1959 - 27 de janeiro
«O Padre Júlio Tavares Rebimbas, então pároco de Ílhavo, foi nomeado, pela primeira vez, vigário-geral da Diocese de Aveiro; mais tarde viria a ser escolhido, sucessivamente, para bispo do Algarve, arcebispo de Mitilene e auxiliar do Cardeal-patriarca de Lisboa, arcebispo-bispo de Viana do Castelo e arcebispo-bispo do Porto (Correio do Vouga, 31-1-1959) – J.»
de António Christo e João Gonçalves Gaspar
NOTA: Nas vésperas da sua nomeação para ser ordenado bispo, encontrei-o em Fátima, no café mais frequentado, o tal que fazia e faz esquina com duas ruas. Era agosto de 1965 e eu andava por ali em lua de mel com minha esposa. Ele estava com o Padre João Paulo da Graça Ramos que viria a ser seu secretário, ao que julgo.
O nosso conhecimento devia-se ao facto de eu ser da Ação Católica e gafanhão, e ele prior de Ílhavo. Nessa altura, Mons. Júlio Rebimbas era Vigário-geral da Diocese de Aveiro.
Estávamos na conversa e nesse ínterim chega um indivíduo amigo do Padre João Paulo que fez as apresentações devidas, esclarecendo:
— Mons. Júlio Rebimbas é o Vigário-geral da Diocese de Aveiro.
De imediato, Mons. adianta:
— Calma, sou o prior de Ílhavo.
Regressámos da lua de mel e dias depois, qual não foi o meu espanto, noticiava um diário que D. Júlio tinha sido nomeado Bispo do Algarve. É claro que antes da nomeação se refugiou, decerto para meditar, em Fátima, Não estaria ali para outra coisa, julgo eu.
Guardo dele o bom humor, a graça no falar, o jeito para criar amizades e a proximidade que cultivava com todos, em especial com os mais simples.
Guardo dele o bom humor, a graça no falar, o jeito para criar amizades e a proximidade que cultivava com todos, em especial com os mais simples.