domingo, 22 de fevereiro de 2009

Bolacha Americana



Quem há por aí que não goste de Bolacha Americana? Eu confesso que gosto muito, mas não a posso comer. Mas de quando em vez, lá vai uma.
O vendedor da Bolacha Americana, que tanto se via nas praias, no Verão, agora aparece, com alguma frequência, em busca de outros mercados. E faz bem, porque há sempre quem aprecie ficar com a boca doce.
Hoje, na Feira das Velharias, eu pude testemunhar isso mesmo. Só não comprei porque...

AVEIRO: Feira das Velharias

Há sempre algo para matar saudades

Sei que há quem não goste de antiguidades e de velharias. As peças consideradas antiguidades tem um peso muito grande na memória dos mais idosos. Móveis antigos, por exemplo, são quase garantia de perenidade. Para o meu gosto, ficam sempre bem numa casa qualquer. Há quem prefira o mais moderno e o minimalista, em particular. Mas, como disse o escritor Mário Cláudio, qualquer mossa numa peça moderna inutiliza-a, qualquer mossa numa peça antiga deixa-a na mesma. De qualquer forma, há gostos e apetites para todos, desde o mais moderno ao mais antigo.
No caso das velharias, onde nem sempre o bom gosto impera, podemos encontrar de tudo, não tanto com arte, mas com utilidade decorativa, e não só. Hoje fui à Feira de Velharias que se realiza em Aveiro, no quarto domingo de cada mês. Como me sinto bem em Aveiro, também me senti lindamente na Feira, que se estende dos Arcos e Praça Melo Freitas até à igreja da Vera Cruz e depois para a Praça do Peixe. 
Havia de tudo, ao jeito da Feira da Ladra, onde nunca fui, mas de que tenho ouvido falar. Desde louça antiga e outra a fingir de antiga, até livros velhos e novos à mistura. Desde LPs de vinil, até grafonolas de manivela. Desde rádios a cair de podres, até mesas a fingir de antigas. Desde relógios de bolso, até canetas de tinta permanente que não servem para nada, nem para decorar o que quer que seja. Eu virei-me para os LPs e lá comprei três, de jazz, de mais de 20 anos. Estou a ouvi-los e acho que valeu a pena.

 FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 119

BACALHAU EM DATAS – 9
A CAPITANIA DA TERRA NOVA DO BACALHAU
Caríssimo/a:
1520 - «Para o período de 1520 a 1525 continuam a existir dados referentes a uma colónia de pescadores de Viana instalada na costa da Terra Nova. A existência destas colónias permite pensar que a forma de pesca então praticada seria a chamada pesca sedentária.» [HPB, 21]
1550 - «Segundo a Corografia Portuguesa [...] o número de naus destinadas à pesca da Terra Nova em 1550 seria de 150.» [HPB, 21] «Em 1550, segundo António de Oliveira Freire (1739), os moradores de Aveiro “empregavam mais de 150 embarcações no comércio, que então estava levado ao maior auge, principalmente o do bacalhau”.
Também o bispo de Coimbra, D. João Soares, afirma que, especialmente a parte extra-muros, chamada Vila Nova (actual freguesia da Vera Cruz, onde se concentravam os pescadores e mareantes), havia beneficiado imenso com a pescaria do bacalhau, actividade responsável pelo envio de cerca de 50 embarcações à Terra Nova.»[Oc45, 77]
1567 -«...[O]ra em 1506, o mesmo rei [D. Manuel I] reivindicou para si o dízimo da pesca da terra Nova, nos portos de Aveiro e Viana do Castelo, mostrando como ela era importante para a sua fazenda e, nessa mesma altura, a pedido do próprio e dadas as circunstâncias, acabaria por conceder ao mesmo Vasqueanes os benefícios que já tinha dado a seus irmãos desaparecidos [Gaspar e Miguel Corte Real]. Esse benefício foi renovado por D. João III em Setembro de 1522, passadas para seu filho em 1538, confirmadas por D. Sebastião em 1576 e reconfirmadas em 1577. Entretanto, no ano de 1567 foi lá enviada uma expedição que avaliou das condições da terra e que determinou a criação de uma capitania própria (Capitania da Terra Nova), que viria a ser entregue ao herdeiro dos Corte Reais em 12 de Julho de 1574.» [Oc45, 19]
«De Viana partiu nessas datas [1520/1530] um grupo de colonizadores com destino à Terra Nova do Bacalhau, com a intenção de reforçar a colónia [vd. 1506], que, financiada por comerciantes de Aveiro e da ilha Terceira, controlava uma grande parte do litoral. A esta segunda vaga portuguesa seguiu-se uma terceira em 1567, composta de duas naus e de uma caravela com mantimentos e gente, sobre os quais as fontes, infelizmente, não são esclarecedoras. A colónia mantinha-se em 1574, como demonstra a nomeação de Manuel Corte Real para a Capitania da Terra Nova, e novamente em 1579 de Vasqueanes Corte Real.» [Oc45, 28-29]
Esta última transcrição remete-nos para assunto deveras curioso e que dará para estudo paciente e, quiçá, bastante promissor e profícuo: a Capitania da Terra Nova. Que apareça um «Corte-Real» que faça valer os seus direitos!
Manuel

