terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Faleceu Adília Lopes - A minha homenagem


Deus é a nossa
mulher-a-dias
que nos dá prendas
que deitamos fora
como a vida
porque achamos
que não presta

Deus é a nossa
mulher-a-dias
que nos dá prendas
que deitamos fora
como a fé
porque achamos
que é pirosa

Adília Lopes

No ano novo de 2025, o quê?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Há regiões em que na noite de passagem de ano tudo o que é velho - roupas, pratos, mobília... - vai pela janela fora para a rua. E também é sabido que na noite de passagem de ano há licenças ao nível do álcool e até com a sexualidade que normalmente não são permitidas. É um pouco como se, retomando agora de modo secularizado os mitos cosmogónicos, se instalasse o caos primitivo, para, em seguida, como fizeram os deuses in illo tempore, ser reposta a ordem do cosmos.
Perante um ano novo que está aí à nossa frente, os sentimentos misturam-se: perplexidade, entusiasmo, dúvida, expectativa, temor, esperança... Que é que nos reserva o novo ano: para mim, para a minha família, para os meus amigos, para o país, para a Europa, para o mundo? Será melhor, será pior que o ano que passou? É preciso pensar, pois a perplexidade é gigantesca — pense-se nas guerras em curso e a ameaça nuclear, pense-se na situação periclitante da Europa no contexto da nova geoestratégia global, pense-se na crise climática mortal, pense-se, sem excluir as suas vantagens, nos perigos da inteligência artificial, do trans- e pós-humanismo...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Novo ano vem a caminho


Terminadas as festas do Natal, com as alegrias, doces e alguns excessos, o Ano Novo já vem a caminho. Que venha, que já estamos preparados para o acolher, com a esperança de melhores dias. O sonho de todos seria o fim das guerras que teimam em persistir, quebrando os sonhos de um mundo aberto à paz e à fraternidade.
Nasci com a segunda guerra mundial e não gostaria que o fim dos meus dias na terra fosse marcado pelos conflitos armados em todos os cantos do planeta, a par de calamidades geradas pelas ação humana, direta ou indiretamente.
Vamos apostar no otimismo, na esperança de que daí resulte o bem, o bom e o belo.

Bom ano para todos

Fernando Martins

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Bom Natal para todos

Este Menino vai estar connosco na ceia

O Natal está a chegar à meta, cumprindo a tradicional caminhada litúrgica a que nos habituamos. Ano a ano repetimos os mesmos gestos e saboreamos a doçaria própria da época,  mês a mês aguardados para nos fazerem crescer água na boca. 
Recordo bem os tempos da minha meninice com as cerimónias em honra do Menino-Deus que nasceu em Belém, como é sabido, mas da sua infância pouco é conhecido.
Há na Igreja a tradição de beijar o Menino acabado de nascer, como reconhecimento pela Sua vinda até aos homens e mulheres de todos os tempos.
As famílias que o aceitam como  Deus-Menino dão largas à sua alegria e até O convidam para morar em suas casas durante uns tempos, nos presépios feitos ao gosto e arte de cada um.
Hoje é o dia da consoada. As famílias reúnem-se à volta da mesa para a ceia da tradição e nas nossas bandas saboreando o bacalhau e os doces da praxe. A alegria é o símbolo do que nos vai na alma. Que assim se mantenha durante a vida de todos.

Boas festas para todos e que a Bêncão do Menino inspire o bem a todos nós.

Fernando Martins

domingo, 22 de dezembro de 2024

Um MENINO sem frio

O Natal cá por casa vive-se com  ternura, à volta de Menino  enroupado, não fosse Ele apanhar frio. Temos dois, um em cada sala. Fazem parte do espólio da Lita desde menina e moça. E continuarão enquanto formos vivos. Depois, passarão para os nossos filhos, na certeza de que terão por eles a mesma ternura que lhes deixaremos em herança.

