Reinaldo Matos |
MARÉ ENCHENTE
Salvei
Uma criança
De morrer
No mar.
Avancei
Para as ondas,
Sem saber
Nadar.
Pudera
Lá ficar,
No turbilhão das ondas…
Quem me dera
Morrer
Salvando uma criança!
Nota: O facto é real e passou-se com o poeta
na Praia da Torreira, Murtosa,
em Setembro de 1978.