quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Pardilhó - Uma referência oportuna

Texto publicado neste meu blogue em 2005

Igreja de São Pedro - Pardilhó

Igreja de São Pedro - Interior 

Painel da Casa das Ferreiras da Silva

Igreja Matriz de Pardilhó 

Construída no Século XIX (1812), substituiu a primeira igreja da freguesia, edificada durante o domínio filipino (1638).
Todo o seu estilo manifesta uma obra de construtores rurais do século XIX, inspirados nos modelos da região, sem pureza de formas. É uma igreja vasta e robusta, acomodada ao grupo paroquial: corpo com parte axial e duas travessas opostas, três janelas de cada lado; capela-mor profunda e duas janelas a cada parte que têm o jeito interno de tribunas; frontaria acompanhada de torre, à esquerda, com porta e alta janela, remate recortado; os cunhais e sub-beirais de cantaria; toda a frente coberta de azulejos modernos, havendo-os na mesma forma na capela-mor e em guarnições. Sacristia e anexos à direita.
São cinco os retábulos, de inspiração dos temas setecentistas. As numerosas esculturas de madeira datam dos séculos XVIII, XIX e XX.A sua recente iluminação, realça o seu volume monumental coroando o amplo Largo Prof. Dr. Egas Moniz, ou Largo da Igreja.

Notas:

1. Esta referência a Pardilhó, terra a que estou ligado por laços familiares, pretende chamar a atenção para o "site" de iniciativa da Junta de Freguesia, com bastantes motivos de interesse. E vem também na linha de um comentário enviado para o meu Blogue, no qual alguém me sugeria que visitasse o "site" da Junta. Passarei a estar atento ao que nele se inserir e a quantos me enviarem comentários semelhantes.
2. Visitámos, há dias, a vila de Pardilhó, terra natal da Lita. Estivemos com familiares e amigos e até desconhecidos, que nos identificaram com relativa facilidade. É curioso sentir como há pessoas com memória viva dos tempos em que por ali passávamos férias. Depois assumi que teria de escrever umas notas para assinalar a nossa passagem recente. Os dias foram passando sem o ter feito. E quando fiz uma busca no meu blogue sobre Pardilhó surgiu este texto com 16 anos de vida. Aqui o reedito pela sua oportunidade.
3. Desta feita, percebemos que as marcas pardilhoenses persistem, mas há inovações. Da loja das Ferreiras da Silva (Irmãs do Bispo Ferreira da Silva e de Mons. Ferreira da Silva), por onde passávamos regularmente, podemos dizer que deu lugar a um moderno estabelecimento comercial. Ficou uma placa a assinalar a mudança. 

F M

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Restauração da Diocese de Aveiro

Efeméride: 24 de Agosto de 1938

"O Papa Pio XI, atendendo às justas solicitações dos aveirenses, pela bula «Omnium Ecclesiarum», houve por bem restaurar e reconstituir a Diocese de Aveiro, nomeando como administrador apostólico o ilustre aveirense D. João Evangelista de Lima Vidal (João Gonçalves Gaspar, A Diocese de Aveiro - Subsídios para a sua História, págs. 281-283) - J.


Do livro Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Segunda-feira com preguiça?

 
Diz um velho ditado que "não há sábado sem sol, domingo sem missa e segunda-feira sem preguiça". Não sei se tem batido certo aos longo dos tempos, mas se houver falhas nem damos por elas. Uma coisa é certa: neste fim de semana senti isso. Vai daí, ontem não tive vontade de visitar o meu blogue, tendo em consideração os meus habituais leitores. A preguiça, pecado venial pregado pela Igreja, ter-me-á dominado e dele me quero redimir, de uma forma muito simples, divulgando hoje painéis coloridos da nossa Igreja Matriz, lado direito da Capela Mor. Tenciono divulgar os outros que deixam entrar a luz de vários cambiantes de ambos os lados do templo, convidando os crentes à meditação. Quando entrarem na igreja, procurem apreciá-los todos. 

NOTA: Esta foi a primeira experiência. Foto registada com telemóvel. 

domingo, 22 de agosto de 2021

Hoje é domingo


Estamos a caminho do final do mês de Agosto, assumido pela sociedade ocidental, decerto por proporcionar temperaturas agradáveis que sugerem praias, banhos e ares sadios, como tempo de férias, sempre desejadas, mas nem sempre sentidas. Caminhamos apressados e talvez cansados para os trabalhos e canseiras do dia a dia, reconfortados apenas pela ausência de horários estabelecidos e metas a alcançar.
Para os aposentados ou idosos, que à partida estão sempre de férias, o mês de Agosto tem a virtude contagiante de os convidar a pensar os dias diferentes, sensibilizados pelos que, realmente, fogem dos hábitos e trabalhos normais.
Hoje, domingo, depois da participação na Eucaristia dominical, que não tem férias, chego a casa onde me espera um convívio familiar limitado, ao ar livre, não vá o diabo tecê-las. Todo o cuidado é pouco.
Vim aqui por momentos apenas para manter o ritmo que impus a mim mesmo de escrevinhar qualquer coisa no dia a dia, não vá dar-se o caso de começar a cair para a indiferença pela vida ativa, coisa que nem quero sonhar. E lá vou para ajudar a pôr a mesa, que os grelhados estão quase prontos. 

