Hoje recordei aqui certos descontentamentos de alguns gafanhões em relação a Ílhavo. Os tempos são outros e a democracia tem as suas regras. Contudo, não nos fica mal recordar peripécias com alguma graça ou sem graça nenhuma.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Por estranho que pareça: Ajudas à UE
Por estranho que pareça, os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão reunir-se para tentar ajudar a União Europeia a sair da crise. Países que nos habituámos a ver com atrasos em relação à Europa e com pobreza em cada canto estão agora na mó de cima e até dispostos a prestarem uma preciosa ajuda...
Atenção vigilante face à crise
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, da Igreja Católica em Portugal, pediu hoje em Fátima uma aposta na “escuta de atitudes inovadoras já em ato” e “atenção vigilante” perante a atual crise.
D. Carlos Azevedo falava na abertura do 27.º Encontro da Pastoral Social, promovido pela referida comissão episcopal até à próxima quinta-feira, tendo como tema ‘Desenvolvimento local, caridade global’.
Este responsável falou numa situação “dura, aflitiva e incerta para tantos”, que exige “reflexão”, por parte dos católicos.
Presente na cerimónia inaugural deste encontro, com várias centenas de participantes, esteve o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo, que apelou a uma “maior atenção ao próximo”.
No mesmo sentido, D. Carlos Azevedo destacou a importância de “relações de proximidade” e de formar “comunidades de irmãos, na relação de radical igualdade e dignidade é o caminho”.
Ler mais aqui
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Escola moderna e Escola antiga
As televisões deram hoje largos espaços às Escolas que receberam a visita do primeiro-ministro Passos Coelho. Divulgaram escolas-modelo onde nada falta, desde salas amplas com bastante luz até modermos equipamentos para uma melhor educação e um mais eficiente ensino. Gostei de ver e de ficar a conhecer. Também falaram, como é óbvio, de lacunas imperdoáveis para os tempos de hoje, como a falta de empregados não docentes e de verbas para energia, que garanta aquecimento em épocas de invernia. É bom podermos oferecer o melhor às novas gerações, para que todos se sintam bem nas horas da sua formação académica e humana, a vários níveis.
O tempo das carências do essencial já lá vai. Fui aluno e professor em momentos de pobreza muito acentuada. Não havia empregados, nem aquecimento, na iluminação elétrica, nem carteiras para todos os alunos, nem turmas reduzidas, nem material escolar sofisticado, nem esferográficas, nem manuais especiais.
Recordo os dias invernosos. Quando o professor chegava, mandava-nos correr pela rua, que era o recreio de então, frente à escola da ti Zefa. Garantia que ficávamos mais quentes. E na sala, quando o frio apertava, dava ordens para batermos com as mãos nos ombros, cruzando os braços. As mãos ficavam à moda de se poder escrever na lousa ou no quadro. A limpeza da escola era feita pelos alunos, com a ajuda do professor. O lixo acumulado era tanto, que até apetecia pegar numa pá para o remover com mais facilidade.
Tempos incríveis, muito difíceis, que espero não voltem mais. Este desabafo tem como finalidade, apenas e só, lembrar que hoje tudo é diferente. Muito melhor que há décadas, está bem de ver. E ainda bem!
domingo, 11 de setembro de 2011
11 de setembro
A comunicação social recordou hoje, e bem, o horror do 11 de setembro de há dez anos. Dizem alguns analistas que o ataque terrorista marcou indelevelmente a história, com um antes e um depois desse dia. Também julgo que sim. O terrorismo, desencadeado por fanáticos religiosos, é a mais terrível guerra dos nossos dias, porque é uma guerra covarde e, pior do que isso, em nome de Deus.
Olhando para o que se passou, com ódios a dominar os homens em pleno século XXI, nunca poderemos compreender esta ligação de pessoas crentes ao horror, ao terrorismo. E no entanto, temos de reconhecer que, infelizmente, incompreensivelmente, no seio de doutrinas religiosas também existem raivas fratricidas e mentes doentias, capazes de pregar a violência.
Lições islandesas
Rui Tavares explicou, há dias, no Público, como é que a Islândia se libertou do FMI. Não sei se o retrato foi feito com rigor. De qualquer modo fica
aqui
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As sete maravilhas da nossa gastronomia
Os portugueses que votaram decidiram. Não estarei à altura de me pronunciar, mas terei, naturalmente, as minhas opiniões. O que posso concluir é que muita coisa boa ficou de fora, como, por exemplo, o cozido à portuguesa, os ovos-moles, a caldeirada de enguias, entre outras delícias. Mas votações populares são democráticas e temos de as respeitar. Quero, contudo, dizer que, por vezes, as escolhas nem sempre batem certo com os nossos gostos.
Vejam aqui
Gafanha da Nazaré: Rua António Nobre
“O livro mais triste que há em Portugal”
A Rua António Nobre fica situada perto da igreja matriz da Gafanha da Nazaré e liga a Av. José Estêvão à Rua Gago Coutinho. É uma rua pequena, mas muito movimentada, já que está na zona central da cidade.
Quando olho para as ruas e seus nomes de batismo, não consigo fugir à tentação de comparar, por vezes, a pequenez e simplicidade de algumas vias com a grandeza dos nomes que ostentam. Aqui, essa sensação acentua-se, pois António Nobre merecia mais, no meu entender. Contudo, não é fácil fazer coincidir a importância de uma rua com a pessoa homenageada.
