quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Igreja Católica encomenda sondagem para ouvir sociedade portuguesa
Medida oportuna e necessária
Processo de auscultação de organismos eclesiais ganha impulso com envio de carta do presidente da Conferência Episcopal às principais estruturas eclesiais
A Igreja vai encomendar uma sondagem para recolher as expectativas, críticas e questionamentos da sociedade portuguesa em relação à sua actuação, incluindo neste estudo a população com outras perspectivas religiosas.
A pesquisa, que vai decorrer em 2011 e será confiada à Universidade Católica, decorre da vontade da Igreja em querer “ver o mundo onde se situa, para às suas perguntas responder o melhor que pode e sabe”, afirmou esta Terça-feira o porta-voz da Conferência Episcopal (CEP), padre Manuel Morujão.
Depois de salientar que “a Igreja é para o serviço de toda a sociedade”, o sacerdote defendeu que as suas portas “inclusivas” devem estar sempre “bem abertas”.
“Há muita gente de boa vontade que, não partilhando os valores da religião, partilha os valores da humanidade, que são muito importantes para a Igreja”, salientou o responsável durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal, realizada em Fátima.
Confrontado com a eventualidade de os resultados da sondagem sugerirem a necessidade de alterações na orgânica e na doutrina, o padre Manuel Morujão frisou que “a Igreja deve considerar-se sempre em estado de conversão”, pelo que “não tem medo das mudanças”.
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Papa antecipa visita a Inglaterra
Bento XVI agradeceu os preparativos para a viagem e evocou o cardeal John Henry Newman, que vai beatificar a 19 de Setembro
«Bento XVI disse hoje aguardar com expectativa a viagem ao Reino Unido, que decorre entre 16 e 19 de Setembro, e agradeceu os preparativos feitos com vista à sua estadia naquele país.
“Sei que tem sido realizado um vasto trabalho de preparação para a visita, não apenas pela comunidade católica, mas também pelo Governo, as autoridades locais na Escócia, Londres e Birmingham, os meios de comunicação social e os serviços de segurança”, assinalou Bento XVI.
“Quero salientar o quanto estimo os esforços que têm sido feitos para assegurar que os vários eventos programados se convertam em celebrações verdadeiramente jubilosas”, referiu o Papa no discurso em língua inglesa proferido no Vaticano, durante a audiência geral das Quartas-feiras.
“Acima de tudo, agradeço às inúmeras pessoas que têm rezado pelo sucesso da visita e por uma grande efusão da graça de Deus pela Igreja e pela população da vossa nação”, afirmou Bento XVI após a catequese dedicada a Santa Hildegarda de Bingen.»
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Selecção de Futebol perde e jogadores clamam por tranquilidade
Pede-se celeridade no caso Queiroz
RR
«Bruno Alves e Tiago, dois dos jogadores mais utilizados na selecção nacional, pediram ontem, depois da derrota com a Noruega (1-0), celeridade no processo que envolve o seleccionador Carlos Queiroz. Tiago pediu para se resolver tudo “rapidamente”, já que essa é a melhor forma de se conseguir “estabilidade”.»
RR
NOTA: Perante mais um desaire da selecção nacional de Futebol, alguns jogadores mostraram o seu descontentamento, pedindo celeridade no processo instaurado a Carlos Queiroz. É óbvio que esta situação se torna muito desconfortável para todo o complexo sistema que envolve uma competição de alto nível. Mas será possível celeridade num país em que tudo decorre sem pressas, sem urgências, sem decisões de choque?
Fotos de Carlos Duarte
Exposição na galeria da Junta de Freguesia de Ílhavo
MARGENS DA RIA é o tema da exposição de fotografia de Carlos Duarte, cuja inauguração terá lugar no dia 11, pelas 17.30 horas.
O autor das fotos expostas convida todos os seus amigos a marcarem presença no dia e hora marcados. Mas também sugere que, na impossibilidade de estarem presentes, apareçam no dia 15, à tarde, na sede da Junta, entre as 15 e as 17 horas, dia em que decorre no Largo do Centro Cultural a Semana da Maioridade.
Apesar de tudo, cada pessoa recomeça
Recomeçar, todos
Paulo Rocha
Apesar de tudo, cada pessoa recomeça! Tudo vai andando, no rebanho ou no restolho, com mais ou menos estratégias diante do futuro. Há, no entanto, acontecimentos que travam esse devir.
Um ponto prévio para valorizar o que habitualmente é motivo de lástima: o fim das férias.
Direito mais do que justo para qualquer trabalhador, ter férias é, cada vez mais, um privilégio. Felizmente para muitos, pelo menos na sociedade portuguesa e nas que se regem por critérios de democracia.
Mesmo nesses, no entanto, cresce o número dos que não podem ter férias, porque não têm um emprego. Um aparente paradoxo que desafia, por um lado, à procura do equilíbrio social; e, por outro, à necessária valorização do tempo de férias, dos dias de descanso, de encontro com familiares, amigos e conhecidos.
Neste ano, o recomeço acontece entre muitas instabilidades. Elas atingem diversificados contextos sociais: nos tribunais, na política, no desporto, na economia.
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Portugueses racistas contra ciganos?
«Portugal sofre de “ciganofobia” e mais de 80 por cento da população tem comportamentos racistas contra os ciganos, defendeu o antropólogo José Pereira Bastos, para quem não há ninguém em Portugal que se interesse por estas pessoas.»
O PÚBLICO de hoje denuncia esta brutalidade que é o facto de 80 por cento dos portugueses terem comportamentos racistas contra ciganos. Em França, talvez pelo mesmo motivo, o Estado está atarefado em levar a cabo a expulsão dos ciganos romenos. Por este andar, qualquer dia cai-se no erro crasso de levar à prática a expulsão em massa destes homens e mulheres, que são gente como nós. Um pouco à semelhança do que há séculos foi feito com os judeus.
Penso que a solução do problema não passa, nem pode passar, pela expulsão. Mas passará, julgo eu, por um abrangente programa de integração de todos os ciganos, no respeito, paralelo, pela sua cultura e tradições. Num Estado democrático, os ciganos, como quaisquer imigrantes, têm direito à liberdade, à vida, ao trabalho, à justiça social, à educação e por aí adiante, como os demais cidadãos. A questão está em que nunca, que se saiba, houve projectos consistentes de integração ou reintegração social, com definição de metas a atingir e de valores a cultivar.
Não é com desconfianças, com atitudes racistas e xenófobas, com expulsões e com marginalizações que se resolvem estes problemas. Os ciganos são gente como nós. Ou não são?
FM
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