quarta-feira, 23 de julho de 2014

PORTUGAL SAI DERROTADO NA CPLP

Os direitos humanos foram ignorados 


«Portugal resistiu enquanto pôde à entrada da Guiné Equatorial na CPLP. Em 2010, ganhou tempo com uma moratória. Em 2012 resistiu. Mas agora, face ao ultimato de Angola e Brasil, acabou por ceder. “Portugal aguentou, aguentou, aguentou…”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, no passado domingo, no seu espaço de comentário habitual na TVI, referindo-se ao processo de adesão da Guiné Equatorial à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Portugal disse não uma vez, em 2010, na cimeira de Luanda. E outra, em 2012, em Maputo. Estabeleceu-se um roteiro, requisitos mínimos: o fim da pena de morte e medidas destinadas a promover o uso do português. Mas as pressões dos “países irmãos” foram tantas que o Governo cedeu. “Portugal baixou a bola”, disse Marcelo. O Observador sabe que as coisas foram mais complicadas do que isto, mas o “professor” resumiu bem a história.»

Texto de Fávio Monteiro no OBSERVADOR



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terça-feira, 22 de julho de 2014

O VIVER DO HOMEM


"O homem que começou a viver mais seriamente por dentro, começa a viver mais singelamente por fora."

(Ernest Hemingway, 1899 - 1961)



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O MAR E AS MULHERES

Uns conselhos de Ramalho Ortigão



Uma leitura para este tempo é ou pode ser Ramalho Ortigão. Um clássico porventura a cair no esquecimento. Dele não conhecia muito. Umas Farpas e textos de antologias. 
Graças à Editora Quetzal, estou a ler "As Praias de Portugal - Guia do Banhista e do Viajante", cuja primeira edição data de 1876. As nossas praias, Barra e Costa Nova, não lhe mereceram qualquer referência. Apenas diz que a Costa Nova era frequentada por algumas famílias de Aveiro e seus subúrbios. Nem o Algarve está no mapa. 
De qualquer forma, o leitor fica ao alcance de bons nacos de prosa e de informação variada. E não faltam curiosidades científicas, decerto já ultrapassadas. Já lá vão uns 150 anos. 
Deixo aqui um pedacinho dedicado às mulheres, que talvez possua um fundo de atualidade, com poesia para este tempo.
Boas férias para todos.


«Aí o tens, boa amiga, o vasto, o poderoso Oceano! Procura conhecê-lo. Ele será o teu melhor, o teu mais fiel amigo, o teu médico, o teu mestre, o namorado do teu espírito.
Tudo aquilo de que precisa o teu abatido organismo, a tua imaginação, o teu carácter, a tua alma, o mar possui para to dar.
Ele tem o fosfato de cal para os teus ossos, o iodo para os teus tecidos, o bromureto para os teus nervos, o grande calor vital para o teu sangue descorado e arrefecido.
Para as curiosidades do teu espírito ele tem as mais interessantes histórias, os mais engenhosos romances, os mais comoventes dramas, as mais prodigiosas legendas.
Para as fraquezas da tua imaginação, da tua sensibilidade, da tua ternura, tem finalmente a grande força austera, simples, tenaz, implacável, que na terra se não encontra senão dispersa, em pequenas parcelas, pelo que há de mais sublime e de mais culminante na humanidade: a alma dos heróis e o coração das mães; - força imensa, sobrenatural, inconsciente, de que o mar é viva imagem colectiva e portentosa.»

