Da exortação ao anúncio direto
António Marcelino |
«Quando apreciamos casos concretos de abandono da Igreja, raramente não aparece uma má relação com o padre ou com a gente do templo. A casa do Pai, de portas tão abertas como o Seu coração, onde se é acolhido e respeitado com amor e alegria, não é sempre a imagem que passa, nem a realidade que se vive. A Igreja não é uma mera organização religiosa, nem muito menos um repositório de normas, muitas vezes pensadas e forjadas para defender um sistema. Porque é casa de Deus, não é feudo de ninguém. É uma família a que deve ser gostoso pertencer e a que a fé comum dá força para enfrentar as situações dolorosas que se deparam no seu seio, como no de qualquer família, onde todos se estimam e amam. Sem este clima, não é possível a evangelização dos adormecidos, ou dos que se fecharam nos seus preconceitos e queixumes, muitas vezes legítimos.»