sábado, 26 de janeiro de 2013

Nos cemitérios cruzam-se os sentimentos mais nobres


“Pedras sem Tempo 
do Cemitério de Ílhavo”



“Pedras sem Tempo do Cemitério de Ílhavo” é um livro de Domingos Freire Cardoso, que se apresenta como homenagem aos seus antepassados ali sepultados, mas ainda aos artistas que idealizaram as campas e jazigos e aos artífices que os trabalharam em pedra e em ferro, diz o autor na Breve Introdução. No mesmo texto, Domingos Cardoso evoca os ilhavenses que «ficaram para sempre em terras distantes ou mergulhados no mar profundo», a quem presta também a sua sentida e justa homenagem.


O Papa informou que ficava sujeito à crítica...

A infância de Jesus segundo Ratzinger/Bento XVI
Anselmo Borges

Anselmo Borges


A história verdadeira e toda lê-se do fim para o princípio. Antes, apenas há sinais, pois o processo de fazer-se está ainda em aberto. Aí está a razão por que nunca podemos dizer de modo cabal o que foi a vida de um ser humano, já que não sabemos como morreu, o que foi a sua morte, o seu fim.
Um bom exemplo disto é Jesus. Muitos o seguiram, convocados pelo que dizia e fazia, pela sua mensagem em palavras e obras, pela sua pessoa. Seria ele o Messias? Depois da crucifixão, fazendo o cômputo todo da sua existência, incluindo o modo como morreu - para dar testemunho do amor e da verdade do que moveu a sua vida: Deus que é amor -, os discípulos acreditaram que ele está vivo em Deus e confessaram a sua fé viva nele como o Messias, Filho de Deus, o Salvador, aquele que revelou de modo definitivo e insuperável quem é Deus, cuja causa é a causa dos homens e das mulheres.

Justiça para os humilhados


FIXOS EM JESUS OS OLHOS DA ASSEMBLEIA
Georgino Rocha

Georgino Rocha

A leitura que Jesus faz na sinagoga da sua terra desperta a atenção da assembleia a ponto de todos fixar nele o olhar. A que se deverá esta atenção expectante dos presentes e esta fixação convergente de olhares?
Ao facto de ser um conterrâneo recém-chegado a fazer a leitura, ele que regressava do rio Jordão onde se tinha feito baptizar, começando a sua vida pública? Ao texto escolhido e proclamado, certamente bem conhecido, pois faz parte do livro escrito por um profeta anónimo pelos anos 537-520 e colocado sob a autoridade de Isaías? À mensagem tão contrastante, então como agora, que convida a uma viragem interior completa: os desanimados para alimentarem a esperança, os abandonados para acreditarem que são reintegrados, os pobres e oprimidos para confiarem na libertação que se aproxima? Ao jeito e à posição de Jesus que atraía e insinuava a boa notícia contida na passagem anunciada?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Com o Vaticano II, os programas pastorais pouco ou nada mudaram


O Concílio é de hoje, o passado não o esgotou
António Marcelino

António Marcelino


«Hoje dispomos de meios variados para chegar ao povo cristão. Há que aproveitá-los também, em ordem ao seu conhecimento do Concílio, à renovação comunitária e ao compromisso cristão na sociedade. Não se pode ouvir, por mais tempo, a queixa de muita gente que diz não ir mais longe, porque ninguém lhe dá a mão. A Igreja é constituída por pessoas normais, jovens e adultos. Se se pensa só nas elites e estas não são formadas para ir ao encontro dos outros com o seu saber e experiência de fé, trabalha-se em vão e empobrece-se sempre mais a comunhão eclesial.»

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Bispo de Aveiro apelou à “ousadia profética e determinação cultural”


Estarreja: Debate integrado na “Missão Jubilar” 
juntou Jorge Sampaio e D. António Couto

Ecumenismo vai ser 
«muito mais rico e cheio de alegria»
D. António Couto



«Fator religioso tanto pode ser 
de afastamento como de aproximação»
Jorge Sampaio


Jorge Sampaio, Carlos Daniel e D. António Couto

«O responsável pelo ecumenismo no episcopado católico, o bispo D. António Couto, expressou ontem, quarta-feira, em Estarreja, o seu otimismo quanto à aproximação dos cristãos de diferentes Igrejas em Portugal. 
Durante um debate sobre ecumenismo e diálogo inter-religioso com Jorge Sampaio, antigo presidente da República, o prelado vaticinou que no futuro o ecumenismo em Portugal “será muito mais rico e cheio de alegria e amizade”. 
Perante centenas de pessoas reunidas no Cineteatro local para assistir à iniciativa programada pela Diocese de Aveiro, D. António Couto afirmou que vê com “muito gosto” que os jovens portugueses “lutam” e “estão a dar passos belos” pela unidade dos cristãos. 
“Estamos no tempo do diálogo, do coração a coração, da fraternidade”, sublinhou o bispo de Lamego, que ao recordar o tempo passado em Israel para estudar a Bíblia falou do relacionamento que estabeleceu, enquanto padre católico, com judeus e palestinianos. 
D. António Couto testemunhou que “fações diversas não lutam apenas entre si mas também estabelecem laços de amizade. E quando há amizade quebra-se o gelo e a rigidez”. 

