terça-feira, 24 de maio de 2022

Caldeira do Forte



Encontrada a fotografia, aqui a deixo para memória futura. O original, de papel, pode ser roído por um qualquer parasita, mas no blogue ficará enquanto as novas tecnologias o permitirem.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Arbusto florido para abrir o dia

 


Passei pelo quintal para começar o dia. Um arbusto florido deu sinais de Primavera. E aqui partilho as suas flores com votos de otimismo. Sem flores e sem otimismo não haverá alegria de viver.
Boa semana para todos.

Libertar-se da vontade de dominar

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Apesar de grandes mudanças em muitos sectores da vida moderna, não se ataca o fosso entre ricos e miseráveis. Procura-se insistir na mentira de que é a meritocracia que faz os ricos e a preguiça faz os pobres, os pouco ambiciosos.

1. O encontro pacífico entre povos e culturas supõe um processo de libertação da vontade de dominar o outro. Procurar libertar-se do desejo de dominar é o bom caminho para o triunfo da fraternidade e da amizade social, em todas as situações.
Perante o fenómeno da globalização, o Papa João Paulo II, embora considerasse esse fenómeno irreversível, sublinhava que precisava de ser orientado na direcção da equidade e da solidariedade, para não se tornar um sistema de dominação e colonização.
O mito bíblico da Torre de Babel, ao contrário do que muitos dizem, representa o veemente protesto de Deus contra o extermínio da diversidade de línguas e culturas. Não suporta o totalitarismo de uma só língua, de uma só cultura [1]. A narrativa do Pentecostes, nos Actos dos Apóstolos, diz algo de extraordinário: nenhum povo precisava de negar a sua originalidade cultural, a sua própria língua, para entender a voz do Espírito. A graça divina não nega a natureza. É a sua cura e sublimação.

domingo, 22 de maio de 2022

Amola-tesouras passaram de moda?

Amola-tesouras

Há bons anos, nem sei há quantos, os amola-tesouras, que também reparavam guarda-chuvas e tigelas, desapareceram das nossas ruas. Afiavam as tesouras e facas, reparavam tigelas e travessas com agrafes e voltavam às ruas, anunciando os seus serviços com uma gaita que passavam pelos beiços, soprando.
E deixaram de aparecer pela simples razão de que agora o que se estraga vai para o lixo. E os amola-tesouras mudaram de vida. 
Também havia os capadores que usavam a mesma gaita. Com uma navalha bem afiada, faziam o serviço, com rapidez e eficiência, e desinfetavam os golpes certeiros com petróleo ou vinagre. Não consta que tenha morrido alguma animal por isso. Era, realmente, uma barbaridade. Hoje, os veterinários fazem esses trabalhos com dignidade. 

Nota: Venho com esta estória porque encontrei a foto nos meus arquivos.

AVEIRO: Ordenação dos Primeiros Diáconos Permanente

Sé de Aveiro: 22 de Maio de 1988


Joaquim Simões
Afonso Henriques
Completam-se hoje 34 anos sobre a ordenação dos primeiros Diáconos Permanentes, na Sé de Aveiro, em cerimónia presidida por D. António Marcelino, estando presente o Bispo Emérito, D. Manuel de Almeida Trindade. Foram eles José Joaquim Pedroso Simões, da Gafanha da Nazaré; Daniel Rodrigues, da Glória; João Afonso do Casal, da Glória; Manuel Fernando da Rocha Martins, da Gafanha da Nazaré; Luís Gonçalves Nunes Pelicano, da Palhaça; Fernando Reis Duarte de Almeida, de Óis da Ribeira; Afonso Henriques Campos Oliveira, de Recardães; Augusto Manuel Gomes Semedo, de Águeda; e Carlos Merendeiro da Rocha, da Gafanha da Nazaré. Destes, já partiram para o seio maternal de Deus Daniel Rodrigues, João Afonso do Casal, Fernando Reis Duarte de Almeida, Augusto Manuel Gomes Semedo e Carlos Merendeiro da Rocha.
Fernando Martins
Luís Pelicano
Posteriormente, foram ordenados outros que se dedicaram, cada um a sei jeito, à missão de servir a Igreja Católica no mundo complexo dos homens e mulheres do nosso tempo, sem regatearem esforços, sob a capa de Deus que nos recomendou, pelo exemplo e pela palavra de seu filho, Jesus Cristo, o mandamento novo: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
Saúdo os colegas do meu grupo (Joaquim Simões, Afonso Henriques e Luís Pelicano) pela persistência da sua doação ao serviço diaconal, em prol das comunidades em que estão inseridos. Mas também me quero dirigir a todos os outros diáconos permanente da nossa Diocese e suas famílias, com um abraço fraterno e votos de muita saúde e paz. Que as bênçãos de Deus nos tornem mais fortes nas missões em que fomos investidos, são os meus votos.