PAPA recomenda

“Não vos esqueçais dos necessitados! E quando encontrares crianças necessitadas, pessoas necessitadas, olha-as nos olhos e toca-lhes na mão enquanto dás a esmola, perto delas, com aquela proximidade que só o amor dá. Não vos esqueçais das crianças necessitadas, ide à sua procura! E deem o vosso amor, a vossa companhia, e ajudem-nas.”

Papa Francisco

Jesus, figura determinante

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Numa troca célebre de cartas entre o cardeal Carlo Martini, arcebispo de Milão, aquele que afirmou que a Igreja anda atrasada pelo menos 200 anos, e o agnóstico Umberto Eco, publicadas com o título “Em que crê quem não crê”, este escreveu: Mesmo que Cristo fosse apenas o tema de um grande conto, “o facto de esse conto ter podido ser imaginado e querido por bípedes implumes, que só sabem que não sabem, seria miraculoso (miraculosamente misterioso)”. O Homem teve, a dada altura, “a força religiosa, moral e poética, de conceber o modelo de Cristo, do amor universal, do perdão aos inimigos, da vida oferecida em holocausto pela salvação dos outros. Se fosse um viajante proveniente de galáxias longínquas e me encontrasse com uma espécie que soube propor-se este modelo, admiraria, subjugado, tanta energia teogónica, e julgaria esta espécie miserável e infame, que cometeu tantos horrores, redimida pelo simples facto de ter conseguido desejar e crer que tudo isto é a Verdade”.

Bisto de Aveiro - Todos podemos ser homens novos

"Que, neste Natal, cada cristão se torne um discípulo missionário de Jesus Cristo, para que a luz do Emanuel a todos ilumine, a todos torne mais felizes. Só Ele nos oferece um horizonte de realização plena, de felicidade perfeita. Todos podemos ser homens novos se deixarmos que Ele nasça no nosso coração para nos dar o exemplo.”

sábado, 21 de dezembro de 2024

Poema de Senos da Fonseca - O relógio não pára



O relógio não pára...

O tempo corre
Neste dia, frio e zangado,
A ria palheteada de prata
Parece cansada
Na sua peregrinação
De tanto correr para o mar.
E eu também cansado
Fico a desouvir o mundo
Onde reina humana expiação.

É frio este entardecer,
Não vale a pena fingir
E rezar por mim.
Não, não o faças.
Cheguei à vida
Porque assim quiseram.
Cheguei a sorrir...
Eu não sei bem se o desejava.
Não sabia que ia cumprir
Um fadário em que me negava
Mais fazer pelos outros
Que por mim não ser.

Hoje sonho
Noite de magia
Em que nascesse de novo;
Não para ser mais o menino
Mas para ser o “Homem”
Que com a palavra derrubasse o muro
Para que por ele passassem
Aqueles para quem não há presente,
E muito menos futuro.

Quereria ainda, antes de partir
Ter a doce ilusão
Uma ilusão do tamanho
Do meu eu
Em que a humana pequenez
Do espoliado revoltado,
Ferisse a «fera» do mundo avultado.

Para que quando a manhã nascesse
Não houvesse ricos nem pobres.
Manhã onde o Homem se afirmasse
Querer ser sem condições
A poder olhar livre, em todas as direcções.

E quando hoje deixasse de ser hoje,
Este obscuro poema
Transformado presépio real
Pudesse mostrar ao mundo:

Afinal sempre há Natal!

Senos da Fonseca

O Inverno está aí


Hoje, 21 de Dezembro, pelas 9h21, começa o Inverno em Portugal. Contudo, nós temos a sorte de beneficiar da uma situação de privilégio, graças à Ria que nos oferece temperaturas mais amenas. Os verões são menos quentes e os invernos menos frios.
Importa, pois, aproveitar esta circunstância para saborearmos a vida com mais tranquilidade, cultivando a ajuda mútua, nas mais variadas circunstâncias. Todavia, com as alterações climáticas notórias nos tempos que vivemos, precisamos de treinar o otimismo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Parque Infante D. Pedro foi requalificado