Ramo morto com vida


 Até um ramo seco, velho e morto, à partida, pode ser útil e ilustrar o céu azul. Bom domingo. 

sábado, 21 de agosto de 2021

Férias: tempo festivo

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

 É preciso ter tempo para a Família, para os amigos, para ouvir o Silêncio onde se acendem as palavras que iluminam.

1 O ser humano tem como uma das suas características ser laborans (trabalhador). Não apenas para ganhar a vida - uma expressão extraordinária, embora dura: a vida foi-nos dada e, depois, é preciso ganhá-la, e uma das coisas que me têm sido ensinadas pela experiência é que quem nada tem de fazer para ganhar a vida, trabalhando, porque tudo lhe é oferecido, nunca atinge uma adultidade madura -, mas também para se realizar autenticamente em humanidade. De facto, é transformando o mundo que a pessoa se transforma e faz. Isso é dito no étimo de duas palavras: a palavra trabalho vem do latim, tripalium, um instrumento de tortura (trabalhar não é duro?), mas também dizemos de alguém que realizou uma obra e que se vai publicar as obras de alguém (do latim, opera) - em inglês, trabalhar diz-se to work, e, em alemão, Werk é uma obra, sendo o seu étimo érgon, em grego. Ai de quem, à sua maneira, não realiza uma obra, a obra primeira que é a sua própria existência autêntica! Fazendo o que fazemos, o que é que andamos no mundo a fazer? A fazer-nos, e, no final, seria magnífico que o resultado fosse uma obra de arte.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Poesia no meu blogue - João de Deus

João de Deus 

 
De vez em quando dou umas voltas pelos meus blogues. Mero gesto para recordar o que tenho publicado. Hoje, por exemplo, fui visitar o João de Deus, um poeta que tem uma história de vida muito curiosa. Conheço algumas dos livros que tenho lido. E aqui fica uma:

O João de Deus, pelo que se pode deduzir, passava o tempo a escrever e a recitar poemas seus, relegando para segundo plano os estudos na Universidade de Coimbra (UC), pelo que foi adiando a conclusão do curso. Um dia, um seu professor, que havia sido colega do poeta no primeiro ano, perguntou-lhe: - Então, João, quando é que queres acabar o curso? Resposta do poeta: Quando vocês quiserem! E concluiu o curso no fim do décimo ano de frequência da UC.

Já agora, passem pelas Etiquetas, selecionem João de Deus e leiam alguns dos seus poemas.

Bom dia com poesia.

Um soneto de Reinaldo Matos

Reinaldo Matos 


MARÉ ENCHENTE

Salvei
Uma criança
De morrer
No mar.

Avancei
Para as ondas,
Sem saber
Nadar.

Pudera
Lá ficar,
No turbilhão das ondas…

Quem me dera
Morrer
Salvando uma criança!

Nota: O facto é real e passou-se com o poeta
na Praia da Torreira, Murtosa,
em Setembro de 1978.

Em “Sinfonia de Poemas de Reinaldo Matos”

Quereis ir-vos? A quem iremos, Senhor?

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXI do Tempo Comum

A fé e a experiência de quem nos precedeu, acumulada em sabedoria, mostra-nos à evidência que só “Tu tens palavras de vida eterna”, consistentes e definitivas, firmes e credíveis. E testemunha-o o exemplo heroico de tantas pessoas bondosas e de muitos santos e mártires. De todas as condições sociais e étnicas.

O discurso do pão da vida atinge o auge, no desabafo de Jesus, após o ensinamento na sinagoga de Cafarnaum, que João formula na pergunta dirigida aos Apóstolos: “E vós também quereis ir-vos embora?” A preocupação manifesta um receio fundado. A multidão saciada no descampado, os acompanhantes nos caminhos da Galileia, os ouvintes dos seus discursos junto ao mar iam diminuindo. O risco é evidente e virá a ser concretizado na paixão pelo resto fiel. A pergunta incisiva e direta, iluminada pelo brilho do olhar, provoca a resposta pronta e eloquente de Pedro: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Esta decisão de ficar e andar com Jesus, Senhor, terá as suas consequências surpreendentes no futuro. Jo 6, 60-69.
Jesus e Pedro surgem como o rosto pessoal da relação com Deus. Constituem as duas faces da realidade mais profunda da consciência: acolher a oferta, dar-se em liberdade; escutar a palavra, abrir-se à verdade; identificar o dom e fazer-se doação.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Dia Mundial da Fotografia

Fotos do meu arquivo




Celebra-se hoje, 19 de Agosto, o Dia Mundial da Fotografia, para nos alertar para a importância da arte de fotografar nas nossas vidas. Seria preciso? Penso que sim, apesar de saber que nunca se fotografou tanto no mundo como atualmente. Toda a gente fotografa, com ou sem arte, com ou sem sensibilidade. Com máquinas de alto preço e de elevada categoria técnica ou com simples telemóveis, alguns bastante sofisticados.
A fotografia serve para guardar recordações, para contar histórias em imagens, para registar momentos expressivos das nossas vidas e comunidades. Mas ainda para cada um fixar e guardar o seu modo muito pessoal de apreciar o que o rodeia. E dos milhares ou milhões de pessoas que fotografam presentemente nos quatro cantos do globo há sempre quem sobressaia pela oportunidade do registo, pelo ângulo da captação e escolha do enquadramento, pela sensibilidade do pormenor.

Nota: Mensagem  reeditada.

Deliciem-se com Catrin Ana Finch


Catrin Ana Finch é uma harpista, arranjadora e compositora galesa. 

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