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terça-feira, 24 de setembro de 2013
O Marnoto Gafanhão — 9
Um livro póstumo de Ângelo Ribau
Foram limpas as leiras
Foram limpas as leiras, das felgas e de todas as ervas daninhas. As milhãs eram apanhadas à foicinha e iam servindo para a alimentação dos animais. Havia sempre qualquer coisa para fazer.
Agora que as terras estavam prontas, tínhamos que esperar pela chuva, para as podermos semear. Entretanto, o pai do Toino diz:
— Enquanto não chove e há pouco que fazer, amanhã pegamos na bateira e vamos à marinha apanhar uma bateirada de estrume, que servirá para as camas do gado, quando chegar o Inverno.
E o Toino que pensava que iria chegar um período de acalmia no trabalho, que lhe daria a possibilidade de ler uns livros da biblioteca existente lá em casa e que tinha sido dos seus tios… Puro engano!
O Toino era novo. Tinha ainda pouca força para puxar a bateira à cirga, pelo que o pai saltou para terra e o Toino tomou o lugar de timoneiro, tentando governar a bateira o que, dada a falta de prática, não foi nada fácil. A bateira ora batia contra as estacas de cimento, ora se afastava para o outro lado do esteiro, o que tornava difícil a sua progressão pelo esteiro adiante! E lá vinham as ameaças:
“Vaticano II ao alcance de todos”
Um livro de António Marcelino,
Bispo Emérito de Aveiro
Com edição das Paulinas, saiu em novembro de 2012 um livro de António Baltasar Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, com o título “Vaticano II ao alcance de todos”. Trata-se de um trabalho pleno de atualidade, ou não estivéssemos em altura de celebrar os 50 anos do concílio Vaticano II, porventura a maior revolução no seio da Igreja Católica no século XX.
Os textos ora publicados neste livro viram a luz do dia nas páginas do semanário diocesano Correio do Vouga e posteriormente em diários, quinzenários e revistas mensais, ocupando também um espaço próprio na Agência Ecclesia. Isto mesmo sabe quem acompanha o Bispo Emérito de Aveiro no que escreve semana após semana, com perfeita atualidade e liberdade de espírito, mas sempre em sintonia com o pensar da Igreja Católica, expressa na palavra autorizada dos que têm ocupado a cadeira de Pedro.
Nos mais diversos temas que tem publicado, nomeadamente, os que se referem ao Vaticano II, o autor recorda, parafraseando Bento XVI, que «os documentos do Concílio Vaticano II são, para o nosso tempo, uma bússola orientadora».
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
domingo, 22 de setembro de 2013
Mar de Camões
Hoje, 21, neste último dia de verão, com temperaturas cálidas para acabar a estação, em beleza, muita gente deve ter aproveitado o prolongamento, para dar uns bons mergulhos nas nossas belíssimas praias. Já que não sei nadar nas águas do Atlântico, onde correria o risco de me afogar (!?), dei um mergulho, não menos revitalizante e agradável, no “Mar de Camões”.
A minha veneração, do grande vate, proporcionou-me, hoje, um banho de cultura, ali ao lado, na cidade contígua.
A exposição de Roberto Santandreu, um fotógrafo chileno radicado em Portugal, fez-nos associar a beleza da poesia camoniana, Os Lusíadas, à arte de um olhar atento, intimista e perscrutador. Com a informação dada pelo autor, ali presente, navegámos nas rotas marítimas que os portugueses, outrora traçaram e tão bem descritas foram por Camões.
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Cabos |
Chegou o outono
Um Poema de Miguel Torga
OUTONO
Outono.
(A palavra é cansada...)
Tudo a cair de sono,
Como se a vida fosse assim, parada!
Nem o verde inquieto duma folha!
O próprio sol, sem força e sem altura,
Olha
Dum céu sem luz e levedura.
Fria,
A cor sem nome duma vinha morta
Vem carregada de melancolia
Bater me à porta.
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