Congratulo-me com esta notícia


"Está concluída a obra de instalação de uma ponte nova junto à Casa de Chá e de requalificação do espaço lúdico a nascente do Parque da Cidade de Aveiro / Parque Infante D. Pedro, a que correspondeu um investimento municipal de 246 mil euros.
A empreitada permitiu reabilitar e adicionar novos equipamentos infantis, bem como consolidar os caminhos, com a reorganização das circulações e dos espaços lúdicos, reforçar a iluminação pública e valorizar os locais de acesso às crianças. Foi ainda substituída a antiga ponte em madeira (que tinha sido encerrada ao público por falta de condições de segurança), por uma nova ponte em madeira, semelhante à anterior.
Em todo o espaço foi feita a plantação de novas árvores, dando continuidade às existentes no Parque Infante Dom Pedro e no Parque dos Amores, diminuindo com isso a clareira existente na zona."
:::
Nota: Há dias, quando passámos pelo Parque, a Lita lembrou que  haviamos de voltar. Respondi que a última vez que por lá passámos nos deixou tristes, tal era o estado de abandono que se notava. Veio agora a notícia da sua requalificação. Agora sim. Voltaremos.

Um poema de Eugénio de Andrade


PARA DAR

Para dar tenho ainda quatro pedras
de cal, quatro punhados
de neve, quatro rosas
roubadas à espuma das vogais.
Tive noutro tempo um lódão
à porta, nele cantavam
as estações e as aves.
Cantavam afectos, melancolias,
coisas pequenas, leves:
a delícia dos dias.
Cantavam quando a luz rompia,
e quando a luz se esfarelava
inda se ouviam cantar.
Seriam elas?, seria eu?
Ofício triste, o do mar.

A Lita num ambiente que aprecia imenso


 Nota: Arranjo do Google.

Muralhas de Aveiro


Este é o monumento erguido frente à Sé de Aveiro. Trata-se de um trabalho de Álvaro Siza, inspirado nas antigas muralhas da cidade. Como é costume, já mereceu as críticas de alguns aveirenses. Vamos esperar para ver. Que outra forma haveria de trazer para o presente as muralhas que protegeram, há séculos, o povo da cidade?
Cá para nós que ninguém nos ouve, eu gostei. A robustez da pedra e a altura garantem, simbolicamente, a segurança da população. Este mau hábito de se criticar tudo não me parece justo. Álvaro Siza não é um artista respeitado? E não seria muito bom que o nosso povo se debruçasse   sobre o passado das nossas gentes?                        

Santos em Porcelana da Vista Alegre


«“Santos em Porcelana da Vista Alegre”, de Carlos Manuel Teles Paião, está novamente em exposição no Centro de Religiosidade Marítima, em Ílhavo.
Esta coleção de imagens devocionais foi doada ao Município de Ílhavo em julho de 2021, aquando da inauguração do Centro de Religiosidade Marítima, e apresenta-se como uma das mais significativas coleções desta temática, produzidas pela Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre.»

NOTA: Das redes sociais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro

Jesus vem para nos acompanhar...

Jesus vem para nos acompanhar com abraços, com sorrisos, com um Reino de paz, justiça e amor, consolando lágrimas, dores e dificuldades. Dá coragem e confiança a tantas pessoas de coração bom e generoso, grupos de voluntários, comunidades e paróquias...
Está presente, todos os dias, em tantas pessoas que dão a vida por Ele, em tantas  mesas partilhadas que são o sinal da sua presença no meio de nós, nos mais pequenos e nos últimos da sociedade, que são os seus preferidos.
Que Ele nos ajude a ser acompanhantes... na vida dos nossos irmãos, na fraqueza e na fragilidade, nas várias realidades do mundo em que vivemos, tornando-nos mais humanos e fraternos, vivendo por amor e abrindo o coração à ação do Espírito Santo.
Que o Senhor Jesus venha inundar de vida o nosso ser, transformando-nos para nos modelarmos segundo a sua Palavra. Tenhamos o gesto, o olhar misericordioso para o que necessita. Que saibamos ser sua presença, viver o dom que é viver unidos uns aos outros. No coração de Deus há um lugar preferencial para os pobres e neles encontramos o rosto e a carne de Cristo que se fez um de nós.
Neste tempo de Natal, missão e participação são duas realidades que devem estar presentes na vida de quem deseja festejar o nascimento de Jesus. Precisamos de deixar que Ele entre nas nossas vidas e que intervenha confiadamente, sem encontrar obstáculos.

domingo, 15 de dezembro de 2024

O Sol a despedir-se...