Fernando Martins, 
Diácono Permanente

Nota: A ilustração foi lavra do saudoso Jeremias Bandarra

sábado, 21 de maio de 2022

Unir a bondade e a inteligência

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Com bondade generosa e inteligência lúcida, podíamos e devíamos fazer da Terra uma casa comum mais bela, mais iluminada, para habitar.

O senhor Elliot fora operado a um tumor. Embora a operação tenha sido considerada um êxito, depois dela as pessoas começaram a dizer que o senhor Elliot já não era o mesmo - sofrera uma mudança de personalidade drástica. Outrora um advogado de sucesso, o senhor Elliot tornou-se incapaz de manter um emprego. A mulher deixou-o. Tendo desbaratado as suas poupanças, viu-se forçado a viver no quarto de hóspedes em casa de um irmão. Havia algo de estranho em todo este caso. De facto, intelectualmente continuava tão brilhante como antes, mas fazia um péssimo uso do seu tempo. As censuras não produziam o mínimo efeito. Foi despedido de uma série de empregos. Embora aturados testes intelectuais nada tivessem encontrado de errado com as suas faculdades mentais, mesmo assim foi procurar um neurologista. António Damásio, o neurologista que Elliot consultou, notou a falta de um elemento no reportório mental de Elliot: ainda que tudo estivesse certo com a sua lógica, memória, atenção e outras faculdades cognitivas, Elliot parecia não ter praticamente sentimentos em relação a tudo o que lhe acontecera. Sobretudo era capaz de narrar os trágicos acontecimentos da sua vida de uma forma perfeitamente desapaixonada. Damásio ficou mais impressionado do que o próprio Elliot. A origem desta inconsciência emocional, concluiu Damásio, fora que a cirurgia da remoção do tumor cortara as ligações entre os centros inferiores do cérebro emocional e as capacidades de pensamento do neocórtex. O pensamento de Elliot tornara-se igual ao de um computador: totalmente desapaixonado.

Festival da Canção Mensagem — Notas para a sua história


Em 1978, o Grupo da Juventude Masculina de Schoenstatt, bem apoiado e estimulado pelo Pe. António Maria Borges, sentiu que seria interessante promover a realização de um Festival da Canção, que servisse de estímulo ao aparecimento de novos compositores, autores de poemas e intérpretes. O festival destinar-se-ia também a angariar fundos para a ampliação da Casa de Sião.

1978 — 1.º Festival
“Eu sou como o vento” — Letra e Música: José Fernando. Intérprete: Grupo “Nós”.

1979 — 2.º Festival
Armando (?)

1980 — 3.º Festival
“GIRA” — Letra e Música: Pe. António Maria Borges. Intérprete: Manuel Serafim.

1981 — 4.º Festival
“Duo África”

1982 — 5.º Festival
“Deixem viver a natureza” — Grupo “Nova Era”.

1983 — 6.º Festival
“Meu irmão” — Letra: João Esteves Almeida ; Música e Intérprete: Armando Carlos.

1984 — 7.º Festival
“Bandeira da Paz” — Letra: Paula Bizarro; Música e Intérprete: Carlos Margaça.

1985 — 8.º Festival
“Abre o Coração para amar” —Letra: Manuel Pina; Música e intérprete: Cândido Casqueira.


NOTAS:

1 – Quem possuir mais informações fidedignas, agradeço a generosidade de  mas remeterem;
2 – Também gostaria de publicar fotos dos festivais;
3 – Elementos recolhidos no livro “Gafanha – N.ª S.ª da Nazaré”, de Manuel Olívio Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins.