Santuário de Schoenstatt - Gafanha da Nazaré |
Férias para este tempo
A nossa região tem o privilégio de acolher no seu seio um Santuário Mariano dedicado à Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, onde é bom estar, como se diz entre os schoenstattianos e não só. Esta verdade, incontestável, pode ser experimentada por quem estiver disposto a passar por lá, respirando uma serenidade que é enriquecida pelo silêncio, pelos jardins floridos segundo cada época do ano, pelo asseio que se verifica em todos os cantos, pelos sorrisos das Irmãs de Maria, ao jeito natural de quem sabe que o acolhimento é chave importante para entrar na espiritualidade que um dia o Padre José kentenich sonhou com um grupo de jovens seminaristas e que hoje está nos quatro cantos do mundo.
Assente em três grandes pilares, Santuário, Nossa Senhora e Fundador, abertos a uma Aliança de Amor com a Mãe de Jesus, que há de conduzir ao Deus Trino, Schoenstatt aposta na transformação do mundo, dinamizando ações direcionadas para gentes de todas as faixas etárias e de diversos estratos sociais.
O Santuário Diocesano de Aveiro nasceu e criou raízes na Colónia Agrícola, tendo a paróquia da Gafanha da Nazaré como matriz fundamental, no acolhimento que prestou, nas obras que dinamizou, na espiritualidade que muitos assumiram desde a primeira hora, no testemunho que promoveu.
À volta do Santuário
À volta do Santuário, os jardins proporcionam, a quem o desejar, momentos fortes de interioridade, que as belezas naturais, com arvoredo, flores, arbustos e passeios limpos, de que andamos carentes, notoriamente favorecem. A vida agitada, direi mesmo desenfreada, que as crises de variadíssima ordem acicatam, cortam-nos, imensas vezes, a ânsia de encontrar Deus e de com Ele nos aconselharmos. Aqui, junto ao Santuário, é possível descortinar caminhos que nos serenem o espírito e nos encham a alma para mais facilmente criarmos resistências que nos ajudem a descobrir novos rumos para vivências de paz e amor. Nossa Senhora espera por nós no Santuário e a conversa com Ela poderá ser possível, já que os milagres precisam da nossa força de vontade para se concretizarem. Sem nós, nada feito.
Férias sem grandes despesas
Não sendo possível despender dinheiro nestas férias, e essa verdade é incontornável para desempregados, para empregados a termo certo, para trabalhadores de emprego incerto e, ainda, para os que só podem contar com míseros ordenados, a visita ao Santuário de Schoenstatt pode contribuir para alguns momentos de descontração, ao modo de quem precisa de ganhar forças para enfrentar injustiças, incompreensões, dissabores.
Um farnel preparado pela família, quiçá uma curta peregrinação, a pé ou de bicicleta, se possível, até àquele espaço que a natureza privilegiou e que o Movimento de Schoenstatt beneficiou, e de que maneira, poderá ser degustado à sombra do arvoredo. As crianças brincam, os jovens jogam e os menos jovens descansam. A inspiração virá espontaneamente. E de certeza todos ficarão com vontade de voltar.
Tempo de muita coisa
Férias não será, necessariamente, tempo de gastos exorbitantes, de despesas incomportáveis, de cansaço desgastante. Férias é tempo de descontrair, de levar à prática tarefas idealizadas, mas nunca ou raramente concretizadas. Férias é razão para leituras sem pressas, para ouvir músicas inúmeras vezes trauteadas, para caminhadas salutares, para conversas em família ou entre amigos, para visitas a doentes ou idosos esquecidos. Mas também para jardinar em casa e para sestas merecidas. E mais: para usufruir das muitas festas que as nossas autarquias organizam, das exposições de artes, dos espetáculos nos centros culturais ou ao ar livre. Algumas sugestões aqui ficam. As escolhas ficam por conta e gostos de cada um.
Textos e fotos de Fernando Martins