O Sol é sempre um espetáculo... mesmo quando vai aquecer e iluminar outro hemisfério... outras terras e outras gentes. Que vá, mas que volte quando acordarmos da noite serena.

A mulher na Igreja

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias
 
Se a verdade é mulher, não teremos razões para suspeitar que todos os filósofos, na medida em que foram dogmáticos, pouco entenderam de mulheres?” É com estas palavras que Nietzsche inicia a sua obra Para Além do Bem e do Mal, escrita em Sils-Maria, 1885.
Esta afirmação aplica-se não só aos filósofos, mas também aos teólogos, e, em geral, infelizmente, aos dirigentes, por princípio homens, da Igreja Católica.
Embora se não excluam traços maternos em Deus, a Bíblia chama a Deus Pai e não Mãe. Em primeiro lugar, porque se vivia numa sociedade patriarcal, e, depois, porque era necessário evitar toda uma linguagem que lembrasse as deusas pagãs da fertilidade...
É claro que Deus não é sexuado; portanto, chamar-lhe Pai é uma metáfora. Assim, tanto poderíamos dirigir-nos a ele como a ela, isto é, tanto poderemos chamar-lhe Pai como Mãe. E acrescento mesmo: o Deus que Jesus anunciou é o Deus bom e os cristãos deveriam dirigir-se-lhe sempre como Pai e Mãe (Pai/Mãe) - veja-se o famoso quadro de Rembrandt “O Regresso do Filho Pródigo” e repare-se nas mãos do Pai...

sábado, 14 de dezembro de 2024

O NOSSO MENINO JESUS


O NOSSO MENINO JESUS já mora na nossa casa. Aliás, sempre morou. Hoje foi instalado na sala principal onde a família convive e descansa. Está vestido a rigor com roupa confeccionada pela Lita, que sabe disso. Como podem apreciar, tem um gorro na cabeça. Também tem frio, mas não gosta de luvas. E aprecia muito as nossas conversas, sobretudo quando reina a alegria e a paz.

Bom Natal para todos

Fernando e Lita

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Sebastião da Gama - Pequeno Poema

Sebastião da Gama
 PEQUENO POEMA

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantarem,
nem enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama

In "SERRA-MÃE"

Bispo de Aveiro - Temos de ajudar os outros


"Num mundo que clama justiça e paz, temos de sentir a responsabilidade de ajudar os outros. Temos, como comunidade de irmãos, favorecer caminhos de reconciliação, de esperança, de justiça e de paz. O Jubileu que vamos celebrar é um tempo favorável à conversão e à reconciliação entre todos os membros da nossa comunidade. Somos peregrinos da esperança e, como refere o Papa Francisco, precisamos de transbordar esperança (cf. Rom 15,13) para testemunhar de modo credível e atraente a fé e o amor que trazemos no coração; para que a fé seja jubilosa, a caridade entusiasta; para que cada um seja capaz de oferecer um sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, sabendo que no Espírito de Jesus, isso pode tornar-se uma semente de esperança para toda a humanidade."

NOTA: Da Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro

Dia Mundial da Paz - 1 de janeiro

Recomenda o Papa


“Queremos escutar este grito da humanidade para nos sentirmos chamados, todos nós, juntos e de modo pessoal, a quebrar as correntes da injustiça para proclamar a justiça de Deus. Alguns atos esporádicos de filantropia não serão suficientes. Em vez disso, são necessárias transformações culturais e estruturais, para que possa haver também uma mudança duradoura.”