Foguetos incomodam


Festas aos santos e necessidades do povo
António Marcelino



Há períodos em que os foguetes, hoje muito caros, incomodam mais. Não é por prejudicarem o sono dos vizinhos, mas pelos confrontos a que nos obrigam. As festas tradicionais, com patronos religiosos, ganharam prestígio fora e mostram, cá dentro, o bairrismo de quem as promove. Não são um campo fácil de renovação. O povo tem direito a divertir-se e as tradições devem conservar-se. É verdade. Porém, na programação da festa – a Igreja, como educadora que deve ser, tem nisto responsabilidade – deve olhar-se ao momento que se vive. Despesas ontem normais, hoje podem ser exageradas e provocadoras. As festas precisam de um santo e o santo precisa de quem saiba interpretar a sua vida, que nunca foi de ostentação, nem de passar ao lado de quem precisa. Por isso mesmo é santo. É, pois, de esperar que, ao programar a festa se cortem despesas, para, em louvor do santo, ao ir encontro dos pobres da paróquia ou mesmo de fora? Um trabalho não se faz apenas numa reunião, mas no cuidado de transmitir valores e preocupações e de incentivar à parcimónia e à partilha fraterna. A imagem da Igreja está nos gestos que ajudam a perceber a sua missão e a sua preocupação com os mais pobres.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cortejo dos Reis - 2013

Textos (Fernando Martins) 
e fotos (Custódia Bola e Vítor Sardo) dedicados, 
em especial, aos gafanhões espalhados pelo mundo





Enquanto houver meninas e meninos e quem os estimule a viver as festas paroquiais, o Cortejo dos Reis não morrerá, antes sairá reforçado, ano após ano. Exemplo disso é este grupo que, já cansado da caminhada, recorre a um carro cheio de presentes para o Menino-Deus.



Os escuteiros são presença assídua no cortejo como noutras iniciativas paroquiais, diocesanas e cívicas. Eles têm, ainda, a noção pedagógica das suas participações. Neste caso, optaram pela tração humana, puxando com garra, de bicicleta, o carro das ofertas.




Os pastores são peça importantíssima de um qualquer cortejo da época natalícia. Não foram eles os primeiros, na noite fria do nascimento de Jesus, a chegar à gruta para adorar o Menino, acalentado no colo de Sua Santíssima Mãe?





O nosso Corte dos Reis nunca poderia sobreviver se lhe faltasse o testemunho de gente de todas as idades. Aqui se apresenta a Dona Alice, que é uma pessoa de idade e um exemplo a seguir. Todos os anos, desde nova, faz o percurso a pé e consegue encher a latinha de dinheiro, para oferecer ao Deus-Menino!


O Rei Herodes sempre foi o “mau da fita” no Cortejo dos Reis. Não era ele um déspota, sem coração, capaz dos maiores horrores? E não queria que os magos lhe dessem notícia do lugar onde estaria o anunciado rei dos judeus para o ir adorar? Queria matá-l’O, mas enganou-se. Os magos perceberam a perfídia do tirano.



Aqui vão os Reis Magos a fechar o cortejo. Partiram de longe com os seus séquitos para adorar o nosso Salvador. E peregrinaram com alegria, guiados pela estrela de Belém, com músicos e cantores, mas também com o povo que alimentava a mesma certeza, para oferecerem ao Menino-Deus o que tinham: Ouro, incenso, mirra, cordeiros e tudo o mais que puderam juntar. O nosso Salvador não merecia tudo isto?




O ponto mais alto do nosso Cortejo dos Reis é, sem dúvida, a enternecedora cerimónia da adoração do Menino-Deus. Os Reis e seus séquitos, com o povo, ao som de lindas melodias, que vêm do tempo dos nossos avós, beijam o Salvador acabado de nascer, a Luz do Mundo para uma sociedade nova. E depois vem o leilão dos presentes oferecidos com muito amor.

Notas

No Cortejo distinguiram-se, pela sua empenhada envolvência, o Agrupamento de Escuteiros, a Catequese, a Obra da Providência, o Movimento de Schoenstatt, diversos lugares da paróquia, grupos espontâneos e muitas pessoas a título individual.
Durante o percurso foram apresentados sete autos: O anúncio do Anjo, o Encontro dos Reis, o Encontro dos Pastores, a Fonte de Elias, O Rei Herodes e, a fechar, na igreja matriz, o Beijar do Menino. Os autos envolveram diretamente 24 atores e o grupo dos cantores e músicos foi constituído por 40 pessoas.


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