
domingo, 8 de fevereiro de 2009
SINAL +

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 117
BACALHAU EM DATAS - 7

Naufrágio do Primeiro Navegante, na Praia da Barra
MANDOU O SENHOR REI D. MANUEL...
Caríssimo/a:1506 - «Acrescenta o referido autor [Sebastião Francisco Mendo Trigoso, 1813] que, logo “ em 14 de Outubro de 1506, isto é, seis anos depois do segundo descobrimento [dos irmãos Corte-Reais], mandou o Senhor Rei D. Manuel I, por um decreto datado de Leiria, a Diogo Brandão, que fizesse arrecadação pelos oficiais d'el-rei o importante dízimo do pescado, que por ali se conduzia da Terra Nova”.» [Oc45, 77]
«A dízima mandada cobrar por D. Manuel I, em 1506, sobre as pescarias na Terra Nova teria servido a pagar as despesas das viagens dos Corte Reaes, o que significa que o volume de pesca proveniente dessas zonas era já bastante importante. Assim sendo, é de admitir que se tratava de uma pesca com pelo menos alguma tradição.» [HPB, 18]
«Se bem que o porto de Aveiro não estivesse especificado neste Alvará, diz Marques Gomes [s/d, p. 125] que só neste porto, o imposto rendia então a soma de 4.000 réis. Tal facto não é de admirar já que Aveiro sempre foi, pelo menos desde esta época, um dos principais portos bacalhoeiros do país. Em 1504 havia mesmo na Terra Nova colónias de pescadores de Aveiro assim como de Viana do Minho.» [HPB, 20 e 120 e Oc45, 77 e 120]
«Foram os portugueses os únicos a dispor desde 1506 de uma colónia fixa na Terra Nova e nas costas do Canadá, composta de gente de Viana, de Aveiro e da Terceira. Segundo Luciano Cordeiro, no princípio do século [XVI] só de Aveiro saíam anualmente 60 navios com destino à Terra Nova, chegando a um número que rondava 150 navios em 1550.» [Oc45, 28]
«No reinado de D. Manuel I foi Aveiro o porto português que mais navios enviou à Terra Nova. Segundo a Corografia Portuguesa havia então 60 naus destinadas à pesca na Terra Nova e em 1550 este número seria de 150.» [HPB, 21]
«No tempo de D. Manuel I foi Aveiro o porto português que mais naus enviou à pesca do bacalhau, possuindo os pescadores de Aveiro 150 embarcações próprias para esta pesca.» [FM, 7]
«À luz dos documentos históricos, os Portugueses terão sido os primeiros europeus a praticarem ali a pesca, sempre num crescendo que foi abruptamente interrompido com a perda da nossa independência, após o desastre de Alcácer-Quibir.» [HDGTM, 27]
De facto, aproveitando “a luz dos documentos históricos”, muito nos falta ainda aprender e saborear com esta surpreendente pesca do bacalhau. Sentemo-nos, pois, e petisquemos que o imposto já então era cobrado...
Manuel
sábado, 7 de fevereiro de 2009
GAFANHAS: COISAS DE ANTIGAMENTE

Leia aqui mais coisas de antigamente. Nesta foto, a igreja matriz da Gafanha da Nazaré, em tempos de pouco casario.
PRAIA DA BARRA: Pedem-se medidas urgentes contra o avanço do mar
O nosso mar, que nunca nos cansamos de cantar, de tal modo ocupa um lugar especial na nossa alma, ainda não se fartou de nos estragar a festa. De vez em quando faz das suas. Agora, revela o Diário de Aveiro de hoje, fez desaparecer “uma parte relevante da praia da Barra”. Segundo aquele diário, “a erosão que se verifica poderá ter a ver com a criação de novas correntes, devido ao assoreamento da entrada da Barra”. Pedem-se, por isso, “medidas urgentes contra o avanço do mar".
NOTÍCIA PARA ANIMAR EM TEMPOS DE CRISE

A notícia de que a GALP vai fazer perfurações entre a costa alentejana e Espinho, com o intuito de descobrir se há petróleo às nossas portas, vem mesmo na hora certa. Com tanto desemprego e dificuldades económicas, com o Estado a ter que acudir a situações dramáticas, de pessoas e empresas, um bom poço de petróleo era oiro sobre o azul do nosso mar. Venha ele, para o povo português respirar um pouco mais aliviado.
NÃO VAMOS TER CARNAVAL EM AVEIRO

Um dia destes vi na TV que o presidente Obama saiu da Casa Branca e foi comer qualquer coisa a um restaurante. Achei bem. Penso que os governantes podem, sem demagogia, sair de casa para estar com o povo, com toda a normalidade. Devem frequentar os restaurantes, como os bares e até os supermercados. Só assim, julgo eu, eles poderão sentir a vida real, compreender as dificuldades do povo, registar o preço do custo de vida. Numa redoma, ficarão apenas com uma noção virtual da vida.
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