Eugénio de Andrade - PARA DAR



PARA DAR

Para dar tenho ainda quatro pedras
de cal, quatro punhados
de neve, quatro rosas
roubadas à espuma das vogais.
Tive noutro tempo um lódão
à porta, nele cantavam
as estações e as aves.
Cantavam afectos, melancolias,
coisas pequenas, leves:
a delícia dos dias.
Cantavam quando a luz rompia,
e quando a luz se esfarelava
inda se ouviam cantar.
Seriam elas?, seria eu?
Ofício triste, o do mar.

Eugénio de Andrade

Pena de Morte

Portugal foi o primeiro país da Europa 
a abolir a Pena de Morte

"Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos"
:
Victor Hugo, 1876,
a propósito da abolição
da pena de morte em Portugal

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Praia da Barra


Ainda falta tanto tempo para podermos saborear este ambiente! E é por isso que sonho dia após dia quando o frio me incomoda!
Aquecedores, cobertores, casacas e sobretudos jamais substituirão o Rei Sol, que é, como diz alguém, meio alimento. E aqui prometo que, não tendo sido um apaixonado pelas praias, passarei a sê-lo.

A ESTRELA


A estrela vai-se aproximando de nós ou nós dela. No fundo, é um sinal de esperança para os cristãos. Quem dera que a soubéssemos seguir!

Dia Internacional da Montanha


O Dia Internacional da Montanha é celebrado hoje, dia 11 de dezembro, e desde 2003. Pretende-se, com esta celebração, sensibilizar as populações para a importância da preservação das montanhas no mundo. E haverá por aí quem não goste de as visitar e nelas respirar o ar puro e apreciar panoramas ímpares?

SCHOENSTATT - Presépios


Gosto de apreciar os presépios na quadra natalícia. Por mais simples ou mais elaborados que eles sejam. Fazem parte das nossas tradições cristãs e elevam-nos até à humildade, de que andamos tão afastados. É muito bom recuarmos até à meninice.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

CUSTÓDIAS

No livro “PRESENTE E MEMÓRIA - 75 anos de Restauração da Diocese de Aveiro”, edição da nossa diocese, que hoje reli, está nesta página a custódia da nossa Gafanha da Nazaré. Qual será?
Aqui fica um desafio às nossas memórias.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Arrumar livros


Arrumar livros, por vezes longe da lógica, é tarefa que aprecio. Tem uma certa vantagem: acabo por descobrir obras que merecem uma releitura, ou parte dela. De modo que o tempo passa sem me cansar. Hoje foi um dia desses e o tempo voou sem eu dar conta. Nestas alturas,  lembro amigos dos lançamentos de livros, em especial em Aveiro. E assim fujo a alguma monotonia da minha vida de octogenário avançado.
Há dias conversei com alguém sobre leituras e chegámos à triste conclusão de que cada vez se lê menos. Os jornais em papel talvez desapareçam de circulação, porque se leem online. Por este andar, vai aumentando o manuseamento dos telemóveis. É a vida.

Dia Internacional Contra a Corrupção


O Dia Internacional Contra a Corrupção celebra-se neste dia, 9 de dezembro. Toda a gente sabe o que é corrupção. É um crime que lesa pessoas e instituições em favor de uns tantos. E não será fácil prová-la.
No fundo, trata-se de um “aliciamento de uma ou mais pessoas, geralmente através da oferta de bens ou de dinheiro, para a prática de atos ilegais em benefício próprio ou de outrem; suborno”. Tenho para mim que importa formar e informar as pessoas, o mais cedo possível, para o crime que representa a corrupção.
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 9 de novembro de 2003, quando foi assinada a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que entrou em vigor em 2003.

Mais uma semana...