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Nuno Álvares Pereira vai ser canonizado no dia 26 de Abril

O Papa Bento XVI anunciou hoje a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, segundo um comunicado do Vaticano.
Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril. Os quatro italianos são o padre Arcangelo Tadini (1846-1912), fundador da Congregação das irmãs operárias de Sagrada Família, a religiosa Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da Congregação das Ancelles do Sagrado-Coração, o teólogo Bernardo Tolomei (1272-1348), fundador da Congregação do Mont-Olivet, e Gertrude Caterina Comensoli (1847-1903), fundadora das Irmãs Sacramentinas.
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SÓCRATES na inauguração da Plataforma Portuária

Ministro das Obras Públicas, primeiro-ministro, presidente da APA e secretária de Estado dos Transportes
Nos últimos 50 anos, nunca se investiu tanto no Porto de Aveiro
A Plataforma Logística Portuária de Cacia foi ontem inaugurada, em cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, e que contou com a presença do Ministro dos Transportes, Obras Públicas e Comunicações, e da Secretária de Estado dos Transportes, entre outras individualidades. José Sócrates sublinhou a “importância que este investimento do Porto de Aveiro tem, desde logo para a economia regional”: “A valorização do Porto de Aveiro é absolutamente decisiva para que a região possa ganhar mais atractividade económica e maior competitividade” – afirmou o líder do governo, acrescentando: “Quero sublinhar também a importância que este investimento tem para o conjunto da economia nacional. Esta obra não é apenas uma obra regional” – disse. “Nos últimos 50 anos nunca tivemos um período em que o Estado tivesse investido tanto no Porto de Aveiro. Estamos a recuperar o tempo perdido, porque não fazia o mínimo sentido não estar, o Porto de Aveiro, dotado de uma ligação ferroviária. A isto chama-se investir na performance logística do País e na melhoria da competitividade de um porto que é absolutamente essencial para o conjunto da economia nacional” – continuou José Sócrates, considerando significarem, “estes últimos três anos e meio, um período de ouro para o Porto de Aveiro”.
Fonte: Newsletter do Porto de Aveiro

COMO RECONHECER DEUS?

