sábado, 14 de janeiro de 2012

Secularização e destino da Europa

Um texto de Anselmo Borges

Václav Havel

Aí está um tema fundamental. Mas, quando se reflecte, é necessário perceber que há vários sentidos de secularização.

1. O primeiro sentido - secularização vem do latim saeculum (mundo) - tem a ver com a autonomia das realidades terrestres. A Bíblia é essencialmente dessacralizadora da natureza, da história e da política, precisamente porque a criação ex nihilo por Deus, pessoal e transcendente, criando, não por necessidade, mas livremente e por amor, implica a autonomia das criaturas.
Este sentido de secularização é particularmente importante para a política, que deve estar separada da religião. O Estado deve ser laico e não confessional. Jesus tinha dito: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Mas também as ciências, a economia, a filosofia, a própria moral são autónomas, com as suas próprias leis, sem pedir legitimação à religião.

OS LOBBIES DOS PARTIDOS NÃO PERDOAM

Os lobbies dos partidos políticos não perdoam. Quando chega a hora de colocar os correligionários nos "tachos", não hesitam. É vê-los a entrar...
Veja aqui

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

NA GRÉCIA JÁ HÁ PAIS A ABANDONAR FILHOS

Foi notícia que na Grécia já há pais sem capacidade para sustentar os seus filhos. Por aqui, no nosso país, também haverá pais nessa situação. A fome campeia por aí.
Li que na Grécia, onde nasceu a democracia, alguns pais estão a entregar os filhos para adoção ou a deixá-los em instituições. Dificuldades que geram desespero e dramas de sabor amargo.
Todos sabemos que os filhos não podem ser abandonados. Os caçadores e outra gente de coração duro fazem isso com os cães que não servem para caçar, o que nos leva a condená-los. E como deve reagir uma sociedade, quando ouve falar de situações de abandono de crianças? Na Grécia ou em Portugal?
Não podemos, realmente, olhar para o lado. Bem se fala de uma nova ordem social... mas não se avança para ela, por se desconhecerem os caminhos. O comunismo e o capitalismo ruíram. Onde estará a solução?
Os sábios da política, da economia, da sociologia e de outras ciências não avançam com propostas luminosas, e o mundo, incrédulo face ao que vê, nem sabe para onde se virar. Perdeu o norte?

CENTRO CULTURAL DA GAFANHA DA NAZARÉ, UM ESPELHO PERMANENTE






Poesia para este dia





O som do silêncio


Devagar, como se tivesse todo o tempo do dia,
descasco a laranja que o sol me pôs pela frente. É
o tempo do silêncio, digo, e ouço as palavras
que saem de dentro dele, e me dizem que
o poema é feito de muitos silêncios,
colados como os gomos da laranja que
descasco. E quando levanto o fruto à altura
dos olhos, e o ponho contra o céu, ouço
os versos soltos de todos os silêncios
entrarem no poema, como se os versos
fossem como os gomos que tirei de dentro
da laranja, deixando-a pronta para o poema

que nasce quando o silêncio sai de dentro dela.

Nuno Júdice

Li aqui

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

VARANDA VIVA NA FIGUEIRA DA FOZ





Numa qualquer varanda, por mais pequena que seja, é sempre possível recriar um ambiente natural, com plantas e aves, à medida do espaço. Vi esta varanda nas Abadias da Figueira da Foz.

Cavaleiro do Apocalipse

Um artigo de João César das Neves

O ensaísta britânico Christopher Hitchens faleceu a 15 de Dezembro. Estranhamente todos os seus obituários na imprensa fizeram questão de sublinhar como o autor morrera bem, rodeado pela família e amigos. Isto não costuma encontrar-se nos elogios fúnebres.
A importância da serenidade do óbito vem de Hitchens ser famoso como líder do "novo ateísmo". Pertencia até aos auto-apelidados "quatro cavaleiros do Apocalipse", com os americanos Daniel Dennett e Sam Harris e o britânico Richard Dawkins (manifestando aliás algum paroquialismo e imperialismo anglófono, ao omitir autores influentes de outras culturas). O traço principal do grupo não é o ateísmo, bastante comum, mas o violento e persistente ataque à religião. O que os marca não é aquilo em que acreditam, mas a insistência em criticar os que discordam. A própria referência aos cavaleiros (no original, como se sabe, peste, guerra, fome e morte) mostra o elemento negativo.

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