Mais uma semana com  histórias para contar, que hão surgir, disso estou certo. A vida segue o tempo presente alicerçado no passado e com projetos para o futuro. Pela positiva, prometo eu.
Quando iniciei o meu blogue, inspirado nos que ia lendo de gente mais sabida e por isso inspiradora, jamais me passou pela cabeça manter a chama sempre em crescendo. Isto é possível, naturalmente, quando acreditamos na causa de contribuir para o bem comum, pela partilha de ideias, sentimentos e emoções, cada um à sua medida.
É com este espírito que inicio esta semana, que desejo florida.
Saúde e otimismo para todos

FM

A conceição imaculada de Maria

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Santo Agostinho é um génio. E a sua influência foi determinante para o homem europeu e, depois, com a missionação, para a Humanidade, sendo necessário acrescentar que esta influência foi para o bem e para o mal. Como exemplo da influência negativa pense-se no seu pessimismo, que o levou à convicção de que o prazer sexual está sempre ligado ao pecado, pois a finalidade da relação sexual devia ser unicamente a procriação.
Baseado na tradução latina da Carta de S. Paulo aos Romanos, 5,12, referente a Adão: “no qual todos pecaram”, Santo Agostinho, contra o texto original grego, que diz: “porque todos pecaram”, interpretou - ele não sabia grego - que o pecado de Adão não é apenas o primeiro da série de todos os pecados cometidos pelos homens e mulheres ao longo da História, mas que esse pecado é um pecado hereditário, de tal modo que é um pecado de todos, transmitido por geração no acto sexual. Portanto, o recém-nascido não é inocente, nasce em pecado, do qual, para evitar a condenação eterna, só o baptismo o pode libertar.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Nossa Senhora da Conceição - Vila Viçosa


Celebramos hoje (8 de dezembro) a solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, feriado nacional em Portugal. Vila Viçosa, no Alentejo, é um destino de peregrinação para muitas pessoas nestes dias, hoje em particular.

IMACULADA CONCEIÇÃO - 8 de Dezembro

Hoje dou a palavra a um saudoso amigo, Pe. Georgino Rocha, que já está no seio de Deus. Colaborou regularmente no meu blogue, pelo que lhe estarei sempre muito grato. E ele sabe quanto apreciava a sua cultura e generosidade.
Obrigado, meu bom amigo.


SEJA FEITO O QUE DEUS QUER

A resposta de Maria ao convite/apelo que Deus lhe faz, por meio do enviado celeste, para ser a mãe de Seu filho condensa-se neste “seja feito o que Deus quer”. É resposta de entrega total, após diálogo esclarecedor que vence medos, dissipa dúvidas, gera certezas e rasga horizontes de felicidade. É resposta de sintonia perfeita e de inserção plena no projecto de salvação que, desde há muitos séculos, estava em curso. É resposta de confiança absoluta na fidelidade de Deus às promessas da aliança outrora celebrada. É resposta envolvente de quem, como Maria, se coloca nas mãos de Deus e quer servir, livre e generosamente, os agraciados e amados por Ele, a humanidade toda.
A atitude de Maria contrasta radicalmente com a de Adão e Eva que pretendiam ser senhores exclusivos da vida e juízes da moralidade do agir humano, ditando a seu bel-prazer o que é bom e o que é mau, prescindindo da matriz ética de toda a natureza que Deus lhe imprimiu. É a autoafirmação do livre arbítrio, o culto do parecer subjectivo, a proclamação do gosto inacabado e ousado, da satisfação imediata. É atitude que permanece com actualidade flagrante.

sábado, 7 de dezembro de 2024

Jardim Oudinot - 1


 Já lá vão uns anos. Os primeiros passos para a sua construção estavam a ser dados. Passei por lá e registei o facto. As fotos retratam o que vi.

Caramulo



Depois de algumas arrumações encontrei algumas referências respeitantes ao Caramulo, serra de boas memórias para mim. E as fotografias, que tenho um pouco por cada canto, vieram na hora certa para iniciar o meu fim-de-semana. Bom tempo e saúde para todos os meus leitores e amigos.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Malta da minha geração


Hoje, aqui fica uma homenagem à malta da minha geração. Recordo-os com muita saudade, mas alguns já estão no seio maternal de Deus. Rezarei por todos. E daqui, deste meu recanto, envio um forte abraço de muita amizade para os que permanecem ativos.