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SOLIDÃO E LIBERDADE

«Quem não ama a solidão, também não ama a liberdade: 
apenas quando se está só é que se está livre»

Arthur Schopenhauer, 
1788 - 1860


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segunda-feira, 21 de julho de 2014

PAI AMÉRICO

Bispo do Porto evoca o Padre Américo

O bispo do Porto pediu, no sábado, aos cristãos que rezassem 
para que a “beatificação e canonização” do padre Américo 
seja uma realidade

«Fundador da Casa do Gaiato será para «sempre cidadão do Porto e modelo da alma cristã e solidária» da cidade.
No simpósio sobre «Padre Américo - Modelo de Caridade para os nossos dias» para celebrar o aniversário da Obra da Rua, D. António Francisco dos Santos sublinhou na homilia da celebração que o Padre Américo “partiu cedo demais” e não se sabe “quantas barreiras ele teve de vencer”, mas ele “estava decidido! Havia uma força interior que o impelia”.
A Diocese do Porto viveu com “alegria e gratidão” este dia de aniversário da Obra Rua e “evocou com devoção e emoção” a memória do seu fundador, Padre Américo Monteiro de Aguiar, que celebrou o aniversário da morte, no passado dia 16 deste mês.
O Padre Américo percorreu “como ninguém as ruas mais pobres” da cidade do Porto e “lamentou-se de tão tarde ter conhecido a alma da cidade, porque aqui encontrou generosidade e carinho, que nunca se cansou de agradecer”, afirmou D. António Francisco na Casa de Vilar.»

Ler mais aqui

Nota: Tenho dificuldade em entender a demora do reconhecimento, pela Igreja Católica, das virtudes do Pai Américo, atribuindo-lhe a honra dos altares. Sei quanto ele testemunhou a paz, a fraternidade, a caridade e a partilha com os pobres dos pobres. Todos os portugueses sabem disso tanto ou mais do que eu.
Entretanto, também todos sabemos, a Igreja distingue com a beatificação e canonização pessoas que nada nos dizem, algumas repescadas de há séculos... e cujas virtudes estão, por vezes,  carregadas de lendas. Eu acho que a Igreja devia  pensar mais na forma como escolhe os santos, porventura usando atualmente esquemas sem sentido.

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POESIA PARA ESTE VERÃO: NÓ




Um poema de Daniel Jonas

Do ventre da baleia ergui meu grito:
Senhor! (dizer teu nome só é bom),
Em fé, em fé o digo, mesmo com
Um coração pesado e contrito
Que és de tudo verdade e não mito,
O coração do amor, de todo o dom,
Conquanto seja raro o bem e o bom
E toda a luz aqui me falhe, és grito
Que chama toda a chama de esperança
E acorda a luz que resta à réstia eterna,
Conquanto viva o mártir na espelunca
Da vida (quem espera amiúde alcança)…:
Possa o nazireu preso na cisterna
Sofrer de ser só tarde mas não nunca.


Nó,  editado pela Assírio & Alvim, 2014

SANTUÁRIO DE SCHOENSTATT — UM LUGAR ONDE É BOM ESTAR

Santuário de Schoenstatt - Gafanha da Nazaré


Férias para este tempo


A nossa região tem o privilégio de acolher no seu seio um Santuário Mariano dedicado à Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, onde é bom estar, como se diz entre os schoenstattianos e não só. Esta verdade, incontestável, pode ser experimentada por quem estiver disposto a passar por lá, respirando uma serenidade que é enriquecida pelo silêncio, pelos jardins floridos segundo cada época do ano, pelo asseio que se verifica em todos os cantos, pelos sorrisos das Irmãs de Maria, ao jeito natural de quem sabe que o acolhimento é chave importante para entrar na espiritualidade que um dia o Padre José kentenich sonhou com um grupo de jovens seminaristas e que hoje está nos quatro cantos do mundo. 
Assente em três grandes pilares, Santuário, Nossa Senhora e Fundador, abertos a uma Aliança de Amor com a Mãe de Jesus, que há de conduzir ao Deus Trino, Schoenstatt aposta na transformação do mundo, dinamizando ações direcionadas para gentes de todas as faixas etárias e de diversos estratos sociais. 
O Santuário Diocesano de Aveiro nasceu e criou raízes na Colónia Agrícola, tendo a paróquia da Gafanha da Nazaré como matriz fundamental, no acolhimento que prestou, nas obras que dinamizou, na espiritualidade que muitos assumiram desde a primeira hora, no testemunho que promoveu.

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