravidez, continua a pecar por falta de clareza. É certo que o assunto é complexo, por misturar problemas sociais, biológicos, humanitários, culturais. Mas, como a questão está apresentada, a pergunta que resulta é esta: a sociedade aceita ou não aceita que a Mulher interrompa a gravidez nas primeiras dez semanas, sem que para isso tenha que apresentar qualquer justificação? Mas será que a Mulher poderá ter a liberdade de decidir quanto ao destino a dar ao seu filho nas primeiras dez semanas de vida? Sim, porque julgo não haver dúvidas de que o que traz no seu ventre é o seu filho. E que está vivo também não haverá, certamente, dúvidas. Será, portanto, uma vida humana, que está no início de uma longa ascensão que sob o ponto de vista biológico atingirá o máximo, estabilizando, por volta dos vinte anos, para mais tarde começar um processo de regressão. Aquilo a que chamamos nascimento é apenas uma importante fase da vida em que o indivíduo, já com mais capacidade de defesa, passa do ambiente materno, onde deverá estar particularmente protegido, para o exterior, onde as condições são mais adversas.
E não se diga que aquele filho foi resultado do acaso. Não aceitamos admitir que as mulheres portuguesas desconheçam a existência de regras para fazer planeamento familiar e a disponibilidade de meios que o próprio Serviço Nacional de Saúde lhes põe à disposição para evitar gestações indesejadas. Mas não tenhamos dúvidas: o problema é cultural e, mais do que permitir o aborto livre, é preciso responsabilizar as mulheres e os seus parceiros pelos actos que levianamente cometem sem pensar nas consequências.
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Leia mais em Correio do Vouga

AS MINHAS REPORTAGENS

FLORINHAS DO VOUGA,
NO BAIRRO DE SANTIAGO,
EM AVEIRO



Bairro de Santiago




QUEM TEM CORAÇÃO,
VENHA TER CONNOSCO

Em Aveiro há uma instituição que toda a gente conhece, pela sua acção em prol dos mais desfavorecidos. Tem um nome curioso – Florinhas do Vouga –, que lhe foi dado, poeticamente, por D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro Bispo da restaurada Diocese de Aveiro. O saudoso prelado já havia criado as Florinhas de Angola, as Florinhas de Rua, em Lisboa, e as Florinhas da Neve, em Vila Real de Trás-os-Montes. As Florinhas nasceran em 6 de Outubro de 1940 e desde então, até hoje, nunca esmoreceu o seu empenho em favor dos mais fragilizados.
Recentemente, chegou-nos às mãos o nº 2 do Boletim Informativo da instituição – Miosótis –, uma flor que reflecte um pouco do muito que as Florinhas do Vouga fazem na cidade, com e para os mais pobres. O seu director, que é também o presidente da instituição, Padre João Gonçalves, diz, em artigo de primeira página, que as Florinhas gostariam de encontrar todos os perdidos da sociedade, "para lhes conquistar a confiança" e para "lhes dar as melhores respostas".
Ora aqui estão duas propostas interessantes e pertinentes. De facto, sem a confiança daqueles que queremos ajudar, jamais os poderemos ajudar. Mais adiante, mesmo no final do artigo, o Padre João lança, a quem o quiser escutar, um grande desafio: "O canteiro das Florinhas tem a medida do coração! Quem tem coração, venha connosco."
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Leia a reportagem em SOLIDARIEDADE

EXPOSIÇÃO NOS PAÇOS DO CONCELHO



"CIDADES E FRENTES DE ÁGUA"


Na galeria dos Paços do Concelho de Aveiro, está patente ao público, até ao dia 21 de Fevereiro, a exposição “Cidades e frentes de água”, organizada pelo Núcleo de Arquitectos de Aveiro e pelo Círculo de Estudos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro.
O arquitecto Nuno Portas é o comissário geral da exposição, enquanto que Álvaro Domingues é o consultor científico.

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