Quando haverá de novo Natal de todos?

"Quando haverá de novo Natal de todos?
Hoje mesmo, se eu quiser. Se o quiserem, comigo, os que creem que o Natal de Cristo foi, é e será sempre, o Natal que dá sentido ao dia e luz à noite. O Natal que aquece corações enregelados, escancara portas à esperança, sensibiliza ao amor, constrói fraternidade, faz do mundo lugar apetecível, sempre e para todos.
Natal que dá rosto humano a Deus e rosto divino aos homens e mulheres de sempre.
É este o Natal de Cristo, o Natal cristão, o meu Natal. Por isso é festa. De Deus para mim, para todos."

António Marcelino,
Bispo Emérito de Aveiro

Nota: Dezembro de 2007, no meu blogue

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Ana Luísa Amaral - Anunciação



Eu? ela perguntou

Mas diz-me como
se trago sobre mim
pano de linho
tingido de mil céus?

Se continuo a amar
o meu olhar ao espelho
nele passeio os olhos
como um longo deserto
vagueia o peregrino?

Mas sobretudo
se não ecoa em mim
o nome que me dás

nem o meu sim
ressoa
em nitidez de sino?

Ana Luísa Amaral

In "O OLHAR DIAGONAL DAS COISAS"

Parque Infante D. Pedro requalificado


A Lita na visita ao Parque há tempos
 

Ponte e espaço lúdico para os mais novos

A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) informa que está concluída a obra de instalação de uma ponte nova junto à Casa de Chá e de requalificação do espaço lúdico, a nascente, do Parque da Cidade de Aveiro / Parque Infante D. Pedro, a que correspondeu um investimento no valor de 246 mil euros.
No âmbito da requalificação, foram consolidados os caminhos, com a reorganização das circulações e dos espaços lúdicos, reforçada a iluminação pública e valorizados os locais de acesso às crianças.
Outra das ações relevantes tratou-se da substituição de uma antiga ponte em madeira (que tinha sido encerrada ao público por falta de condições de segurança), por uma nova ponte em madeira, semelhante à anterior.
Em todo o espaço foi feita a plantação de novas árvores, dando continuidade às existentes no Parque Infante Dom Pedro e no Parque dos Amores, diminuindo com isso a clareira existente na zona e prosseguindo com a opção e estratégia política da CMA de reflorestação e cuidado permanente das áreas verdes por todo o Município.

NOTA: 
1- Informação da CMA:
2 - Ontem passámos pelo referido Parque, uma oportunidade para a Lita lembrar que gostava de voltar àquele espaço, tal como fizemos há tempos. Respondi que devia estar na mesma, ao jeito de algum abandono. Hoje soube da sua reabilitação. Agora, sim. Voltaremos em breve.

O TEMPO



Não há dúvida que os tempos continuam, sorrateiramente, na sua caminhada de mudanças. Se não fossem os avisos constantes das comunicações sociais ninguém escapava às chuvadas e ventanias. Ora está com promessas de bom tempo, ora tudo muda de um momento para o outro.
Frequentemente, saímos de casa com sol radioso e temperatura amena e regressamos com chuva e frio de rachar. Somos obrigados a andar prevenidos. Explicação para isto? As atitudes ofensivas do HOMEM pagam-se caro. A NATUREZA não perdoa.