Há relativamente pouco tempo, coloquei esta pergunta a um grupo de crentes: "Se Deus lhe aparecesse, dizendo 'aqui estou, sou eu o Deus', como o reconheceria?" As respostas, no meio de imensa perplexidade, foram muito interessantes. Que Deus não pode aparecer directamente. Que ninguém, como diz a Bíblia, pode ver Deus. Que Deus é inobjectivável. Que se manifesta indirectamente: nas pessoas, nos acontecimentos, no esplendor da beleza - aqui, recordei a exclamação de uma sobrinha minha com 11 anos, nos Alpes, numa tarde irradiante de Sol sobre a neve e as montanhas todas à volta: "Parece Deus!" Que, para os cristãos, Jesus é a revelação de Deus. Que a experiência de Deus se dá nas experiências-cume de plenitude. Que lhe pediriam um milagre claro, que se visse e o credenciasse. Ele devia manifestar o seu poder. Quando se fala de Deus, a questão nuclear é saber de que Deus é que se fala. Que se quer dizer quando se diz Deus? O mais comum é associar Deus ao poder. Deus deve ser, antes de mais, a omnipotência. Deus deve ser infinitamente bom e poderoso, mas sobretudo poderoso. No entanto, a mística Simone Weil, cujo centenário do nascimento se celebra este ano, preveniu: "A Verdade essencial é que Deus é o Bem. Ele só é a omnipotência por acréscimo." Por isso, "é falsa toda a concepção de Deus incompatível com um movimento de caridade pura". Afinal, a revelação de Cristo é essa: Deus é puro amor. O escândalo: "Eu não vim para ser servido, mas para servir." Não se nega a omnipotência divina. O Poder de Deus, porém, não é Dominação e Espectáculo, mas Força infinita criadora. O Deus de Jesus é o Deus- amor, o Deus-origem-infinita-pessoal-criadora. A modernidade, pela secularização, quis herdar a omnipotência divina, postergando a bondade. A crise que está aí hoje visível no universo económico-financeiro é mais funda, pois é uma crise de civilização, cuja raiz é esta herança religiosa. Neste contexto, referindo-se à Igreja, o teólogo X. Pikaza recria de modo alegórico o passo evangélico da cura da sogra de Pedro. Na alegoria, a sogra de Pedro é a Cúria Romana. Jesus chega e cura-a. E depois, alegoricamente? A Cúria (sogra), que significa casa, corte do Kyrios ou Senhor, estava doente. A casa de Pedro é o Vaticano, um Estado, e quem manda é a Cúria, como ainda recentemente se mostrou no caso dos lefebreveanos. Não protege o Papa, mas impõe-se a ele. Ela "sofre de inércia, de poder". Jesus cura a Cúria para que, como a sogra de Pedro, se ponha a servir os outros. Que consequências teria a cura da Cúria Romana, que funciona há dez séculos enquanto os Pedros (Papas) vão mudando? Como Jesus, que, segundo o Evangelho, cura as pessoas diante da casa de Pedro, a Cúria curada veria gente que viria para curar-se. Sobretudo gente mais pobre e perdida (os "endemoninhados", os doentes). Agora também lá vão muitos, mas "vão curar-se ou em busca de prebendas?" Ainda segundo o Evangelho, Jesus saiu de noite, para rezar e ir ao encontro das pessoas também noutros lugares. Na alegoria, Jesus parte porque não quer ficar fechado na casa de Pedro. Jesus não tem "Cúria". Também Pedro e os funcionários da Cúria têm de sair da sua casa, da Cúria, para ir à procura de Jesus, conhecer o mundo e cuidar dele. A Igreja está em crise e precisa de conversão. Neste sentido, há 15 dias, a propósito da "falta de vocações", o director do DN, num texto subordinado ao título "Os erros da Igreja", exemplificados nos escândalos dos padres pedófilos, a intransigência quanto aos métodos de planeamento familiar, "declarações absolutamente estúpidas" como as do bispo Williamson a negar o Holocausto, alguns investimentos dúbios no plano dos negócios, escrevia que o resultado é que "a religião vai desconfiando dos seus missionários e o ambiente não aconselha a 'vocação'". E João Marcelino concluía: "Um dia pagaremos bem caro a crescente desagregação desse factor de união ocidental, bem patente sobretudo na Igreja Católica mas que também afecta todo os ramos do cristianismo." Anselmo Borges, in DN

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ílhavo bebe água de boa qualidade


Análises confirmam elevada qualidade da nossa água

A Câmara Municipal de Ílhavo, à semelhança dos anos anteriores, voltou a receber Parecer Positivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), relativamente ao Programa de Controlo de Qualidade da Água do Município. A lei obriga a que sejam efectuadas análises em número representativo e que cubram toda a rede de abastecimento, de acordo com uma listagem de parâmetros, a fim de se apurar se água tem qualidade para ser consumida pelos munícipes.
Com base nos resultados obtidos com as análises já efectuadas, foi confirmada a elevada qualidade da água distribuída pelos serviços municipais, para cada uma das suas zonas de abastecimento. Para mais informações consultar site da Câmara Municipal (www.cm-ilhavo.pt), área do Ambiente, no subitem do Abastecimento de Água.

Fonte: Newsletter da CMI