Este poeta ultra-romântico e saudosista nasceu no Porto em 16 de agosto de 1867 e faleceu na Foz do Douro, em casa de seu irmão Augusto Nobre, cientista, político e professor da Universidade do Porto, em 18 de março de 1900, curiosamente o ano do falecimento de Eça de Queirós, com quem se cruzou na vida, em Paris, onde o escritor de "A cidade e as serras" era Cônsul de Portugal.
António Nobre frequentou o curso de Direito da Universidade de Coimbra. Desistiu e seguiu para Paris, tendo frequentado a Escola Livre de Ciências Políticas, onde se licenciou em Ciências Jurídicas. De regresso a Portugal, não pôde iniciar qualquer carreira profissional, por motivo de doença. A tuberculose levou-o a procurar alívio na Suíça e na Madeira.
Este poeta publicou em vida um único livro de poemas, intitulado "Só", no qual deixa transparecer sentimentos de tristeza e de nostalgia, talvez provocados pela doença de que sofria e que ele sabia ser fatal. Morreu cedo, aos 33 anos, mas deixou outros escritos que vieram a lume a título póstumo, nomeadamente, "Despedidas"(1902) e "Primeiros Versos" (1921). Mais tarde, ainda foram publicadas “Cartas Inéditas de António Nobre” (1934), “Cartas e Bilhetes Postais a Justino Montalvão” (1956) e “Correspondência” (1967).
"Só", obra que na minha juventude foi muito lida e apreciada, não deixou de ser considerada pelo autor como "o livro mais triste que há em Portugal". E quando o lemos, poema a poema, sentimos a dor que lhe ia na alma.
Fernando Martins
********************
Georges! anda ver o meu país de Marinheiros
O meu país das naus, de esquadras e de frotas!
Oh as lanchas dos poveiros
A saírem a barra, entre ondas e gaivotas!
Que estranho é!
Fincam o remo na água, até que o remo torça,
À espera de maré,
Que não tarda aí, avista-se lá fora!
E quando a onda vem, fincando-o com toda a força,
Clamam todas à uma: «Agôra! agôra! agôra!»
E, a pouco e pouco, as lanchas vão saindo
(Às vezes, sabe Deus, para não mais entrar...)
Que vista admirável! Que lindo! que lindo!
Içam a vela, quando já têm mar:
Dá-lhes o Vento e todas, à porfia,
Lá vão soberbas, sob um céu sem manchas,
Rosário de velas, que o vento desfia,
A rezar, a rezar a Ladainha das Lanchas…
(…)
Do livro "SÓ"
Uma reflexão para este domingo
SENHOR GENEROSO, SERVO IMBECIL
Georgino Rocha
Pedro anda preocupado com os ensinamentos de Jesus, tão diferentes das tradições judaicas e das aspirações que alimenta. Sobretudo no desenlace humilhante da vida em Jerusalém, nas atitudes a cultivar no relacionamento humano, na proposta insistente do perdão como caminho de recuperação de quem faz ofensas. A preocupação leva-o a pedir-lhe mais explicações e a pergunta surge directa: Quantas vezes, hei-de perdoar ao meu irmão? E adianta a medida que pensava ser mais generosa: Até sete vezes? E já era muito para um judeu, pois o número sete significa plenitude e faz evocar a sentença do filho de Caim, Lamec, que pretendia vingar a ofensa não sete vezes, mas setenta vezes sete.
A história das ofensas e das dívidas é longa e regista as mais diversas medidas disciplinares. Nas culturas conhecidas e nas religiões oficializadas. Entre os judeus, também, como aponta a Bíblia nos seus textos fundamentais. A razão parece simples: na medida usada se dá a conhecer o nível em que o outro é considerado, a gravidade da ofensa à dignidade alheia e a possível recuperação perante os demais, a relação com o Transcendente que frequentemente se solidariza com quem observa a regra estabelecida.
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 254
DE BICICLETA... ADMIRANDO A PAISAGEM – 37
A BICICLETA E A TECNOLOGIA...
Caríssima/o:
Era nesta época, e muito especialmente na “peregrinação” ao S. Paio da Torreira, que a nossa 'máquina' era obrigada a dar tudo quanto tinha... Depois dos parafusos bem apertados e de oleada até ficar besuntada, era posta à prova para ver o grau de resistência e mostrar a confiança que nos merecia para o longo ano lectivo que se aproximava...
De facto, a bicicleta evoluiu até chegar ao que temos hoje. A verdade, porém, é que os aperfeiçoamentos neste veiculo simples e saudável foram desenvolvidos e criados por pressão dos utilizadores que queriam cada vez mais um brinquedo melhor. Quem diz isto são especialistas do mundo inteiro.
Durante mais de um século pouco ou nada mudou. Até que os que a usavam não como simples transporte, mas como uma fonte de prazer, forçaram para que a bicicleta se tornasse no que ela é hoje.
Indiscutivelmente, a bicicleta é uma forma popular de entretenimento e recreação. Outros campos de actividade humana foram adoptados: exercício para adultos, brinquedos infantis, aplicações militares e policiais, bicicletas desportivas e serviços de entrega. Assim com o passar do tempo, a humilde bicicleta assumiu várias funções.
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