FM

Dia Internacional do Voluntariado

O Dia Internacional do Voluntariado celebra-se hoje, 5 de Dezembro. Pretende-se com esta celebração incentivar o serviço voluntário em todo o mundo. Esta data foi proclamada em Dezembro de 1985. O Voluntário é o que leva à prática fazer o bem sem olhar a quem, sem esperar nada em troca.
No meu tempo de menino e jovem, as famílias ajudavam-se mutuamente, sobretudo em tarefas agrícolas. Recordo os serões para desmantar o milho, fabricar adubos nos areais junto à Mata da Gafanha, construir poços de rega, etc.
Em Portugal, o voluntariado tem vindo a aumentar, tanto ao nível das organizações que promovem o voluntariado, como a nível da quantidade de voluntários existentes.
Ainda assim, o número de voluntários em Portugal é reduzido, se comparado à média europeia.
O voluntariado é um ato de cidadania, sendo cada vez mais uma componente importante no percurso de vida das pessoas, contribuindo para reduzir as disparidades sociais e para promover a necessidade e o dever de ajudar o próximo. Para o voluntário é também um ato recompensador, ajudando a alcançar o sentimento de autorrealização.
Neste dia realizam-se atividades como a recolha de alimentos em hipermercados, com cerca de 40 mil voluntários espalhados pelo país.

NOTA: Com colaboração das redes sociais.

CMI vai construir 72 habitações

A Câmara Municipal de Ílhavo abriu os concursos públicos para três empreitadas no âmbito do Programa 1.º Direito, em resposta à Estratégia Local de Habitação desenvolvida para o Município, num total de 72 habitações, cujos concursos foram publicados no passado dia 26 de novembro, em Diário da República, com um prazo para apresentação de propostas até 31 de dezembro.
As empreitadas, todas de 12 meses, preveem a construção de um edifício de 32 fogos no lugar do Bebedouro (4,7 milhões de euros), a reabilitação de um edifício de oito fogos na Rua Padre Manuel Bernardes (870 mil euros), ambas na Gafanha da Nazaré, e a construção de um edifício de 32 fogos, na Rua do Carmo, na Gafanha da Encarnação (4,4 milhões de euros).

Nota: Redes Sociais 

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Schoenstatt - Presépios



Passámos hoje por Schoenstatt, cumprindo uma "promessa" de há dias. Foi a correr, que o tempo urgia, mas prometemos voltar. O ambiente schoenstattiano sempre nos agradou, mas a vida tem as suas leis. Voltaremos.
::
Hoje pretendo apenas chamar a atenção dos meus leitores e amigos para os presépios que ladeiam a rua frente ao Santuário. 

VAMOS A CAMINHO DO NATAL



Vamos a caminho do Natal com a proposta de uma boa amiga de há bons anos. Aida Viegas teve a gentileza de me enviar um poema ilustrado, bem ao seu jeito. E venham mais dela e de tantos amigos que visitam frequentemente o meu blogue.

FM

domingo, 1 de dezembro de 2024

Recordar é viver


Em São Pedro do Sul, há anos, em passeio de passagem, a Aidinha comprou um chapéu, pago pelos pais, mas ela necessitou de confirmar que lhe ficava bem. O espelho nunca engana ninguém.

OUVIR

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

É preciso ver o invisível e vê-lo precisamente no visível. É necessário voltar à terra e ver aí e daí os sinais que Deus nos faz: no céu estrelado, na rosa que dá perfume sem porquê, como escreveu Angelus Silesius, sobretudo no sorriso de uma criança e na visita de qualquer rosto de homem ou mulher e seja qual for a sua origem ou cor...
Mas não basta aprender a ver. É necessário igualmente saber ouvir. Não será por isso que a arte, cujo referente é o invisível no visível, tem as suas supremas expressões na pintura, na escultura e na música? A grande música está aí essencialmente para dizer o indizível, dando-lhe voz...
Entre os primeiros sons que teremos ouvido, está o do bater do coração da nossa mãe. Por isso é que há aquele brinquedo simples, dos japoneses, segundo creio, cuja única façanha é imitar o bater do coração humano. Quando o bebé chora, ao ouvir o bater desse brinquedo, que lhe recorda o coração materno, deixa de chorar, tranquiliza-se. Depois, deram-nos um nome, e, ainda hoje, ouvindo o nosso nome, sabemos que é a nós que chamam. Aprendemos a falar, ouvindo e imitando outros humanos que proferiam sons articulados...

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Propriedade agrícola dos nossos avós

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