entrevistou Cristiana Lopes,
uma escritora da nossa terra
«Cristiana Lopes saiu da Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, de onde é natural, para o México, primeiro, e Espanha, depois. Tinha 22 anos quando emigrou e é essa experiência que conta em “Millenials, cidadãos do mundo - relatos da nova diáspora”. No livro revela a sua desilusão com o mundo do trabalho em Portugal. “Esta geração valoriza também a cultura empresarial, a maneira como é tratada, o tipo de trabalho e responsabilidade que tem, a flexibilidade que existe, a progressão na carreira e o sentir que está a aprender todos os dias”, diz
Diário de Aveiro: Dizes no livro que para os jovens que emigram agora prevalece a vontade de descobrir e experimentar sobre a necessidade de possuir bens materiais. Foi isso que essencialmente te moveu?
Cristiana Lopes: Em certa parte, sim. Penso que valorizamos muito mais as experiências que os bens materiais. Não querendo generalizar, a geração Millennial cresceu num mundo onde as posses materiais estavam garantidas: casa, carro, comida na despensa, materiais escolares, etc., e portanto já não valoriza tanto estas coisas como as gerações anteriores, que emigravam com o objectivo de poder construir uma casa em Portugal e possuir um bom carro. A minha geração cresceu num mundo globalizado, onde a mudança é constante e existe muita facilidade em viajar. No meu caso, eu não sabia bem o que queria fazer no futuro, não sabia bem onde queria viver, e, com 22 anos, queria conhecer o mundo, partir à descoberta e deixar os bens materiais para trás: porque só se pode viajar com uma ou duas malas. Queria aprender primeiro, viver novas experiências e conhecer pessoas de outras nacionalidades.»
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Maria José Santana também a entrevistou. Ver PÚBLICO
NOTA: Ainda não vi o livro de Cristiana Lopes, mas é óbvio que tenho mesmo de o ler.